LITTLE NIGHTMARES II
Um garotinho acorda em uma floresta sombria, iluminada pelo brilho fantasmagórico de uma enorme TV de tubo. Esse jovem é Mono, o protagonista de Little Nightmares II, e o clima tenebroso da floresta é só o começo da aventura – e saiba que a mata é o cenário menos perturbador desse excelente jogo de plataforma.
Não muito longe dali, Mono encontra Six, a protagonista do Little Nightmares original. Controlada pela máquina, ela é a principal adição à fórmula do jogo, que agora traz mecânicas cooperativas para seus puzzles e plataformas, similares às de Unravel 2, de 2018. Six é uma companheira bem esperta, que sabe a hora de correr e se esconder, além de ajudar Mono a alcançar objetos e plataformas distantes. E ela só ajuda mesmo depois que o jogador entende o que é preciso fazer, para não se antecipar e estragar o desafio. Six parece frágil e se assusta com facilidade, mas não podemos julgá-la, diante das surpresas que o jogo apresenta. As duas crianças são muito menores do que os inimigos que as perseguem e mesmo quando têm a chance de lutar, as armas encontradas são grandes demais e seu manuseio é muito desajeitado. Tudo proposital e cumpre o objetivo de fazer você sentir que não pertence a aquele mundo, já que até mesmo a maçaneta de uma porta é algo quase impossível de se alcançar. A sequência de dificuldades e perigos deixa o jogador sempre ansioso, sentado na beira da cadeira, enquanto avança pelos cinco capítulos de terror surreal.
CLIMA DE TERROR
Assim como no game original, o terror nessa sequência não vem de ou de banhos de sangue aleatórios como em outras obras do gênero. Ele é construído pela beleza perturbada de seus cenários, objetos e personagens. Os vilões do jogo, sejam adultos enormes e grotescos, ou mesmo crianças cruéis que infernizam os pequeninos com armadilhas mortais, parecem saídos de uma
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