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O Caibalion: Uma iniciação ao hermetismo
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O Caibalion: Uma iniciação ao hermetismo
E-book165 páginas3 horas

O Caibalion: Uma iniciação ao hermetismo

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Sobre este e-book

Alguns dizem que veio do Egito Antigo, tão antigo que influenciou tanto Abraão quanto o Judaísmo, tanto os sábios hindus quanto o Hinduísmo, tanto as escolas de mistérios gregas quanto a própria Filosofia. Ninguém sabe como e por quais meios ocultos sobreviveu há tantos séculos e tantas civilizações, mas quando Giordano Bruno foi condenado à fogueira por tentar transformar o cristianismo em “algo cósmico”, ou quando Nicolau Copérnico lançou a teoria do heliocentrismo em seu “Da Revolução das Esferas Celestiais”, lá estava ele: Hermes o Três Vezes Grande. E, apesar de esquecido nos dias atuais, foi o hermetismo quem garantiu em boa parte a sobrevivência e o rápido avanço da chamada ciência moderna em sua aurora renascentista. Afinal, quiçá milênios antes do advento da própria física de partículas, já nos dizia o “Caibalion” que “tudo vibra, e nada está parado”.

Escrita e publicada no início do século 20 por estudantes anônimos do hermetismo, esta obra introdutória traz preceitos e axiomas do antigo hermetismo, comentados e explicados para uma nova era e um novo público. Publicado originalmente em inglês, nos EUA, este “Caibalion” é mesmo um fruto de nosso tempo, porém ele se refere a outro “Caibalion”, bem mais antigo e oculto, que se perdeu nos anais da história, mas que se encontra preservado nas mentes e nas almas de todos aqueles que não deixaram morrer a chama. Acaso deseje se tornar um jogador no jogo de tabuleiro da vida, e não mais mera peça a ser movida pelas circunstâncias e influências externas, este pequeno livro cheio de luz pode ser o seu guia nas noites mais escuras.

O tradutor.

***

Traduzido diretamente do original por Rafael Arrais, autor do livro “Ad infinitum: um diálogo sobre o Tudo”, e que também já traduziu outras obras sagradas da humanidade, como o “Bhagavad Gita”, o “Tao Te Ching” de Lao Tse, o “Gitanjali” de Tagore e “O Profeta” de Gibran.

***

[número de páginas]
Equivalente a aproximadamente 133 págs. de um livro impresso (tamanho A5).

[sumário, com índice ativo]
- Uma breve introdução ao hermetismo
- Uma nota acerca da autoria desta obra
- Introdução
- 1. A Filosofia Hermética
- 2. Os Sete Princípios Herméticos
- 3. A Transmutação Mental
- 4. O Todo
- 5. O Universo Mental
- 6. O Paradoxo Divino
- 7. O Todo em Tudo
- 8. Os Planos de Correspondência
- 9. Vibração
- 10. Polaridade
- 11. Ritmo
- 12. Causalidade
- 13. Gênero
- 14. Gênero Mental
- 15. Axiomas Herméticos
- Epílogo

[ uma edição Textos para Reflexão distribuída em parceria com a Bibliomundi - saiba mais em raph.com.br/tpr ]
IdiomaPortuguês
EditoraM-Y Books
Data de lançamento8 de jul. de 2021
ISBN9781526030054
O Caibalion: Uma iniciação ao hermetismo
Autor

Os Três Iniciados

Pseudônimo atribuído ao(s) autor(es) do 'Caibalion'. Das diversas teorias ligadas à autoria da obra, a mais aceita é a de que o livro foi escrito pelo espiritualista americano William Walker Atksinson (mais conhecido como Yogi Ramacharaka, e também popular por usar diversos pseudônimos em suas obras) em parceria com outros estudiosos como o maçom Paul Foster Case ou a teosofista Mabel Collins.

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    O Caibalion - Os Três Iniciados

    Uma breve introdução ao hermetismo

    Texto gentilmente cedido por Leo Lousada e Bruno Lanaro, apresentadores do canal Conhecimentos da Humanidade no YouTube.

    Pouca gente sabe, mas uma das maiores contribuições culturais que o Egito nos deu foi a tradição hermética. Esta tradição conta que esteve entre nós o grande mestre Hermes Trismegisto, o mensageiro dos deuses, e que ele viveu no antigo Egito há muito tempo atrás, quando a maioria dos humanos ainda eram nômades.

    De todos os mestres que o Egito formou, nos meios ocultistas ele é considerado o mestre dos mestres. Hermes Trismegisto, o três vezes grande, é o nome dado ao fundador da filosofia hermética. Existem diversas lendas sobre a sua origem, algumas remontam ao mito de Atlântida, outras dizem que ele foi o primeiro faraó, e outras afirmam que ele era simplesmente um homem muito sábio.

    Os egípcios acreditavam que ele era um deus, e passaram a chamá-lo de Thoth. Já no mundo helênico ele ficou conhecido como o deus Hermes. Ele era considerado o pai da magia, dos conhecimentos ocultos, da alquimia, da comunicação, e também representava a lógica organizada do universo.

    Além disso, também ficou conhecido como o detentor dos conhecimentos secretos que foram reunidos em 78 imagens ou lâminas, que mais tarde deram origem às cartas do tarô.

    Os escritos herméticos são uma coleção de 18 obras gregas, e as principais são o Corpus Hermeticum e a Tábua de Esmeralda, ambas tradicionalmente atribuídas ao próprio Hermes. Não que ele as tenha escrito pessoalmente, mas que os ensinamentos ali contidos derivam de sua sabedoria.

    Segundo a lenda, ele foi contemporâneo de Abraão, e teria sido o seu instrutor. Todos os preceitos fundamentais e básicos introduzidos nos ensinos esotéricos de cada etnia humana foram originalmente formulados por Hermes, incluindo os mais antigos preceitos da Índia, da Caldéia, da Média, da Pérsia, da China, do Japão, de Roma, e mesmo da Grécia. Todos tiveram como fonte original o hermetismo.

    Levando a ideia um pouco adiante, poderíamos ainda dizer que as religiões mais novas, como o budismo, o cristianismo e o islamismo têm igualmente as suas bases místicas nesta tradição antiga, que deu origem ao termo que conhecemos hoje como ciências ocultas ou ocultismo.

    Algumas tradições judaicas dizem claramente que Abraão adquiriu uma parte dos seus conhecimentos místicos do próprio Hermes. Mas se ele influenciou tantas culturas e religiões, como ele não é tão conhecido nos dias de hoje?

    Ora, isso ocorreu porque os ensinamentos herméticos eram passados apenas para os iniciados dentro das ordens secretas no antigo Egito. E, posteriormente, nas escolas de mistérios que foram se espalhando pelo mundo, como os cultos a deusa Ísis e as escolas gregas que ensinavam, por exemplo, os ritos de Elêusis e Dionísio.

    Ainda em nossos dias empregamos o termo hermético com o sentido de algo secreto, um círculo ou objeto fechado de tal maneira em que nada escapa para o lado de fora. Entretanto, os hermetistas antigos ignoravam aquele dito que fala para não se lançar pérolas aos porcos, porém conservavam o preceito de dar leite às crianças e carne aos homens; ou seja: somente os iniciados tinham acesso ao conhecimento oculto, esotérico, dos ensinamentos herméticos.

    O hermetismo sempre foi uma doutrina filosófica, e nunca teve propriamente um caráter religioso. O antigo ocultismo da Índia e da Pérsia, por exemplo, se degenerou e foi perdido por completo, por conta da conversão de seus antigos instrutores em sacerdotes que misturaram a teologia com a filosofia.

    Os conhecimentos puros desta filosofia, no entanto, se mantiveram protegidos dentro das ordens iniciáticas por muitos séculos, e foi somente em 1908 que foram publicados pela primeira vez em um livro chamado Caibalion (a edição que você tem em mãos), uma obra esotérica e ocultista acerca dos princípios herméticos.

    Ele foi escrito supostamente por três indivíduos autointitulados os três iniciados, e segundo eles o livro contém a essência dos ensinamentos de Hermes Trismegisto tal qual ensinado nas escolas herméticas do antigo Egito e da Grécia.

    Caibalion tem a mesma raiz da palavra kabbalah (ou cabala), e quer dizer algo como uma tradição recebida ou manifestada por um ser superior.

    Esse livro se propôs a apresentar os conceitos básicos do hermetismo para o público em geral, e os principais ensinamentos que ele nos traz são conhecidos como os sete princípios herméticos: o princípio do mentalismo, o princípio da correspondência, o princípio da vibração, o princípio da polaridade, o princípio do ritmo, o princípio de causa e efeito, e por fim, o princípio de gênero.

    Os princípios da verdade são sete; aquele que os conhece perfeitamente possui a chave mágica com a qual todas as portas do templo podem ser abertas completamente (O Caibalion)

    Vamos falar então sobre cada um dos sete princípios herméticos:

    1. Princípio do Mentalismo: O Todo é mente; o universo é mental

    Este princípio diz que o universo é mental e que, portanto, tudo que há existe dentro de uma grande mente. Tudo o que está acontecendo agora, todo o universo e seus fenômenos, toda a matéria e energia, todas as histórias estão ocorrendo em uma mente viva infinita e universal. Isso explicaria os fenômenos mentais e psíquicos, assim como o comportamento de algumas partículas atômicas segundo a mecânica quântica, e algumas das teorias físicas modernas que falam da possibilidade do universo ser um holograma.

    2. Princípio da Correspondência: O que está em cima é como o que está embaixo; o que está embaixo é como o que está em cima

    Este talvez seja um dos princípios mais conhecidos. Ele afirma que existe uma correspondência entre as leis e os fenômenos dos diversos planos da existência. Existem planos fora do nosso conhecimento, mas quando lhes aplicamos o princípio da correspondência, podemos chegar a compreender muita coisa que, de outro modo, estaria além da nossa capacidade de compreensão.

    Neste caso, segundo o hermetismo, é possível entendermos o comportamento de galáxias se analisarmos o funcionamento de moléculas. Esta lei hermética é tão importante que ela aparece retratada em diversas obras de arte ao longo da história, onde por vezes as figuras da composição apontam para o céu (em cima) e a terra (embaixo) ao mesmo tempo. Uma coisa importante a ser ressaltada, no entanto, é que a lei diz que o que está em cima é como o que está embaixo, e não igual.

    3. Princípio da Vibração: Nada está parado; tudo se move; tudo vibra

    Este é um fato comprovado pela ciência moderna que foi noticiado há milhares de anos pelos mestres do antigo Egito. Hoje sabemos que tudo de fato é feito de energia, inclusive a matéria. Logo, os hermetistas já sabiam disso há muito tempo e conseguiam fazer a diferenciação entre o que é a matéria e o espírito (energia). Para eles, quanto mais elevada for uma vibração, mais elevada será sua posição na escala, e portanto entre as vibrações mais rápidas e mais lentas residem todas as manifestações naturais, desde moléculas a galáxias.

    E isto funciona da mesma forma tanto nos planos materiais quanto nos emocionais, mentais e espirituais. O conhecimento deste princípio, com as fórmulas apropriadas, permite ao estudante do hermetismo conhecer as suas próprias vibrações mentais, assim como as dos demais. E, em se tornando um mestre, conseguirá controlar até mesmo fenômenos naturais.

    4. Princípio da Polaridade: Tudo é duplo; tudo tem polos; tudo tem o seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferem em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados

    Desta forma podemos dizer, por exemplo, que amor e ódio são a mesma coisa, apenas dois polos de uma mesma energia. Quer outro exemplo? Você sabe quando começa o frio e termina o calor olhando para um termômetro? Existe um ponto específico, ou simplesmente você se sente com mais frio ou mais calor dependendo do momento?

    Ora, frio e calor são a mesma coisa, são idênticos, apenas estão em graus diferentes. Este princípio nos ensina que para combater um grau de manifestação de algo, precisamos nos valer da mesma energia, só que noutro grau. Logo, é possível transmutar vibrações de ódio, por exemplo, em vibrações de amor, tanto em nossa própria mente quanto nas dos outros.

    5. Princípio do Ritmo: Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação

    Ainda segundo o Caibalion, essa lei é manifestada na criação e na destruição dos mundos, na elevação e na queda das nações, na vida de todas as coisas e, finalmente, nos estados mentais do ser humano.

    Os hermetistas descobriram que não se pode anular a lei, mas se pode escapar de seus efeitos através da aplicação da lei mental da neutralização: imaginem que podemos entrar num ritmo de saúde e doença; o hermetista não se deixa levar facilmente pelo polo de doença, pois compreende o funcionamento rítmico do universo.

    6. Princípio de Causa e Efeito: Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa; tudo acontece de acordo com a lei; o acaso é simplesmente um nome dado a uma lei não reconhecida; há muitos planos de causalidade, porém nada escapa à lei

    Ou seja, tudo acontece de acordo com a lei, nada ocorre sem uma razão. Não há qualquer coisa que seja casual. Para os hermetistas tudo, eu disse: tudo, tudo o que acontece a ele é o efeito de algo que foi criado por ele mesmo. Como o universo é mental, o hermetista percebe que qualquer coisa que lhe acontece é fruto de uma ação que ele mesmo tomou, ou uma escolha sua. Por isso os hermetistas não reclamam do que lhes acontece, pois sabem que tudo é responsabilidade deles mesmos.

    Dessa forma, você, com a consciência disso, pode se elevar de um simples membro da massa popular até se transformar num verdadeiro mago, e se tornar um causador (ou cocriador), ao invés de permanecer à mercê dos efeitos.

    7. Princípio de Gênero: O gênero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o seu princípio feminino; o gênero se manifesta em todos os planos

    Desta forma, tudo o que foi, é e será criado possuí o seu princípio feminino e masculino. Nenhuma criação física, mental ou espiritual é possível sem este princípio, que opera sempre na direção da geração, regeneração e criação. Logo, o mago que entende o funcionamento desta lei, junto com a do mentalismo, possuirá um grande poder criativo.

    ***

    Ordens Herméticas

    Durante vários séculos, os ensinamentos de Hermes passaram de pessoa a pessoa através de ordens secretas. Em alguns momentos, esses conhecimentos pareciam haver desaparecido por completo, como por exemplo na Baixa Idade Média, mas sempre estiverem vivos e presentes em tradições como a Cabala, a Alquimia e as Artes.

    Na Renascença, homens como Giordano Bruno e Marsílio Ficino reavivaram essas tradições. A magia hermética passou por um renascimento no século XIX na Europa Ocidental, onde foi praticada por pessoas como Eliphas Levi ou pelos fundadores da Ordem Hermética do Amanhecer Dourado, a Golden Dawn. No século XX, ela foi estudada e disseminada por vários ocultistas, como Aleister Crowley.

    Segundo alguns autores, as ordens herméticas que ficaram consagradas ao longo dos séculos foram: a Ordem dos Cavaleiros Templários, a Maçonaria e a Ordem Rosa Cruz. A Golden Dawn e a Astrum Argentum são ordens herméticas relativamente novas.

    Podemos ainda citar como ordens e tradições herméticas, ou escolas que possuem o hermetismo como sua base ou essência, a Teosofia, a Kabbalah Hermética, a Ordem Demolay, a Sociedade Thule, a Ordem dos Nove Ângulos, o lendário Priorado de Sião, o Círculo Iniciático de Hermes, o Arcanum Arcanorum e a Associação Educacional Sírius-Gaia.

    ***

    Por fim, finalizamos esta breve introdução ao hermetismo com mais uma citação do Caibalion:

    A verdadeira transmutação hermética é uma arte mental.

    Uma nota acerca da autoria desta obra

    O Caibalion foi

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