Caminhos do retrato criativo
O processo criativo no retrato permite inúmeras formas de abordagem, que iniciam na pesquisa de modelos e locações, se desdobram na escolha do equipamento e da iluminação, na criação de cenários, figurinos e maquiagens, e terminam no processo de edição e tratamento digital. Fotógrafos especializados no segmento dão pesos distintos a essas etapas, segundo o estilo de cada trabalho, caso de quatro profissionais renomados que chamam a atenção pela criatividade: a alemã Jamari Lior, a ucraniana Irina Dzhul e os brasileiros Walda Marques e Leo Martins.
Jamari Lior é o nome artístico adotado por Maja Jerrenstrup, nascida em Colônia, na Alemanha, referência para vários fotógrafos brasileiros que acompanham seu trabalho pela internet. Lior é dona de um estilo marcado por uma influência da mitologia indiana, em particular, e das mitologias, em geral. Ela concebe imagens tendo em vista a expressão de um inconsciente coletivo, retratando sempre corpos femininos, que transmitem um clima nonsense, com força e sensualidade.
A fotógrafa alemã explica que as ideias para novos trabalhos surgem principalmente quando ela está exposta a novas experiências e impressões, sobretudo quando viaja. “Todos os anos passo pelo menos um mês na Índia e, ao todo, já contabilizei três anos vivendo naquele país, que tem grande influência sobre meu trabalho. A estética indiana busca veicular mensagens simbólicas dissolvendo as fronteiras entre a obra de arte e o público. É nisso que me esforço, que
