São poucas as franquias de jogos que podem ser automaticamente associadas não só a um gênero específico, praticamente como sinônimo dele, mas também a todo uma ambientação específica. Call of Duty e jogos de tiro. Final Fantasy e RPGs. Diablo e RPGs de ação isométricos, com heróis medievais esmagando hordas de demônios e esqueletos em paisagens fúnebres, sempre em busca de itens melhores e do próximo nível de experiência, clicando sem parar em todos os oponentes que aparecem na tela do PC. É até curioso que uma franquia tão associada aos computadores esteja presente no PlayStation desde 1996 – e que agora chega ao PlayStation 5 em sua melhor forma, com o lançamento de Diablo IV.
E se quando Diablo III chegou ao PlayStation 3 (2013) ainda havia alguma dúvida ou estranheza na ideia de se jogar o RPG de ação da Blizzard em um console, agora no lançamento de Diablo IV a dúvida é: por que alguém jogaria de outra maneira? O novo game está mais em casa do que nunca nos consoles da Sony, em especial ao se jogar em modo cooperativo local – uma experiência que já era boa no game anterior e foi polida e aprimorada para o lançamento da nova edição, que não por acaso, chega simultânea com a versão PC, com direito à crossplay e progressão compartilhada. Ou seja, não importa em qual plataforma o jogador começar sua aventura pelo sombrio mundo de Santuário, ele poderá continuar com seus mesmos personagens, níveis e equipamentos em um PS5.
O novo game também é um ótimo ponto de partida para quem nunca teve um contato com . Isso porque a aventura se passa 50 anos depois dos eventos do último dá uma chance para quem quiser começar a acompanhar sua narrativa a partir de agora e permite que os desenvolvedores atuais possam criar suas próprias histórias, sem se prender tanto ao que foi estabelecido mais de 20 anos atrás pelos autores originais. É um novo começo, fortemente inspirado no que há de melhor nos jogos mais antigos.