MATÉRIA DE CAPA
Em uma arte em que a luz é o princípio de tudo, capturar imagens à noite sempre foi um desafio. A era digital veio para diminuir o sofrimento que o iniciante enfrentava diante da escuridão na era do filme, quandoosol ia embora e deixava o aprendiz de fotógrafo exposto aos seus erros com a câmera na mão e uma foto geralmente escura, sem detalhes, resultado de uma subexposição. Todos passam por isso, até fotógrafos experientes como Marcelo Portella, Alexandre Suplicy, Mario Baptista, Fabio Hashimotoe Victor Lima, que, com o tempo, aprenderam a dominar a luz na escuridão da noite ou na penumbra de um ambiente mal iluminado - aqui, eles dão dicas de como usar a falta de luz para produzir imagens de impacto.
O básico da fotografia em ambientes pouco iluminados ou à noite é entender que a luz, nem que seja uma réstia dela, precisa atravessar a lente e sensibilizar o sensor da câmera (antes era o filme). Mesmo na escuridão da noite, no alto de uma montanha, o céu emite luz. É por isso que imagens que mostram a Via Láctea sãofeitas com a técnica da longa exposição, ou seja, o obturador fica aberto deixando a luminosidade entrar: pode ser um tempo de 30s ou um pouco mais, por vários minutos ou por horas - depende do tipo de foto que se deseja (confira mais sobre isso na pág. 34 com as dicas de Victor Lima).
Quando há pouca luz, os parâmetros de exposição pedem uma velocidade mais baixa (o obturador fica mais tempo aberto), uma abertura de diafragma mais ampla (para mais entrada de luz) e uma sensibilidade ISO mais elevada (que aumenta a capacidade da superfície fotossensível em captara luz). Aliás, a fotografia digital revolucionou este último parâmetro, já que o sensor de hoje (principalmente o ) consegue gerar imagens de boa qualidade com sensibilidades extrema mente restritas no tempo do filme, como ISO 1.600,3.200 ou 6.400.
