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Falando com Deus: Orações-Bênçãos-Devoções do povo
Falando com Deus: Orações-Bênçãos-Devoções do povo
Falando com Deus: Orações-Bênçãos-Devoções do povo
E-book324 páginas3 horas

Falando com Deus: Orações-Bênçãos-Devoções do povo

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Sobre este e-book

O Pai Celeste vê e escuta nosso pensamento. Ele sabe tudo, ainda antes que alguém chegue a pensar. No entanto, ele gosta de ouvir seus filhos abrindo o coração e desabafando com ele, no mais fundo da alma. Por isso, as fórmulas "feitas", breves ou longas, literatas ou simples, lidas ou decoradas, têm um sentido claro: ajudar a gente a falar com Deus, a conversar com ele, como filhos e filhas conversam com seu Deus. Você encontrará, neste livro, sua devoção preferida, em orações, tríduos, novenas, trezenas e bênçãos. O livro oferece também uma breve catequese fundamental sobre a Igreja, os mandamentos, os dias santos, as virtudes, o pecado, os sacramentos, os dons do Espírito Santo etc. Nele você encontrará, entre outras: orações mais comuns, bênção do Santíssimo Sacramento, ofício da Imaculada Conceição.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de jan. de 2021
ISBN9786555621693
Falando com Deus: Orações-Bênçãos-Devoções do povo

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    Pré-visualização do livro

    Falando com Deus - José Dias Goulart

    FALANDO COM DEUS

    Oração é a elevação da mente a Deus.

    A distância entre Deus e as criaturas é infinitamente maior do que a distância que vai entre o abismo mais profundo e o espaço azul sem fim. No entanto, o próprio Deus se revela no seu livro sempre aberto, o Universo. Aí, a criatura pode ver, sentir, perceber e amar o Autor invisível, que a tudo deu existência, e que em tudo está presente, vivo, amando as suas criaturas.

    Admirando o Universo, o coração humano conversa com Deus. Mas a criatura foi desaprendendo. Já não sabia ler. Então, o Eterno fez a criatura mesma reler e contar a história da criação. E surgiu, na História, também a Bíblia, palavra de Deus.

    O Universo, a História e a Bíblia iam preparando a revelação total do Projeto escondido desde os séculos eternos em Deus, e que foi revelado em Jesus Cristo (Cl 1,26). E Jesus estava no mundo, mas o mundo não o compreendeu. Até que ele se manifestou claramente em nosso meio: E nós vimos, com nossos próprios olhos, o Filho de Deus (1Jo 1,1).

    E conversamos com ele. Sentimos, no fundo do coração, a voz do Espírito Santo de Deus, que é o Sopro-Amor do Pai e do Filho. E com a voz do Espírito Santo, nós falamos como Jesus mesmo nos ensinou:

    Pai-nosso que estais nos céus…

    Pai-nosso que estais aqui…

    SENHOR, ENSINE A GENTE A ORAR

    O Pai Celeste vê e escuta o nosso pensamento. Ele sabe tudo, ainda antes que alguém chegue a pensar (Mt 6,1-8). No entanto, ele gosta de ouvir os seus filhos abrindo o coração e se desabafando com ele, no mais fundo da alma. Aí, nós falamos dos altos e baixos da vida. Alegrias e tristezas. Sucessos e fracassos. Vitórias e derrotas. Tudo o que nos acontece na vida, na própria família, na comunidade, no povo.

    Por isso, as fórmulas feitas, breves ou longas, literatas ou simples, lidas ou decoradas, todas têm um sentido claro: ajudar a gente a falar com Deus. A conversar com ele, de igual para igual. De filhos e filhas com o seu Deus. Cada pessoa da sua maneira, no coração, com sinceridade, como disse Jesus, falando com Deus. Ele é Pai e Mãe, Fonte única da vida, do amor, da confiança total (Jo 4,24). Se Deus é tão bom, por que não abrir para ele o coração?

    * * *

    Como Jesus garantiu, seu Pai atende todo e qualquer pedido nosso. Sempre. Mas não exatamente quando e da maneira que desejamos. Porque ele sabe o que é melhor, no momento certo, para cada uma de suas criaturas. Além disso, Deus concede sempre muito mais do que esperamos. Ele derrama, como chuva, na vida de quem reza, a confiança e o amor. Porque a oração faz a pessoa compreender, sempre mais, que o importante é amar a Deus, acima dos seus dons, por melhores que sejam. Por isso, com os apóstolos, pedimos de coração aberto: Senhor, ensine a gente a rezar (Lc 11,1).

    BREVE CATEQUESE

    Só conhecendo, se pode amar.

    Só amando, se pode entender.

    Em tudo e sempre, se comunicando.

    E Oração é a comunicação

    de conhecimento e amor

    entre as criaturas e o Criador.

    ORAÇÃO, O ENCONTRO COM DEUS

    Um mergulho nos mistérios revelados

    pelo amor infinito: Criação, Encarnação, Redenção, Glorificação.

    DEUS, o Amor, se revela na Criação,

    dando existência ao universo,

    e no universo, a suas criaturas humanas.

    No princípio, Deus criou o céu e a terra… (Gn 1,1).

    E ao chegar a hora por ele estabelecida,

    a Criação se fez Encarnação,

    quando o Espírito Santo de Deus gerou,

    no ventre da santa Mulher Maria,

    o Deus Filho, feito Filho Humano,

    que assim tomou para si a nossa vida criada.

    Seu nome é Jesus Cristo.

    Ele é a Palavra Eterna que se fez Carne, e habitou entre nós (Jo 1,14).

    * * *

    Jesus manifestou no tempo

    o que desde sempre ele é na eternidade:

    o Modelo, a Fonte, a Meta final

    do universo visível e invisível.

    Porém, as criaturas inteligentes se corromperam, e se tornaram vazias, anuladas pelo pecado.

    Já não estavam de acordo com o Modelo.

    Eis por que a Encarnação se fez também Redenção,

    a Libertação total,

    quando Jesus deu a própria vida

    para refazer a vida de todos.

    "Ele padeceu, morreu crucificado

    e ressuscitou por todos nós".

    Criação. Encarnação. Redenção…

    Três momentos do Reino

    acontecendo no tempo,

    para durar eternamente na glorificação final,

    "quando Deus será tudo em todos,

    por meio de Jesus Cristo" (1Cor 15,28).

    Será então o Reino da Bem-aventurança sem fim.

    Reino que começa aqui em vida de Oração,

    para continuar em Contemplação eterna.

    Aqui e lá, sempre falando ao Pai,

    com a voz mesma do Espírito Santo,

    por Cristo, com Cristo e em Cristo,

    na companhia da Virgem Mãe

    e dos Anjos e Santos.

    Agora e para sempre.

    IGREJA, COMUNIDADE VIVA

    O Senhor Jesus continua presente entre nós, sempre ensinando o mundo a viver com ele, e como ele viveu. É a nossa fé. Assim cremos, porque assim ele revelou. E para manter acesa essa fé, Jesus deixou entre nós um sinal vivo do Reino de Deus neste mundo. É a Igreja: uma comunidade, não privilegiada, apenas encarregada de viver e anunciar a Vida e Mensagem de Jesus. Vida e Mensagem contidas na tradição escrita e oral dos Apóstolos, especialmente na Bíblia. Cada dia mais compreendidas e explicadas pela própria comunidade, que as vai meditando, com as luzes do Espírito Santo de Jesus, para comunicá-las ao mundo inteiro.

    A Igreja é uma comunidade pecadora, como toda a humanidade, da qual faz parte. Mas, com toda a humanidade, vai procurando continuamente purificar-se, libertando-se do erro e do pecado. E para cumprir sempre melhor sua missão, ela se organiza cada dia mais, para ser um sinal transparente da bondade do nosso Deus Libertador. Por isso, os erros da Igreja, antigos, atuais e futuros, não impedem que ela faça, de sua contínua conversão e mudança, um anúncio também contínuo da Mensagem. Como disse o Mestre: Convertam-se e creiam no Evangelho (Mc 1,15).

    MANDAMENTOS DE DEUS

    Através da Igreja, o próprio Mestre da humanidade vai relembrando os Mandamentos de Deus. Mais que mandamentos, na verdade, são caminhos para a felicidade, ideias claras impressas no coração humano desde a origem:

    1. Amar a Deus sobre todas as coisas.

    2. Não tomar seu santo Nome em vão.

    3. Guardar domingos e dias santos.

    4. Honrar pai e mãe.

    5. Não matar.

    6. Não pecar contra a castidade.

    7. Não roubar.

    8. Não levantar falso testemunho.

    9. Não desejar a mulher do próximo.

    10. Não cobiçar as coisas alheias.

    Assim costumamos resumir os Mandamentos de Deus contidos no Antigo Testamento da Bíblia. São claros e simples. Nem é preciso explicar que homem e mulher têm os mesmos deveres aí elencados, e consequentemente os mesmos direitos. E que ninguém pode senão querer o bem para si e para os outros. Por isso, ninguém vai buscar ou desejar, só para si, o que falta para a vida e dignidade alheias (Ex 20,1-17; Dt 5,1-21). E o próprio Jesus resumiu os Dez em Dois apenas. São como dois trilhos inseparáveis, sobre os quais corre o trem da vida humana:

    1. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento.

    2. E amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mt 19,19; 22,37-39; Mc 12,30-31; Lc 10,27; Dt 6,5; Rm 13,9; Gl 5,14; Tg 2,8).

    MANDAMENTOS DA IGREJA

    Para ajudar a prática dos Mandamentos de Deus, a Igreja oferece algumas normas. São cinco caminhos de purificação pessoal, para que o cristão cumpra sua missão de humanizar a própria vida e o mundo onde vive. São os cinco Mandamentos da Igreja:

    1. Participar da Missa nos domingos e dias santos.

    2. Confessar-se ao menos uma vez por ano.

    3. Comungar ao menos uma vez por ano, durante o tempo pascal.

    4. Jejuar e abster-se de carne quando a Igreja manda.

    5. Contribuir com a Igreja, segundo o costume.

    DIAS SANTOS, JEJUM E ABSTINÊNCIA

    Além dos Domingos, são dias santos de guarda no Brasil:

    Festa da Mãe de Deus (1º de janeiro).

    Dia Mundial da Paz e da Fraternidade Universal.

    Corpus Christi (5ª feira após a SS. Trindade).

    Imaculada Conceição (8 de dezembro) celebra-se no domingo seguinte.

    Natal (25 de dezembro).

    * As demais festas de preceito ficam transferidas para o domingo.

    * Sexta-feira Santa não é dia de preceito, mas o povo sempre guarda com o maior respeito.

    Festas que marcam o Ano Cristão: Natal, Páscoa e Espírito Santo (Pentecostes).

    * Advento: são 4 semanas de preparação para o Natal.

    * Quaresma são os quarenta dias de preparação para a Semana Santa e a Páscoa.

    * Tempo pascal: da Ressurreição até Pentecostes.

    * Tempo comum: após o Batismo de Jesus até a Quaresma; e após Pentecostes até Advento.

    * Jejum: permite só uma refeição maior por dia. As outras devem ser leves.

    * Abstinência: não comer carne e derivados. São dias de jejum e abstinência: Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira santa.

    Em lugar da abstinência nas outras sextas-feiras, também da Quaresma, faça-se alguma obra de caridade e piedade. São obrigados ao jejum e abstinência: Maiores de 18 anos até os 60 começados. Só abstinência: a partir dos 14 até os 60.

    * Jejum eucarístico: uma hora antes de receber a Comunhão.

    * Enfermos e idosos são dispensados de qualquer jejum e abstinência.

    VIRTUDES

    A vida humana e cristã se manifesta de várias maneiras, praticando as virtudes. São hábitos ou forças espirituais, tradicionalmente conhecidas em dois grupos:

    Virtudes teologais ou referentes a Deus:

    1. Fé.

    2. Esperança.

    3. Caridade.

    Virtudes cardeais ou fundamentais:

    1. Prudência.

    2. Justiça.

    3. Fortaleza.

    4. Temperança.

    VÍCIOS OU PECADOS CAPITAIS

    As virtudes são o lado positivo da vida. Ao contrário, o lado negativo se manifesta de muitas maneiras também. São os costumes morais pecaminosos, que se resumem nos sete vícios causadores de todos os outros:

    1. Soberba.

    2. Avareza.

    3. Luxúria.

    4. Ira.

    5. Gula.

    6. Inveja.

    7. Preguiça.

    Esses vícios capitais, verdadeiras doenças, curam-se com as virtudes contrárias:

    1. Humildade.

    2. Generosidade.

    3. Castidade.

    4. Paciência.

    5. Temperança.

    6. Solidariedade.

    7. Diligência.

    PECADO PESSOAL E PECADO SOCIAL

    Quem é bom, faz bem a si e ao próximo. Quem não é tanto, prejudica a si e aos outros. Por mais íntima que seja, tanto a virtude como a maldade atingem sempre, de alguma forma, a pessoa mesma e ao seu próximo. Por isso é que se diz: virtude e vício são sempre pessoais e sociais ao mesmo tempo. No entanto, costuma-se chamar pecado social a uma situação injusta na comunidade e na sociedade. Situação que se foi criando e quase força as pessoas a viverem de maneira indigna.

    OBRAS DE MISERICÓRDIA

    A Bíblia diz: A misericórdia com os que sofrem apaga a multidão de pecados (1Pd 4,8; Tg 5,20). De fato, o melhor remédio contra qualquer vício ou pecado é a solidariedade, que se manifesta em gestos ou Obras de Misericórdia, praticadas de acordo com as necessidades atuais:

    Obras de misericórdia corporais:

    1. Socorrer os mendigos.

    2. Amparar os marginalizados.

    3. Atender os abandonados.

    4. Proteger os sem-terra e sem-casa.

    5. Visitar anciãos, enfermos e encarcerados.

    6. Defender os direitos humanos.

    7. Honrar os mortos.

    Obras de misericórdia espirituais:

    1. Ouvir e dar bons conselhos.

    2. Ensinar e orientar quem precisa.

    3. Corrigir com amizade os que erram.

    4. Pacificar os inimigos.

    5. Perdoar as ofensas e pedir perdão.

    6. Aceitar as pessoas como cada uma é.

    7. Orar pelos vivos e falecidos.

    BEM-AVENTURANÇAS

    No Sermão da Montanha Jesus resume, em oito Bem-aventuranças ou Felicidades, a essência da sua Mensagem. Aí se percebe como a virtude pessoal traz sempre um benefício social. Porque ninguém é bom só para si.

    1. Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino de Deus.

    2. Felizes os que choram, porque serão consolados.

    3. Felizes os mansos, porque possuirão a terra.

    4. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

    5. Felizes os que são misericordiosos, porque encontrarão misericórdia.

    6. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.

    7. Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.

    8. Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino de Deus. (Mt 5,3-10; Lc 6,20-26).

    SACRAMENTOS

    Jesus Cristo instituiu na Igreja os sacramentos. São sinais visíveis da sua graça invisível. Sinais que mostram como o cristão precisa viver, e lhe dão forças para também anunciar a Mensagem. São sete os sinais ou sacramentos:

    1. Batismo. Restitui a participação na vida de Deus, como era no começo, quando ele criou a natureza humana. Dada a importância fundamental do Batismo, qualquer pessoa, mesmo não cristã, pode batizar uma criança ou adulto em perigo de morte. Basta derramar água na cabeça do batizando ou apenas molhá-lo, dizendo: Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

    2. Crisma ou Confirmação. Confere ao cristão a missão de evangelizar, para humanizar o mundo. É o sacramento da vocação cristã, porque ajuda a descobrir e viver bem a própria missão ou profissão.

    3. Penitência ou Reconciliação. Em nome da comunidade cristã e com autoridade de Deus, o sacerdote perdoa os pecados.

    4. Eucaristia. É o memorial, gesto sagrado de fé, manifestando o louvor incessante que Jesus imolado oferece, junto com todo o universo, ao Criador. A Comunhão é a participação direta nesse louvor. A Eucaristia é o sacrifício-sacramento, fonte de todos os outros sacramentos.

    5. Ordem. Confere o poder e o dever de animar o povo cristão a viver o Evangelho e a evangelizar o mundo.

    6. Matrimônio. Abençoa e confirma o casamento como expressão do amor entre homem e mulher e fonte de novas vidas humanas.

    7. Unção dos enfermos. Fortalece o doente e lhe perdoa os pecados.

    DONS DO ESPÍRITO SANTO

    Jesus disse: O vento sopra onde quer (Jo 3,8). São palavras aplicadas ao Espírito Santo. De fato, ele não se prende nem mesmo aos sacramentos, para distribuir os seus dons. Ainda que os sacramentos sejam sinais e canais comuns desses dons na Igreja. De acordo com o profeta Isaías (11,2-3), costuma-se resumir em sete os dons do Espírito Santo:

    1. Sabedoria.

    2. Discernimento.

    3. Conselho.

    4. Fortaleza.

    5. Ciência.

    6. Piedade.

    7. Temor de Deus.

    TESTEMUNHAS DE CRISTO

    A Igreja, comunidade dos cristãos, é um grande sacramento ou sinal da presença de Cristo no mundo. Consequentemente, cada cristão é um sacramento dessa presença. E as comunidades, particularmente de especial consagração, ordens, congregações e institutos religiosos são sinais comunitários.

    Daí por que as comunidades de especial consagração professam livremente os conselhos evangélicos, que pedem cada um a sua renúncia: Pobreza, Castidade, Obediência. Conselhos que significam: renúncia às propriedades, ao casamento e à liberdade. Renúncia que não é algo negativo. É o caminho prático que deixa a pessoa totalmente livre para viver mais intensamente a caridade em benefício do povo e da evangelização.

    A Igreja como um todo, cada cristão em particular e cada comunidade, particularmente religiosa, são sinais vivos ou testemunhas do amor de Cristo por toda a humanidade. Dando testemunho de Cristo, convencem o mundo a segui-lo. Como o próprio Jesus disse: Que todos vejam as boas ações de vocês, e possam dar glória ao Pai que está no céu (Mt 5,16).

    ORAÇÃO PESSOAL E COMUNITÁRIA

    O sustento e crescimento da vivência e convivência cristã está na oração, que outra coisa não é, senão a vida de união com Deus. União que precisa crescer continuamente. Por isso é que Jesus disse: Rezem sempre, sem nunca desanimar (Lc 18,1; At 12,5; Rm 12,12; 1Ts 5,17).

    Mas não se deve esquecer de que cada pessoa fala com Deus, no segredo do próprio coração, a portas fechadas, sem desejo de aparecer. Embora a oração nunca seja solitária, porque une as pessoas no mesmo sentimento de fé e confiança em Deus. E com a mesma simplicidade, a oração adquire valor especial quando feita em comum. Porque Jesus disse:

    Onde estiverem dois ou três unidos em meu nome, aí estou eu entre eles (Mt 18,20). E o próprio Jesus é o modelo da oração individual e comunitária. No horto ele rezava sozinho ao Pai, mas dizia aos amigos: Fiquem por aqui. Eu vou logo ali para rezar… Será que vocês não podem ficar unidos comigo em oração? (Mt 26,36-46; Mc 14,32-42).

    Por fim, a oração é como o ensaio para a contemplação eterna, quando cada criatura e todas em comunidade absolutamente feliz estarão mergulhadas em Deus para sempre, quando: Deus mesmo enxugará todas as nossas lágrimas (Ap 7,17; 21,4).

    * * *

    O Ofício Divino ou Ofício das Horas é o Livro oficial de Orações da Igreja. Antigamente se chamava Breviário e era rezado quase só pelos sacerdotes e pessoas consagradas de Ordens e Congregações religiosas. Hoje é sumamente recomendável para todos os cristãos.

    Este nosso pequeno livro de orações segue a mesma forma do Ofício Divino: são orações vocais e mentais, preces faladas e meditadas. Todas muito ao gosto popular, capazes de ajudar qualquer pessoa a conversar com Deus, meditando as virtudes de seus Santos, particularmente da Virgem Mãe de Deus.

    VOCAÇÃO

    Vocação é o convite divino impresso no coração humano desde o primeiro instante da vida no seio materno. E é particularmente na oração – diálogo com Deus – que as pessoas mais facilmente vão descobrindo os caminhos da própria vocação. Seguindo-a, cada um poderá ser o que o coração lhe diz. No silêncio interior, cada pessoa vai vendo sempre mais claro como realizar-se na vida, abraçando uma profissão ou missão, para ajudar também os outros a se realizarem e serem felizes, bem-aventurados.

    ORAÇÕES COMUNS

    Pai-nosso, a Oração do Senhor

    Os seguidores de Jesus pediram:

    Senhor, ensine a gente a orar (Lc 11,1).

    E o Mestre ensinou, mandando rezar assim:

    "Pai-nosso, que estais no céu.

    Santificado seja o vosso Nome.

    Venha a nós o vosso Reino.

    Seja feita a vossa Vontade,

    assim na terra como no céu.

    O Pão nosso de cada dia nos dai hoje.

    Perdoai as nossas ofensas,

    assim como nós perdoamos

    a quem nos tem ofendido.

    E não nos deixeis cair em tentação.

    Mas livrai-nos do mal". Amém.

    (Mt 6,9-13; Lc 11,2-4)

    ORAÇÕES DIÁRIAS

    Sinal da Cruz: da testa ao peito, e de um ombro a outro.

    Lembra os mistérios da Trindade, Encarnação e Re- denção. Tudo começamos, fazemos e concluímos…

    EM NOME DO PAI, do Filho † e do Espírito Santo. Amém.

    Persignar-se é fazer, com o polegar, um sinal da cruz na testa, na boca e no peito, pedindo a Deus que esteja no pensamento, na palavra e no coração:

    PELO SINAL da Santa Cruz, † livre-nos Deus Nosso Senhor † de todo mal. † Em nome do Pai…

    Breve louvor à Trindade:

    GLÓRIA AO PAI, ao Filho e ao Espírito Santo.

    Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

    Saudação tradicional:

    LOUVADO SEJA Nosso Senhor Jesus Cristo.

    Para sempre seja louvado.

    Oração do Senhor:

    PAI-NOSSO.

    Saudação angélica. Palavras do anjo e de santa Isabel à Virgem Maria, com invocação final da Igreja, em louvor ao mistério da Encarnação:

    AVE, MARIA, cheia de graça. O Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres. E bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria,

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