A polícia mata uma pessoa negra a cada quatro horas. Esse é o resultado de um levantamento feito pela Rede de Observatórios da Segurança realizado nos estados da Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Das 2.653 mortes com registro racial ocorridas em 2020, 82,7% tiveram como vítima pretos ou pardos. Embora, hoje, eles representem cerca de 56% dos brasileiros. O levantamento coloca a polícia do rio de janeiro no topo da lista em números absolutos, como 939 casos. A Bahia lidera proporcionalmente, com 98% das vítimas negras. O resultado é mais uma manifestação do racismo estrutural no país que faz, por exemplo, com que pretos e pardos tenham 2,6 vezes mais chances de ser assassinados, representem 2/3 de todos os encarcerados e apresentem expectativa de vida três anos menor que de brancos. 

Para discutir as causas e manifestações do racismo estrutural no Brasil, participa deste episódio Rafael Alcadipani, professor da FGV-EAESP e associado Pleno ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Com apresentação de Carol Nogueira, este podcast é produzido pela Maremoto para a CNN Brasil.

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