Atacama UM DESERTO CHEIO DE POSSIBILIDADES
Parece pouco provável que um lugar que tecnicamente é apenas um deserto, “temperado” por um calor insano de dia, um frio de lascar à noite e um pó que gruda no rosto sempre que se fica um tem po ao ar livre, possa ser surpre endente e inesquecível. Mágico, enfim. No Atacama, no entanto, a palavra mo notonamente associada a um ambi ente inóspito, infértil e árido nada tem de contraditório com os adjetivos que exprimem fascínio e deslumbramento. No norte do Chile, esse mundão de areia é um terreno loucamente multifacetado: embora haja poucas plantas e pouca diversidade animal e não falte terra seca, há várias lagoas esverdeadas, tonalidade realçada ainda mais pelo rosa dos flamingos que nelas desfilam. Gêiseres cospem água fervente. Um salar serve de estrada, já que o chão, recoberto por sal petrificado, se estende por 100 km de comprimento e 80 km de largura. E vulcões se erguem a 5 mil metros, desafiando a resistência de trekkers e ciclistas.
Há uma estupenda sucessão de paisagens e de contornos surreais, é verdade, mas a secura e a baixa umidade do ar, literal mente sentidas na pele, não deixam esquecer que o Atacama é o deserto mais árido do mundo. Ao passar por cima desses efeitos colaterais, porém, você será brindado não só com esses cenários, mas com experiências como contemplar um
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