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Senhor, ensina-nos a orar: Um clássico da oração
Senhor, ensina-nos a orar: Um clássico da oração
Senhor, ensina-nos a orar: Um clássico da oração
E-book442 páginas8 horas

Senhor, ensina-nos a orar: Um clássico da oração

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Sobre este e-book

Este livro foi escrito para quem deseja se mover para além da oração costumeira. Seu autor, o pregador norte-americano Morris Cerullo, é uma das maiores e mais respeitadas autoridades mundiais sobre o assunto. Nas páginas desta obra, você aprenderá que a verdadeira oração é muito mais do que uma repetição formal de palavras eloqüentes para impressionar os ouvintes. Ela é a chave do céu, e a fé é a mão que faz essa chave girar. A oração representa o grandioso poder que Deus quer que o Seu povo possua. Este livro ensina a como fazer uso dele. Tire proveito deste e de dezenas de outros segredos que Morris Cerullo revela nesta obra!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de dez. de 2016
ISBN9788576895459
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    Senhor, ensina-nos a orar - Morris Cerullo

    Ministério

    Introdução

    Desde a ocasião em que Deus disse Haja luz até o presente momento, nunca houve na história um tempo melhor e mais necessário para que o povo de Deus aprenda como orar, e ore.

    O clamor do Espírito advindo da sala do Trono de Deus é uma chamada divina, universal, para a oração.

    Embora estejamos testemunhando o maior mover de oração na história da Igreja, com milhões de cristãos mobilizados a orar, nunca houve uma necessidade maior dos cristãos saberem como orar com poder, como fazer orações que vão além da oração comum, e que sejam divinamente potencializadas e carregadas pelo Espírito Santo.

    Estou convencido de que as orações normais dos cristãos são insuficientes para propiciar a este mundo os avanços espirituais arrojados de que necessitamos hoje.

    Algo sobrenatural deve ocorrer e começar a acontecer quando começarmos a orar de maneira incomum. Isto literalmente demolirá as fortalezas de Satanás sobre as nações. A oração comum não fará isso!

    Antes que as últimas fortalezas satânicas remanescentes sejam destruídas, deve haver uma manifestação sobrenatural do Espírito de Deus no Corpo de Cristo, movendo-nos a uma dimensão mais elevada de oração.

    Deus me deu um mandato – uma estratégia poderosa do tempo final para alcançar o mundo e cumprir a Sua vontade nas nações, antes que Cristo volte.

    Deus disse: Levante uma cobertura de oração sobre o mundo.

    Deus vai levantar um exército de oração composto de guerreiros espirituais invencíveis que orarão em um nível novo, como se a salvação do mundo dependesse deles. Estes guerreiros espirituais estarão sob um peso de oração por este mundo. Orarão até que este mundo seja abalado pelo poder de Deus.

    Hoje há terroristas no mundo natural. Depois de 11 de setembro, Deus me falou que Ele está levantando Terroristas Espirituais.

    Deus está levantando homens e mulheres que se moverão para um novo nível de oração de batalha espiritual estratégica!

    Esta dimensão de oração supera o tipo de oração normal, tradicional. É a oração que transpõe a nossa mente natural e se move no sobrenatural para se apossar do impossível!

    Há milhares de livros bons escritos sobre oração. Meu desejo não é apenas produzir mais um livro sobre oração que seja lido e colocado em uma estante para acumular poeira.

    A minha oração é que você, independentemente do seu nível atual de experiência na oração, receba ao ler as páginas deste livro uma nova paixão consumidora para orar, e que o clamor do seu coração seja: Senhor, ensina-me a orar!

    O Espírito Santo, que é um intercessor por excelência, é o nosso mestre.

    À medida que você ler esta obra, peça ao Espírito Santo para levar você a ultrapassar as limitações da sua mente natural. Peça-Lhe para abrir o seu entendimento espiritual e ensinar-lhe como fazer orações que toquem o coração de Deus e resultem na Sua vontade realizada na sua vida, na família, no ministério e nas nações do mundo.

    Peça-Lhe que unja a sua boca com o fogo do Espírito Santo, que libere sobre você uma nova unção para orar e leve você a um novo nível de oração de estratégica de guerra.

    Aproxime-se de Deus de todo o seu coração e comece uma jornada espiritual para o Santo dos Santos, onde Ele está aguardando você.

    Prepare-se para receber mais respostas de oração do que as que você já experimentou na sua vida!

    — Irmão Cerullo

    1. Além da Oração Comum

    Estamos em uma jornada espiritual na busca apaixonada por Cristo, para aprendermos a orar na mesma dimensão poderosa e ilimitada que Ele ensinou e demonstrou.

    Sabemos que é possível!

    Sabemos que Cristo deseja que vivamos em uma dimensão de oração poderosa, sobrenatural, onde nada nos é impossível!

    Não estamos satisfeitos com o status quo, em viver abaixo do pleno potencial do poder verdadeiro de oração que Cristo pretendeu que a Sua Igreja possuísse!

    O clamor que brota do mais profundo do nosso ser é: Senhor, ensina-nos a orar!

    Independente do nível atual de experiência com a oração, Cristo está chamando você para se levantar e ajuntar-se a Ele, do Seu lado, em oração e intercessão estratégica, que resultarão em cidades inteiras, nações e povos transformados pelo Seu poder!

    Você está pronto e desejoso de mover-se além da oração costumeira para esse novo nível estratégico de oração?

    Quão faminto você está por uma manifestação nova da Sua Presença?

    Quão faminto você está para receber uma unção e a transmissão renovada do Seu Espírito?

    Você está suficientemente faminto para morrer para si mesmo e para a dependência da sua mente e de suas habilidades naturais?

    A primeira coisa que você deve querer fazer é deixar de lado todas as idéias pré-concebidas, as tradições inventa­das pelo homem e as ideologias religiosas concernentes à oração.

    Essas coisas somente sobrecarregam você e o impedem de avançar no Espírito para uma nova revelação e expe­riên­cia na oração.

    A oração que prevalece é um meio ordenado por Deus para expandir o Seu reino, para derrotar Satanás e seu império de trevas e malignidade, para cumprir o plano eterno de Deus e para efetuar a Sua vontade boa sobre a terra.

    — Wesley L. Duewel

    A oração verdadeira é muito mais do que uma repetição formal de palavras eloquentes para impressionar os ouvintes. É mais do que simplesmente repetir ou citar orações de um livro de oração.

    A oração que move a mão de Deus para produzir a Sua vontade sobre a terra não está baseada nas estratégias bem planejadas desenvolvidas pela nossa mente natural.

    A oração verdadeira transcende as limitações da nossa mente natural porque ela nasce do Espírito.

    "A oração em si é uma arte que

    apenas o Espírito Santo pode nos ensinar.

    Ele é o doador de toda a oração".

    — Charles Spurgeon

    Há muitos livros e sermões ótimos sobre oração. Entretanto, a melhor maneira de aprender como orar é se achegar ao Grande Intercessor, que vive para sempre para interceder por nós! Devemos olhar para o Espírito Santo não apenas como nosso Mestre, mas também como nosso Habilitador Divino, Aquele que nos torna possível fazer ora­ções que sejam motivadas, dirigidas e potencializadas divinamente por Ele.

    Assim como os discípulos pediram a Jesus: Senhor, ensina-nos a orar!, devemos prestar atenção no que Jesus ensinou e demonstrou no tocante à oração.

    E aconteceu que, estando ele a orar num

    certo lugar, quando acabou, lhe disse

    um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos

    a orar, como também João ensinou

    aos seus discípulos.

    — Lucas 11.1

    A única espécie de oração que os discípulos conheciam eram as orações tradicionais que eles aprenderam nas sinagogas com os sacerdotes.

    Imagine por um momento estar na presença do Filho de Deus e ouvi-Lo orar. A atmosfera fica eletrizante quando as janelas do céu se abrem e Ele começa a comunicar-se intimamente com Seu Pai!

    Existe alguma coisa diferente na oração de Jesus. Diferente dos sacerdotes em pé na sinagoga recitando frases de efeito, as palavras que Ele fala são vivas e pulsam com vida. O tom em que Ele fala ressoa com poder.

    Uma das coisas mais notáveis na vida de Cristo, que os discípulos mais próximos dEle observavam, era a Sua vida de oração. Jesus vivia em uma comunicação e amizade ininterruptas com o Pai. Frequen­te­mente Ele se levantava quando todos estavam dormindo e saía antes do amanhecer para orar. Um dos Seus locais favoritos foi o monte das Oliveiras. Quase posso vê-Lo ali, ajoelhando-se de­bai­xo de uma das oliveiras com seus olhos levantados para o céu, falando com o Pai, ouvindo o coração deste e recebendo a Sua instrução.

    Antes de todos os eventos importantes, Cristo passava um tempo sozinho com o Pai. Ele disse: ...o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente (João 5.19).

    As grandes vitórias que Jesus experimentou nas linhas de frentes quando ministrava às necessidades das pessoas... ensinando, abrindo olhos cegos, destapando ouvidos surdos, curando toda sorte de doenças, ressuscitando mortos... não foram automáticas. Foram conquistadas antes que Ele saísse nas linhas de frente... pela oração!

    A oração é a chave para abrir todos os depósitos da graça e do poder infinito de Deus.

    —R. A. Torrey

    Embora Ele fosse o Filho de Deus, Jesus não conquistou essas vitórias na Sua própria força. Ele Se despiu das Suas habilidades divinas e esteve sujeito às mesmas limitações humanas que você e eu. Ele não fez absolutamente nada independentemente do Pai. Não foram automáticos nenhum dos milagres e curas tremendas que Ele realizou.

    Tudo o que Jesus fez foi resultado do que o Pai Lhe revelou enquanto Ele estava na Sua Presen­ça... enquanto Ele estava em oração!

    Antes de sair para as linhas de frente, Jesus passava um tempo na presença do Pai. Era quando o Pai revelava a Sua vontade para Ele. Por meio da oração, Jesus penetrava nas linhas do inimigo, empreendia a batalha e a vencia!

    • ANTES de Jesus começar o Seu ministério, Ele passou 40 dias em jejum e oração e voltou no ...poder do Espírito para a Galiléia (Lucas 4.14).

    • ANTES de alimentar cinco mil pessoas multiplicando cinco pães e dois peixes, Ele foi de barco a um lugar deserto onde orou (veja Mateus 14.13).

    • ANTES de realizar uma grande campanha de curas em Genesaré, onde as pessoas Lhe levaram os doentes, Jesus subiu sozinho ao monte, onde orou (veja Mateus 14.22-23).

    • ANTES de escolher os 12 apóstolos, Jesus subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus (Lucas 6.12 NAS).

    • ANTES de começar seu ministério pela Galiléia, onde pregou e expulsou demônios, Jesus orou: De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando (Veja Marcos 1.35 NVI).

    • ANTES de ir para a cruz... na estrada para Jerusalém... Jesus, sabendo que ia ser preso e crucificado, subiu ao monte, onde orou (Veja Lucas 9.28).

    • ANTES de ser preso, açoitado, ridicularizado e crucificado, Jesus foi ao jardim de Getsêmani, onde orou... onde batalhou e agonizou em oração (Veja Mateus 26.36-46).

    Antes de você dar qualquer passo que possa ter repercussão importante na sua vida ou família, você não deveria, por meio da oração, entrar em batalha espiritual, penetrar nas linhas do inimigo e vencer a batalha?

    "Quer orar com resultados poderosos?

    Busque as obras poderosas do Espírito

    Santo no seu próprio espírito".

    — E. M. Bounds

    Agora voltemos a Lucas 11.1, onde Jesus estava orando e Seus discípulos foram até Ele, pedindo-Lhe que lhes ensinasse como orar.

    Quando ouviram Jesus orar, foi tão tremendo que eles não podiam mais ficar quietos e satisfazer-se apenas ouvindo. Eu imagino clamando: Queremos o que Tu tens! Senhor Jesus, ensina-nos como orar. Tu estás fazendo algo que nunca experimentamos antes. Estamos Te ouvindo tocar o céu. Estamos ouvindo Tu te relacionares com o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Não é tradição somente, mas o que estamos ouvindo é a realidade, e nós queremos saber como orar do jeito que Tu oras!

    ORAI: PAI NOSSO...

    Em resposta ao clamor do coração de seus discípulos, Jesus começou a ensiná-los como orar com o que nós chamamos de Oração do Senhor (Oração do Pai-Nosso). Esta linda oração é provavelmente a oração mais amplamente conhecida e apreciada que alguém já fez. Milhões de pessoas durante séculos a têm repetido. Livros foram escritos sobre ela. Tem sido cantada em catedrais majestosas com vitrais coloridos e templos de adoração de todas as denominações.

    Jesus nunca pretendeu que a Sua oração se tornasse outra oração tradicional para ser simplesmente repetida como parte de uma liturgia.

    Nesta oração, Ele estabeleceu um padrão celestial como base para as nossas orações. Uma das grandes verdades da oração de Jesus sobre a qual eu quero que focalizemos a nossa atenção é a de que Ele quebrou as barreiras tradicionais e pela primeira vez ensinou-nos a reconhecer e a orar a Deus como Pai.

    Jesus disse: Quando orardes, dizei: Pai nosso, que estás nos céus... (Lucas 11.2).

    Depois dele; a oração nunca mais foi uma formalidade ou um ritual! Nunca mais ela foi relegada a vãs repetições como faziam os ímpios. Nunca mais ela foi um exercício religioso para impressionar os outros. A oração ensinada por Jesus passou a alicerçar-se em uma nova revelação para que os discípulos reconhecessem e se achegassem ao Deus de Israel como seu Pai!

    UM NOVO CONCEITO RADICAL DE ORAÇÃO

    Jesus rompeu com a tradição e o formalismo dos líderes religiosos, ensinando um novo conceito radical de oração. Em uma das Suas primeiras referências à oração, durante o Seu Sermão da Montanha, Cristo ensinou as pessoas a amar seus inimigos e orar por eles. Ele ensinou a orar pelos inimigos como uma resposta natural daqueles que são verdadeiramente filhos de Deus.

    Jesus disse: Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus (Mateus 5.43-45 NVI).

    É interessante notar que nas Suas primeiras referências à oração, Jesus enfatizou a oração que excede a comum.

    Com que frequência você passa um tempo orando por seus inimigos, aqueles que o apunhalam pelas costas, traem a sua confiança, mentem sobre você e o têm ferido profundamente? Na experiência de oração do cristão médio, muito pouco tempo, se é que algum, é gasto em oração pelos inimigos. Contudo, Jesus enfatizou a importância desse tipo de oração.

    É somente quando nos entregamos ao Espírito que habita e que ora em nós, que a glória da oração ouvida e da mediação mais efetiva do Filho é tornada conhecida por nós no seu poder.

    — André Murray

    Note que Jesus disse: ...orem por aqueles que os perseguem, PARA QUE vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus (Mateus 5.44-45). No natural, não é difícil orar pelos amigos, pela família e outros cristãos necessitados. Mas a oração pelos nossos inimigos não é fácil e não pode ser feita no natural porque ela se origina no coração do Pai. Ela envolve o seu amor e perdão. Aqueles que são verdadeiramente seus filhos e filhas, nascidos do Seu Espírito, seguirão o Seu exemplo.

    SENHOR, ENSINA-NOS A ORAR!

    Não apenas pelas Suas Palavras, mas também pelo Seu exemplo, Jesus ensinou que nós devemos estar desejosos de perdoar e orar pelos nossos inimigos.

    Jesus, o santo, o puro Filho de Deus foi desprezado, rejeitado e traído até mesmo por aqueles mais pró­ximos dEle. Foi acusado falsamente, cuspido, feito espetáculo público de vergonha e desgraça, e foi pregado na cruz. Pendurado em dor e agonia, Ele fez a maior oração já feita: ...Pai ...perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.. (Lucas 23.34).

    Esta oração saída dos lábios do Filho de Deus subiu para o Pai que ouviu o Seu clamor, recebeu o sacrifício do sangue da Sua vida e respondeu estendendo ao homem o dom inestimável da salvação.

    A oração de Jesus transcendeu todas as limitações naturais. Não foi uma oração comum. Ela transcendeu o tempo.

    Como resultado daquela única oração, multidões incansáveis durante séculos têm sido absolvidas, perdoadas, restauradas na comunhão com Deus como seu Pai.

    Senhor, ensina-nos a orar! Ensina-nos a ir além da oração comum, a amar os nossos inimigos, a perdoar e orar por eles como nos ensinaste pela Tua Palavra e pelo Teu exemplo como nosso Grande Interces­sor.

    ALÉM DO CONHECIMENTO DA MENTE E DA TRADIÇÃO

    "A oração é ‘o respirar

    de uma alma inflamada por Deus,

    inflamada pela humanidade’".

    — E. M. Bounds

    A oração verdadeira deve advir do coração. Não são apenas as palavras ou frases que uma pessoa repete como uma mera rotina ou formalidade. Ela envolve virmos diante de Deus, como nosso Pai, com nossos corações – todo nosso ser, em uma atitude de submissão humilde. Deus requer todo nosso coração! Nos seus tratamentos com os filhos de Israel, Ele falou através do profeta Jere­mias: E buscar-me-eis e me achareis quando me bus­car­des de todo o vosso coração (Jeremias 29.13).

    Jesus expôs a hipocrisia e a tradição religiosa daqueles que oravam nas sinagogas e nas esquinas das ruas para serem vistos pelos homens. Ele chamou os fariseus de hipócritas. Disse: ...bem profetizou Isaías sobre vocês, dizendo ‘Este povo honra-me com seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando como doutrinas preceitos de homens’ (Mateus 15.7-9 NAS).

    Temos que tomar cuidado para não nos tornarmos presa das tradições ensinadas pelos homens. Há muitos cristãos sentados nas suas igrejas que oram em uma base regular. As palavras que saem da sua boca são o que eles aprenderam, mas as palavras são vazias e ocas porque estão vindo das suas cabeças e não dos seus corações.

    Para ultrapassar a oração comum, não podemos ficar satisfeitos com o conhecimento intelectual ou com a tradição religiosa. O clamor dos nossos corações deve ser: ‘Senhor, rompe com a tradição morta, seca, e com o for­ma­lismo, e ensina-nos como orar do jeito que Tu oravas!"

    Os fariseus eram comprometidos e preocupados em seguir estritamente a Lei e a tradição oral, com su­as normas para interpretar a Lei, os ritos de purificação e as leis feitas pelos homens, transmitidas pelos seus antepassados. Com atenção meticulosa nos detalhes, eles observavam todos os tempos sagrados estipulados por Deus. Dizimavam de tudo o que possuíam e jejuavam duas vezes por semana às segundas e quintas-feiras. Estavam fazendo as coisas certas, mas viviam tão aprisionados pela tradição que não conheciam realmente a Deus e não puderam receber as verdades que Cristo lhes falava.

    Sua compreensão de Deus era primariamente como o doador da Lei e sua preocupação em cumprir exatamente Seus mandamentos tornou-se um fim em si mesmo. Quando iam ao Templo para orar, suas orações eram formais e legalistas. E iam lá para serem vistos e ouvidos pelos homens, não para se encontrarem com Deus.

    As orações públicas eram oferecidas diariamente na sinagoga, o que incluía a Shema, consistindo de três passagens do Antigo Testamento: Deuteronômio 6.4-9; Deutero­nômio 11.13-21 e Números 15.37-41. A Shema era repetida tanto de manhã quanto à noite com bênçãos.

    Além disso, a Tefilá, Dezoito Bençãos, era repetida três vezes por dia. Grande parte foi incorporada no Livro de Oração em Hebraico, que ainda é usado hoje nas sinagogas judaicas.

    Em contraste nítido com a hipocrisia dos fariseus, Jesus rompeu com a tradição rígida, formal, dos rituais e conceitos religiosos da oração humana, e estabeleceu a oração com base em um relacionamento profundo com o Pai!

    Ele ensinou às pessoas a importância de afastarem-se em um lugar secreto para orarem. Jesus disse:

    E quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas. Eles gostam de ficar orando em pé nas

    sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos outros. E lhes asseguro que eles já receberam sua plena recompensa. Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará.

    — Mateus 6.5-6 NVI

    ORAÇÃO – UM RELACIONAMENTO VIVO COM O PAI

    Deus não era mais para ser conhecido como um Ser Supremo afastado em algum lugar dos céus: inacessível e inatingível, mas como um Pai celestial amoroso, que deseja viver em intimidade e comunhão com seus filhos.

    Durante séculos, Abraão, Moisés, Josué, Elias, Davi e os outros profetas e santos do Antigo Testamento dirigiram suas orações para o único Deus verdadeiro e vivo, o Todo-Poderoso, o Santo de Israel. Eles O conheciam como o Todo-Poderoso Que Se revelava com sinais e prodígios, abriu o Mar Vermelho, levou-os pelo deserto, fez cair maná do céu, fez água brotar da rocha, fez cair fogo do céu, livrou os seus servos na fornalha ardente, fechou a boca dos leões e lutou e libertou seu povo das mãos dos seus inimigos.

    Mas eles não tinham um relacionamento de intimidade com Ele, como seu Pai celestial. Nenhum dos santos do Antigo Testamento orou a Deus como seu Pai.

    Ouça as suas orações:

    Salomão orou: Ó Senhor, Deus de Israel, não há Deus como tu, em cima nos céus nem embaixo da terra, que guardas a aliança e mostras a misericórdia e a beneficência aos teus servos que andam diante de ti de todo o seu coração (1 Reis 8.23 AMP).

    Ezequias clamou ao Deus de Israel: Senhor, Deus de Israel, que reinas em teu trono, entre os querubins, só tu és Deus sobre todos os reinos da terra. Tu criaste os céus e a terra (2 Reis 19.15 NVI).

    Elias invocou o Deus de Abraão, Isaque e Israel: Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje fique conhecido que tu és Deus em Israel e que sou o teu servo e que fiz todas estas coisas por ordem tua (1 Reis 18.36 NVI).

    Os profetas e santos do Antigo Testamento eram incapazes de conhecer a Deus intimamente como Pai porque o Espírito Santo ainda não lhes tinha sido concedido de forma plena. Deus prometeu que Ele faria uma Nova Aliança com Israel e que colocaria neles Seu Espírito. Ele disse: Um coração novo vos darei, e um novo espírito porei dentro de vós (Ezequiel 36.25 AMP).

    Sob a Nova Aliança, Jesus veio não apenas para re­di­mir o homem dos seus pecados, mas para conduzir o homem a um novo relacionamento íntimo com Deus. Durante seis ocasiões diferentes do Seu Sermão da Montanha, Cristo enfatizou a oração baseada no relacionamento vivo com o Deus Todo-Poderoso de Israel, Criador dos céus e da terra, como o Pai.

    Jesus disse; ...ora a teu Pai (Mateus 6.6 AMP); ...seu Pai, que vê em secreto, o recompensará (Mateus 6.6 NVI); ...seu Pai sabe o que você precisa antes de você lhe pedir (Mateus 6.8 NAS); Vocês, orem assim: Pai nosso, que estás nos céus...’" (Mateus 6.9 NVI).

    ALÉM DAS ORAÇÕES EGOÍSTAS

    Em Mateus 6.31-33, Jesus nos ensina a não nos preocuparmos com as necessidades básicas da vida: o que comermos, bebermos ou como nos vestirmos. Ele disse: ...vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas.

    Nestes versículos, Jesus revela a nossa prioridade na oração. Nosso maior interesse quando chegamos diante do Pai não é o de bombardeá-Lo com as nossas necessidades.

    Entretanto, na vida do cristão médio, a maioria do seu tempo de oração é gasto focalizando suas necessidades imediatas e as da sua família. Nós nos tornamos fre­quentemente tão ocupados com nossas petições urgentes que nos esquecemos de que nosso Pai vê e sabe.

    Jesus não disse que essas coisas não eram importantes para o Pai ou que não deveríamos pedir que Ele suprisse as nossas necessidades. Ele disse que nosso Pai já sabe do que precisamos até antes de Lhe pedirmos.

    Não podemos deixar que a nossa mente se preocupe ou se aborreça com as necessidades básicas da vida. A preocupação é pecado, porque na sua raiz existe realmente uma falta de fé no amor e no interesse do Pai por nós, ou o medo de que Ele deixe de suprir as nossas necessidades. Quando oramos não precisamos tentar forçar um Deus relutante a ouvir-nos com a urgência das nossas palavras. Como Pai celestial, Ele não apenas ouve as nossas orações como também está esperando que nós lhe peçamos!

    "Tudo o que Deus é,

    e tudo o que Deus tem,

    está à disposição da oração".

    — R. A. Torrey

    A chave para termos as nossas necessidades supridas encontra-se no versículo de Mateus 6.33. Jesus disse: Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. Quando conhecemos e confiamos no amor do Pai por nós, e sabemos que Ele já está ciente das nossas necessidades, estabeleceremos o nosso foco em buscá-Lo... buscar conhecê-Lo, buscar ser cheio da Sua presença e da Sua justiça. Nossa prioridade na oração estará focalizada no Pai e em ver que a Sua vontade e Seu plano sejam cumpridos na nossa vida e sobre esta terra.

    Em Mateus 7.7-11, Jesus enfatiza novamente que, quando nos aproximamos de Deus na oração, temos de ir como uma criança amorosa e confiante, pedindo com segurança, sabendo que nosso pai nos dará o que pedirmos. Jesus disse: Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem? (Mateus 7.11).

    A LEI UNIVERSAL DE DEUS CONCERNENTE À ORAÇÃO

    "Deus não faz nada a não ser

    em resposta à oração".

    — John Wesley

    No seu ensinamento sobre oração, Jesus comentou sobre a Lei Universal de Deus concernente à oração. Ele disse: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abri-se-vos-á. Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao

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