Samambaias
As samambaias são plantas incríveis, mas pouco tem sido escrito ou falado sobre elas. E não é por falta de tempo: elas já estavam neste planeta há mais de 50 milhões de anos quando o primeiro dinossauro apareceu por aqui, e continuam firmes e fortes até hoje. Se comparadas com as plantas com flores, as samambaias são cerca de 150 milhões de anos mais antigas, então não se pode dizer que falta a elas experiência.
Quando as primeiras florestas verdadeiras surgiram, há mais de 300 milhões de anos, as samambaias estavam entre as poucas plantas capazes de crescer nas imensas áreas de sombra que se formavam sob as copas dos novos gigantes. Milhões de anos depois, essas plantas ainda estão entre as mais eficientes nesta atividade, e costumam representar mais que 80% das plantas sob as sombras nas imensas florestas de coníferas no hemisfério Norte. Por aqui, no mundo tropical e subtropical, elas ocupam não só o chão, mas os galhos das árvores, perfazendo cerca de 10% da biomassa de epífitas. No mundo, existem quase dez mil espécies deste grupo, ocupando desde a Groelândia e as ilhas ao Norte da Noruega, dentro do Círculo Polar Ártico, até as Ilhas Geórgia do Sul, não muito longe do extremo norte da Antártida.
As samambaias também são chamadas de fetos em um português mais arcaico, mas essa denominação é mais utilizada em Portugal do que no Brasil. O nome mais popular por aqui, “samambaia”, vem do tupi-guarani e significa “coisa torcida”, talvez uma alusão às folhas que surgem enroladas e se distorcem gradualmente ao se abrirem. Essas simpáticas plantas também são conhecidas como pteridófitas, um nome mais técnico que hoje está em desuso. Independentemente de como são chamadas,
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