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UM MOVIMENTO, DIFERENTES VELOCIDADES

Quando os grandes navios passaram a cruzar os mares da Terra, um problema surgiu para os antigos capitães: como calcular a velocidade da embarcação (e fazer estimativas de sua posição) quando se está navegando na superfície fluida de um oceano, sem nenhuma referência física ou visual. Por estranho que nos pareça hoje em dia, até meados do século 19, a maneira mais usual de calcular essa velocidade era usando um flutuador, um cordão e uma ampulheta, como se vê em algumas superproduções sobre piratas. O flutuador era, usualmente, um painel de madeira semicircular com pesos em uma das bordas. Na água, ficava quase totalmente submerso e perpendicular à superfície – o mais “fixo” possível à massa líquida ao seu redor e livre da ação dos ventos. Atava-se a ele uma corda fina e resistente, ligada a um grande carretel na popa do navio. A corda tinha uma sequência de nós, amarrados a uma distância fixa de 47 pés e 3 polegadas (aproximadamente 14,4 metros) uns dos outros. Um marinheiro lançava o flutuador da popa do navio em movimento, em inglês, abreviado kt) é de 20,25 polegadas por segundo, ou uma “milha náutica” (m ou nm) por hora. O que equivale a 1,852 quilômetro por hora.

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