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Felipe Cotias
Desde cedo eu aprendi a amar o prazer da descoberta. Nos livros de mistério, descobrir quem é o assassino; nos filmes, descobrir a reviravolta da trama; em sebos, descobrir um livro que mudasse min...ver maisDesde cedo eu aprendi a amar o prazer da descoberta. Nos livros de mistério, descobrir quem é o assassino; nos filmes, descobrir a reviravolta da trama; em sebos, descobrir um livro que mudasse minha percepção de mundo.
Adotei o hábito da escrita para manter um catálogo pessoal de descobertas e, principalmente, pelo desejo de proporcionar a outras pessoas esses mesmos prazeres.
Sonho em trazer, com minhas histórias, não apenas o prazer das descobertas da trama, mas também reflexões sobre a vida que levam a outras descobertas.
Uma de minhas grandes preocupações é a questão moral. Sempre me incomodei com a dependência de comportamentos louváveis em sentimentos e preceitos religiosos, voláteis por natureza. Por isso quis que meu primeiro romance influenciasse pensamentos de harmonia social desprendidos da frágil ética religiosa.
Por um caminho tortuoso, faço o possível para que o leitor se conecte com o raciocínio prejudicado do protagonista - inteligente, científico, porém imoral -, sua paixão mal direcionada por uma jovem misteriosa e encantadora, as ações o conduzirão a um evento trágico e, por fim, seu encontro com uma nova ética mais honesta e humana.
Eva é uma apaixonada pela melancolia e pela compaixão. Seus estranhos prazeres a levaram à faculdade de medicina, onde se dedica à psiquiatria. A adoração dela pelo luto instiga num colega de faculdade, Rafael, os questionamentos de sua dolorosa trajetória de autodescoberta.
As Mortes de Eva é um romance sobre amor e cérebro, sobre humanismo e materialismo. E é, claro, um romance sobre descobertas.ver menos