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O Apóstolo Paulo: Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo
O Apóstolo Paulo: Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo
O Apóstolo Paulo: Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo
E-book177 páginas3 horas

O Apóstolo Paulo: Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo

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Sobre este e-book

Ao longo da história do Cristianismo, o apóstolo Paulo tornou-se o ápice da teologia cristã. A sua opção radical por Jesus o fazia vislumbrar um cristianismo que alcançasse o mundo todo. Por isso, vale a pena conhecer mais sobre Paulo. Neste livro, Elienai Cabral nos apresenta o mundo de sua época, sua vida como perseguidor, sua conversão e vocação, bem como sua mensagem, visão acerca do Espírito Santo, atuação como plantador de igrejas e discipulador, entre outras características que fizeram dele o "Apóstolo dos Gentios".
IdiomaPortuguês
EditoraCPAD
Data de lançamento20 de ago. de 2021
ISBN9786559681792
O Apóstolo Paulo: Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo

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    O Apóstolo Paulo - Elienai Cabral

    O Apóstolo PauloO Apóstolo PauloO Apóstolo Paulo

    Todos os direitos reservados. Copyright © 2021 para a língua portuguesa da Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Aprovado pelo Conselho de Doutrina.

    Preparação dos originais: Ester Soares

    Revisão: Miquéias Nascimento

    Adaptação da capa: Anderson Lopes

    Projeto gráfico e editoração: Elisangela Santos

    Conversão para ebook: Cumbuca Studio

    CDD: 240 – Moral cristã e teologia devocional

    e-ISBN: 978-65-5968-179-2.

    As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Corrigida, edição de 2009, da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação em contrário.

    Para maiores informações sobre livros, revistas, periódicos e os últimos lançamentos da CPAD, visite nosso site: https://www.cpad.com.br.

    SAC — Serviço de Atendimento ao Cliente: 0800-021-7373

    Casa Publicadora das Assembleias de Deus

    Av. Brasil, 34.401, Bangu, Rio de Janeiro – RJ

    CEP 21.852-002

    1ª edição: 2021

    Prefácio

    Ao longo da história do cristianismo, o apóstolo Paulo tornou-se o ápice da teologia cristã. Naturalmente, não podemos tirar o mérito dos apóstolos que estiveram com Jesus em sua vida terrestre. Entretanto, na formação do cânon do Novo Testamento, quando os Pais da Igreja, desde o primeiro século da era cristã começaram a reunir os documentos escritos que pudessem servir à história de Cristo e à sua doutrina, o cânon do Novo Testamento só veio a ser reconhecido depois da Reforma Protestante. No século IV d.C., a diversidade e a quantidade de obras escritas ultrapassavam os 27 livros considerados inspirados pelo Espírito Santo. Por alguns séculos, discutiu-se muito sobre as cartas e epístolas de Paulo, porque ele foi corajoso suficientemente para aprofundar-se especialmente na vida e ensino de Cristo, desenvolvendo uma teologia cristocêntrica inigualável. A despeito da resistência, os reformadores, depois de 1517, concentraram-se na criação dos cinco solas , entre os quais o sola scripturae , para fortalecer a ideia de que o que valia era a autoridade plena das Escrituras. Na lista dos livros considerados e avaliados como inspirados pelo Espírito Santo, os reformadores reconheceram os 39 livros do cânon do Antigo Testamento; e, posteriormente, de todas as obras escritas, foram distinguidos os 27 livros que compõem o cânon do Novo Testamento. Desses 27 livros, os escritos de Paulo continham a maior parte da teologia do Novo Testamento. Ele, sem desmerecer os demais apóstolos, foi o homem que Deus escolheu dentre todos os líderes do Novo Testamento para construir a maior parte da teologia cristã. A. T. Robertson, teólogo, admirador de Paulo e de sua teologia, escreveu em seu livro Épocas na Vida de Paulo:

    Excetuando o próprio Jesus, Paulo permanece para sempre o principal representante de Cristo, o expoente mais hábil do cristianismo, o seu gênio mais construtivo; do lado meramente humano, o seu campeão mais destemido, o seu missionário mais ilustre e mais influente, pregador, mestre e mártir mais distinto. Ele ouviu palavras no terceiro céu, as quais não é lícito ao homem referir (2 Co 12.4), mas sentia-se ainda um vaso de barro (2 Co 4.7).

    Indiscutivelmente, Paulo foi um homem apaixonado por Jesus. Seu amor levou-o a procurar identificar-se totalmente com o Mestre. Sua identificação tinha a ver com a consciência de que ele desenvolveu em sua mente de que padeceria pelo nome de Jesus.

    Quando Ananias foi comissionado para visitar Paulo, logo depois do encontro deste com Jesus no caminho de Damasco, o Senhor disse a Ananias: [...] vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome (At 9.15,16). Paulo sabia, então, que o sofrer pelo nome de Jesus iria levá-lo ao gozo de receber o seu galardão depois da sua morte. Ele absorveu esse sentimento do padecer pelo nome de Jesus e, escrevendo aos gálatas, Paulo disse: Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim (Gl 2.20). Ainda escreveu mais aos Gálatas em 6.17: [...] trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus. Aos Filipenses, Paulo escreveu: Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho (Fp 1.21). Sem diminuir a importância histórica dos apóstolos que estiveram com Jesus, os quais morreram pelo Seu nome, o apóstolo Paulo, a partir do encontro dramático e maravilhoso que teve com Jesus no caminho de Damasco, ficou fascinado por Ele. Essa experiência pessoal com Jesus foi uma obsessão em sua vida com o desejo de contar a sua experiência a outras pessoas.

    Entretanto, o contexto político e religioso da sua época não era favorável. Ele teria que desbravar, abrir fronteiras culturais e políticas e ter coragem e ousadia para levar o nome de Jesus ao mundo gentio. Não faltaram oposições e ameaças daí em diante. Paulo dá testemunho alguns anos mais tarde e fala dos sofrimentos impingidos contra a sua vida, até dentro das igrejas que ele mesmo plantou e doutrinou, por falsos judeus cristãos que o perseguiam sem limites (2 Co 11.23-27). Fora os padecimentos provocados por seus irmãos de sangue, Paulo também sofria pelas igrejas plantadas por ele e que estavam sendo invadidas com heresias e contradições. Paulo disse dessa situação: Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas (2 Co 11.28).

    Paulo foi capaz de romper com limites geográficos, com limites culturais, envolvendo línguas diferentes, costumes e mentalidades diferentes. A sua opção radical por Jesus fazia-o vislumbrar um cristianismo que alcançasse o mundo todo. Certo escritor escreveu que o mundo cristão não seria o mesmo sem a mensagem que o apóstolo Paulo transmitiu no contexto do Império Romano.

    Este livro, em função das revistas da Escola Dominical tem um caráter temático para facilitar a pesquisa dos professores. Portanto, é impossível abordar com profundidade toda a vida do apóstolo Paulo. Sua cultura tríplice: judaica, grega e romana, além de outras abordagens históricas, filosóficas e, principalmente, teológicas podem levar-nos a estudos mais profundos sobre o grande mestre apóstolo Paulo. Atrevo-me a declarar que, indiscutivelmente, o grande construtor da teologia cristã foi o apóstolo Paulo.

    Todo estudante da Bíblia, cada pastor e cada professor de Escola Dominical devem obter em sua biblioteca pessoal obras relativas ao apóstolo Paulo. Que tenhamos a mesma paixão desse grande servo de Deus.

    Pr. Elienai Cabral

    Sumário

    Capítulo 1 - O Mundo do Apóstolo Paulo

    Capítulo 2 - Saulo de Tarso: o Perseguidor da Igreja

    Capítulo 3 - A Conversão de Saulo de Tarso

    Capítulo 4 - Paulo: a Vocação para Ser Apóstolo

    Capítulo 5 - Jesus Cristo, e este Crucificado — A Mensagem do Apóstolo

    Capítulo 6 - Paulo no Poder do Espírito

    Capítulo 7 - Paulo: o Plantador de Igrejas

    Capítulo 8 - Paulo: o Discipulador de Vidas

    Capítulo 9 - Paulo e sua Dedicação aos Vocacionados

    Capítulo 10 - Paulo e seu Amor pela Igreja

    Capítulo 11 - O Zelo do Apóstolo Paulo à Sã Doutrina

    Capítulo 12 - A Coragem do Apóstolo Paulo diante da Morte

    Capítulo 13 - A Gloriosa Esperança do Apóstolo Paulo

    Bibliografia

    Capítulo 1 - O Mundo do Apóstolo Paulo

    Introdução

    Paulo, o apóstolo dos gentios, foi um personagem da história do cristianismo que mais atraiu pesquisadores, e cada escritor procurou desenvolver a história desse homem em vários campos do seu judaísmo e, posteriormente, do seu cristianismo. A partir dos relatos dos cristãos primitivos e, especialmente, dos discípulos de Jesus, os historiadores foram filtrando os fatos narrados acerca do ministério de Paulo. É interessante afirmar que Paulo admite nunca ter encontrado Jesus em sua vida terrestre, mas, indiscutivelmente, ninguém foi testemunha maior do que Paulo acerca do que Jesus revelou e manifestou a ele. Até o dia de hoje, Paulo consegue provocar irritação da parte dos judeus, especialmente dos seus contemporâneos, tanto judeus quanto cristãos. Mas, depois da visão do próprio Cristo no caminho de Damasco, Paulo tornou-se o apóstolo mais influente do mundo de então. A sua busca religiosa levou-o a confrontar todo o conhecimento que tinha do judaísmo com a doutrina de Cristo. A partir disso, temos um vislumbre do mundo gentio a que Paulo fora enviado e desafiado para representar a Cristo como um autêntico embaixador da Sua mensagem.

    A narrativa de Lucas em Atos 26 apresenta o modo como Saulo de Tarso foi chamado e vocacionado para levar o nome de Jesus diante dos gentios (At 9.15).

    No texto de Atos 11, Lucas relata nomes de cidades gentílicas como Antioquia, Chipre, Pafos, Perge, Icônio, Listra, Derbe, Corinto, Filipos, Colossos, Tessalônica, as quais foram alcançadas com a pregação de Paulo. Depois, no capítulo 15 de Atos, aparecem países e outras notáveis cidades como Atenas, Roma, e outras cidades como Samaria, Fenícia, Síria e Cilícia, por onde Paulo, Silas, Barnabé, Timóteo, Tito e outros mais anunciaram o nome de Jesus e plantaram igrejas. James Dunn, teólogo e professor emérito da universidade de Durham, escreveu que cada geração do cristianismo necessita de uma nova abordagem do apóstolo Paulo, sua vida e suas cartas. A principal razão é simples: O apóstolo Paulo foi o pensador teológico mais criativo da primeira geração do cristianismo. Concordo com James Dunn. Nos últimos séculos da Era Cristã, muitas abordagens da vida e missão de Paulo foram feitas, e todas, sem dúvida, contribuíram para reunir ideias e fatos da sua vida que ajudam a construção da teologia do Novo Testamento. É impossível adentrar com profundidade em tudo que diz respeito ao grande servo de Deus, Paulo, mas podemos oferecer vislumbres da sua missão recebida de Jesus.

    I – O Mundo de Paulo dentro do Império Romano

    1. A Política Politeísta de Roma

    O Império Romano no período do ministério do apóstolo Paulo tinha uma política politeísta e, por isso, era mais aberto para que outras religiões convivessem em paz, especialmente o mundo mediterrâneo, que, naquele tempo, havia sido helenizado (influência da cultura grega) e depois romanizado; ou seja, os imperadores não deixaram de fortalecer a cultura romana, mesmo tendo que conviver nas sombras da cultura grega. A liderança política romana sabia que seria impossível desfazer a cultura grega e, por isso, permitia que as religiões autóctones estivessem presentes no mundo romano, desde que o império fosse respeitado por suas leis.

    Paulo, inteligentemente, soube tirar proveito dessa situação para anunciar o nome de Jesus. Quando o Senhor Jesus o convocou de forma dramática e incisiva no caminho de Damasco, foi porque viu na pessoa de Saulo de Tarso o homem certo para expandir o evangelho (At 9.1-6).

    Não foi nada fácil para Paulo desvencilhar-se do seu judaísmo e do seu papel de fariseu zeloso para absorver uma nova doutrina que saía de dentro do judaísmo. Esse ideal de religiosidade que o judaísmo imprimia não correspondia aos anseios espirituais do coração de Paulo. Entretanto, sua conversão foi tão revolucionária

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