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Descanse em Deus: Construindo uma confiança inabalável em meio às adversidades
Descanse em Deus: Construindo uma confiança inabalável em meio às adversidades
Descanse em Deus: Construindo uma confiança inabalável em meio às adversidades
E-book370 páginas7 horas

Descanse em Deus: Construindo uma confiança inabalável em meio às adversidades

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Sobre este e-book

Abandonar o controle é difícil - a menos que nos apeguemos a algo maior. Viver em um mundo caído garante que todos nós tenhamos problemas de confiança em algum nível. Coisas difíceis acontecem. As pessoas nos ferem. Amigos nos decepcionam. Sem perceber, nossos problemas de confiança com as pessoas podem se tornar problemas de confiança com Deus. Em Abraçar a confiança, Joanna Weaver, autora best-seller de Como ter o Coração de Maria no Mundo de Marta, compartilha sua própria jornada e convida você a uma confiança mais profunda em Deus. Por meio de histórias, escrituras e uma exploração da vida de Davi, você descobrirá como cultivar uma amizade mais profunda e significativa com Jesus; deixar de lado as coisas que o impedem de confiar plenamente em Deus; construir uma fé inabalável que permanece firme em tempos difíceis; deixar um legado de confiança que abençoa as gerações futuras.
IdiomaPortuguês
EditoraCPAD
Data de lançamento2 de out. de 2023
ISBN9786559683567
Descanse em Deus: Construindo uma confiança inabalável em meio às adversidades

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    Descanse em Deus - Joanna Weaver

    PARTE UM

    Confia em Deus

    Confie em mim, minha filha, Ele diz. Confie em mim com renúncia mais completa do que nunca antes. Confie em mim, minuto após minuto, todos os dias da sua vida, enquanto viver. E se você se tornar ciente de algo atrapalhando o nosso relacionamento, não me machuque afastando-se de mim. Aproxime-se ainda mais de mim, venha, corra até mim. Permita que eu a esconda, que a proteja de si mesma. Conte-me suas maiores preocupações, todos os seus problemas. Confie que manterei minha mão sobre você. Eu nunca a abandonarei. Eu a moldarei, lhe darei forma, e a aperfeiçoarei. Não tema, ó filha do meu amor, não tema. Eu a amo.¹

    Amy Carmichael

    Um

    A Jornada para Confiar

    E em ti confiarão os que conhecem o teu nome;

    porque tu, Senhor, nunca desamparaste os que te buscam.

    Salmos 9.10

    Não surpreende que todas nós viemos à vida com algum tipo de problema de confiança. Afinal, o próprio nascimento é bem traumático.

    Em um momento estamos seguras e aquecidas, flutuando em suaves ondas de líquido amniótico, embaladas no útero de nossa mãe. Todas as necessidades são supridas sem precisarmos pedir. Nada a fazer exceto virar cambalhotas lentamente, chupar o dedo e chutar as costelas da mamãe. Ah, que vida!

    Mas então, de repente, somos ejetadas em um mundo desconhecido. Cercadas de luzes brilhantes, rostos estranhos e com um golpe de ar frio em nossa pele, começamos a berrar e espernear. Nossos braços se agitam. Nossas mãos se apertam e depois se abrem — agarrando, buscando algo para nos mostrar que não estamos sozinhas. Que não somos tão indefesas quanto nos sentimos.

    Em algum lugar um dedo encontra nossa mão, e embora seja estranho para nós, nós nos agarramos e nos recusamos a soltar. Finalmente. Um ponto de ancoragem.

    Algo maior e mais firme do que nós. Uma fonte. Algo ou alguém — não temos plena certeza do que seja — que responde aos nossos choros por alimento, toque e, o melhor de tudo, fraldas limpas. E por um momento estamos satisfeitas — até que o ciclo se repete.

    Até finalmente crescermos.

    Pelo menos é dessa maneira que deveria funcionar. Mas eu questiono. Como adulta, ainda me encontro tateando e segurando, buscando algo mais. Ansiando que minhas necessidades sejam supridas e meus desejos sejam atendidos.

    Infelizmente, quando o que eu quero e o que consigo não coincidem, chego à inconsciente conclusão: Estou sozinha no mundo e não há ninguém em quem possa confiar. Pelo menos é assim que me sinto.

    Porém nada poderia estar mais longe da verdade.

    O Nascimento da Desconfiança

    Desde o início dos tempos, Deus anseia por um povo para amar e chamar de seu. Um povo em quem Ele possa derramar sua provisão e proteção bem como sua presença. Como Adão e Eva, você e eu fomos destinados a viver como filhos amados desfrutando de doce comunhão com nosso Pai. Caminhando juntos pela vida. Cuidados e protegidos ternamente por seu amor. Todas as necessidades supridas. Todos os anseios satisfeitos.

    Mas então o pecado aconteceu, e tudo mudou.

    Talvez tenha começado com uma semente de dúvida que havia se escondido no coração de Eva durante um tempo. Uma desconfiança da bondade de Deus que a levou a almejar algo mais do que tinha. De que outra forma explicar a habilidade de Satanás para tentá-la tão facilmente com o proibido e levá-la ao erro?

    Afinal, havia muitas, muitas árvores no jardim do Éden. Gênesis 2.9 nos diz: E o Senhor Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida. De todas essas árvores, duas eram especialmente importantes: a árvore da ciência do bem e do mal e a árvore da vida (v. 9). E dessas duas, somente uma havia sido marcada por Deus como proibida (v. 17).

    Considere o que isso significa. Quando Deus disse não para uma árvore, estava dizendo sim para centenas de outras árvores, incluindo a tão especial árvore da vida. Mas então apareceu uma serpente lançadora de dúvidas, trazendo um chiado de descontentamento.

    Deus está escondendo o melhor, contou o Diabo a Eva, atacando o caráter de Deus. Coma deste fruto e se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal, ele prometeu em Gênesis 3.5.

    Com as amorosas intenções de Deus questionadas, Eva pegou o fruto, e ela e seu marido o comeram (v. 6). E com aquele ato, o Paraíso foi perdido. Expulsos do Éden por causa da desobediência, Adão e Eva se viram sozinhos, relegados a uma vida fora tutela de proteção e provisão de Deus. Sua rebelião afetaria não apenas a si próprios, mas todos que viessem depois — incluindo você e eu. Tudo porque nossos tatara-tatara-tataravós escolheram comer da árvore errada.

    Foi a enganação máxima quando paramos para pensar. Adão e Eva foram induzidos a trocar a perfeição do jardim por algo que eles já tinham. Criados à imagem de seu Criador, eles já eram como Deus. Cercados de beleza impecável, o casal tinha conhecimento em primeira mão de tudo que era bom. Mas o conhecimento do mal foi a maior ilusão de Satanás. Em vez de dar a Adão e Eva controle sobre suas vidas, isso os deixou sem poder algum — atormentados pelo medo, escravizados pela tentação e suscetíveis ao sofrimento.

    Com a porta aberta para as trevas, a iniquidade entrou rapidamente, deixando o casal apavorado e incapaz de impedir. Assim como ficamos quando tentamos viver longe do nosso Deus digno de confiança.

    A Luta para Confiar

    É interessante que Satanás tentou Adão e Eva com as mesmas coisas que o tiraram do céu. Lúcifer, como ele era conhecido, parecia ter recebido um papel proeminente como líder de adoração no céu (veja Ez 28.13, BKJ). Mas, pelo visto, ele se cansou de adorar a Deus e em vez disso quis ser adorado.

    Isaías 14.13,14 registra seus pensamentos orgulhosos:

    Eu subirei ao céu,

    e, acima das estrelas de Deus,

    exaltarei o meu trono [...]

    serei semelhante ao Altíssimo.

    É claro, a tentativa do Diabo de se apoderar do céu falhou. Talvez seja por isso que ele é tão determinado para se apoderar do coração humano. Ele semeia desconfiança e planta dúvida em nossa mente atacando o caráter de Deus e tentando fragilizar nosso senso do amor divino:

    Por que Deus proibiria algo de que você precisa? Ele está apenas tentando controlá-la.

    Se Deus fosse bom mesmo, não permitiria que coisas ruins acontecessem.

    Se Ele a amasse de verdade, não permitiria que sentisse essa dor.

    Vivendo em um mundo manchado pelo pecado, estamos especialmente vulneráveis a suas mentiras. Pois a vida é imprevisível e, às vezes, terrivelmente difícil. Todos os dias, temos motivos para duvidar, razões para temer. E embora eu deseje que não fosse assim, ser cristã não nos isenta de problemas. Tragédias acontecem. Pessoas nos decepcionam. Não importa o quanto nos exercitemos ou quão bem nos alimentemos, algum dia teremos algum problema de saúde. Como se vê, esta vida é fatal.

    Não deveríamos nos surpreender por nada disso, pois Jesus nos disse claramente: no mundo tereis aflições (Jo 16.33). Afinal, aqui não é o céu. Mas conciliar as prometidas bênçãos de ser cristã com as provações que enfrentamos na vida pode parecer confuso às vezes. Não é de admirar que todas nós lutemos para confiar em Deus quando a situação está difícil.

    Lysa TerKeurst fala sobre isso em seu livro Uninvited [Sem Convite]. Eu almejo que a vida faça sentido. Eu estremeço quando ela não faz, ela escreve, prosseguindo com a explicação:

    Quero que a vida seja estável como um problema de matemática. Dois mais dois sempre é igual a quatro. Será igual a quatro hoje, amanhã e nos anos seguintes. [...]

    [Mas] a vida não é uma soma. As pessoas não são uma soma. E nos momentos mais cruéis de verdadeiro sofrimento, Deus não é uma soma. Tudo isso nos faz agarrar nossa confiança ainda mais perto do peito até que se torne mais ligada aos nossos medos do que à nossa fé.¹

    Pergunto-me: A que sua confiança está ligada? Gosto de pensar que sou uma mulher de fé, mas também sou com frequência uma mulher temerosa. Pessoas fazem escolhas que me ferem. Esperanças e sonhos nem sempre se tornam realidade. Às vezes, as responsabilidades diárias e cuidados da vida parecem tão esmagadores que é mais provável que eu fique preocupada em vez de tirar um tempo para orar.

    Isso me ajuda a lembrar de uma citação que ouvi há anos: O cristianismo não é ausência de problemas. É a promessa da presença de Deus.² Mas para ser sincera, até esse conceito pode ser difícil de entender, principalmente para aquelas de nós com uma visão americanizada do cristianismo. De alguma forma, passamos a esperar bênçãos contínuas e tangíveis como nossa herança espiritual, esquecendo de considerar o mundo caído em que vivemos. Quando Adão e Eva rejeitaram a perfeição de Deus, deixaram-nos com essa miscelânea chamada vida — em parte boa, em parte não tão boa, em parte simplesmente má.

    Porém aqui estão as boas-novas. Apesar de Adão e Eva terem comido da árvore errada, Jesus foi pendurado no madeiro de outra árvore para que você e eu pudéssemos ser reconciliados com nosso Pai celestial. Por meio do sacrifício de Cristo, a árvore da vida nos é oferecida uma vez mais. Em vez de vagar pela vida confusas e solitárias, você e eu somos convidadas novamente à intimidade do Éden e à bela segurança de pertencer ao Senhor.

    O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, escreve o apóstolo João em 1 João 1.3, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo. O homem que desfrutou de amizade íntima com Jesus com parte de seu círculo mais próximo, aquele que reclinou a cabeça no peito do Salvador, nos dá boas-vindas à intimidade com Deus também.

    Mas essa doce comunhão requer uma escolha. Entregaremos nossa vida e seguiremos a Jesus sem reservas, ou reteremos o controle e seguiremos à distância? Comeremos da árvore que oferece conhecimento e autossuficiência ou participaremos da árvore que nos dá vida?

    10 SINAIS DE QUE VOCÊ PODE TER PROBLEMAS DE CONFIANÇA

    Confiar não é fácil neste mundo caído. Pessoas nos ferem. A vida nos decepciona. Se não tomarmos cuidado, podemos projetar esses problemas de confiança em Deus. Aqui estão alguns sintomas:

    1. Você mantém Deus à distância. Parece mais seguro assim. Você raramente passa tempo à sós com Ele ou faz perguntas objetivas, pois não tem certeza de querer ouvir o que Ele poderia dizer.

    2. Você permanece no banco do motorista. Quando diz: Deus é meu copiloto, significa isso. Você não consegue imaginar entregar o volante por medo de para onde Ele poderia levá-la.

    3. Sua vida de oração tende a ser sem vida — ou não existir. Você faz orações repetidas por hábito, se é que ora. Você alega que não quer incomodar Deus com seus problemas, mas, na verdade, não quer ficar desapontada.

    4. Você limita Deus com suas limitações. Você até crê que Deus pode fazer qualquer coisa, mas não acredita que Ele possa fazer por seu intermédio. Principalmente quando a situação parece impossível.

    5. Você não sente o amor de Deus. Embora você creia que Jesus morreu por seus pecados, secretamente acha que deve merecer seu favor. Parece impossível que Ele pudesse aceitá-la e amá-la plenamente do jeito que você é.

    6. Você luta para adorar. As palavras parecem insípidas em sua língua. Enquanto parte de você quer expressar seu amor a Deus, a outra parte se sente distante, vazia e seca.

    7. Você raramente se conecta com a Palavra de Deus. Você pode até ler a Bíblia por obrigação, mas luta para se identificar com o que leu. As amorosas palavras do Pai raramente tocam seu coração.

    8. Você duvida da bondade de Deus. Pelo fato de a vida ser difícil, você luta para acreditar que Deus está do seu lado e está trabalhando em seu favor. Quando Ele abençoa outras pessoas, você às vezes se ressente por não ser você.

    9. Você secretamente acredita que Deus está furioso com você. Quando algo dá errado, você supõe que Deus a esteja punindo. Mesmo quando se arrepende, você luta para aceitar o perdão de Deus.

    10. Você se sente estagnada. Remorso do passado, ressentimento do presente e medo do futuro a impedem de confiar plenamente em Deus. Você passa um momento difícil imaginando um modo de vida diferente.

    Se você se viu em qualquer uma dessas descrições, apresente seu problema de confiança a Jesus e resolvam isso juntos. Ele quer curar seu coração e libertá-la do medo e da falta de fé.

    Não temas, porque eu sou contigo [...]

    eu te esforço, e te ajudo.

    Isaías 41.10

    Escolher a árvore certa não garante que escaparemos das consequências deste mundo caído. Seguir a Jesus não necessariamente responderá a todos os nossos questionamentos. Mas quando comermos da árvore certa, aquelas perguntas não parecerão tão importantes. Em vez de tentar entender os mistérios da vida e por que o mal parece vencer com mais frequência do que o bem, seremos capazes de descansar nosso coração no amor do Pai. Confiando em seu caráter, em sua sabedoria, em seu poder.

    Vivenciando a liberdade que é disponibilizada quando entregamos a Deus o controle de nossa vida incontrolável.

    A Lógica Linda de Confiar em Deus

    Não sei você, mas se eu fosse Deus e Adão e Eva me rejeitassem, eu teria apertado o botão de reiniciar e começaria a criação de novo. Um novo céu e uma nova terra. Um homem e uma mulher diferentes. E nenhuma serpente seria encontrada.

    Mas em vez de permitir que o pecado arruinasse seu plano, Deus imediatamente começou o processo de redenção. Em sua misericórdia, Deus cobriu a nudez do casal. Seu amor os acompanhou fora do jardim e os ajudou a percorrer o mundo cruel. E seu amor e misericórdia ainda nos alcançam hoje. Persuadindo-nos a voltar ao relacionamento com aquEle que nos conhece, e mesmo assim nos ama muito.

    É desconcertante para mim que rejeitemos com tanta frequência as propostas do nosso Pai celestial e escolhamos viver do nosso jeito. Porque existe uma lógica linda em confiar em Deus — junto com múltiplas razões de Ele merecer nossa fé:

    Deus nos criou. Ele nos formou no ventre da nossa mãe e está profundamente familiarizado com todos os nossos caminhos (Sl 139.3-13). Faz todo sentido que o nosso Criador conheça o melhor maneira de vivermos.

    Deus nos ama. Não importa o que estejamos enfrentando, podemos confiar que Ele é por nós, e não contra nós (Rm 8.31). Deus está sempre trabalhando em nosso favor, e Ele quer tornar seu amor real aos nossos corações.

    Deus nos redimiu. Ele adquiriu a nossa liberdade por meio da morte de seu Filho e nos restaurou para o relacionamento correto com Ele (Tt 2.13,14). Ele ama resgatar tudo que o inimigo pretende que seja para o mal transformando em algo bom.

    Deus nos dá poder. Por sermos incapazes de viver piedosamente sozinhos, Ele nos dá o Espírito Santo para nos guiar e nos ensinar, enchendo-nos com o poder de que precisamos para nos tornarmos tudo o que Deus quer que sejamos (2 Co 3.18).

    Mas há outra forte razão para confiar no Senhor que, em minha opinião, supera todas as outras razões. Encontra-se no que nossa dependência significa para o coração do nosso Pai. Em um sentido muito real, confiança é a linguagem do amor de Deus. Nada o alegra mais do que quando colocamos toda a nossa esperança nEle. Você e eu não somos uma experiência cósmica para manter o céu ocupado. A humanidade não é parte de um projeto científico celestial monitorando como oito bilhões de ratos interagem em um laboratório chamado planeta Terra. Somos filhos de Deus, cada um de nós amado e desejado exclusivamente. Projetado de modo primoroso para um lugar especial no coração do Pai.

    Contudo, para falar a linguagem do amor de Deus e ter acesso à vida que somos destinados a viver, devemos abraçar a confiança — nos rendendo e nos apegando à fé. Qualquer coisa menos do que isso afeta todas as áreas de nossa vida.

    •Quando não confiamos em Deus, somos rápidas em nos preocupar e lentas para orar.

    •Quando não confiamos em Deus, lutamos para perdoar.

    •Quando não confiamos em Deus, murmuramos e reclamamos.

    •Quando não confiamos em Deus, construímos muros de autoproteção.

    •Quando não confiamos em Deus, tentamos microgerenciar nosso mundo.

    •Quando não confiamos em Deus, reagimos mal em vez de responder com sabedoria.

    •Quando não confiamos em Deus, vivemos como órfãs em vez de como filhas amadas.

    •Quando não confiamos em Deus, perdemos a alegria e a liberdade de pertencer a Ele.

    Em vez de andarmos por aí com uma máquina de rótulos embutida, definindo a vida a partir de nosso entendimento limitado — e muitas vezes entendendo errado.

    Rotulando nossa Vida de Modo Errado

    Você já usou um daqueles equipamentos portáteis que confeccionam tiras adesivas impressas para ajudá-la a organizar sua vida? Com alguns giros do disco alfabético ou alguns movimentos no teclado embutido, você pode rotular sua gaveta de meias e encontrar qualquer coisa na cozinha com uma única olhada. Mas você precisa ter o cuidado de colocar os rótulos certos nos itens certos. Caso contrário, poderia acabar colocando pimenta em pó em vez de canela em sua torta de pêssego!

    É exatamente o que acontece quando usamos o criador de rótulos interno que foi instalado na Queda. Comer da árvore da ciência do bem e do mal em vez de comer da árvore da vida distorceu nossa perspectiva, levando-nos a rotular de modo errado as coisas como o mundo faz, chamando ao mal bem e ao bem, mal (Is 5.20). Porque nosso entendimento humano é limitado, e nos leva a marcar bênçãos como boas e provações como más, sem perceber que Deus está trabalhando em ambas.

    Uma conhecida história descreve um fazendeiro cujo cavalo fugiu. Seus vizinhos foram expressar solidariedade. Sentimos muito pelo que aconteceu com seu cavalo. É lamentável, disseram. Mas o fazendeiro simplesmente respondeu: Talvez.

    No dia seguinte, o cavalo voltou com sete cavalos selvagens. Que sorte! Agora você tem oito cavalos, disseram os vizinhos. Mas novamente o fazendeiro respondeu: Talvez.

    Quando o filho do fazendeiro tentou domar um dos cavalos, caiu e quebrou a perna. Oh, meu Deus. Isso é terrível, disseram os vizinhos. Mas o velho homem apenas encolheu os ombros. Talvez.Quando soldados foram ao vilarejo recrutar combatentes, rejeitaram o filho por causa da perna quebrada. Que sorte para você!, exclamaram os vizinhos. Mas o fazendeiro apenas sorriu e disse: Talvez.³

    Há muita sabedoria na resposta do fazendeiro porque somente Deus sabe o que é verdadeiramente bom e o que é mal. Comer da árvore errada tende a nos fazer acreditar que nossa sabedoria é perfeita e nossa percepção de uma situação é a palavra final, mas somente Deus conhece a verdade. Só Ele sabe o porquê por trás da situação e como tudo se resolverá no final. Logo, não faz sentido deixar os rótulos com Ele?

    Nosso grande Redentor é especialista em redefinir o bem e o mal, dando um novo propósito ao pior que o Inferno distribui para que passe a servir aos seus propósitos eternos. Assim como Ele fez na vida de um jovem pastor chamado Davi.

    Uma Perspectiva Melhor

    Ao longo deste livro, vamos explorar a vida de Davi, pois ele é um grande exemplo de como é confiar em Deus em todas as áreas da vida. Graças a Deus, temos conteúdo abundante de onde aprender. Com 66 capítulos dedicados à sua história no Antigo Testamento e 59 referências à sua vida no Novo Testamento, mais foi escrito sobre Davi do que qualquer outro personagem bíblico.

    Embora nem sempre agisse de maneira correta, Davi tentava centrar sua vida em conhecer e agradar a Deus. Ao longo dos Salmos, ele continuamente nos chama a confiar em Deus — usando a palavra 49 vezes na versão King James da Bíblia, segundo minhas contas.

    Bem-aventurado o homem

    que põe no Senhor a sua confiança [...]. (40.4)

    Confiai nele, ó povo [...]

    Deus é o nosso refúgio. (62.8)

    E em ti confiarão os que conhecem o teu nome;

    porque tu, Senhor, nunca desamparaste os que te buscam. (9.10)

    Este último versículo é digno de nota, pois no Antigo Testamento, cada nome de Deus revela um aspecto do seu caráter. O que é importante, pois só confiamos em quem conhecemos.

    Desde tenra idade, Davi ansiava conhecer o Senhor intimamente. Isso resultou em profunda amizade e contínua dependência em Deus que podem ter sido cultivadas durante os dias e noite solitários que passou cuidando do rebanho de seu pai. Seja qual for a fonte, com certeza estava presente na época em que ele era jovem, quando Deus o escolheu para ser o rei.

    Quando Samuel foi enviado para ungir um dos filhos de Jessé para ser o próximo rei de Israel (1 Sm 16.1-13), o profeta convidou toda a família para uma cerimônia religiosa para que pudesse discernir a escolha do Senhor (v. 5). Todavia, por alguma razão — talvez como mais novo ele precisasse cuidar do rebanho da família — Davi não foi incluído na fila. Após Samuel conhecer os irmãos mais velhos de Davi, mais admiráveis, Deus fez o profeta perguntar se havia mais algum filho. Jessé chamou Davi dos campos, e Deus confirmou que era ele (v. 12).

    Enquanto o azeite escorria pelo rosto do jovem, sua mente deve ter se acelerado. Sacerdotes e reis recebiam unção — não jovens pastores insignificantes, aparentemente esquecidos pelo pai. Embora Davi não tenha sido declarado rei publicamente naquele momento, o historiador do primeiro século Josefo afirmou que Samuel sussurrou o significado simbólico da unção no ouvido do jovem: Você será o próximo rei.

    Por que eu? Davi deve ter se perguntado. O que o destacava de homens mais velhos, mais hábeis? Em Atos 13.22, Deus revela o motivo: Achei a Davi, filho de Jessé, varão conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade.

    Oh, como eu desejo que Deus possa declarar isso a meu respeito! Quero ser conhecida como uma mulher que conhece a Deus tão intimamente que lhe obedece implicitamente — uma mulher conforme o coração de Deus. E você?

    Ter um coração assim requer que deixemos de lado o criador de rótulos do nosso entendimento e confiemos em Deus para definir e corrigir tudo que mexe com nossa vida — incluindo nossa visão dEle. Porque até que cheguemos a conhecer o Senhor intimamente e a ver a vida pelas lentes de quem Ele é, não teremos a perspectiva adequada do que acontece conosco, nem compreenderemos plenamente a profundidade do seu amor.

    Amo o conselho dado por Paterno, bispo do sexto século:

    Pense em Deus magnificamente. Magnifique sua providência: adore seu poder; frequente seus cultos; e ore a Ele frequentemente e de modo incessante. Mantenha-o sempre em sua mente; ensine seus pensamentos a reverenciá-lo em todos os lugares, pois não há lugar onde Ele não esteja. [...] Tema e adore, e ame a Deus; primeiro, e último, pense em Deus magnificamente.

    É minha oração que enquanto você lê este livro permita que o Espírito Santo amplie seu entendimento de quem Deus verdadeiramente é: seu Pai digno de confiança. Seu misericordioso Salvador. Seu terno Consolador. Seu fiel Amigo. Não permita que rótulos criados por experiências anteriores ou por falta de experiência minimizem a obra de Deus em sua vida. Deixe Deus fora da caixa de seu pensamento limitado — pois nossa visão de Deus determina nosso nível de confiança.

    Se tenho um conceito baixo de Deus, minha religião só pode ser um relacionamento ordinário, aguado, escreve A. W. Tozer. Mas se meu conceito de Deus é digno de Deus [...] ela pode ser reverente, profunda, bela.

    Para ajudar a fortalecer seu entendimento de Deus, inclui uma lista de seus atributos no Apêndice B. Escolha um para meditar ao longo desta semana e permita que seu conceito de Deus aumente.

    Se permanecermos ignorantes acerca do caráter de Deus e de seus propósitos na terra, constantemente colocaremos rótulos errados em sua obra e questionaremos seus motivos. Passaremos a vida olhando pelo lado errado de um telescópio. Deus parecerá minúsculo, e nossos problemas parecerão enormes.

    Mas quando pensamos magnificamente em Deus, o Espírito Santo gira o telescópio para que vejamos Deus de modo correto. Consequentemente, nossos problemas se reduzem às suas proporções adequadas. Pois à luz do amor de Deus, vemos a vida — e nós mesmos — através das lentes certas.

    Confiança Incondicional

    Ao longo dos anos, Deus tem usado Provérbios 3.5,6 para recalibrar minha alma. Esse texto se tornou tão precioso para mim que é o versículo da minha vida e o tema deste livro:

    Confia no Senhor de todo o teu coração

    e não te estribes no teu próprio entendimento.

    Reconhece-o em todos os teus caminhos,

    e ele endireitará as tuas veredas.

    Ao começarmos essa jornada juntas, eu gostaria de olhar mais de perto cada linha dessa passagem bíblica poderosa. Pois ela contém dicas importantes de como podemos conhecer a Deus, confiar em Deus e nos tornar pessoas conforme o seu coração.

    Confia no Senhor de todo o teu coração.

    Confiança hesitante não basta. Temos que trazer tudo à mesa, incluindo tudo o que somos. Não podemos confiar em Deus com todo o nosso ser se estivermos fazendo planos alternativos caso Ele não apareça. Deus está buscando entrega incondicional e confiança contínua nEle. Dia a dia. Minuto a minuto. Como Davi escreve em Salmos 62.5:

    Ó minha alma, espera somente em Deus,

    porque dele vem a minha esperança.

    E não te estribes no teu próprio entendimento.

    Resíduo duradouro da árvore da ciência torna difícil desapegarmos de nossa necessidade de entender. Rainhas dos consertos por natureza, achamos que devemos ser capazes de resolver a vida por nossa conta. Mas o nosso intelecto humano sempre será limitado e, com frequência, falho. Todavia, quando convidamos Deus para a equação, Ele promete nos tornar mais sábias. Como está escrito em Tiago 1.5, "E, se algum de

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