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Comentário Bíblico Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus
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Comentário Bíblico Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus
E-book177 páginas3 horas

Comentário Bíblico Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus

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Sobre este e-book

Acima de todos os livros neotestamentários, a Epístola aos Romanos expressa a teologia paulina, a qual tem determinado o rumo do pensamento teológico da igreja cristã. Nesta obra, Elienai Cabral discute temas como as doutrinas do pecado, da justificação, da santificação, entre outros, e demonstra a importância e a atualidade da teologia paulina para a igreja atual. Um produto CPAD.
IdiomaPortuguês
EditoraCPAD
Data de lançamento30 de mai. de 2018
ISBN9788526315815
Comentário Bíblico Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus

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    Comentário Bíblico Romanos - Elienai Cabral

    Todos os direitos reservados. Copyright © 1986 para a língua portuguesa da Casa Publicadora das Assembléias de Deus.

    Produção de ePub: Cumbuca Studio

    CDD

    225.7 - Comentário do Novo Testamento

    227.1 - Romanos

    ISBN digital: 978-85-263-1581-5

    As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Corrigida, edição de 1995, da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação em contrário.

    Para maiores informações sobre livros, revistas, periódicos e os últimos lançamentos da CPAD, visite nosso site: http://www.cpad.com.br.

    SAC — Serviço de Atendimento ao Cliente: 0800-021-7373

    Casa Publicadora das Assembleias de Deus

    Caixa Postal 331

    20001-970, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

    13ª impressão: 2017

    Sumário

    Apresentação

    Introdução Geral

    Introdução à Carta

    A Doutrina do Pecado

    A Doutrina da Justificação

    A Doutrina da Santificação

    A Doutrina da Salvação em relação a Israel

    A Doutrina do Serviço Cristão

    Bibliografia

    ÍNDICE DAS ABREVIATURAS USADAS NESTE LIVRO

    VELHO TESTAMENTO

    NOVO TESTAMENTO

    Apresentação

    No dia-a-dia de nossa vida terrena, nós, ministros de Cristo, responsáveis pela vocação recebida, sentimos o peso e a responsabilidade da ministração da Palavra de Deus nesta fase de controvérsias e falsas doutrinas.

    A Carta aos Romanos nos apresenta uma teologia profunda e prática. Nela desvenda-se o plano divino da redenção do homem através da justificação e da posterior santificação. Nessa carta, as discriminações são desfeitas, pois, tanto judeus como gentios, são alcançados pelo Evangelho da Graça de Deus.

    O comentário da Carta aos Romanos veio preencher um vazio na nossa literatura teológica, com uma linguagem acessível aos leigos e aos estudantes da Bíblia.

    O autor, mais uma vez se lança destemido, mas ortodoxo em sua linha doutrinária.

    Para mim, constitui-se uma dupla honra a apresentação deste livro. Primeiramente, pelo fato de apresentar uma obra de valor teológico e indispensável ao estudo da Bíblia. Em segundo lugar, porque o autor é meu filho.

    Recomendo esta obra porque é boa semente e devemos semeá-la em nossos corações e em nosso ministério.

    Osmar Cabral

    Introdução Geral

    A maior e mais profunda epístola do apóstolo Paulo foi a aos romanos. Destaca-se por seu alto nível doutrinário. Na esfera da teologia é a mais significativa obra já produzida. Eminentes mestres da Bíblia têm feito declarações que valorizam ainda mais a obra de Paulo e aguçam o interesse do leitor.

    Emil Brunner disse: Não há um documento na história espiritual do homem em que estejam tão mesclados e combinados, como nesta carta, o sentimento apaixonado, o pensamento vigoroso e a vontade inexorável. O famoso bispo Nygren disse: Na Epístola aos Romanos aprende-se a conhecer, como em nenhuma outra parte, o que é o Evangelho, e qual é o conteúdo da fé cristã. John Knox opina: É o principal livro de texto para o estudo do Evangelho de Paulo, em conseqüência, o livro teológico que jamais foi escrito. Lutero, em sua tradução do Novo Testamento, escreveu: A Epístola aos Romanos é o principal livro do Novo Testamento e o mais puro Evangelho, tão valioso que um cristão não só deveria saber de memória cada palavra dela, mas tê-la consigo diariamente, como o pão cotidiano de sua alma. Calvino disse: Se alguém tem alcançado uma verdadeira compreensão da Epístola, tem-se-lhe aberto uma porta para aproximar-se dos tesouros mais preciosos das Escrituras. Clifton J. Allen, em seu O Evangelho Segundo Paulo, escreveu: Esta carta não é um tratado seco sobre abstrações teológicas; é uma obra clássica de teologia e um tratado primoroso que pulsa com vida. Sente-se aqui o calor vivo da verdade redentora. É o testemunho de um destemido pioneiro espiritual. Ouve-se aqui o eco da certeza da experiência própria. Para aqueles que desejam aprender, a Carta aos Romanos é persuasiva e convincente. Para os que são espiritualmente sensíveis, ela acusa a consciência e inspira ação. Para os perplexos e desesperançosos, ela fala com certeza e consolação. Estes testemunhos e tantos outros qualificam a Carta aos Romanos como a epístola cujo conteúdo doutrinário é o mais amplo sobre a salvação, sendo este seu tema central, apresentando, com isto, um sentido missionário. Cinco importantes doutrinas bíblicas são apresentadas na carta e obedecem a uma ordem cronológica especial, visto a imperiosa necessidade da igreja em Roma. Alguns problemas de ordem doutrinária obrigaram Paulo a escrever à igreja, para dirimir dúvidas existentes.

    O AUTOR

    A melhor maneira de compreender esta carta é conhecer o seu autor. Muitos livros têm sido escritos sobre a vida deste grande homem de Deus. Suposições históricas têm sido levantadas para realçar a nobreza deste grande apóstolo. Entretanto, tudo o que se conheceu acerca de Paulo encontra-se no Novo Testamento.

    Paulo era judeu de sangue, da tribo de Benjamim (Rm 11.1), e natural de Tarso, na Cilícia. Em Jerusalém, foi fariseu zeloso, tendo como mestre o respeitável Gamaliel (At 22.3; 26.4,5). Era conhecido e respeitado por seu zelo extremo da religião judaica. Por essa razão, foi implacável perseguidor dos cristãos antes de se converter ao cristianismo (At 7.58; 8.1; 9.1; 22.4; Gl 1.13; Fl 3.6; 1 Tm 1.13).

    Paulo foi contemporâneo de Jesus em sua vida terrestre, e certamente conhecia a sua fama entre os judeus. Não foi possível provar até hoje que Paulo tivesse conhecido Jesus pessoalmente, senão pela fama do seu ministério itinerante na Palestina. Na realidade, Paulo o conheceu verdadeiramente no caminho de Damasco. O Senhor já havia ressuscitado e subido ao Pai, quando o implacável Saulo de Tarso preparou-se para mais uma investida cruel contra os primeiros crentes. Mas foi detido pela poderosa luz do Rei dos reis, Jesus, o Salvador. Uma transformação imediata e regeneradora aconteceu, e ele converteu-se a Cristo (At 9.1,29; Gl 1.11; 2.1).

    Acompanhando seus passos nos Atos dos Apóstolos e, posteriormente em suas cartas, descobrimos em Paulo uma personalidade marcante que muito influiu em seu ministério. Há algo de singular neste gigante da Igreja primitiva. Características fascinantes desse grande apóstolo se descobrem em cada uma das suas cartas. Estas características vislumbram num misto de austeridade e ternura, de severidade e flexibilidade, de intransigência e sensibilidade. Em suma, observamos na alma de Paulo, a lógica e o sentimento. Os seus ensinos são profundos porque encerram verdades profundas. Os seus escritos são cristocêntricos e não divagam em superficialidades. Cristo foi seu assunto central nos ensinos e pregações. Sua teologia, profunda e racional, destaca um cristianismo moralista e põe como ponto alto a pessoa de Cristo.

    Às vezes, o estilo de Paulo parece torná-lo duro e intratável no que tange à sua intransigência em assuntos doutrinários. Entretanto, ele cultivava a simpatia pessoal ao lembrar nomes, enviando saudações aos amigos conquistados no campo missionário.

    Na verdade, temos muito que aprender da vida deste grande apóstolo. Com indiscutível segurança e sem qualquer resquício de vaidade, ele nos convida a sermos seus imitadores (1 Co 4.16) e diz: o que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai (Fl 4.9).

    DATA E LUGAR

    Não é difícil estabelecer o lugar e a ocasião em que foi escrita a carta. Paulo fazia a terceira viagem missionária e, quando escreveu a carta, estava na próspera cidade de Corinto, capital da província romana de Acaia, no território da Grécia. Depois de ter passado em Éfeso algum tempo, doutrinando e estabelecendo a igreja ali, Paulo foi a Corinto. Por três meses ficou hospedado na casa do fiel amigo Gaio, possivelmente na primavera de 57 ou 58 d.C. Desejando voltar a Jerusalém, por considerar ter terminado seu trabalho no Oriente, levantou ofertas das igrejas gentílicas, para ajudar os crentes perseguidos que passavam privações em Jerusalém (Rm 15.25; 1 Co 16.1-14; 2 Co 8.1 e 9.15).

    Com o ardor missionário queimando o seu interior, sua visão evangelística ia mais além - à Espanha. No caminho para a Espanha, Roma era escala obrigatória, por isso Paulo aproveitou a oportunidade para escrever esta carta aos crentes em Roma, visto que desejava expor a fé cristã, para dirimir as dificuldades doutrinárias existentes na igreja em Roma, das quais Paulo era sabedor.

    A IGREJA EM ROMA

    1. Sua origem

    Não existem dados históricos que provem como e por quem foi fundada a igreja em Roma. Uma antiga tradição da Igreja Romana apresenta o apóstolo Pedro como sendo o seu fundador. Esta suposição é refutada pela mais clara evidência histórica. Quando Paulo escreveu a Carta, Pedro não se achava em Roma. Se Pedro estivesse lá, Paulo não teria escrito essa carta, por respeito ao apostolado de Pedro, bem como ao pastorado de qualquer outro cristão eminente na época.

    2. Suposições históricas

    Estas suposições podem oferecer uma idéia possível da origem da igreja em Roma, mas não provam nada:

    a) Os que estiveram em Jerusalém no dia de Pentecoste (At 2.10) e fizeram parte dos três mil convertidos, ao voltarem para Roma, formariam o primeiro grupo de crentes em Cristo ali.

    b) Pode se ter originado a igreja em Roma do testemunho e do trabalho de crentes, cidadãos do Império, que viajavam livremente entre Jerusalém e Roma.

    Outra suposição é a de que havia em Roma uma colônia judaica com cerca de quarenta mil pessoas, descendentes dos chamados Libertos. Estes Libertos haviam sido conduzidos como escravos a Roma, vindos da Palestina, trazidos por Pompeu. Mais tarde, foram libertos e organizaram sinagogas em Roma, mas muitos voltaram a Palestina em 49 d.C. Destes judeus, muitos se tornaram seguidores de Cristo.

    3. Suas características

    A igreja em Roma se constituía de duas classes de pessoas - judeus e gentios. Notemos que Paulo não se dirige a nenhum líder espiritual em Roma pois não se conhecia nenhum nome. Sabia-se que alguns crentes se reuniam em algum lugar, mas havia certas divergências doutrinárias, que precisavam ser dirimidas. Crê-se que a igreja se compunha de, pelo menos, quatro diferentes congregações, a saber, a da casa de Áqüila e Priscila, no Aventino; a do Palácio Imperial; a da casa de Hermes, e a da casa de Filólogo (Rm 16.3-15). (N. Com. pg 1151).

    Podemos observar que Paulo não se dirigiu a nenhum grupo em particular, mas à igreja.

    OBJETIVOS DA CARTA

    Notam-se dois objetivos principais na Carta aos Romanos: objetivo missionário e objetivo doutrinário.

    1. OBJETIVO MISSIONÁRIO

    Paulo tinha a intenção de levar avante seu ardor evangelístico às terras que ainda não conheciam o Evangelho de Cristo.

    Sentindo que seu trabalho na Ásia e na Grécia (Rm 15.23) estava completo, podia agora voltar sua atenção ao sonho de pregar na Europa, principalmente na Itália e depois na Espanha.

    Paulo identifica-se nesta carta com um autêntico missionário gentílico. Ele desbrava outras terras, longe de Jerusalém, além da terra dos judeus e abre as portas do Evangelho para o mundo inteiro.

    Diferentes opiniões sobre os objetivos de Paulo são apresentados por algumas autoridades bíblicas sobre a Carta aos Romanos. O doutor Scott escreveu que Paulo queria apresentar-se à igreja para remover toda a sorte de suspeitas a respeito de sua pessoa, que o Partido Judaico de Jerusalém havia espalhado. Já o doutor C.H. Dodd, afirma que não havia uma condição interna na igreja em Roma que provocasse esta carta, porém, o desenvolvimento dos próprios planos de Paulo (O Evangelho Segundo Paulo - Clifton J. Allen, pg 16,17).

    Mas Paulo era sabedor dos problemas doutrinários existentes no seio da igreja em Roma. Seu sentimento missionário não colocou à margem o desejo de ajudar a esclarecer as

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