As Cartas Que Não Enviei
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As Cartas Que Não Enviei - Ana C. S. Nogales
ANA C. S. NOGALES
AS CARTAS QUE NÃO ENVIEI
Porque algumas verdades só se escrevem para dentro
Para quem já escreveu sem enviar.
Para quem sentiu sem dizer.
Para quem sobreviveu em silêncio,
e, mesmo assim, continuou a amar.
- Ana C. S. Nogales
2
Introdução
Antes de tudo, eu precisava escrever.
Eu não sabia por onde começar.
Talvez porque o começo sempre ardeu demais.
Ou porque, no fundo, eu nunca quis contar.
Só entender.
Essas cartas não nasceram de um plano e sim de um silêncio que começou a doer.
De uma lembrança que insistiu em voltar.
De um peso que já não cabia no corpo.
Sentei e escrevi.
Sem intenção, sem pressa, sem rumo.
E, enquanto as palavras vinham, percebi que abria portas que eu mesma havia fechado.
Algumas com chave. Outras, com medo.
Por muito tempo, guardei tudo.
As palavras, as lágrimas, os porquês.
Acreditei que o silêncio fosse uma forma de perdão.
Mas o silêncio também adoece.
E descobri que às vezes é preciso dizer, mesmo que ninguém escute.
Então escrevi.
Para mim.
Para aquela que ainda se assusta com o barulho da própria dor.
Para aquela que falou e não foi ouvida.
Para aquela que aprendeu a seguir, mesmo sem entender o caminho.
