Os mais conservadores podem não concordar, mas nu como arte fascina desde a antiguidade: escultores e pintores se esforçavam para representar o corpo em seu estado original, algo fácil de ser comprovado em qualquer museu que exiba obras de civilizações antigas, como a egípcia, a grega e a romana. Na fotografia, os primeiros nus surgiram na década de 1830 e, com o tempo, esse segmento acabou se tornando um dos mais cultuados e desafiadores. Do ponto de vista estético, os ensaios em p&B sempre passaram um sentimento mais artístico e glamouroso, conforme atestam os especialistas Brasilio Wille, Juan esteves, mário Laine, Guilherme Lechat, Vildnei andrade, tallyton alves, Fábio Hashimoto e alex curty. Mas é preciso saber realmente o que funciona na opção monocromática, e não apenas converter qualquer imagem colorida.
Para Brasilio Wille, mestre nos ensaios de nudez e sensualidade em estúdio, tudo começa na hora de captar as imagens. Ele, por exemplo, ajusta a câmera no modo monocromático para visualizar os tons de branco, preto e cinza. Fotografa em formato raW, que mantém todas as informações dos canais de cor do arquivo, e depois decide se mantém a imagem colorida ou a converte em p&B – veja na pág. 40 as dicas dele para uma conversão simples e eficiente.
Juan esteves, que prepara seu primeiro livro de nu artístico, lembra que o corpo nu inspira fotógrafos desde os primórdios da fotografia e que o p&B realmente pode ser visto como mais “nobre” ao longo da história,