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PINÓQUIO
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E-book156 páginas3 horas

PINÓQUIO

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Sobre este e-book

A obra As Aventuras de Pinóquio (em italiano Le avventure di Pinocchio. Storia di un burattino) foi escrita pelo italiano Carlo Collodi em Florença no ano de 1881 e publicado dois anos depois com ilustrações de Enrico Mazzanti. Trata-se de um clássico da literatura infanto-juvenil. A história de Pinóquio, e das suas aventuras e desventuras, é riquíssima e permite inúmeras leituras por públicos de diferentes idades. É, por si, uma grande aventura entregar-se a este Pinóquio que erra, sofre e se redime para tornar-se gente.
Traduzida para dezenas de países, Pinóquio faz parte da infância de todos nós pois a história ultrapassou as fronteiras da Itália e se tornou um patrimônio universal
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de mar. de 2021
ISBN9786558941224
Autor

Carlo Collodi

Carlo Collodi (1826–1890), born Carlo Lorenzini, was an Italian author who originally studied theology before embarking on a writing career. He started as a journalist contributing to both local and national periodicals. He produced reviews as well as satirical pieces influenced by contemporary political and cultural events. After many years, Collodi, looking for a change of pace, shifted to children’s literature. It was an inspired choice that led to the creation of his most famous work—The Adventures of Pinocchio..

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    PINÓQUIO - Carlo Collodi

    cover.jpg

    Carlo Collodi

    PINÓQUIO

    Título original:

    Le Avventure di Pinocchio

    1a edição

    img1.jpg

    Isbn: 9786558941224

    LeBooks.com.br

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    Prefácio

    Prezado Leitor

    A obra As Aventuras de Pinóquio (em italiano Le avventure di Pinocchio. Storia di un burattino) foi escrita pelo italiano Carlo Collodi em Florença no ano de 1881 e publicado dois anos depois com ilustrações de Enrico Mazzanti. Trata-se de um clássico da literatura infanto-juvenil.

    A história original de Pinóquio, e das suas aventuras e desventuras, é riquíssima e permite inúmeras leituras por públicos de diferentes idades. É, por si, uma grande aventura entregar-se a este Pinóquio que erra, sofre e se redime para tornar-se gente.

    Traduzida para dezenas de países, Pinóquio faz parte da infância de todos nós pois a história ultrapassou as fronteiras da Itália e se tornou um patrimônio universal

    Uma excelente leitura

    LeBooks Editora

    APRESENTAÇÃO

    Sobre o autor e obra

    img2.jpg

    Carlo Collodi e seu famoso personagem

    Escritor de literatura infantil e jornalista italiano, Carlo Collodi, de nome verdadeiro Carlo Lorenzini, nasceu em Florença em 1826. Ainda muito jovem, deu entrada num seminário, mas, com o alastramento do movimento de unificação italiana, apaixonou-se pela política. Assim, aos vinte e dois anos, resolveu dedicar-se ao jornalismo, pensando ser uma das melhores maneiras de batalhar pela causa nacional.

    Nesse ano de 1848, não só se juntou como voluntário ao exército toscano, como também fundou o jornal Il Lampione que, pelo seu caráter cáustico e satírico, viria a ser suprimido, por ordem do Grão Duque da Toscânia, na primavera do ano seguinte. Foi mais afortunado com o seu sucessor, La Scaramuccia e, em 1861, pôde ressuscitar o Il Lampione. Assumindo o pseudônimo Collodi, em honra da pequena aldeia toscana onde a sua mãe havia nascido, assinou comédias e artigos de imprensa, dos quais se destacam as fervorosas contribuições para o Il Fanfulla. Em 1856 conseguiu alcançar uma certa notoriedade com a publicação do romance In Vapore.

    No ano de 1861, quando a Itália se tornou uma nação unificada, Collodi decidiu, num ato de coerência, abandonar o jornalismo. A partir de 1870 estabelecer-se-ia como censor, no seio da Comissão de Censura para o Teatro, e como editor de revistas.

    A partir de 1875, foi traduzindo para a imprensa os Contos de Fadas do francês Charles Perrault, que havia reintroduzido no coletivo popular esses contos. Em consequência da sua aceitação na Itália, resolveu dedicar-se a escrever os seus próprios contos. Assim, em 1876, criou uma série infantil cujo protagonista era o vilão Gianettino, mas o seu grande sucesso chegaria, em 1881, com a publicação no Giornale dei Bambini, do primeiro episódio de Pinocchio, com o nome Storia Di Un Burattino, com ilustrações de Eugenio Mazzanti. Publicou, durante este período, Macchiette (1880), Occhi e Nasi (1881) e Storie Allegre (1887), coletâneas satíricas e humorísticas dos seus artigos publicados na imprensa.

    Ignorando a fama potencial da sua obra, Collodi veio a falecer, na sua Florença natal, a 26 de outubro de 1890.

    Pinochio

    A obra As Aventuras de Pinóquio (em italiano Le avventure di Pinocchio. Storia di un burattino) foi escrita pelo italiano Carlo Collodi em Florença no ano de 1881 e publicado dois anos depois com ilustrações de Enrico Mazzanti. Trata-se de um clássico da literatura infanto-juvenil.

    Escrita originalmente em capítulos, numa série publicada no jornal infantil italiano de Ferdinando Martini, Giornale dei Bambini, entre julho de 1881 e janeiro de 1883, foi publicada em livro pela Felice Paggi - Libraio Editore, com ilustrações de Enrico Mazzanti, em 1883. Com o título de Storia di un burattino (História de um boneco), foram publicados os quinze primeiros capítulos, mas quando Pinóquio está moribundo, Collodi interrompe a história. Os capítulos recomeçam, após algum tempo, já com o título que consagraria a história para sempre, As Aventuras de Pinóquio, completando assim os 36 episódios originais da obra.

    Desde a sua publicação, o livro de Pinóquio tem sido traduzido para os mais diversos idiomas. Muito adaptada, a versão mais conhecida foi realizada por Walt Disney, em 1940, que conta uma história muito diferente da que foi escrita por Collodi. A versão adaptada por Walt Disney, foi considerada uma obra-prima do cinema de animação, sendo a versão mais conhecida da história de Pinóquio.

    A história original de Pinóquio, e das suas aventuras e desventuras, é muito mais rica. Permite inúmeras leituras por públicos de diferentes idades. É, por si, uma grande aventura entregar-se a este Pinóquio que erra, sofre e se redime para tornar-se gente. A história ultrapassou as fronteiras da Itália e se tornou um patrimônio universal.

    I

     Como Mestre Cereja, o carpinteiro, encontrou um pedaço de pau que ria e chorava como uma criança.

    ERA UMA VEZ...

    — Um rei! — Exclamarão imediatamente os meus pequenos leitores. Não, meninos, vocês erraram. Era uma vez um pedaço de pau.

    Esse pedaço de pau não valia nada; não passava de um pau de lenha comum, desses que nos dias de inverno queimamos na lareira para aquecer a casa.

    Não sei como isto se deu, mas o fato é que um belo dia esse pedaço de pau apareceu na oficina de um velho carpinteiro chamado Mestre Antônio, que todo mundo chamava de Mestre Cereja, por causa da ponta de seu nariz, que estava sempre vermelha e lustrosa como uma cereja madura.

    Assim que Mestre Cereja viu o pedaço de pau, seus olhos brilharam de satisfação; e, esfregando as mãos de contentamento, falou baixinho com os seus botões¹:

    — Em boa hora este pau veio parar aqui; está ótimo para fazer uma perna de mesa.

    Dito e feito: apanhou logo um machado afiado para arrancar a casca da madeira e afiná-la. Mas, quando ia desferir o primeiro golpe, seu braço deteve-se no ar. Uma vozinha suplicante lhe dizia:

    — Não me bata!

    Imaginem o espanto do velho Mestre Cereja!

    Com olhos apavorados, examinou todos os cantos da oficina, para descobrir de onde poderia ter vindo aquela voz. Não viu ninguém. Olhou embaixo do banco — ninguém; procurou dentro de um armário que estava sempre fechado — ninguém; revirou um caixão de lascas e serragem — ninguém; chegou mesmo a abrir a porta e dar uma olhada na rua e ainda ninguém. Quem, então, poderia ter sido?

    — Agora compreendo — disse ele por fim, rindo-se e coçando a peruca. — Evidentemente a tal vozinha não passou de produto da minha imaginação. Toca a trabalhar novamente!

    E, apanhando o machado, desferiu um violento golpe no pedaço de pau.

    — Ai! Ai! Você me machucou! — gemeu a mesma vozinha.

    Desta vez, Mestre Cereja ficou petrificado: os olhos

    esbugalhados de medo, a boca arreganhada e a língua pendurada até o queixo. Assim que pôde voltar a falar, começou a dizer, tremendo e gaguejando de medo:

    — Mas de onde pode ter saído essa vozinha que diz ai! ai!? Tenho certeza de que aqui não há vivalma². Será possível que este pedaço de pau aprendeu a chorar e a se queixar como uma criança? Não posso acreditar. Aqui está o pedaço de pau. E um pedaço de pau como todos os outros e que no fogo não daria nem para cozinhar uma panela de feijão... Como será que... Será que há alguém escondido dentro dele? Se houver, pior para ele. Eu lhe darei uma boa lição.

    E, assim dizendo, agarrou o pobre pedaço de pau e começou a bater com ele nas paredes, sem dó nem piedade.

    Depois parou e ficou de ouvido em pé para ver se escutava alguma vozinha se lamentando. Esperou dois minutos — nada; cinco minutos — nada; dez minutos — e nada!

    — Não tenho mais dúvidas — disse ele, fazendo força para rir. — É claro que a vozinha que eu ouvi foi coisa da minha imaginação. Vamos pegar de novo no trabalho.

    Como ainda estivesse bastante amedrontado, começou a cantarolar para ver se assim criava um pouco de coragem.

    Pondo de lado o machado, pegou na plaina, para aplainar e polir o pedaço de madeira. Mas, assim que a plaina começou a correr de uma ponta a outra, ouviu a mesma vozinha, que desta vez lhe disse, dando risada:

    — Por favor, pare! Não me faça tanta cócega!

    Desta vez o pobre Mestre Cereja caiu para trás, como se um raio o tivesse fulminado. Quando abriu os olhos, viu que estava sentado no chão.

    Seu rosto ficou transfigurado; até mesmo a ponta do nariz, que era sempre vermelha, tornou-se roxa de pavor.

    Nesse momento, alguém bateu à porta.

    — Entre — disse o carpinteiro, sem forças para se levantar.

    Imediatamente a porta se abriu e entrou um velhote ágil e alegre. Seu nome era Gepeto, mas, quando os moleques da vizinhança queriam vê-lo furioso, chamavam-no pelo apelido de Polentinha, porque sua peruca amarela parecia uma polenta de fubá.

    Gepeto era genioso. Coitado de quem o chamasse de Polentinha. Ficava uma fera e ninguém mais o segurava.

    — Bom dia, Mestre Antônio — disse Gepeto. — Que está fazendo aí, sentado no chão?

    — Estou ensinando o abc às formigas.

    — Que isto lhe traga bom proveito, Mestre Antônio.

    — Que é que o trouxe à minha casa, compadre?

    Minhas pernas me trouxeram. Mas, na verdade, Mestre Antônio, vim aqui para lhe pedir um favor.

    — Aqui estou, pronto para servi-lo — replicou o carpinteiro pondo-se de pé.

    — Hoje de manhã tive uma ideia.

    — Qual foi?

    — Pensei em fazer um lindo boneco de pau; mas um boneco prodigioso, que saiba dançar, brincar de espada e dar saltos mortais. Com ele, sairei pelo mundo e hei de ganhar o bastante para o pão e para o vinho. Que tal?

    — Bravo, Polentinha! — exclamou a mesma vozinha, vinda não se sabe de onde.

    Gepeto tornou-se vermelho que nem um peru e, voltando-se para o carpinteiro, disse-lhe, cego de raiva:

    — Por que me insulta, Mestre Antônio?

    — Quem o insultou, Mestre Gepeto?

    — Você me chamou de Polentinha!

    — Não fui eu, nada!

    — Quer dizer então que fui eu? Foi você, sim!

    — Não fui!

    — Foi!

    E, cada vez mais exaltados, passaram das palavras às pancadas. Atracaram-se e se morderam e arranharam.

    Quando a briga terminou, Mestre Antônio estava de posse da peruca de

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