As dicas DE QUEM JÁ ESTÁ LÁ
Deixar o seu país e ir viver em outro. Releia a frase anterior. Perceba a força da ideia de abandonar a sua terra em busca de uma condição melhor num lugar diferente. A quantidade de consequências dessa resolução é infinita. E se a decisão de partir envolve uma série de dúvidas, o mesmo pode-se dizer da execução. Complexa, passa por várias etapas, muitas vezes inesperadas, por mais planejamento que se faça. Da ideia de se mudar para o exterior até a adaptação à nova rotina, existe um oceano de distância. É mais do que buscar dinheiro, tranquilidade ou segurança. Sair do país é reinventar-se e dar novo sentido a uma só vida, à de um casal ou à de uma família. Mas, quer saber? Pode ser bom demais.
Não dá para definir um único motivo que tenha levado cada vez mais brasileiros a cruzar o mar rumo a Portugal, mas há algo de paradoxal em traçar o caminho inverso dos navegadores lusos há pouco mais de 500 anos. Para muita gente, a insatisfação com a atual situação socioeconômica nacional se mistura a um pessimismo quase perene quanto ao futuro. Acredita-se que, na Europa, indicadores de segurança, educação e saúde mais altos possam se transformar imediatamente em maior qualidade de vida. Afinal, é isso que todos almejam, para si e para seus queridos.
É por conta disso que, por mais diferentes que sejam os perfis dos brasileiros que vão morar em Portugal, a busca por dias mais tranquilos permeia o discurso de todos. A paulistana Evelin Guedes, de 37 anos, por exemplo, resolveu trilhar esse caminho em fevereiro de 2016. À época, trabalhava como enfermeira no Brasil, e seu marido, Leandro Guedes,
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