DUBAI Uma pérola no deserto
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Tudo começou com uma pérola. No final do século 19, uma vila fortificada de 10 mil pessoas, em meio ao deserto e à beira do Golfo Pérsico, prosperava graças ao comércio das pequenas pedras preciosas que se formam dentro de ostras. A posição estratégica do vilarejo também colaborou para transformá-lo em um movimentado porto na rota comercial da Índia, além de ponto de parada para as caravanas que iam da Jordânia ao Iraque por terra. Então vieram as complicações da Primeira Guerra Mundial e da Crise de 1929; e o brilho das pérolas foi se apagando. Mas a decadência não duraria muito. Em 1966, o mesmo mar que presenteava o vilarejo com lindas pedras veio a revelar um tesouro mais precioso ainda: o petróleo. E assim surgiu a cara de Dubai que conhecemos hoje. O emirado cresceu 500 anos em 50, ganhando o aspecto de uma metrópole do futuro, onde o céu é o limite – literalmente.
PARA O ALTO E ALÉM
O boom futurista de Dubai só veio mesmo nas últimas duas décadas. O primeiro prédio a tomar o horizonte do deserto, em 1979, foi o Dubai World Trade Center, que reinou sozinho por um tempo, com seus 38 andares e “míseros” 184 metros de altura. Míseros, porque 30 anos depois, o edifício mais alto do mundo surgiria rasgando aquele mesmo céu, com 160 andares em 828 metros. Estamos falando do Burj Khalifa, ícone inconfundível de Dubai, que se projeta para o alto feito um foguete. É preciso ter flexibilidade de yogi ou traquejos de malabarista para enquadrar toda a estrutura de aço em uma única foto. É tão alto que o topo às vezes se perde em meio às nuvens. E é tão surreal que, à primeira vista, parece até um holograma, uma projeção 3D. Uma miragem no meio do deserto.
Mas ele é bem real e, no
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