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Orando No Espírito Com Spurgeon
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E-book226 páginas4 horas

Orando No Espírito Com Spurgeon

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Sobre este e-book

Traduzimos vários textos sobre oração de Charles Haddon Spurgeon, do original em inglês, em domínio público, para apresentá-los neste livro. Ninguém melhor do que Spurgeon para nos falar sobre a eficácia da oração, em razão de ter realizado um ministério profícuo graças à sua condição de homem de fé e de oração que foi ao longo do curso de toda a sua vida.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de fev. de 2016
Orando No Espírito Com Spurgeon

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    Top demais, sábias palavras, mestre spurgeon príncipe dos pregadores. Referencia demais.

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Orando No Espírito Com Spurgeon - Silvio Dutra

A Chave de Ouro da Oração

Por Charles Haddon Spurgeon (Traduzido e adaptado por Silvio Dutra)

Clama a mim e te responderei e te mostrarei coisas grandes e ocultas que tu não  conheces. (Jer 33:3)

Algumas das obras mais famosas do mundo têm o odor do azeite da mediocridade; porém há obras, livros e ditos mais espirituais e escritos pelos homens que têm o aroma úmido das masmorras. Poderia citar vários exemplos, sem dúvida, O Peregrino de João Bunyan é melhor que um cento deles. E este bom texto que temos ante nossos olhos, amolecido e frio com a prisão em que Jeremias se encontrava, tem, não obstante, um brilho e beleza em si, que jamais houve e não haverá, como uma oração reconfortante do Senhor para o prisioneiro, encerrado no pátio do cárcere. O povo do Senhor sempre tem encontrado o melhor de seu Deus quando se acha na pior das condições. Ele é bom em todo o tempo porém parece dar a conhecer sua melhor expressão quando os seus estão em seu pior momento. Rutherford teria um dito  pitoresco; quando era lançado nas celas da aflição, recordava-se que o Grande Rei guardava ali o seu vinho, de modo que imediatamente se poria a buscar as botijas e a beber. Os que mergulham no mar da aflição são os que pegam as pérolas mais preciosas. Companheiros na  aflição, vocês sabem que assim é. Vocês têm comprovado que Ele é  um Deus fiel, e que quando abundam as suas tribulações, suas consolações superabundam por Cristo Jesus.

Ao escolher este texto para esta manhã, minha  oração é que sua grata promessa seja ouvida no coração de alguns dos prisioneiros do Senhor; que se encontram amarrados e encerrados e não podem sair devido ao seu  presente estado de espírito pesado, escutem o que E1e lhes diz ao ouvido em um suave murmúrio que chega até ao coração: Clama a mim e eu te responderei e te mostrarei coisas grandes e poderosas que tu não conheces..

O texto está dividido naturalmente em três partes da verdade. Falaremos destas na  medida que Deus o Espírito Santo nos capacite. Em primeiro lugar, há uma ordem para orar: Clama a mim; em segundo lugar, a promessa de uma resposta: e te responderei; em terceiro lugar, o estímulo à fé: e te mostrarei coisas grandes e ocultas que tu não sabes..

I. A  primeira divisão é:  UMA ORDEM PARA ORAR.

Não se nos aconselha e recomenda somente que oremos, senão que se nos ordena orar. Esta é uma grande condescendência. Constroem um hospital. Considera-se que basta dar livre admissão aos enfermos que buscam ser atendidos. Porém a diretoria do hospital não emite uma ordem no sentido de mandar que uma pessoa cruze suas portas. No mais rigoroso do inverno se abre uma sala de jantar  bem abastecida. Divulga-se a notícia: para comer ali, os pobres devem apenas pedir; porém não se pensa que o Parlamento promulgue uma lei obrigando os pobres a entrarem pelas suas portas em busca da caridade oferecida. Pensa-se que basta se dar a conhecer isto sem emitir nenhuma ordenança no sentido de que os homens devam aceitá-la. Sem dúvida, é tão estranha a vaidade humana, por um lado, faz-se necessária uma ordem para que tenha misericórdia de sua própria alma., e tão maravilhosa é a condescendência do nosso Deus misericordioso, por outro, que dá uma ordem de amor sem a qual nem sequer um só homem nascido de Adão poderia participar da festa do evangelho, antes preferiria morrer de fome e não obedecer.

É assim que ocorre com a oração. O povo de Deus  necessita mesmo de um mandamento para orar, pois de outro modo, não o fará. Porém, como pode ser isto? Queridos amigos, isto se deve a que nós  estamos mui  sujeitos a arrebatamentos de mundanismo, sim é que esse não é o nosso  estado normal. Não nos esquecemos de comer; não esquecemos de fechar nossas casas; não esquecemos de ser diligentes nos negócios; não esquecemos de tirar nossas folgas para descansar. Porém, com frequência esquecemos de lutar com Deus em oração, e ter, como deveríamos, longos períodos em consagrada comunhão com nosso Pai e nosso Deus. Para muitos professores o maior livro é tão pesado que não o podem mover, enquanto que a  Bíblia, que representa sua devoção, é tão pequena que podem colocá-la em um bolso de sua roupa. Horas para o mundo! Pequenos momentinhos para Cristo! O mundo recebe o melhor do nosso tempo, enquanto nossa câmara de oração recebe somente os desejos. Damos nossa força e juventude aos caminhos de Mamon, e nossa fadiga e languidez aos caminhos do Senhor. Por isso é que se faz necessário um mandamento para participar do ato mesmo que deveria constituir nossa maior felicidade, do mais alto privilégio que podemos ter, isto é, ir ao encontro de nosso Deus. Clama a mim, diz E1e, porque sabe que somos dados a esquecer de clamar a Ele. Que tens, dorminhoco? Levanta-te, e clama a teu Deus, é uma exortação que necessitamos hoje  tanto quanto Jonas em meio à tormenta.

Ele sabe quão pesados são nossos corações  quando estamos sob uma sensação de pecado. Satanás nos diz: Por que tens que orar? Como pensas prevalecer? Em vão estás dizendo levantar-me-ei e irei a meu Pai,  porque não és digno nem sequer de ser como um de seus empregados. Como podes olhar o rosto do Rei depois de havê-lo traído? Como te atreves a acercar-te do altar que tu mesmo tens manchado, e quando o sacrifício que poderias oferecer é pobre e imundo? Oh, irmãos, quão bom é que  nos seja ordenado orar.  Se Deus o ordena, indigno como sou, me arrastarei até o estrado da graça. Pois que ele disse: Orai  sem cessar, ainda que minhas palavras faltem e meu coração divague, todavia poderei balbuciar os desejos de minha alma faminta e dizer-lhe: Oh Deus, ensina-me ao menos a orar, e ajuda-me a prevalecer diante de ti!.

Não somos dados a orar devido à nossa frequente incredulidade?  A incredulidade murmura: Que proveito tem o que busca ao Senhor em tal coisa? Seja algo muito trivial, ou relacionado com coisas temporais, ou uma questão em  torno da qual tem pecado em demasia, ou algo demasiadamente elevado, demasiadamente difícil, uma questão demasiadamente complicada, não tens direito a isso diante de Deus! Isto é o que sugere desde o inferno o inimigo imundo. Por isso permanece escrito como um preceito para todos os dias e apropriadamente para cada caso em que possa ver-se envolvido um cristão: Clama a mim ...clama a mim. Estás enfermo? Queres  ser  curado? Clama a mim, porque sou o Grande Médico! Perturba-te a providência? Temes que não poderás suster-te com honestidade diante dos homens? Clama a mim! Te provocam desgostos teus filhos? Estás sentindo aquilo que é mais agudo do que os dentes de uma víbora, a ingratidão de teu filho? Clama a mim! São tuas tribulações,  poucas porém dolorosas, como pequenas pontas  de espinho? Clama a mim! É tua carga pesada, tanto que parece que tu cedes sob ela? Clama a mim! Lança sobre Jeová a tua carga, e ele te sustentará; não deixará caído para sempre o justo..

Não devemos dar por encerrado nosso primeiro ponto antes de fazer outra observação. Devemos alegrar-nos muito no fato de que Deus nos tem dado este mandamento em sua palavra para que seja seguro e permanente. Poderia ser um interessante exercício para alguns de vocês descobrir com quanta frequência nos é  mandado orar. Surpreenderia vocês descobrir quantas vezes são-nos dadas palavras como estas: Invoca-me no dia da angústia e eu te livrarei; Oh, crentes, derramai diante dele vosso coração; buscai a Jeová enquanto pode ser achado, procurai-o enquanto está perto; Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e se vos abrirá; Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. Orai sem cessar; acheguemo-nos confiadamente ao trono da graça; Achegai-vos a Deus e ele se achegará a vós; Perseverai na oração. Não é necessário multiplicar os exemplos em um ponto em que não posso ser exaustivo. Basta colher duas ou três desta grande bolsa de pérolas. Vamos cristão!, não deves jamais perguntar se tens direito a orar; não deves jamais perguntar: É-me permitido entrar em sua presença?. Posto que tens tantos mandamentos (e os mandamentos de Deus são promessas), podes achegar-te confiadamente ao trono da graça celestial, pelo novo e vivo caminho do véu que se rasgou.

Porém, há oportunidades em que Deus não somente manda seu povo orar na Bíblia, senão que também o faz ordenando-lhes que orem de modo direto por meio dos impulsos de seu Espírito Santo. Vocês, que conhecem a vida interior, haverão de me compreender. Em meio de seu trabalho vocês sentem um repentino estímulo de retirarem-se para orar. Poderia ser que ao princípio não notem particularmente a inclinação, porém uma e outra vez, vai e volta:

Retira-te e ora! Enquanto em oração percebo que sou como um moinho de água que corre muito bem  enquanto há água em abundância, porém que vai perdendo força à medida que o volume de água do rio baixa; ou como o barco que navega sobre as águas e estende todo o seu velame quando o vento é favorável, porém que tem que mover trabalhosamente as velas para captar algo de uma pequena brisa favorável. Agora, bem, me parece que quando nosso Senhor lhes der esta inclinação especial para orar, vocês devem duplicar sua diligência. Devem sempre orar e não desmaiar, porém, quando ele põe em seu coração um desejo especial de orar, e sente uma atitude peculiar e gozo nele, terá, além do mandamento que o obriga constantemente, outra ordem que o levará a uma grata obediência. Penso que em tais ocasiões poderíamos estar na posição de Davi, a quem o Senhor disse: Quando ouvires o ruído como de marcha pelas copas das palmeiras então te moverás. O ruído de marcha nas copas das palmeiras bem poderiam ser as pisadas de anjos que viriam apressadamente ajudar a Davi, então Davi deveria atacar os filisteus, e assim quando as misericórdias de Deus se aproximam, suas pisadas são nossos desejos de orar; e nossos desejos de orar devem ser uma indicação que tem chegado o momento divino de favorecer imediatamente a Sião. Semeia abundantemente agora, porque tua colheita será segura. Luta agora, Jacó, porque estás a ponto de converter-te em um príncipe que prevalece, e teu nome será chamado Israel. Agora é teu tempo, mercador espiritual; o mercado está em alta, há muito negócio; teu ganho será alto. Preocupa-te em usar de forma correta a hora ensolarada, e realiza tua colheita enquanto brilha o sol.

II. Consideremos agora nosso segundo ponto: A PROMESSA DE UMA REPOSTA

Não deveríamos sustentar nem sequer por um só momento o horrível pensamento que Deus não responderá a oração. sua natureza, segundo se manifesta em Jesus Cristo, demanda que assim seja. Ele tem se revelado no evangelho como Deus de amor, cheio de graça e verdade; assim, como poderia negar-se a ajudar aos que são seus, que humildemente buscam seu rosto e seu favor pelo  modo que foi estabelecido por ele mesmo?

Em uma ocasião, o senado ateniense considerou mais conveniente reunir-se ao ar livre. Enquanto estavam sentados em suas deliberações, um pardal, perseguido por um falcão, voou em direção ao senado. Perseguido muito de perto pela ave de rapina, buscou refúgio no seio de um dos senadores. Este homem de caráter rude e vulgar, tomou a ave de seu seio, a lançou contra o solo e a matou. Naquele  instante todo o senado se pôs de pé, e sem uma só voz discordante, o condenaram à morte, como indigno de sentar-se no senado com eles ou de ser chamado um ateniense, posto que havia negado o socorro a uma criatura que havia confiado nele. Podemos supor que o Deus do céu, cuja natureza é amor, vá lançar de seu seio a pobre pomba que para ali voa fugindo da águia da justiça e se refugia no seio da sua misericórdia? Nos dará o convite para buscar seu rosto, e quando nós, como ele sabe, com tanta vacilação de temor, reunimos forças para voar a seu seio, será então tão injusto e carente de graça como para atender em ouvir nosso clamor e responder-nos? Não pensemos tão mal do Deus do céu.

Recordemos logo, junto com sua natureza, seu caráter passado. Me refiro ao caráter que lhe tem feito famoso através de suas obras de graça  passadas. Considerem, meus irmãos, aquela grandiosa demonstração de amor  -  se quiséssemos nomear um milhar, não poderíamos dar uma melhor  ilustração do caráter de Deus do que aquele fato grandioso: O que não poupou nem a seu próprio filho, senão que o entregou por todos nós.  Como - e esta não é uma inferência minha, senão inspirada conclusão do apóstolo - não nos dará também com ele todas as coisas? Se o Senhor não se nega a escutar minha voz sendo pecador culpado e inimigo, como vai recusar meu clamor agora que tem sido justificado meu coração, que não conhecia, e não buscava ajuda, se depois de tudo não me escutará agora que sou seu filho e seu amigo? As feridas sangrentas de Cristo são a segura garantia da oração atendida. Em seu conhecido poema The Bag (a Bolsa), George Herbert apresenta o Salvador dizendo:

Se há algo que queiras mandar ou escrever, para entregar nas mãos de meu Pai, creia-me que seguramente vai recebê-lo, porque me preocuparei do teu encargo. Perto do meu coração o podes, e  se outros querem empregar-me assim, a porta acham aberta de par em par, e, o que enviar, em mãos do Pai entregarei acrescentado para que receba mais.

Certamente o pensamento de George Herbert era que a expiação por si mesma é uma garantia de que a oração deve ser ouvida, que a grande ferida feita junto do coração do Salvador, que ficou exposto à luz para que se visse as profundidades do coração da divindade, era una prova de que aquele que se senta nos céus quer escutar o clamor de seu povo. Se pensas que a oração é inútil, estás fazendo uma leitura equivocada do Calvário.

Porém, amados, temos a promessa de Deus a respeito, e E1e é Deus, que não pode mentir. Invoca-me no dia da angústia . . . te responderei.  Não tem dito Tudo o que pedires em oração, crendo, o recebereis?. Por certo, não podemos orar a menos que creiamos nesta doutrina; porque é necessário que o que se aproxima de Deus, creia que E1e é galardoador dos que o buscam; e se temos alguma dúvida quanto a que nossa oração seja ouvida somos comparáveis com os que têm ânimo dobre: Porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é arrastada pelo vento e é lançada de uma parte a outra. Não pense pois, quem o faz, que receberá alguma  coisa do Senhor.

Poderia além disso dar força ao nosso argumento se disséssemos que nossa experiência nos leva a crer que Deus atenderá a oração. Eu não posso falar por ti; porém posso falar por mim. Se há algo que eu sei, algo de que estou seguro além de qualquer dúvida, é que as palavras de uma oração jamais são gastas em vão. Se não há aqui algum homem que se atreva a dizê-lo, eu me atrevo a afirmá-lo, e sei que posso prová-lo. Minha própria conversão é o resultado de longas, afetuosas, ferventes e importunas orações. Meus pais oravam por mim; Deus ouviu seus clamores, e aqui estou para pregar o evangelho. Desde então, tenho me aventurado em empresas que estavam muito acima de minha capacidade, porém,  nunca tenho fracassado, porque me tenho lançado nos braços do Senhor.

Vocês sabem como igreja que não tenho tido escrúpulos para fixar-me em grandes ideias do  que poderíamos, fazer para Deus. E tudo a que nos temos proposto  temos cumprido. Tenho buscado a ajuda de Deus, seu socorro e auxílio em todas as múltiplas empresas, e ainda não posso contar aqui a história de minha vida privada enquanto faço a obra de Deus, se a escrevesse seria uma prova firme de que há um Deus que atende a oração. Ele tem ouvido minhas orações, não de vez em quando, não um par de vezes, senão muitíssimas vezes, tantas, que se tem convertido em um hábito expor minha causa diante de Deus com absoluta certeza de que aquilo que lhe pedir, Ele me concederá. Agora não é um talvez ou uma possibilidade. Sei que meu Senhor me atende, e não me atrevo a duvidar, porque seria certamente uma tolice fazê-lo. Assim como estou seguro que uma quantidade de força sobre uma alavanca levantará uma coisa pesada, eu sei que uma certa quantidade de oração traz a bênção. Como a primavera tudo enche de flores, assim as súplicas asseguram as misericórdias. Em todo trabalho há ganho, porém mais que em tudo há na obra de intercessão; pois estou seguro, porque dele tenho tido minha colheita.

Lembre-se porém que a oração sempre se oferece em sujeição à vontade de Deus; que quando dizemos Deus ouve a oração, não queremos dizer com isto que ele sempre nos dá literalmente o que pedimos. Todavia queremos dizer isto, que ele dá o que é melhor para nós  e que se ele não nos dá a misericórdia que lhe pedimos em prata, a concede em ouro. Se não nos retira o aguilhão da carne, nos diz Basta-te a minha graça," e isso finalmente equivale ao mesmo.

Lord Bolinbroke dizia à condessa de Huntingdon: Não entendo, senhora, como poderia fazer uma oração sincera que se harmonizasse com a vontade divina.. Meu filho, disse ela, Isso é algo que não oferece dificuldade. Se eu fosse da corte de algum generoso rei, e ele me desse autorização para solicitar dele qualquer favor, eu certamente lhe diria: Poderia sua majestade em sua graça conceder-me tal e tal favor? Porém, ainda que muito o deseje, se de alguma forma empane a honra de vossa majestade, ou se segundo o critério de sua majestade parece bem que não receba tal favor, estarei tão contente sem ele  como se o houvesse  recebido. Assim você pode ver que eu posso apresentar sinceramente minha petição, porém submissimamente deixar a resposta nas mãos do rei.. O mesmo ocorre com Deus. Nós nunca oferecemos uma oração sem inserir aquela oração: Porém não se faça minha vontade, senão a tua.. Somente podemos orar sem um se" condicional quando estamos seguros de que nossa vontade é a vontade de Deus.

III. Chegamos a nosso terceiro ponto, que, penso, está cheio de alento para todos os que se exercitam na  arte bendita da oração: O ESTÍMULO À FÉ: Te ensinarei coisas grandes e ocultas que tu não conheces.

Notemos que isto originalmente foi dito a um profeta em prisão, e a maneira de conhecer as verdades reservadas, as verdades mais elevadas e misteriosas de Deus, é esperando em Deus em oração. Ontem, enquanto lia o livro de Daniel notei de forma muito especial como Daniel descobriu o sonho de Nabucodonosor. Os encantadores, magos, astrólogos e caldeus trouxeram seus livros

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