Em seus mais de 60 anos de existência, o Esquadrão Suicida teve dezenas de membros e nem todos eram psicopatas, ladrões ou mercenários. Pelo contrário. Em seus primórdios, o grupo contava com oficiais leais ao governo dos Estados Unidos dispostos a qualquer sacrifício para garantir a segurança do país. Mas uma coisa é fato: a discórdia sempre fez parte do grupo, que até hoje é marcado como um dos mais instáveis e perigosos dos quadrinhos.
Antes de assumir o conceito que o consagrou, o de detentos envolvidos em missões escusas e de alta periculosidade, o Esquadrão Suicida teve duas encarnações um pouco mais nobres. A primeira estreou no gibi The Brave and the Bold 25, de agosto de 1959, como uma equipe a serviço do governo composta por veteranos da 2a Guerra Mundial e por cientistas. Entre os militares estavam o coronel Rick Flag, líder do grupo, e sua amada Karin Grace, uma enfermeira especialista em salvar pilotos em pleno combate aéreo. Aos dois, uniram-se o astrônomo Hugh Evans e o físico Jess Bright.
Criação do roteirista Robert Kanigher e do desenhista Ross Andru, o grupo serviu para que a DC pudesse apresentar tramas com alienígenas, monstros gigantes e seres de outras dimensões, já que, no final dos anos 1950, o gênero super-heróis estava fora de moda há mais de uma década. Mesmo assim, o Esquadrão não caiu nas graças do público e teve apenas seis histórias publicadas antes de ser esquecido pelos editores, em 1962.
A outra versão do grupo estreou em 1964, mas vivia histórias ambientadas antes da Guerra. Tal encarnação da equipe não tinha qualquer relação com a mostrada nos gibis anteriores e era composta por apenas dois soldados, Andy Mace e Vic Morgan, que se detestavam. Apesar do ódio e dos tiroteios que travavam entre si, os dois davam conta das mais absurdas missões e rotineiramente eram enviados a uma estranha ilha no Oceano Pacífico povoada por dinossauros. As HQs saíam no título e também tiveram vida curta, sendo encerradas dois anos depois.
