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Comentários sobre o livro de Urântia
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E-book753 páginas20 horas

Comentários sobre o livro de Urântia

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Sobre este e-book

O Livro de Urantia, com suas duas mil e noventa e sete páginas nos traz, em seu bojo, milhares de informações preciosas. Esta obra vem simplificar e sintetizá-las para uma melhor compreensão e aprofundamento do contido no original.

O objetivo destes Comentários é revelar a verdade sobre o plano divino às criaturas sujeitas à evolução no espaço e tempo – de humos à divindade, do tempo à eternidade.

aqui, há uma sutil referência à misteriosa fonte donde "surgiu" o Criador que se desdobrou n'O Filho Eterno e n'O Espírito Infinito. Formam eles, assim, a Trindade, sediados no Paraíso, devidamente descortinado pelas informações de seu propósito, divisão e funcionamento.

O Universo Central é descrito, enquanto nos informa sobre um bilhão de seus satélites que servem como universidades para as criaturas humanas, egrégias de sete trilhões de planetas evolucionários e às outras ordens de criaturas divinas. Havona é o nome desse universo perfeito que mantém uma população de duzentos bilhões de criaturas.

Nestes Comentários somos esclarecidos sobre os sete Superuniversos, abrigos de setecentos mil universos locais, com destaque ao sétimo Superuniverso, chamado Orvonton, onde se localiza o nosso Universo local, chamado de Nébadon, sobre o qual nos é informado a sua idade (oitocentos bilhões de anos terrestres), o seu Criador e suas criações, que não se circunscreve a anjos e homens.

Nébadon é criado pelo Senhor Michael e sua divina consorte – a Mãe do Universo – a Ministra de Nébadon.

São destacadas as informações que mais dizem respeito à nossa caminhada e a este crucial momento planetário. Assim, comentamos sobre o primeiro casal humano, os primórdios da evolução natural, a presença do príncipe e sua assessoria moroncial, a revolução de Lúcifer e suas implicações.

A origem de Adão e Eva e suas metas, parcialmente frustradas, bem como sobre os dois Jardins do Éden. Melquisedeque, seus ensinamentos e a formação das grandes religiões atuais.

Outras importantes informações são destacadas para mostrar a presença de Deus em cada um de nós, por meio do Ajustador do Pensamento, conhecido como Deus Interno, Divina Presença e outras denominações, até que a unificação se complete, tornando-se uma entidade iluminada, desde que a alma logre o status de sobrevivente, enquanto é descrita a trajetória dessa alma vitoriosa através dos mundos superiores, até o Paraíso do Senhor.

A mensagem aos urantianos é coroada com a narração da presença misteriosa e encantadora do Soberano do Universo, a este humilde e atrasado planeta, por uma decisão tomada há cerca de quarenta mil anos, em seiscentos e sessenta páginas até às religiões dos meados do século XX.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento1 de nov. de 2018
ISBN9788554547349
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  • Nota: 3 de 5 estrelas
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    Estava indo muito bem até ver que não se dedicou uma linha sequer ao episódio do meteoro (a 60 milhões de anos atrás) que praticamente destruiu a vida aqui na terra e que aniquilou os dinossauros. Gostaria de pensar que tudo que está escrito é verdade, mas esse fato é excepcional demais para não ter sido mencionado. É uma pena!

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Comentários sobre o livro de Urântia - Edalmo Alves Trindade

obra.

Introdução

Amados leitores, saudações. Foi meditando sobre as dificuldades e anseios da humanidade causados por suas permanentes indagações existenciais, e de como eu poderia clarear os meus próprios passos, é que veio a mim esse precioso Livro de Urântia. Este livro responde, com sobra, esses questionamentos relativos à consciência do ser, da origem e do destino das criaturas e a verdade sobre o universo e o seu Criador.

Após estudá-lo reiteradamente, senti, do fundo do coração, que deveria compartilhá-lo com a parcela da humanidade ávida pela verdade espiritual, mas que não conta com suficientes recursos intelectuais, financeiros, tecnológicos e tempo suficiente para, a princípio, fazer um estudo aprofundado do livro original. Esses comentários são feitos com simplicidade e espírito de boa vontade, portanto, destituídos de erudição e performance literárias; é apenas uma contribuição para a irmandade da fé e do amor.

O Livro de Urântia é a verdadeira Bíblia desta atualidade e, mais ainda, ele veio para atualizar e corrigir os antigos testamentos e para direcionar melhor os nossos anseios por uma vida melhor e o encontro com Deus – a fonte do amor. Entre milhares de esclarecimentos aqui expostos, destacamos: A Primeira Fonte e Centro, o Criador, como Pai, o Filho Eterno, Sua Identidade e Natureza, o Espírito Infinito (Deus-Mãe de todos os Espíritos Santos dos Universos), a Trindade, a Ilha Eterna do Paraíso e suas Esferas Sagradas, o Universo Central Eterno e Divino, as Personalidades Supremas e Hostes Angélicas do Universo dos Universos, e Elevados Espíritos Ministradores, os Superuniversos e suas Administrações, os Universos Locais; seus Filhos Criadores, suas Divisões, Propósito e Funcionamento, os Planetas Habitados e o Surgimento de Urântia e sua História.

Urântia é o nome de registro do planeta Terra na organização universal.

No que concerne a Terra, que aqui tomamos como Urântia, e sua evolução, há uma extensa narração desde os seus primórdios, inclusive o nascimento do primeiro casal humano, seu endereço e atribuições nos dias atuais: dar boas-vindas aos que chegam à Primeira Mansão. Essa dádiva de Deus veio nos esclarecer sobre temas como: a primeira capital da Terra, a rebelião luciferina, o príncipe e sua assessoria, o propósito e a origem de Adão e Eva e sua raça violeta, local e destino dos dois jardins do Éden, a presença e a atuação de todas as grandes mentes que participaram da evolução do pensamento, tais como Buda, Lao Tsé, Confúcio, Moisés, Akinaton, Melquesedeque e muitos outros. Mas o destaque mesmo dessas narrações coube à vinda do Mestre dos mestres – Jesus de Nazaré, através de mais de seiscentas e sessenta páginas.

Este livro é uma preliminar para o exame mais acurado do insubstituível livro original.

O Desafio

O desafio religioso desta época é dirigido àqueles homens e àquelas mulheres que, pela sua visão ampla e voltada para o futuro, e, pelo discernimento de sua luz interna, ousarão construir uma nova e atraente filosofia de vida, partindo dos conceitos modernos, sutilmente integrados, da verdade cósmica, da beleza universal e da bondade divina. Tal visão, nova e reta, da moralidade atrairá tudo o que existir de bom na mente do homem e convocará o que houver de melhor na alma humana. A verdade, a beleza e a bondade são realidades divinas, e à medida que o homem ascende na escala da vida espiritual, essas qualidades supremas do Eterno tornam-se cada vez mais coordenadas e unificadas em Deus, que é amor. (pág. 43).

O Livro de Urântia

The Urantia Book, como é internacionalmente conhecido, foi transmitido primeiramente na língua inglesa, por uma técnica especial autorizada pelos Anciãos dos Dias e por Gabriel de Sálvington. O livro foi concluído em 1934 e publicado em 1955, quando o mundo estava mais aliviado do trauma causado pela Segunda Guerra Mundial. Os comentários aqui expostos se baseiam na segunda edição em português – publicada em 2010 e constituída de 2097 páginas.

O Livro de Urântia foi transmitido através de 196 documentos, elaborados por comissões compostas pelos seguintes seres: Conselheiros Divinos, Censores Universais, Perfeccionadores de Sabedoria, Conselheiros Divinos, Mensageiros Poderosos, Um Alto em Autoridade, Um Sem Nome nem Número, Chefe dos Arcanjos, Filho Vorondadeque, Brilhantes Estrelas Vespertinas, Melquisedeques, Arcanjos, Lanonandeques, Portadores da Vida, Solônia, Chefe dos Serafins, Mensageiros Solitários e a Comissão de Seres Intermediários.

Sem dúvida, esses são os seres que, no âmbito espiritual, chamamos de Seres de Luz ou Espíritos de Luz. O Livro gratificou-nos eternamente trazendo ao nosso conhecimento a classificação hierárquica desses servidores de Deus.

Esse precioso livro foi escrito por um homem, encarnado como nós, a quem cabia os encargos que competem aos membros do Corpo de Reserva do Destino (esse Corpo será comentado quando estiver em foco o Governo Espiritual Planetário da Terra). Quanto à técnica de transmissão das mensagens, cremos, se não for igual à canalização ou à psicografia, deve assemelhar-se.

Com o surgimento desse fantástico manancial de conhecimentos, nasceu a Fundação Urântia para cuidar e disseminar seu conteúdo neste momento crucial em que estamos vivendo.

O Livro de Urântia é dividido em quatro partes:

1 – O Universo Central e os Superuniversos

2 – O Universo Local

3 – A História de Urântia

4 – A Vida e os Ensinamentos de Jesus Cristo

A primeira parte – o Universo Central e os Superuniversos – é iniciada com os ensinamentos sobre o Pai Universal, Sua natureza, Seus atributos e Sua relação com o indivíduo e a relação do Filho Eterno e do Espírito Infinito com o grande universo. E, a seguir, trata da Trindade do Paraíso, a Ilha Eterna do Paraíso, o Universo dos Universos, as Esferas Sagradas do Paraíso, o Universo Central e Divino e os Sete Superuniversos.

Na sequência, informa sobre os diversos filhos de Deus que cumprem a Sua vontade administrando e fazendo evoluir Sua criação:

Os Sete Espíritos Mestres

Os Sete Grupos de Espíritos Supremos

As Personalidades Supremas da Trindade

Os Seres Coordenados Originários da Trindade

Os Filhos de Deus do Paraíso

Os Filhos Criadores do Paraíso

Os Filhos Trinitizados de Deus

Os Mensageiros Solitários

As Altas Personalidades do Espírito Infinito

As Hostes de Mensageiros do Espaço

Os Espíritos Ministradores do Universo Central

Os Espíritos Ministradores do Superuniverso

O Ministério dos Supernafins Primários, Secundários e Terciários

Os Diretores do Poder do Universo

As Personalidades do Grande Universo

O Corpo de Finalidade

Nesta primeira parte, dada a sua extensão e profundidade, deixamos de comentar expressamente sobre centenas de personalidades do sistema Paraíso-Havona, que também atuam no Grande Universo, nos limitando a descrever sobre aquelas que estão atuando mais diretamente em nossa evolução. Mas mesmo as outras serão mencionadas, com alguma definição, no decorrer destes comentários.

O Pai Universal:

A Primeira Fonte e Centro

Quanto ao Pai Universal, como é chamado em nossa constelação – Norlatiadeque, o Conselheiro Divino enriqueceu e reparou os conceitos sobre Ele, disponíveis para a humanidade. Felizmente, o citado Livro vem apagar a imagem distorcida da Deidade. Não mais um deus guerreiro, bravo e ditador, e sim um Pai que é a Fonte da beleza, do amor e da perfeição.

É dito que o Pai é a Primeira Fonte e Centro, ou seja, Deus é a própria fonte de onde se emanou. O Pai é o Criador de tudo que foi criado e de todas as criaturas, inclusive do Filho Eterno e do Espírito Infinito, embora também, esses, sejam eternos. Somos advertidos de que iremos compreender, paulatinamente, a eternidade e a infinitude quando tivermos galgado os níveis mais elevados da escada ascensional.

Além de Criador, o Pai é o controlador e sustentador de toda a Sua criação.

A meta transcendente dos filhos do tempo é ir ao encontro do Deus Eterno; é compreender Sua natureza divina e reconhecê-lo como o Pai universal. (pág. 21).

Sendo o Pai perfeito, nos é recomendado ter como meta suprema a busca da perfeição, pela consciência do amor divino e fraterno

Como é retratado n’O Livro, Deus, nosso Pai, é a fonte do amor infinito; não é juiz de nossas ações, não é fiscal de nossas condutas e não faz exigências para que O adoremos. O Pai anseia por ver todos os seus filhos se aconchegando em Sua morada celestial.

A bem da verdade, e salvo melhor juízo, achamos que essa reparação sobre o conceito do Pai, só vinda agora, privou incontáveis irmãos que passaram por este mundo de conhecer a verdade, sabendo-se que muitos homens e mulheres, de um bom nível intelectual e moral, não se ligaram às religiões que se baseiam no Velho Testamento, exatamente pelas suas distorções e lendas, fato que possa ter levado muitos à descrença.

Mas também é realidade que muitos humanos, mesmo da tradição judaico-cristã, apesar das incoerências da Bíblia, conceberam, com a fruição do Ajustador do Pensamento e da marcante presença do Espírito da Verdade, um Deus mais próximo e da magnitude como foi descrito no livro em comentário.

A existência de Deus não pode ser confirmada pela ciência, e sim na experiência da interioridade humana, no âmago do ser onde brilha a luz da divina presença. É dito que o conceito de realidade de Deus é razoável para a lógica, plausível para a filosofia, essencial à religião e indispensável para a sobrevivência.

Em prosseguimento, somos informados sobre os nomes de Deus em vários universos. O Digno Conselheiro diz que a Primeira Fonte e Centro nunca revelou o Seu nome, e sim a Sua natureza e que a criatura deve Lhe nomear de o Criador, Pai de amor e bondade.

Em alguns universos os nomes atribuídos a Deus são: Primeira Fonte, Pai Universal, Centro Divino, Pai dos Universos, Primeira Fonte Criadora, Pai do Paraíso, Pai dos Pais, Pai de Havona e Pai Espírito. Em nosso mundo, a designação predominante é Deus. Os mais próximos de Jesus o chamam de Pai, nosso Pai ou Pai nosso. Uma das designações mais recentes é a de Pai-Mãe, não mencionado no Livro.

Ao ministrar sobre a realidade de Deus é dito que Deus é uma Pessoa Salvadora e um Pai cheio de amor para todos que desfrutam da paz espiritual na Terra, e que anseiam por experimentar a sobrevivência... (pág. 23).

A realidade da existência de Deus é demonstrada pelo o que chamamos de o Cristo interno ou a Divina Presença, através de três fenômenos experienciais: a consciência de Deus, a busca de Deus e o desejo, de todo coração, de fazer a vontade do Pai. Este Deus Interior é chamado de Ajustador do Pensamento e de Monitor Misterioso.

O Livro discorre com um refinado carinho e uma sublime devoção sobre o Pai como um Espírito Universal; sobre o mais profundo mistério de todas as realidades e de Sua Personalidade como Pai Universal, Sua Presença e ação no universo dos universos e o valor espiritual do conceito de personalidade.

Através do Documento 2, temos uma preciosa lição sobre a natureza de Deus, ou seja, das características da natureza divina que constituem o caráter da Deidade; a infinitude de Deus, o resplendor de majestade e glória infinita; como a Alma Suprema, Mente Primordial e Espírito Ilimitado.

Aproximamo-nos mais da Deidade enquanto perfilamos as ministrações sobre: a perfeição eterna do Pai, Sua justiça e retidão; sobre a misericórdia divina, o amor e a bondade de Deus, a verdade e a beleza divinas.

Ficamos a imaginar sobre a beleza do próprio Pai. Estamos em um dos mundos mais modestos da criação e, apesar disso, vemos incríveis manifestações de beleza: nos pássaros, borboletas, pessoas, oceanos, cascatas, pedras preciosas, flores e por aí afora. Perguntamos a nós mesmos: e nos mundos de luz? E o próprio Criador de todas as belezas?

O Documento 3 trata dos Atributos de Deus e diz: Deus rege o círculo da eternidade e está presente em todos os lugares. Nos universos locais, Ele se faz presente por intermédio dos Filhos Criadores do Paraíso e de suas respectivas Ministras Divinas. E quanto à onipresença: Deus preenche todos de tudo; a Sua criação não pode cabê-Lo.

Ainda que o ser humano seja uma criação dos pais de seu universo local, o Pai celestial vem habitar nessa criatura para conduzi-la ao seu seio bendito. Por isso, nos é recomendado: por amor, mantenham limpas vossas mentes em reconhecimento a esse Ser que aí faz residência.

O poder de Deus é infinito o Senhor Deus onipotente reina, não há poder que não provenha de Deus, com Deus, todas as coisas são possíveis. Deus é o sustentador e o doador de toda a energia de todos os universos, o que demonstra que tudo o que existe está em Suas mãos. Deus é ilimitado em poder, divino em natureza, final em vontade, infinito em atributos, eterno em sabedoria e absoluto em realidade. (pág. 48). Deus conhece tudo e sabe de tudo, porque, como é dito no Livro, Deus possui o poder ilimitado de conhecer todas as coisas. Há um circuito pessoal do Pai do Paraíso, suplementado pelos Seus filhos divinos e por Suas frações – os Ajustadores do Pensamento e, além do mais, a presença do Espírito Infinito, que é presença em todos os lugares e em todo o tempo, somando ainda ao circuito espiritual do Filho Eterno.

É ressaltada a ilimitabilidade da Deidade Primeira do Paraíso Eterno. Deus em nada diminui, Ele está eternamente criando e se doando sem nenhuma redução de Seu potencial. Nós meditamos nesse aspecto de criação-doação do Pai Criador, pensando o incognoscível. Consta no Livro que os sete superuniversos abrigam aproximadamente sete trilhões de mundos habitados. Qual seria a população total desses mundos e quantos já completaram a caminhada eterna desde o início desta criação? Pois bem, Deus tem doado um fragmento de Seu Ser a quase totalidade de Suas criaturas e em nada se diminui. Isso, por não falar dos seres divinos, também emanados do Pai, que administram o universo dos universos sob a sua onipresença, e oniconsciência.

Quando é focalizada a Lei Suprema do Pai, o digno Conselheiro diz que não é contradição o conceito da soberania universal de Deus diante das incertezas e vicissitudes da existência humana, posto que, para desenvolver:

A coragem, o homem deve ser criado no ambiente onde se requer dele um enfrentamento de dificuldades e uma reação às decepções, quando ele tende a conquistar a força de caráter;

O altruísmo – a prestação de serviço aos semelhantes. O homem deve deparar-se com situações de desigualdades sociais;

A esperança, através do confronto com situações que trazem insegurança e incertezas renovadas;

A fé – a suprema afirmação do pensamento humano. Para que a fé surja e cresça, a mente humana é colocada frente a frente a grandes dificuldades, nas quais o saber é sempre menor do que requer a crença;

O amor à verdade – é bom que o homem cresça num meio social, ou em um mundo, onde haja falsidades e erros;

O idealismo – conceito próximo do divino. Para desenvolvê-lo é preciso que o homem labute em ambientes onde ocorram manifestações de bondade e de beleza em cercanias que estimulem a busca incontida de coisas melhores; (pág. 51).

A lealdade – como devoção ao dever mais elevado. É conquistado através daquele ânimo de ir sempre em frente, apesar de estar diante de possibilidades de traição e deserção o valor da devoção ao dever advém do perigo implícito do fracasso; (pág. 51).

O desapego – o espírito do autoesquecimento.

É desejável que o homem viva frente a frente com o incessante clamor de um ego inescapável, que exige reconhecimento e honras. O ego é uma condição para aprendermos a renunciar. O homem não poderia nunca se aferrar à salvação, na retidão, se não houvesse nenhum mal em potencial, exaltando e diferenciando o bem, por contraste; (pág. 51).

O prazer – como uma satisfação de felicidade.

É desejável e para usufruí-lo o homem deve viver em um mundo onde haja a alternativa da dor e a probabilidade de sofrimento, como possibilidades experimentáveis sempre presentes;

É bom lembrar que, nesta época, estamos amargando com o aumento da marginalidade em todas as classes sociais, sobretudo com o incremento do uso e do tráfico de drogas, o que aumenta substancialmente a violência. Acresce ainda que a corrupção vem sendo praticada com uma indisfarçada naturalidade por uma considerável parte da classe política, o que sacrifica a bolsa do povo, cada vez mais oprimido e temeroso.

É, de fato, muito pertinente a colocação d’O Livro, segundo a qual tais dificuldades nos permitem uma superação tal que, inevitavelmente, nos leva a uma fé e esperança de encontrar um mundo melhor para viver em paz, no amor e na alegria – o mundo de Deus.

São, essas inevitabilidades, as alavancas que erguem o mundo – do primitivismo à dignidade cósmica.

Após ministrar sobre as dificuldades humanas, sob o título da Primazia do Pai, o Divino Conselheiro se pergunta: Será que o Pai do Paraíso sofre? Eu não sei. Os Filhos Criadores podem e certamente sofrem, algumas vezes, da mesma forma que os mortais. O Filho Eterno e o Espírito Infinito sofrem, em um sentido modificado. Penso que o Pai universal possa sofrer, mas não posso entender como; talvez por meio do circuito da personalidade, ou através da individualidade dos Ajustadores do Pensamento e das outras outorgas da Sua natureza eterna. Ele disse às raças mortais: ‘com todas as vossas aflições, aflijo-Me’. Sem dúvida Ele experimenta um sentimento de paternidade e simpatia compreensiva; Ele pode sofrer verdadeiramente, mas não compreendo a natureza deste sofrer. (pág. 53).

A nosso ver, é imperdível o exposto sobre o título – a relação de Deus com o universo. Ali é tecida toda uma filosofia cósmica sobre a atitude do Pai com o universo, ao conjecturar-se sobre essa misteriosa relação, inclusa a providência divina e o propósito eterno do Criador. Nessa ministração nos são apresentadas novas manifestações de Deus, como o Absoluto Inqualificável, o Absoluto da Deidade e do Absoluto Universal.

Ao se tratar da relação de Deus e a natureza, diz que, em um sentido limitado, a natureza é a vestimenta física de Deus e que ela é modificada pelos agentes próprios, embora a lei fundamental da Deidade seja imutável. A natureza é resultante dos seguintes fatores: a imutabilidade, a perfeição e a retidão do Criador e os planos experimentais, os tropeços nas execuções, os erros de insurreição, a incompletude das criaturas exteriores do Paraíso, das mais baixas às mais altas. Deu-nos a entender que a natureza é manifestada segundo o nível de existência: planetas, sistemas, constelações e até o Paraíso. Isso quer dizer que, nesta Terra a natureza recebeu um impacto da rebelião, da desarmonia causada pelo erro de Adão e Eva e pelas incontáveis guerras, bem como por todas as ações do mal, desde o advento da humanidade.

Que farsa é adorar a natureza porque esteja penetrada por Deus, e continua dizendo que ela está de um modo limitado irrestrito e que é uma manifestação do inacabado, do incompleto, das elaborações imperfeitas do desenvolvimento de um universo experimental. Diz ainda que a natureza está desfigurada: a sua face de beleza tem cicatrizes, sobretudo em nossa Terra tão mal amada.

A nós, sempre causou espanto a selvageria encontrada na chamada lei de sobrevivência e, desde a infância, contemplávamos as imagens do apocalipse, onde conviviam pacificamente leões e cordeiros. Exercitar o amor a tudo que tem origem na mente divina, embora esteja no caminho da perfeição, é salutar para nossa personalidade e nossa alma que procura o belo em qualquer situação. Como é gratificante sentir o perfume de uma flor; ver pássaros coloridos ou contemplar a abóboda celestial numa noite estrelada e antever a infinitude.

Quanto ao caráter de Deus é, claramente, colocado que Ele é incapaz de ira ou raiva; não se arrepende de nada que haja feito; não experimenta pesares e não se confunde com os sentimentos humanos. A infinita bondade do Pai está além do alcance das personalidades em evolução. Essa confirmação passa uma borracha na absurda invenção do dilúvio universal.

Como Compreender Deus?

É falado que Deus é o único Ser estacionário, autocontido e imutável e que para ele não tem lado exterior, passado e nem futuro; ele existe por Si próprio; é imutável e é aquele que pode passar da simplicidade à complexidade, da identidade à variação, da quiescência ao movimento, da infinitude à finitude, do divino ao humano e da unidade à dualidade, e, dessa à trindade. Enfim, Deus, como Soberano de toda a realidade, tudo pode. É por isso que as nossas maiores dificuldades nos levam à conquista da fé. Ajoelhemos com humildade e peçamos a Ele a força e inspiração para vencê-las. Se formos sinceros, em nossa petição, nunca ficaremos sem um amparo. As preces são levadas através de circuitos aos nossos pais no universo local. Todas as preces sinceras são objeto de consideração.

A Relação de Deus com o Indivíduo

O Documento 5 – ditado por um digno Conselheiro divino de Uversa – sede-central do nosso superuniverso – Orvônton – trata dos seguintes temas: o caminho até Deus, a presença de Deus, a verdadeira oração, Deus na religião, a consciência que se tem de Deus e o Deus da personalidade. Esse conteúdo é agora sintetizado, portanto, não dispensa uma leitura do livro original. Na introdução desse documento, o mensageiro recomenda que, sendo a criatura mortal (incapaz de compreender que o Pai universal pode descer de Sua morada celestial para confraternizar com o homem, dotado de uma mente finita) deve depositar a sua segurança, de comunhão divina, na verdade de que um fragmento real do Deus vivo reside no intelecto de cada urantiano que tenha uma mente normal e uma consciência moral.

O Caminho Até Deus

Volta a ser considerada a incapacidade do homem de chegar até Deus, O Pai Criador, enquanto está no mundo material, e que, para tal, é necessário empreender a longa caminhada evolutiva e que nessa jornada ao infinito é de nossa competência trabalhar as inerentes limitações, sendo que é esse empenho que vai determinar o tempo, o lugar e as circunstâncias para chegarmos à presença do Pai, no centro de todas as coisas.

Conquanto os mortais de Urântia possam diferir, pelos seus dons e oportunidades intelectuais, sociais, econômicas e até mesmo morais, não vos esqueçais de que a dotação espiritual deles é uniforme e única. Todos desfrutam da mesma presença divina da dádiva do Pai; e todos são igualmente privilegiados em poder buscar a comunhão pessoal íntima com esse espírito residente de origem divina; e, da mesma forma, todos eles podem igualmente optar por aceitar a liderança espiritual uniforme desses Monitores Misteriosos (pág. 63).

Confessamos ter tido uma dificuldade de ordenar idealmente sobre os meios e as condições para se cumprir a indiscutível justiça do Pai universal. Pareceu-nos evidente que a criatura nascida em uma família ideal, ou seja, de boa formação intelectual, moral, artística e religiosa tivesse muito melhor condição evolutiva do que a pobre criatura em condições adversas. Talvez, por uma típica visão linear, viesse justificar essa gritante diferença, a propalada lei de causas e efeitos

Tal inquietação cessou ao considerar que se tal mente (dotada com a presença divina) for sincera e espiritualmente motivada; se tal alma humana deseja conhecer a Deus e tornar-se semelhante a Ele, e se quiser fazer a Sua vontade, não existe influência alguma, de privação mortal, nem poder ativo positivo que possa impedir que essa alma, divinamente motivada, ascenda com segurança aos portais do Paraíso. Sob esse título O Caminho até Deus, o ensinamento é de uma emocionante beleza e de um grande incentivo para a aceitação do guiamento espiritual do amoroso Deus de nossos corações. Há, na tradição espiritual da Índia, os seguidores do caminho que cantam belíssimos cânticos de amor ao guru interno, em seus momentos de comunhão. De qualquer forma, esta questão requer uma profunda reflexão de nossa parte.

A Presença de Deus

Sob esse título, a exposição do Conselheiro divino deixa claro que a criatura mortal não tem acesso direto à personalidade do Pai universal, enquanto não chegar à Sua paradisíaca morada. Entretanto, parte desse mesmo Pai está no templo interno dos indivíduos, conclamando-os a fusão eterna – o culminar com um só coração e uma só alma. Como Deus é ilimitado, de alguma forma, sentimos que Ele está em toda a criação e além. O Livro está focalizando Deus como uma pessoa que recebe, comunica-se e abraça os vitoriosos do caminho eterno. Deus é uma Superpersonalidade com a qual Sua criação pode se relacionar. Isto é, enfatizando que Deus se fez como uma Pessoa. Ele contata outras personalidades de Sua criação, quando orienta, recebe e atende àqueles que chegam até Ele; é uma Superpersonalidade e é Aquele que pode se manifestar na forma que bem entender.

A Verdadeira Adoração

Somos instruídos a não confundir a adoração com a prece. As relações espirituais dos seres da Terra se estabelecem de acordo com as Três Pessoas do Paraíso. A adoração é uma inspiração que motiva a alma a encontrar diretamente o Pai e adorá-lo, sem nada solicitar e nada esperar.

Na adoração, todos os poderes de personalidade se mobilizam. A alma se sujeita à orientação divina do coligado Ajustador do Pensamento. Em síntese, a adoração é uma experiência realizada em quatro níveis cósmicos: intelectual, moroncial (alma), espiritual e pessoal a consciência da mente, da alma, do espírito e a unificação de todas elas, na personalidade... A adoração, sem dúvida, entra em circuito e é despachada para a Pessoa do Criador... Nós cremos, ainda, que esse registro da homenagem de uma criatura residida por um Ajustador, seja facilitada pela presença do Espírito do Pai (pág.66). Isto é, o Ajustador sendo um fragmento do Pai tem o poder de registrar uma adoração feita de boa fé e levá-la à presença do Pai, eles, os Ajustadores, utilizam canais pré-pessoais de comunicação com Deus-Pai, e da mesma forma estão capacitados para utilizar os circuitos de gravitação do Filho Eterno.

A prece pertence ao reino do Filho Criador – aquele que criou o seu universo local – esse Filho pertence à Ordem dos Michaéis e eles são manifestações do Filho Eterno e do Pai, portanto, em relação a todos os cultos e orações dirigidas a Deus, são eles os acolhedores dessas ações espirituais. Ainda é esclarecido que em uma adoração que se faz, concomitantemente, com uma oração, essa oração é dirigida ao Pai do universo local a que pertence o adorador. Depreende-se da necessidade de saber calar a mente para essa sublime experiência da adoração.

Deus na Religião

Somos orientados que a religião não é um ato passivo de dependência absoluta e da certeza de sobrevivência, é uma experiência viva e dinâmica, de alcançar a divindade baseada no serviço à humanidade (pág. 66). O verdadeiro religioso é aquele que busca identificar o eu com a criação universal, e assim sendo, dedica às atividades desse eu unificado ao serviço da irmandade universal.

Segundo o mensageiro, a religião budista promete salvar do sofrimento e estabelecer uma paz infindável; a judaica promete a salvação das dificuldades e a prosperidade baseada na retidão; a grega prometia a salvação da desarmonia e da fealdade pela realização da beleza; o cristianismo promete uma salvação do pecado e a santidade; o maometismo promete a libertação dos padrões morais religiosos do judaísmo e do cristianismo. Já a religião de Jesus promete a salvação do eu, a libertação dos males do isolamento da criatura, no tempo e na eternidade.

"Os hebreus baseavam sua religião na bondade; os gregos, na beleza... Jesus revelou um Deus de amor, e o amor abrange tudo, a verdade, a beleza e a bondade. Os Zoroastristas tinham uma religião de moral; os hindus, uma religião de metafísica e os confucionistas, uma religião de ética. Jesus viveu uma religião de serviço "(pág.67).

Conheça-te a ti mesmo, era a máxima dos gregos.

Conheça ao teu Deus, era a pregação dos hebreus.

O conhecimento do Senhor Jesus Cristo, era a pregação do evangelho dos cristãos.

Conhece a Deus e conhece a ti próprio, como um filho de Deus, era a pregação das boas-novas de Jesus.

Esses diferentes conceitos são determinantes na atitude do religioso, porquanto abrem caminho para a prece e a adoração. É ensinado que o conceito cristão de Deus é uma combinação de três outros conceitos: do hebreu (como um reivindicador de valores morais, um Deus de retidão); do grego (Deus como um unificador; um Deus de sabedoria) e o de Jesus (Deus como um amigo vivo, um Pai amoroso, a divina presença).

A Consciência que se tem de Deus

Sob este título há um bem fundamentado discurso, o qual ousamos comentá-lo resumidamente nos termos em que se segue: a moralidade, fruto de escolhas, é um domínio da razão; a experiência religiosa (com a compreensão de Deus) exige que o homem O encontre e que se esforce para se assemelhar-se a Ele. O ato religioso pode permear os níveis físico, social e fraternal por meio da adoração divina.

A religião evolucionária engloba os mais elevados conceitos de ciência, arte e filosofia. A teologia e a psicologia da religião se incumbem de auxiliar o homem na compreensão de Deus, sobretudo quanto à imanência divina – Deus no interior do homem e a transcendência de Deus – a dominação divina do universo dos universos. Os paradoxos da religião são inerentes ao fato de as realidades espirituais estarem extremamente além da capacidade da compreensão intelectual dos mortais (pág. 69). Felizmente, havendo vontade de conhecer o Pai e se conduzindo com dignidade, o homem de boa vontade passa a perceber que, em seu interior, há uma comunicação sutil e amorosa e assim encontra em si um direcionamento sábio e sempre presente pelo espírito da verdade.

É enfatizado que há a mente que acredita em Deus e a alma que conhece a Deus. Quando ambas são sustentadas pelo Ajustador é assegurada a sobrevivência, não importando as limitações do intelecto, as restrições de educação, a pobreza material, a carência de cultura e até a inferioridade nos padrões humanos de moralidade, consequência desse status, nada disso pode invalidar o guiamento do espírito, se o indivíduo crê. A chave é buscar a Deus, assemelhar-se a Ele e fazer a Sua vontade. Esse elevado tema será, frequentemente encontrado na sequência deste comentário. Particularmente, concluimos que, para garantir a sobrevivência, é necessário fazer um excercicio constante para estar sempre no presente, pensando, falando, sentindo e fazendo tudo com a energia do amor, como é a vontade da Divina Presença – do Ajustador do Pensamento.

O Deus da Personalidade

O Pai universal é o doador de todas as personalidades existentes, desde as mais baixas (criaturas do espaço e tempo) até as mais elevadas do Paraíso, inclusive aquelas que têm o status de criadores. Está escrito que a personalidade é um mistério. Há uma capacidade de formular conceitos adequados acerca dos fatores que entram na composição de várias ordens e níveis de personalidade mas não compreendemos totalmente a natureza real da personalidade em si mesma (pág. 70).

O homem pode assegurar três satisfações na experiência religiosa: intelectualmente, ele adquire uma consciência unificada; filosoficamente, ele consubstancia os seus ideais de valores morais e espiritualmente, ele prospera na experiência divina, na satisfação espiritual da verdadeira adoração.

É mencionado que o eu material tem personalidade e identidade (identidade temporal); o Ajustador tem a identidade eterna, ambos são capazes de unir seus atributos criativos para trazer à existência a alma imortal, sendo essa criação facultativa, em atenção à soberania absoluta do livre-arbítrio do mortal. No que se refere à sobrevivência eterna, Deus decretou a soberania da vontade material e mortal; esse decreto é absoluto (pág. 71).

Através do circuito da personalidade, o Pai do Paraíso é pessoalmente cônscio e está em contato pessoal com todas as personalidades existentes. Nenhuma criatura pessoal pode ser forçada à aventura eterna e o portal da eternidade se abre em razão da escolha feita pelo seu livre-arbítrio. Muitos egos vão querer negar, esquecer ou abandonar estes preciosos ensinamentos, para não perder o trono que se assentam, para não serem tolhidos no desejo de viver nababescamente e sem compromisso com a evolução espiritual.

O Filho Eterno:

A segunda Pessoa da Trindade

Sobre o Filho Eterno, objeto do Documento 6, ditado pelo eminente Conselheiro Divino designado para tal, sintetizamos esta ministração sob os seguintes subtítulos: a identidade do Filho Eterno, a natureza do Filho Eterno, o ministério de amor do Pai, os atributos do Filho Eterno, a mente espiritual, a personalidade do Filho Eterno e a compreensão do Filho Eterno.

Da introdução

O orientador adverte que está usando uma linguagem que permite às criaturas do tempo entender. Tal advertência é diretamente relacionada ao conceito de eternidade, sabendo-se que as nossas mentes têm um início no tempo. Por exemplo, ele diz: o Filho Eterno é a expressão perfeita da primeira ideia do Pai universal, embora ambos, Pai e Filho, sejam eternos, de um modo inqualificado. O Filho Eterno é a personalização espiritual do conceito universal e infinito da realidade divina do Pai do Paraíso e da sua personalidade absoluta (pág.73).

A Identidade do Filho Eterno

O Filho Eterno é original e unigênito – a Segunda Pessoa da Deidade, ou a Segunda Grande Fonte e Centro. O Filho é o centro espiritual e o administrador divino do universo dos universos (do Todo; do Tao). Enquanto o Pai é o criador e controlador de tudo, o Filho Eterno é um cocriador e um administrador. O Pai, ao criar, está numa perfeita conjunção com o Filho Eterno. Aqui é justificado o Gênese: no princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que se fez teria sido feito.

A designação dessa Segunda Pessoa da Trindade é variada nos incontáveis mundos. Aqui, em Urântia, o Filho Eterno é confundido com o Filho Criador quando aqui esteve na pessoa de Jesus Cristo, esse que orava: E agora meu Pai, glorifica-me com o Teu próprio Ser, com a glória que tive Contigo antes que este mundo houvesse sido (pág. 74).

O Filho eterno é conhecido:

– No Universo Central, como Fonte Coordenada, o Cocriador e o Absoluto Associado.

– Na sede do universo – Uversa, como Administrador Espiritual Eterno, Centro coordenado do Espírito.

– Em Sálvington, é tido como a Segunda Fonte Eterna e Centro pelos Melquisedeques, como O Filho dos Filhos.

– Aqui em Urântia, Ele é confundido com o Filho Criador, Michael, mas tem sido conhecido como O Filho Eterno, a Segunda Pessoa da Trindade.

A Natureza do Filho Eterno

O Filho Eterno é tão imutável, tão espiritual e tão ilimitado quanto é o Pai. De fato, o Filho Eterno é Deus, o Pai, pessoalmente manifestado no universo dos universos (pág.74). E quando cultuamos o Pai, na realidade, estamos cultuando o Filho e o Espírito Infinito. Em termos de acessibilidade, essa Segunda Pessoa está mais próxima da criação que a Primeira.

Em sendo o Filho Eterno a perfeição divina, compartilha com o Pai da responsabilidade de ajudar a todas as criaturas a alcançar a perfeição. Deus é um espírito universal e essa Sua natureza está focalizada no Filho, e juntos, Pai e Filho, compartilham o Espírito Divino com o Espírito Infinito.

No amor pela verdade e na criação da beleza, o Pai e o Filho são iguais, mas parece que o Filho devota-se mais à beleza espiritual de valores universais. Diz ainda, que o Filho Eterno vê todas as criaturas tanto como um Pai, quanto um irmão, dado à sua extrema bondade.

O Ministério de Amor do Pai

O Filho Eterno é a fonte da ministração da misericórdia a toda a criação; a misericórdia é a essência de Seu caráter. O Pai é amor; o Filho é a misericórdia. É ressaltado que o Filho Divino não está engajado na tarefa ignóbil de tentar persuadir Seu benévolo Pai (intercessão), nem amar as Suas criaturas inferiores nem a mostrar misericórdia aos mal feitores do tempo quão errado seria visualizar o Filho Eterno pedindo ao Pai que mostrasse misericórdia às Suas criaturas inferiores... tais conceitos de Deus são rudimentares e grotescos reafirma, Deus é amor, o Filho é misericórdia.

Sob esse título, o ministério de amor do Pai, é feita uma referência, em relação ao amor e à misericórdia do Pai, às criaturas inferiores. Inferimos que não se trata simplesmente da criatura da evolução no espaço e tempo. Deve estar se tratando das criaturas de mau caráter, tais como os criminosos e demais irresponsáveis por opção. Esses, evidentemente, estão com as portas de seus corações fechadas para a luz de Deus.

Há uma diferença na manifestação do amor entre o Pai e o Filho. O amor de Deus é como o amor de pai, e o amor do Filho tem mais semelhança com o amor de mãe. Essa, é dito, é uma ilustração rudimentar, adequada ao entendimento da mente humana.

Os Atributos do Filho Eterno

O Filho Eterno é o motivador da espiritualidade de toda a realidade cósmica e absoluto em relação a todas as factualidades do universo, por meio do Seu controle absoluto do circuito da gravidade do espírito. O Filho é onipotente apenas no reino do espírito... o Pai e o Filho realmente sabem o número e o paradeiro de todos os espíritos e seres espiritualizados no universo dos universos. (pág. 76). E como o Pai e o Espírito Infinito são conhecedores da vasta informação que, por refletividade, provém do Ser Supremo, é que é sabedor de todas as coisas que acontecem nos superuniversos o tempo todo.

O Filho Eterno é, tal como o Pai, uma personalidade de amor, misericórdia e ministério espiritual; é tão bondoso e pleno de consideração, tão paciente e magnânimo quanto os são os Filhos Criadores Michaéis.

As Limitações do Filho Eterno

Esse Filho não exerce domínios nos planos físicos, não administra as mentes, não outorga personalidades sem a participação do Pai; não fragmenta a Sua natureza (porções individualizadas de Seu Ser) como o Pai o faz, quando libera de si mesmo os Ajustadores do Pensamento.

O Filho Eterno está conosco e a nossa volta, mas não dentro de nossas emanações de vida. De outra forma, o Ajustador do Pensamento tem a missão de elevar a criatura até que ela ascenda ao circuito de gravidade do Filho Eterno.

Embora o Filho Eterno não possa participar pessoalmente da outorga dos Ajustadores do Pensamento, em concílio com o Pai universal, no passado, Ele aprovou esse plano e prometeu cooperação interminável, quando o Pai, ao projetar a outorga dos Ajustadores do Pensamento, propôs ao Filho ‘façamos o homem mortal à Nossa própria imagem’ (pág. 78).

A Mente Espiritual

A mente espiritual é definida da seguinte forma: a- quando se refere ao nível espiritual, é usada para denotar funções da inteligência do espírito. b- a mente que coordena o espírito. c- a mente que está aliada apenas à matéria.

O homem mortal percebe a mente nos níveis do finito, do cósmico, do material e do pessoal e a mente em organismos animais, mas é difícil para o homem compreender a mente dos seres supramateriais. Assim, o homem não concebe a mente do Filho Eterno, que é suprapessoal.

O espírito tem mente e é sempre consciente em várias fases de identidade porque, se o espírito não tivesse a mente, não haveria consciência espiritual o equivalente da mente, a capacidade de conhecer e de ser conhecido, é inerente à Deidade (pág. 78). E a Deidade pode se manifestar como pessoa, pré-pessoa ou como uma suprapessoa. Está dito que a criatura humana sobrevivente só irá compreender o que é uma mente espiritual quando ela própria tiver ascendendo do seu superuniverso em direção a Havona, quando estará conquistando a mente espiritual.

A Personalidade do Filho Eterno

O Filho Eterno é personalidade absoluta. Deus é a personalidade – Pai, aquele que é a fonte, o outorgador e a causa da personalidade, de onde derivam todas as personalidades. A personalidade do Filho Eterno é absoluta e o modelo divino eterno, o primeiro da outorga do Pai, o seu Agente Conjunto. O Conselheiro Divino confessa sua incapacidade de transmitir, aos mortais, um quadro, em palavras, da beleza e da grandeza da personalidade suprema do Filho Eterno.

A Compreensão do Filho Eterno

Quanto à identidade, à natureza e a outros atributos da personalidade, o Filho Eterno é plenamente equivalente ao Pai universal, é o complemento perfeito e a eterna contraparte do Pai universal. Do mesmo modo que Deus é o Pai universal, o Filho é a Mãe universal. E todos nós, elevados ou inferiores, constituímos a sua família universal (pág. 79).

Está escrito que, para conhecer o caráter do Filho Eterno, é necessário estudar a revelação do caráter divino do Pai, enfatizando que eles são para sempre inseparáveis, Um. Para as inteligências mais baixas não há como distingui-los, já os seres nascidos no Paraíso e no Universo Central discernem essas Deidades como duas personalidades distintas.

É possível conceber o Pai e o Filho como indivíduos separados, porém, não na administração dos universos, em razão dos entrelaçamentos, dos inter-relacionamentos e das interassociações intrincadas do pensamento primordial e do Verbo.

Diz ainda que o Filho é infinito, mas é acessível às criaturas do tempo, em razão das auto-outorgas dos Filhos do Paraíso e da ministração amorosa e paciente do Espírito Infinito. É mais fácil, neste estágio em que nos encontramos, entender a realidade do Pai e do Espírito, em razão de que o Pai é o outorgador de nossas personalidades e o Espírito Infinito é a fonte de nossas mentes. Na medida em que ascendermos no caminho infinito, a personalidade do Filho Eterno se tornará mais acessível ao ascendente. (...) Embora esteja além dos poderes da mente mortal e material captar de fato a personalidade deste Ser Infinito, não duvideis, Ele é uma Pessoa. Conheço aquilo de que falo. Por um número incontável de vezes, permaneci na presença divina deste Filho Eterno e então me coloquei jornada adiante, no universo, para executar o Seu mandado pleno de graças (pág. 80).

A Relação do Filho Eterno com o Universo

É ministrado a nós que o Filho compartilha da natureza autodistributiva do Pai, na doação irrestrita de Si próprio ao Espírito Infinito, o executivo conjunto Deles. Essa Segunda Fonte é a sustentadora de todas as coisas materiais, revelando para sempre a beleza material dos admiráveis modelos da Ilha Central e os valores espirituais da personalidade superna do Filho Eterno.

O Circuito da Gravidade do Espírito

O Filho é onipresente, onipotente e onisciente, como o Pai, nos domínios espirituais. É o soberano absoluto do circuito do espírito e o sustentador de todas as realidades espirituais e todos os valores espiritualizados.

A gravidade das relações espirituais não está sujeita à demora (tempo) e às distâncias; não sofre reduções ou interferências. A gravidade, sob a absolutez da Segunda Fonte, não está sujeita a interposições das forças antigravitacionais da Terceira Fonte. A força de atração da gravidade do espírito e a sensibilidade a ela não apenas atuam no universo como um todo, mas também e até mesmo entre os indivíduos e grupos de indivíduos. Há uma coesão espiritual entre as personalidades espirituais e espiritualizadas de qualquer mundo, raça, nação ou grupo de indivíduos de uma mesma crença. Há uma atração direta de natureza espiritual entre pessoas de mente espiritualizada, de gostos e aspirações semelhantes (pág. 82).

A Administração do Filho Eterno

Como já foi comentado, a atividade pessoal do Filho, nos sete superuniversos, é observável nas pessoas dos Michaéis. Em Havona a atividade dessa Deidade é discernível na delicada harmonia espiritual daquele mundo eterno e perfeito. No Paraíso, Sua presença e atividade pessoal é profunda e absoluta.

A Relação do Filho Eterno com o Indivíduo

Encerrando esta série de ministrações sobre a Segunda Pessoa da Trindade está sendo dito que, em nível de superuniverso, isto é, em nosso caso quando atingirmos Uversa, seremos capazes de nos beneficiarmos com a energia espiritual do Filho Eterno e, ao chegarmos em Havona – o eterno universo central, mais nos tornaremos conscientes do seu abraço de amor.

Todos os valores espirituais genuínos e as criaturas espiritualizadas de boa fé estão dentro da atração de gravidade desse Filho. Esse circuito de gravidade do espírito atrai a alma do homem rumo ao Paraíso do Senhor. A mente também evolui, do reino espiritual até o mais elevado status – de Finalitores do Paraíso. A operação discriminadora, do circuito da gravidade do espírito, poderia talvez ser comparada às funções dos circuitos nervosos do corpo humano material: as sensações viajam pelas trajetórias nervosas internas; algumas são captadas pelos centros automáticos inferiores da coluna vertebral, os quais respondem a elas; outras passam aos centros menos automáticos, mas educados pelo hábito, do cérebro inferior; enquanto as mensagens mais importantes e vitais atravessam com rapidez esses centros subordinados e são imediatamente registradas nos níveis mais elevados da consciência humana.

No entanto, quão mais perfeita é a magnífica técnica do mundo espiritual! Se qualquer coisa plena de um valor espiritual supremo surgir na vossa consciência, quando vós lhe derdes expressão, nenhum poder no universo pode impedir que ela se encaminhe direta e velozmente à Personalidade do Espírito Absoluto de toda a criação. (pág. 84).

Somos advertidos de que, quando a oração é de cunho material e egoístico, essa não encontra qualquer tipo de acolhimento no circuito universal do espírito. Nós precisamos discernir entre o que é egoístico e o que é um apelo necessário; a oração que nos livre do mal e abra caminho para conquistar a sobrevivência. De qualquer forma, suplicar recursos para matar a fome dos filhos, ou para uma cura difícil, é sempre proveitoso quando se estabelece uma ligação com Deus e se exercita a fé, caso em que se pode dar com um operário desempregado, obrigado a alimentar a sua prole, e que não tem o preparo necessário para fazer uma entrega, o que pode ocasionar em uma inspiração feliz.

Antes de entrar na ministração sobre o Espírito Infinito – a Terceira Pessoa da Trindade, achamos por bem, como preparação, ensinar sobre os planos de perfeição divina, o espírito da auto-outorga dos Filhos de Deus do Paraíso e a revelação suprema do Pai.

Os Planos da Perfeição Divina

O Pai e o Filho são como Um na formulação e na administração do gigantesco plano de criação, realização e evolução dos seres do espaço, e quando ascendentes, até a condição de Finalitores do Paraíso, em estreita conjunção com o Espírito Infinito.

É ensinado que esse plano divino abrange três empreendimentos para atingir a meta da perfeição, a saber:

1º - Plano de realização progressiva – façamos as criaturas mortais à Nossa própria imagem. Nesse empreendimento é envolvida a outorga do Pai pela presença dos Ajustadores do Pensamento e a doação da personalidade às criaturas do tempo.

2º - O plano de auto-outorga. Esse plano consiste em uma autodoação do Pai e do Filho Eterno, por meio de Seus Filhos que personalizam e factualizam-se para encarnar e tornar direto o amor do Pai e a misericórdia do Filho às criaturas dos universos. Essas auto-outorgas são também reabilitadoras em caso de desvios ou ameaças ao plano de evolução espiritual em qualquer mundo.

3º Plano de ministração da misericórdia. O Espírito Infinito, por si próprio e de si próprio, projetou e colocou em operação o plano grandioso de ministração da misericórdia enquanto atua verdadeira e literalmente como o executivo conjunto do Pai e do Filho, na criação e administração.

Foi promulgado pelo Pai o mandado universal: Sede perfeitos, como Eu Sou perfeito. O Filho Eterno é o encarregado da execução dessa realização, conjuntamente com o seu coordenador divino, o Espírito Infinito – A Terceira Pessoa da Trindade.

O Espírito da Auto-outorga

Para compartilhar da experiência das personalidades criadas, os Filhos de Deus do Paraíso devem assumir as naturezas verdadeiras de tais criaturas e encarnar as suas personalidades divinas, eles próprios, factualmente como criaturas (pág. 86). Esse é o segredo do mundo Sonarington – a técnica de escape do absolutismo da personalidade.

É narrado que o próprio Filho Eterno se auto-outorgou em cada um dos sete circuitos da Criação Central, para esclarecimentos e avanços de todos os habitantes de Havona, como um ascendente ou um nativo do universo central. Ele existiu como Ele próprio, uma atuação suprapessoal. A luminosidade de seu domínio no Paraíso bem como o controle de gravidade espiritual e universal, por essa atuação não sofreu qualquer diminuição.

Na continuação, nos é ministrado sobre o primeiro Michael e o primeiro ser da evolução a chegar a Havona – Grandfanda, histórico esse que entrelaça com a auto-outorga da Segunda Pessoa da Trindade.

Os Filhos de Deus, do Paraíso

É citada a ignorância e uma grande confusão, em Urântia, sobre os múltiplos Filhos de Deus, revelando um conclave que se realiza no Setor (maior ou menor) a cada meio milênio do tempo padrão do setor. Nesses conclaves é revelado o caráter do Filho Eterno ao universo dos universos.

O Filho original e eterno é o primeiro Descendente-pessoa do primeiro pensamento infinito e completo do Pai universal. Cada vez que o Pai universal e o Filho Eterno, em conjunto, projetam um pensamento pessoal novo, original, idêntico, único e absoluto, nesse mesmo instante, essa idéia criativa é, perfeita e finalmente, personalizada no ser e na personalidade de um Filho Criador novo e original. Pela sua natureza espiritual, sabedoria divina e poder criativo coordenado, esses Filhos criadores são potencialmente iguais a Deus, o Pai, e a Deus, o Filho. (pág. 87).

O Pai e o Filho criam os Filhos Criadores. Os Magisteriais são personalizados pelo Filho e pelo Espírito Infinito, os Filhos Instrutores da Trindade são originários do Pai, do Filho e do Espírito. Há um canal sob o domínio do Filho Eterno que unifica toda a associação desses elevados seres e que permite uma constante comunicação. Não se confunde com o circuito de gravidade espiritual. O Filho Eterno tem, o tempo todo, conhecimento a respeito do status das atividades e pensamentos de todas as ordens de filiação do Paraíso e de tudo que tenha valor no coração de todas as criaturas da criação primária da eternidade e das criaturas do tempo.

A Revelação Suprema do Pai

Todo o conhecimento e informação sobre o Pai é privilégio do Filho e dos Filhos do Paraíso, por serem Eles iguais e idênticos em divindade. A Primeira Fonte é muito mais que uma personalidade paterna, mas as suas qualidades de espírito paterno estão presentes no Filho Eterno porque são unos, sem restrinção.

O Filho primordial e seus filhos estão empenhados em revelar a natureza espiritual e pessoal do Pai, em toda a criação, aos homens e anjos. Essa revelação representa a descida do Pai; a chamada paternal para que as criaturas caminhem até ele. A propósito desse caminho, nos é recomendado meditar sobre as ministrações do Augusto Soberano do nosso universo, herdadas por nós, quando aqui ele se fez homem.

O Espírito Infinito:

A Terceira Fonte e Centro

O Pai, em seu primeiro pensamento absoluto e infinito, encontra no verbo perfeito e adequado à Sua expressão – o Filho Eterno, e ambos, Pai e Filho, passaram a manifestar o desejo supremo de um agente universal e infinito de expressão mútua e de ação combinada.

O Pai e o Filho são infinitamente conhecedores da Sua mútua interdependência, Sua eterna e absoluta unidade e, assim, desse pacto perpétuo, é celebrado para execução dos Seus conceitos unificados. Estamos agora face a face com a origem, na eternidade, do Espírito Infinito, a Terceira Pessoa da Deidade. No instante mesmo em que Deus, o Pai, e Deus, o Filho, concebem conjuntamente uma ação idêntica e infinita – a execução de um plano de pensamento absoluto – nesse exato momento, o Espírito Infinito começa a existir na sua plenitude (pág. 90).

Somos advertidos de que essas citações de ordens de origem são colocadas para nos facilitar o pensamento sobre o relacionamento das Deidades. Porquanto na realidade, Elas não têm começo e nem fim, Elas são coordenadas, supremas, últimas, infinitas, absolutas e, eternamente, distintamente individualizadas, mas eternamente associadas: Deus, o Pai, Deus, o Filho e Deus, o Espírito.

O Deus da Ação

O ciclo da personalidade divina torna-se perfeito e completo com o advento do Espírito Infinito, o Deus da ação e o imenso cenário do espaço aprontado para atividade estupenda da criação – a aventura universal; o panorama divino dos tempos eternos. (sic.)

O primeiro ato dessa Terceira Pessoa é o reconhecimento de Seus pais divinos: o Pai-Pai e o Filho-Mãe, como de fato Eles são. Em seguida, voluntariamente, com uma disposição transcendente e espontaneidade inspirada, a Terceira Pessoa da Deidade, não obstante a Sua igualdade com a Primeira e Segunda Pessoas, promete lealdade eterna a Deus, o Pai, e reconhece dependência eterna de Deus, o Filho (pág. 90).

Assim, ficou estabelecida a Trindade do Paraíso e é descortinado o espaço universal para o desenvolvimento do propósito eterno do Pai universal, por meio do Filho e da execução do Deus da ação – o Espírito Infinito.

O Deus da ação e as abóbodas inertes do espaço põem-se em movimento. Um bilhão de esferas perfeitas, em um relance, passa a existir (pág. 91). É dito que naquele momento hipotético, as energias do Paraíso eram potencialmente operativas e que a gravidade não podia ser medida, por falta de realidades materiais. Nesse tempo surge o universo, abrangido pelo circuito universal de gravidade – e o circuito de gravidade espiritual do Filho Eterno. O solo da vida está preparado para a consciência da mente.

Sobre essa semente, o Pai atua e a personalidade da criatura surge. O Espírito Infinito eterniza-se com a criação de Havona, criado por Ele e com Ele e Nele, fazendo a vontade do Pai e do Filho e nessa criação o Espírito passa a ser o Criador Conjunto.

É relatado que as informações sobre esses assombrosos tempos da expansão criativa carecem de registros e que contam com escassas revelações do Espírito Infinito, sendo que esse magno espírito meramente confirma o fato de que o universo central e tudo a que Ele pertence eternizou-se simultaneamente com a realização da Sua personalidade e existência consciente. O Espírito reafirma que sendo Ele eterno, também é eterno o universo central.

O Conselheiro Divino justifica que essa relação da Deidade e a criação do universo é colocada de forma que a mente humana possa entender. Acha ele que a mente em crescimento das criaturas do tempo deve obedecer à capacidade de conceituar as relações de pai e filho; as relações com a comunidade, a raça e o mundo, para então se ajustar às relações com o universo, o superuniverso e até mesmo com o universo dos universos.

A Natureza do Espírito Infinito

O Espírito Infinito é conhecido por inúmeras denominações: Espírito Universal, Guia Supremo, Criador Conjunto, Coordenador Final, Espírito Onipresente, Inteligência Absoluta e Ação Divina. Em Urântia é, muitas vezes, confundido com a mente cósmica (pág. 92). Temos constatado que a Terceira Fonte e Centro, aqui, é confundida com o Espírito Santo, embora esse Espírito seja uma criação Dela; o Espírito Santo é uma criação do Espírito Infinito.

A Relação do Espírito com o Pai e o Filho

A Primeira Fonte, ao personalizar a Terceira, deixou a criação de universos a cargo de Seu Filho Eterno – Sua expressão perfeita do primeiro pensamento – palavra, e de Seu Criador Conjunto – expressão perfeita do primeiro conceito criativo completo. Assim, o Pai delega tudo que é possível ao seu Filho, e, do mesmo modo, o Filho outorga toda a autoridade e todo o poder possíveis ao Criador Conjunto.

Nas palavras do Conselheiro Divino, o agente efetivo do Pai, pleno de amor, e do Filho, pleno de misericórdia, na execução do projeto conjunto, que Eles mantêm, atraem a Si todas as almas amantes da verdade de todos os mundos do tempo e do espaço.

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