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Representações líquidas
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E-book119 páginas1 hora

Representações líquidas

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Sobre este e-book

O livro Representações Líquidas lança um novo olhar sobre os processos de sociabilidade que produzem as imagens fotográficas, com foco especial para as áreas de Divulgação Científica, Fotojornalismo e Publicidade. A obra discute a questão da "representação" sob o cenário formado por um composto de mediações líquidas, muito fortalecido pelas novas tecnologias e os novos processos de consumo e produção de conteúdo imagético. Além de apontar dois espaços existentes na constituição da abordagem, espaço plástico e espaço de consumo, a publicação sinaliza também a importância das representações tradicionais, seus traços no novo contexto e a formação em curso de um vasto acervo de referentes imaginários nessa constituição. O autor destaca, com base nessa flexibilidade estética enunciativa, que as representações tradicionais são essenciais para se compreender a narrativa dos movimentos oscilatórios de representação nas imagens. Trata-se de um jogo de uso e descarte, de magnitude experimentativa. Imagens representativamente líquidas são um produto organizado em torno da procura do observador e vigorosamente interessado em manter essa procura permanentemente insatisfeita, portanto significativo como abordagem estética. Essa é a raiz das representações líquidas, numa despretensiosa conceituação teórica desenvolvida pelo autor a fim de explicar os processos contemporâneos de sociabilidade ligados às imagens fotográficas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jan. de 2017
ISBN9788547303761
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    Representações líquidas - Flaviano Quaresma

    Editora Appris Ltda.

    1ª Edição – Copyright© 2017 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.

    Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.

    Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

    A meu pai e meus irmãos, por todo carinho e apoio.

    À Enne, de quem nunca me esqueço.

    Agradecimentos

    Agradeço ao professor Antônio Roberto Faustino e à professora Salett Tauk, pelo incentivo. Vocês impulsionam meu crescimento.

    À Maria Luiza Rocha, pelo entendimento amplo teórico da exploração do campo da Comunicação, que impulsionou a trilhar meu próprio caminho no estudo que deu origem à perspectiva das Representações Líquidas.

    Aos meus alunos de Fotografia, que debateram em momentos oportunos as possíveis representações líquidas em imagens do dia a dia, Pedro Mendes, Thiago Bencke, Marcelo Anderson, Bianca Rodrigues, Vivian Ramos e o nosso querido John John. Os debates foram esclarecedores, inclusive para mim.

    Aos amigos, que me incentivaram a levar adiante esta publicação, Inês Genoese, Valter Lima e Raquel Lobão.

    Ao Bruno, pelo apoio nos momentos difíceis, mas também nos bons momentos.

    Ao Fred, que incondicionalmente esteve sempre presente ao meu lado, em todos os momentos da adaptação do texto para este livro. Suas idas e vindas foram essenciais, cheias de alegria, coragem e afetos.

    Prefácio

    Compreender como se constroem as identidades contemporâneas, que Bauman chama de identidades líquidas, tem sido uma preocupação recorrente de pesquisadores da comunicação que se debruçam sobre a interpretação das representações sociais em tempos de crise de sentido dessas representações. Nesse cenário, característico da pós-modernidade, homens e mulheres encontram-se seduzidos pelas propostas de aventuras e avessos a qualquer fixação de compromisso, para se prevenir, como assinala Zygmunt Bauman (1998), da ossificação de quaisquer hábitos adquiridos, e buscar cada vez mais novas experiências.

    Flaviano é um desses estudiosos, cujo espírito inquieto e inteligência brilhante levam-no à compreensão de que a interpretação dos fenômenos que envolvem as representações do mundo sensível não pode se limitar, como no passado, a abordagens teóricas tradicionais. Em outras palavras, as teorias sobre as representações sociais, erigidas e consolidadas pela modernidade, perderam, de certo modo, a capacidade explicativa da realidade dos tempos pós-modernos ou de modernidade líquida.

    Desde o início da sua formação, Flaviano traz consigo uma verve de pesquisador inconformado com as abordagens positivistas dos fenômenos da comunicação, o que o levou a desenvolver, no programa de mestrado em Comunicação para o Desenvolvimento, um estudo sobre as representações de jovens agricultores familiares em processo de hibridização da sua cultura, uma cultura popular, com a cultura de massa, materializada no reality show Big Brother Brasil.

    Sempre ancorado na perspectiva teórico-metodológica dos Estudos Culturais, ele traz agora uma pesquisa ensaística no campo da fotografia com foco na divulgação científica, no jornalismo e na publicidade, sem perder de vista o seu fio condutor: as identidades líquidas.

    Tomando como elementos empíricos de análise as fotografias produzidas por Sebastião Salgado para o livro Gênesis, o autor parte para perscrutar o universo imagético de Salgado, na busca de flagrar no olhar do fotógrafo a possível existência de processos representacionais líquidos, como também no espaço plástico das suas imagens.

    A busca das representações líquidas no fotojornalismo e na publicidade exigiu o cotejamento das teorias que tratam das representações e estudos de imagem. Nesse sentido, o cuidado epistemológico com a construção do seu objeto de pesquisa fez com que Flaviano construísse os seus argumentos apoiado em autores fundamentais à compreensão dos processos de identidade e representação social, como Bourdieu, Baudrillard e Bauman, além do estudo de imagem em Rolland Barthes e Boris Kossoy.

    Sinto-me recompensada em prefaciar este livro, por me identificar com as matrizes teóricas da obra no âmbito dos Estudos Culturais, em tempo de pós-modernidade. Mas, acima de tudo, porque os argumentos do autor, com quem desenvolvi uma cumplicidade afetiva e intelectual, ajudam a fortalecer teses com as quais me identifico: uma expressa nas palavras de Mccullin, quando afirma que apertar o disparador da câmera não é algo tão intuitivo e passional como se divulga ser o trabalho do fotojornalista. A outra

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