Revista Natureza

APRENDA A ARTE DO KOKEDAMA

Até a mais distraída das criaturas já deve ter percebido. Em algumas floriculturas existem belas plantas com raízes contidas em uma bola, que podem estar em um pequeno prato ou até penduradas no teto. Este é o “kokedama” ou “koketama”, termo japonês que significa, exatamente, (koke) = musgo e (tama) = bola. O significado não poderia ser mais literal na descrição da técnica, ou seja, “bola de musgo”.

Por aqui, os kokedamas saíram da obscuridade total para o coração da horticultura mais “moderninha” em pouco menos de uma década. Eu mesmo vi o primeiro exemplo dessa arte em um jardim aquático ainda em 2010, talvez um pouco antes. Fiquei hipnotizado por aquelas pequenas bolinhas de musgo com plantas aquáticas emergentes, e só então descobri que aquilo era só uma variação de uma arte ainda mais ampla e abrangente, e que as tais bolas de musgo podiam conter de folhagens e temperos até árvores miniaturizadas!

Parece que o tal kokedama surgiu apenas como uma forma de manter algum solo ao redor de árvores menores de bonsai ou mesmo de ervas, que podiam substituir um bonsai, caso não houvesse um. É que, no auge da cultura do bonsai no Japão, especialmente nos séculos 17 e 18, a parte mais cara de se manter um bonsai era adquirir os vasos, muitas vezes importados da China.

Pessoas com menos posses poderiam usar uma concha ou algo similar a um vaso ou envolver as raízes em uma bola de musgo, daí a importância do uso do kokedama.

O KOKEDAMA EM RAIO X

O conceito do kokedama é bastante simplório, utilizando os princípios do cultivo em vasos da mesma forma. As raízes são envolvidas em uma porção de substrato, que poderá ser mais pesado para plantas em geral ou mais leves, para plantas epífitas ou equivalentes. Tal bola de substrato, uma vez agregada, será coberta por uma camada de musgo, que pode estar vivo ou morto. O musgo parece importante para garantir não só que a umidade interna não seja perdida, mas até como algo capaz de absorver a umidade atmosférica e disponibilizar para as raízes.

Muitos musgos também possuem substâncias que

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