Sorrimos Juntos Outra Vez

De Luize Lima

SINOPSE ‘’Existem situações, que só podem ser compreendidas com a maturidade’’. Ela sentia desde o início que aquele seria um ano de mudanças, principalmente porque achava que sua cota de decepções para uma adolescente de apenas 16 anos já havia se esgotado. Lana Goulart tinha esse ‘’mau costume’’ de criar inúmeras expectativas e no final das contas sempre acabar se decepcionando, justamente por não enxergar a maldade do ser humano e acreditar que todo mundo merece uma segunda chance. Contudo, desde o início das aulas ela pode perceber um presságio de que aquele ano ficaria marcado para sempre, ainda que soubesse que Vera, uma “ex” amiga que lhe causara inúmeras dores de cabeça no ano anterior, ainda estaria por lá. Mantinha uma singela confiança, pois Lisa, sua inseparável amiga, estaria sempre próxima para lhe dar apoio, e viver ao seu lado várias aventuras. Após um encontro inesperado, tudo começa a mudar em sua vida, e Lana se vê numa redoma de sentimentos desconcertantes e incontroláveis. Em menos de seis meses sua vida dá uma reviravolta surpreendente, tanto no âmbito familiar, quanto aos amigos, colégio e principalmente em sua vida pessoal: quando ela descobre da pior maneira as dificuldades de um casamento, com base ao relacionamento de seus pais, que aparenta estar em frangalhos. Apaixona-se perdidamente por Ryan Zambrano que embora lhe retribua o sentimento, instiga a inveja e ira de Vera que volta a atormentá-los com suas intrigas e picuinhas separando-os e trazendo infelicidade ao casal. Após todos os conflitos com seu meio a única certeza que Lana tinha é que iria defender a qualquer custo, seu direito de viver intensamente seus momentos de paixão e amizade. Esse romance enfim, abordará a força do amor e da amizade, provando que o bem prevalece acima de quaisquer circunstâncias.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 14 de jul. de 2020

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Sorrimos Juntos Outra Vez

Luize Lima

Prefacio

A caminho da realização

A maturidade realmente veio com o

tempo, porém só se percebe isso depois que os anos passam. Recordo-me que tinha um pouco mais que 16 quando enfim, comecei a pensar no que faria pra ganhar dinheiro na vida. O

que agora sei, foi quase em vão.

Modelo,

Atriz,

apresentadora,

astronauta, jornalista, professora de educação física, técnica em computação, são algumas das profissões que me lembro de ter pensado na possibilidade de estudar, mas que não passaram disso, pois no fundo já sabia qual era realmente meu dom!

Depois de bastante tempo, eu sei, mas comecei enfim organizar as ideias escrevendo meu primeiro livro! Sempre gostei muito de ler e escrever, e as decepções de adolescência tornaram se conteúdos essenciais para minhas criações.

Sou

daquele

tipo

de

pessoa

persistente e às vezes até enfureço sem querer, quem gostaria de me matar de raiva, quanto mais derrotas eu tenho, mais fico curiosa em saber por que nunca ganho. Até o momento não me arrependo de nada que fiz, só das coisas que gostaria de ter dito, e não disse! Do que gostaria de ter feito, mas não encontrei oportunidade, apesar de que acredito que nós é que fazemos a oportunidade surgir.

Meu conselho é: nunca desistir dos sonhos mesmo que muitos pedaços de nós sejam arrancados quando cairmos. Devemos acreditar que iremos sempre nos recompor e

que esta estrutura física que nos envolve, é bem menos importante do que, quem devemos ser. O que vale realmente é nossa atitude e posicionamento diante as diversas situações da vida.

Acreditar sempre que o certo a se fazer é lutar para alcançar nosso objetivo sem precisar pisar em ninguém para isso. Buscar incessantemente a felicidade!

Não desisti dos meus sonhos e farei todo o possível para realizá-los um dia. Um destes estou conseguindo!

E espero que apenas meu lado bom

sirva de exemplo, porque afinal de contas, eu também não sou perfeita!

Desejo a todos uma boa leitura.

Luize Lima.

SINOPSE

Existem situações, que só podem ser compreendidas com a maturidade’’.

Ela sentia desde o início que aquele seria um ano de mudanças, principalmente por que achava que sua cota de decepções para uma adolescente de apenas 16 anos já havia se esgotado. Lana Goulart tinha esse ‘’

mau costume’ de criar inúmeras expectativas e no final das contas sempre acabar se decepcionando, justamente por não enxergar a maldade do ser humano e acreditar que todo mundo merece uma segunda chance. Contudo, desde o início das aulas ela pode perceber um pressagio de que aquele ano ficaria marcado para sempre, ainda que soubesse que Vera, uma ex amiga que lhe causara inúmeras dores de cabeça no ano anterior, ainda estaria por lá.

Mantinha uma singela confiança, pois Lisa, sua inseparável amiga, estaria sempre próxima para lhe dar apoio, e viver ao seu lado várias aventuras. Após um encontro inesperado, tudo começa a mudar em sua vida, e Lana se vê numa redoma de sentimentos desconcertantes e incontroláveis.

Em menos de seis meses sua vida dá uma reviravolta surpreendente, tanto no âmbito familiar, quanto aos amigos, colégio e principalmente em sua vida pessoal: quando ela descobre da pior maneira as dificuldades de

um

casamento,

com

base

ao

relacionamento de seus pais, que aparenta estar

em

frangalhos.

Apaixona-se

perdidamente por Ryan Zambrano que embora lhe retribua o sentimento, instiga a inveja e ira de Vera que volta a atormenta-los com suas intrigas e picuinhas separando-os e trazendo infelicidade ao casal.

Após todos os conflitos com seu meio a única certeza que Lana tinha é que iria defender a qualquer custo, seu direito de viver intensamente seus momentos de paixão e amizade.

Esse romance enfim, abordará a força do amor e da amizade, provando que o bem prevalece acima de quaisquer circunstâncias.

Luize Lima

Sumario

A caminho da realização ................................................................... 2

Ano novo tudo novo. .......................................................................... 7

Novas Expectativas. ......................................................................... 21

O Destino não erra .......................................................................... 35

O que tem de ser será. ..................................................................... 46

Um belo dia ... .................................................................................. 56

A primeira vista ............................................................................... 69

Dias melhores virão ......................................................................... 81

Amigos, mas diferentes. .................................................................. 99

Caminhos cruzados. ...................................................................... 112

Dias de tormentas. ......................................................................... 135

Um 12 de Março inesquecível. .................................................. 147

Muitas Emoções ............................................................................. 169

Dificuldades a prova. ..................................................................... 201

Um Mês depois ............................................................................... 209

Momentos de decisão. .................................................................... 220

Reviravoltas do destino. ................................................................ 231

Uma lição necessária ..................................................................... 257

Sorrimos Juntos Outra Vez! ......................................................... 290

Ano novo tudo novo.

Sem saber como iniciar seu novo diário, escreveu apenas que ideias eram muitas, que se amontoavam na cabeça, às vezes

fervilhantes.

Todas

desejando

manchar o papel ao mesmo tempo.

Desta vez não eram só, poesias.

Pequenos e importantes acontecimentos que ao longo da vida iam se agrupando nas lembranças, intencionalmente para no futuro virar um belíssimo romance, talvez, um pouco ingênuo, mas, divertido. Apaixonada e romântica por natureza era visível prever um belo romance caso tivesse certeza que escreveria o livro, pode até ser falta de modéstia, afinal, sou suspeita para comentá-lo.

Tudo começou quando alguém

muito especial deu o ar da graça naquela monótona vida, na verdade o primeiro ano do colegial é assim mesmo: chato, sem graça, tudo igual ao ano que passou...

Passou as férias de natal e ano novo e a expectativa de estudar o 2º ano já era grande. Pensava em como poderia ser esse, que se aproximava tão rápido e cheio de boas novas...

Sabe quando agente tem a sensação

que tem tudo pra dar certo? Não acreditava que tinha conseguido, mas depois de tanto esforço era fácil voltar a si e até pensar: "É EU

MERECI!". Já era adolescente, não queria, porque

isso

incluiria

ter

mais

responsabilidade, mas como mudar essas coisas? Impossível! Era tudo novo, um novo

ano, o tempo, o mundo, novos amigos, muitos

amigos que nem sabia se iria gostar, mas os antigos ainda permaneciam inclusive pessoas desagradáveis.

O importante eram rostos diferentes, garotos e garotas diferentes...

Para Lana Goulart começava uma nova

luta,

assuntos

diferentes,

olhares

incomuns, este ano prometia ser o melhor de todos.

Era inicio de Fevereiro, do ano 2000.

Tudo está bem diferente, apesar de o colégio ser o mesmo, Lana pensava depois de passar pela portaria...

_ Lana, vem aqui! Lana, aqui!

Falava Lisa quase aos gritos, uma amiga de infância que mais parecia da família, Lana e Lisa quase nunca se separavam. Lisa era alegre, descontraída e adorava conversar com a amiga...

_ Oi Lisa! Que saudade! Respondeu

Lana.

Era o primeiro dia de aula, mas o colégio já estava cheio de alunos coisa que já não acontecia há muito tempo. Quando as duas

amigas

conseguiram

finalmente

aproximar-se uma da outra, o sinal tocou para que fossem para a sala de aula, perceberam então, que todo esforço que fizeram para passar por entre tantas pessoas foi em vão.

Sorrindo ainda, após saudarem-se Lisa cortou o silêncio:

_E ai Lana, como foram suas férias?

Você viajou? Conheceu algum gatinho?

Ganhou muitos presentes? Ande! Conte-me

tudo que fez! Você sabe como sou curiosa!

Lisa era sempre assim: ansiosa, espevitada, ora exagerada, mas era uma ótima pessoa. Seus pais eram Augusto e Flávia, ela, dona de casa, ele carpinteiro que viviam de

bicos. Lisa não gostava muito de falar sobre essas coisas, por causa da dificuldade financeira, mas tinham esperanças de tudo mudaria um dia. Lana nunca tinha refletido sobre isso, mas sentia que Lisa era a pessoa mais importante para ela depois de seus pais...

_Sim viajei, foi uma chatice e eu não conheci ninguém. Primeiro porque não estava bem, e segundo porque choveu ás férias quase toda lá na praia e nem deu pra pegar um bronze, saí pouquíssimo. E as suas como foram? Perguntou Lana.

_Ah Lana, você sabe, minha mãe dona de casa, para não dizer desempregada e meu pai carpinteiro, o que ele ganha só dá para as necessidades básicas e você sabe disso! Como eu iria viajar nessas condições?

_ Ah Lisa, eu acho que para agente se divertir não precisa ir para outro lugar.

Pode-se fazer tanta coisa aqui mesmo, como passear de bicicleta no porto, ler um livro, tomar um sorvete com alguém, paquerar, isso você sabe que em qualquer lugar dá para fazer, ir numa festa! Tem tanta...

_Sem

você

Lana

não

dá!

Interrompeu Lisa fingindo estar chateada.

_O que é que tem você sair sozinha, sua boba? È melhor que você conhece mais pessoas e eu tenho certeza que tio Augusto e dona Flávia não vão te privar disso! Aqui tem muitas festas legais.

_É, está bom, mas mudando de assunto, Lana já que meu pai é seu tio, como vai sua relação com seu pai meu tio Júlio?

Risos rolaram até Lana responder.

_Lisa você sabe, agente viajou, mas ele não saía do telefone, agente só se via no café da manhã, almoço e jantar. Ele só ficava trancado no escritório dizia que nem nas férias os empresários e o pessoal do banco o deixavam em paz, que andava atarefado, pedia até desculpas a mim e a minha mãe e você sabe que dona teimosa Lúcia e eu não podíamos nem tínhamos coragem de nos meter nos negócios dele, nem ao menos perguntar o que estava acontecendo e que negócios eram esses. Só nos cabia calar e fingir que não sentia a falta dele. Além de distante tem alguma coisa que não se encaixa!

_Tá, isso até que entendi, mas porque disse que sua mãe era teimosa?

_Ah, Lisa, era que eu chamava minha mãe para sair comigo, para ela se distrair, mas tudo que ela fazia era pensando no meu pai, e nela não, e às vezes eu acho que ele não se importa com ela sabe?

Mas ela ficava dizendo que não tinha mais idade pra ficar passeando, que ia ficar na casa caso Júlio precisasse de alguma coisa e que Virgínia nunca iria atender a ele do mesmo jeito que ela, que Júlio isso, que Júlio aquilo, enquanto isso ela ficava assim: um olho na costura e outro no meu pai e você sabe que ela vende as coisas dela em casa mesmo, aí é que ela não sai mesmo, passou as ferias costurando, fazendo um monte de peças de roupas.

_Espera ai, não acredito que vocês tiveram que levar a Virgínia na viagem de

férias? Ela é uma chata!

_Leva-la não foi o problema!

_Como assim? O que ela fazia?

_Esse é o problema às vezes minha mãe falava pra eu saí com ela, e ela não é só chata, é dissimulada e cínica também. Essa praia é assim: parece uma aldeia, tem uma pracinha e vão vários jovens pra lá conversar, e quando eu queria fazer amizade com alguém especificamente, aquela branquela enjoada falava que já estava na hora de ir, me dava uma raiva dela porque eu queria ficar, mas tinha que ir porque tinha saído com ela.

_Ah, ninguém merece! Além de ter que aguenta-la ainda passar por isso. Mas que bom que sobreviveu amiga. Mas agora percebi que todos já foram para sala! Nós vamos ficar aqui no corredor?

_Não vamos ver onde é a nossa sala!

_Vamos!

Disse Lisa passando o braço em volta do braço da outra.

O relógio marcava sete e meia, e Ryan ainda dormia, um sono pesado, muito bom que não acordava nem com o despertador ao seu lado que já tocava a quase meia hora, alarmando a atenção de sua mãe que no andar debaixo, já aguardava suas clientes: ela era cabeleireira

há

alguns

anos

e

estava

acostumada a acordar bem cedo.

A mãe de Ryan era alta, esbelta e muito bonita, sustentava a casa enquanto o marido, Roberto, arquiteto desempregado,

tentava arranjar emprego nas cidades vizinhas porque ali estava sendo difícil. Marta sustentava a casa com prazer, mas temia perder o marido para a bebida, o desemprego realmente assolava aquela cidade, mas esse não deveria ser motivo valido para as pessoas se desesperarem.

Marta terminava de arrumar a sala pra receber as mulheres que vinham tratar os cabelos com ela, subira até o quarto do filho para tentar acorda-lo, e principalmente porque

aquele

despertador

já

estava

chateando. Chegando no andar superior já da porta percebeu uma trouxinha feita com lençol por alguém que ainda dormia, carinhosamente ela tentava acordar o filho com tapinhas no bumbum, mas o preguiçoso se encolhia ainda mais no passar da mão materna sobre sua cabeça...

_Ryan meu filho, você já está muito atrasado para o colégio sabia? Até quando você vai ficar ai debaixo dessa coberta seu preguiçoso?

Perguntou a mãe já abrindo as cortinas. Sem ouvir resposta, continuou, _Ryan deixa disso menino levanta pra ir ao colégio rapaz! Se você correr ainda dá tempo.

Finalmente, Ryan respondeu ainda com voz de preguiça:

_AH mãe! Hoje é o primeiro dia de

aula, não deve ter nada lá. Deixa-me ficar mais um pouco, vai só hoje. Por favor!

_Está bem! Mas amanhã quero ver o senhor de pé ás seis em ponto ok?

Dizendo isso a mãe encaminhou-se até a porta.

_Valeu mãe! Mas fecha as cortinas, por favor!

Já na porta Marta sugere: _Então querido, já que você prefere ficar hoje que tal me ajudar a preparar o almoço?

Sem esperar resposta Marta fechou a porta do quarto ainda falando:

_Te espero lá embaixo!

Resmungando Ryan levanta-se:

_ Sabia que não ia ser tão fácil!

Ainda escutando a ultima frase do filho Marta mostra-se bem humorada: _Eu também te amo filho! Até logo e não se atrase para o café! Falou já descendo as escadas, para a cozinha.

_Pelo menos isso. Estou faminto!

Diz o rapaz para si mesmo já entrando no banheiro

***

Chegando à sala destinada ao

segundo ano A, Lisa e Lana entraram e já havia uma professora lá.

_Bom Dia, Com licença!

Disseram ambas e sentaram em

duas cadeiras juntas á frente.

A professora se apresentou dizendo que só iria fazer uma chamada e sugeriu que os alunos fossem se levantando para que todos se conhecessem... Anita... Andréia... Ângelo...

Bruno... Carlos...

Muitos A(s), B(s), e C(s), mas até agora nomes e pessoas conhecidas até que já quase no final da chamada: Ryan Zambrano, disse a professora.

_Não está?

Perguntou ela e todos responderam que não, a professora começou a guardar suas coisas e já saindo da sala ela disse:

_ Então é só, até amanhã!

Os alunos saíram da sala deixando Lisa e Lana a sós.

_Que nome lindo!

Disse Lisa, procurando os olhos de Lana na cadeira detrás, porém, esta estava longe com seus pensamentos.

_É o nome mais lindo que já vi na minha vida. Até me arrepiei, mas quem é esse garoto? Será alto? Bonito? Inteligente? Ou será baixinho, feinho e chatinho? Quem será esse R... Disse Lana sem olhar para Lisa Os pensamentos de Lana foram

interrompidos pela mão de Lisa que estava no

braço dela, insistentemente: _O que foi menina? Porque ficou assim no mundo da lua?

_Esse Ryan, você conhece?

_Não, bonito nome não é?

_ Sim, mas quem será? Será que ele é bonito? Será que ele é um Mauricinho?

E viria estudar num Pedro Mello?

Um colégio publico, e que só tem de interessante a paisagem, a arquitetura, e você e eu? As pessoas afora nós, claro, são chatas e

aqui pra nós a maioria são todos caipiras

que estão por ai por esses corredores, o que é que um Mauricinho ia querer aqui me diz?

_Deve ser um menino chato, feio, e bastante desobediente, isso sim!

Disse Lana com irritação aparente despertando a atenção da amiga.

_Nossa! Eu só estava pensando, não queria que você ficasse irritada não ta!

Sinceramente, eu acho que você deveria esperar para ver. Nunca se sabe o que se pode acontecer não é?

_Ah, e não fale tão mal do colégio assim, você sabe muito bem que apesar de publico o Pedro Mello é o melhor colégio da região, não troco esse colégio por nenhum particular! Você que é muito exigente!

_É, mas voltando ao que interessa nunca se sabe! Disse Lisa. Referindo-se a Ryan. Sabe o que eu estava pensando, se um dia eu tiver um filho homem o nome dele será Ryan. O que você acha?

Perguntou

ela,

incentivando

o

humor da amiga.

_Que você é muito imitadora,

porque eu já tinha pensado nisso!

_É pra quem estava imaginando que

o dono do nome poderia ser isso ou aquilo de ruim, esse já é um ótimo avanço, muito bom mesmo.

_Ah! Lisa Riram juntos!

***

_Mãe o macarrão já está no ponto

o é que faz?

Perguntou Ryan da cozinha para a mãe que estava na salinha que usava como salão de beleza.

_Escorre meu filho, com cuidado!

_Seu filho é uma benção Marta!

Disse uma das clientes que se encontrava no sofá de espera.

_É, graças a DEUS de Ryan ter crescido e amadurecido cedo, o que esse menino me ajuda, Oh! É tanto! Respondeu Marta.

_É bom, pois quando ele casar, já aprendeu a fazer as coisas para ajudar a esposa, não é? Disse a outra.

_É, mas Ryan fica mais entocado em casa nos livros que qualquer outra coisa.

De vez em quando vai ajudar Mulato na oficina, vai ao clube às vezes, mas é só. Nunca o vi apaixonado não. Aliás, houve até uma vez, mas logo acabou! Acho que ele é duro na queda, disse a mãe sorrindo acompanhada pelas outras...

_É mais daqui pra frente pode

esperar, pois ele além de educado é um rapaz bonito e inteligente, não vai demorar nada pra

chover meninas querendo namora-lo.

Falou à mulher que estava sendo arrumada que até então não tinha se manifestado.

_Mãe! Chamou Ryan, já fiz o

macarrão e a carne, agora a senhora faz o resto, eu vou ver Mulato e antes das onze eu estarei de volta.

_Ta, mas não se atrase!

Respondeu a mãe entre risos

acompanhada das outras duas mulheres, por terem

comprovado

tudo

que

haviam

conversado sobre o filho.

***

O relógio de Lana marcava nove

horas e ela ainda papeava na sala com a amiga, dessa vez falavam uma para a outra, o que esperavam deste ano, que acabara de começar praticamente...

_Olha Lana, sinceramente espero que minha vida mude um pouquinho em aspecto financeiro, pois às vezes eu quero uma coisa e tenho que me conformar porque não posso ter ou quem sabe, eu não possa encontrar um trabalho legal que me renda uma boa grana, sei lá, talvez dê banca para algumas crianças lá na minha rua á tarde se meus pais deixarem, mas algo que me mude me trazendo lucro entende? E você está tão calada, o que está pensando e o que quer que aconteça de diferente na sua vida nesse ano?

_Ah, deixe-me pensar um pouco! ...

_Olha lá, Tem que ser sinceramente, somos amigas!

_Ta, mas desde quando não sou

sincera com você? E você é minha única amiga sua boba!

_Tá bom, mas fala logo Lana, estou ansiosa para saber o que você quer que aconteça esse ano.

_Um namorado! Disse ela depois de

respirar profundamente.

_O que? Você disse um namorado?

Ou quis dizer uma pessoa pra dar uns beijinhos e pronto, ficar?

_ Lisa! Você sabe que odeio ficar!

E sabe também que desde 99 eu...

_Eu sei, não precisa dizer que sei do que você está falando. Depois do que Vera fez com você nunca mais gostou de ninguém, e blá, blá blá...

_Pois é, eu queria encontrar alguém inteligente, sensível que gostasse de conversar comigo, que curtisse as mesmas coisas que eu, que fosse humorado (isso é importante), até mais que eu, que soubesse me distrair nos momentos difíceis da minha vida sabe?

Alguém...

_Ah Lana, fala sério? Você está me descrevendo! Eu não quero namorar você!

_Pare sua boba, eu estou falando serio, seria bom que esse garoto que irá aparecer na minha vida breve com fé em DEUS tivesse essas qualidades (ou pelo menos metade delas pra min já era suficiente), porque seria mais fácil para eu me identificar com ele e rolar um namoro sério, entendeu agora, maluca?

_Ah então você quer um príncipe encantado, entendi amiga, vai ser facílimo encontrar!

_Ah você vai ficar me gozando e?

Não é que eu queira um príncipe encantado, mas tem que ser uma pessoa especial, que me dê um tipo de carinho e companhia que mesmo que sejamos amicíssimas, você não pode me proporcionar. Essa é minha única exigência e para DEUS não é nada de mais tá!

_Ah tá! Vou fingir que acredito!

As duas meninas que já não