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Tambores De Oxalá
Tambores De Oxalá
Tambores De Oxalá
E-book253 páginas2 horas

Tambores De Oxalá

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Sobre este e-book

Cristo universal. Poemas, contos e reflexões sobre Jesus Cristo Oxalá. Jesus Cristo é a humanização histórica mais conhecida por entre as religiões do mistério de Deus, tido a nós como Oxalá e que emana de si a busca pelo encontro com o Sagrado. As histórias sobre a passagem de Jesus em terra referem-se exatamente a isso, ao jovem Mestre que conduzia seus discípulos a se transcender em si, reavivando neles a fé em si, em Deus e na manifestação do Pai e cada um de nós. Esse mistério é tão grande que não se conceitua apenas como a fé nas crenças ou nas religiões, mas a fé na sua verdade, na sua realidade e isso é exemplificado até na função de Oxalá na criação Este singelo livro tem a proposta de refletir sobre Jesus Cristo Oxalá, seus ensinamentos e seu poder no mundo físico e no plano espiritual.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de set. de 2018
Tambores De Oxalá

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    Tambores De Oxalá - André Furlan

    TAMBORES DE

    OXALÁ

    ANDRÉ FURLAN

    1

    Quem vem lá, quem vem lá,

    Soldados de Jesus Cristo Oxalá.

    Quem vem lá, quem vem lá,

    Índios guerreiros, pelo bem

    batalhar.

    2

    PREFÁCIO

    Jesus Cristo é a humanização histórica mais

    conhecida por entre as religiões do mistério de

    Deus, tido a nós como Oxalá e que emana de si a

    busca pelo encontro com o Sagrado.

    As histórias sobre a passagem de Jesus em terra

    referem-se exatamente a isso, ao jovem Mestre que

    conduzia seus discípulos a se transcender em si,

    reavivando neles a fé em si, em Deus e na

    manifestação do Pai e cada um de nós.

    Esse mistério é tão grande que não se conceitua

    apenas como a fé nas crenças ou nas religiões, mas

    a fé na sua verdade, na sua realidade e isso é

    exemplificado até na função de Oxalá na criação

    Este singelo livro tem a proposta de refletir sobre

    Jesus Cristo Oxalá, seus ensinamentos e seu poder

    no mundo físico e no plano espiritual.

    Todos os poemas, pensamentos e reflexões deste

    texto são dedicados a Jesus Cristo Oxalá.

    3

    INTRUDUÇÃO

    Vejo tanta desavença.

    A religião fala em criação, a ciência, em evolução.

    Acredito que Deus criou seres que evoluem.

    Tem igrejas que usam harpa, tem terreiros que

    tocam tambores. Creio que cada um tem seu jeito

    de louvar o Divino.

    Igrejas tem seus santos, espiritualistas creem em

    trabalhadores espirituais.

    Creio que Deus tem seus trabalhadores em todos os

    lugares.

    Acho que está na hora de nos unirmos. Amigo, já

    frequentei terreiros, centros e igrejas.

    Verti lágrimas de alegria numa tenda umbandista e

    lágrimas de paz correram em meu rosto em igrejas.

    Senti o Divino em todos estes lugares. Certa vez

    4

    conversei com um exu e senti paz em suas palavras.

    Hoje em dia sinto Deus em minhas orações.

    Não falo em nome de nenhuma religião ou

    doutrina, embora respeite todas elas.

    Deus está presente em tudo, amigo.

    Basta termos fé...

    ORIXÁS

    Na religião Umbanda, os Orixás representam a

    energia, sua força vem da natureza e auxilia os

    seres humanos em dificuldades durante a vida. ... O

    que ocorre é a manifestação dos Falangeiros dos

    Orixás, eles são Entidades ou Guias que

    trabalharam para determinados Orixás Umbanda.

    Existem 7 Orixás que estão presentes em todas as

    vertentes da Umbanda, eles são: Iemanjá, Ogum,

    Oxalá, Oxossi, Xangô, Iansã e Oxum.

    OXALÁ

    5

    Pai dos homens, criador da humanidade, Oxalá é o

    pai de todos. Muito sábio e benevolente com os

    filhos, ele os leva pelos caminhos da vitória. Ele é

    regente do Trono da Fé, ou seja, está associado a

    todos os assuntos que envolvam a Esperança e a

    Confiança em Deus.

    O sincretismo de Oxalá é Jesus Cristo. Isso se deve

    ao fato de Cristo ser o filho do Deus maior, assim

    como Oxalá. Eles são a representação do branco

    com seu simbolismo de pureza espiritual, amor,

    sabedoria e bondade. Jesus ama os homens como

    seus próprios filhos e intercede por eles a todo

    momento, sempre com muita paciência procurando

    o melhor de cada um para poder colocá-lo no

    6

    caminho certo. Assim como Jesus é fundamental

    para a história do cristianismo, Oxalá é vida para a

    Umbanda e Candomblé.

    O espírito fundador da religião (Caboclo das Sete

    Encruzilhadas) disse que a Umbanda deveria ter

    por base o Evangelho de Jesus, e fazia alusão ao

    Cristianismo e aos ensinamentos do Cristo em suas

    mensagens.

    A Umbanda reconhece em Jesus seu grande

    Mestre. Jesus está acima de qualquer religião, não

    pertence aos cristãos denominacionais, e sim a todo

    cristão de coração que acredita em seu evangelho.

    Jesus Cristo é uma entidade e Oxalá é outra,

    pertencentes de panteões diferentes, um

    judaico-cristão e o outro africano.

    7

    Como Jesus é o grande filho de Deus, um grande

    mestre que trouxe mensagens de fé, amor e paz,

    logo, foi associado à Oxalá que também é

    identificado por esses atributos. E, diga-se de

    passagem, foi o sincretismo mais fiel, pois as

    similaridades são grandes. Acredita-se que Jesus

    tenha sido uma fração dessa energia, ou que pelo

    menos vibrasse na frequência de Oxalá.

    8

    JESUS CRISTO

    . Ele viveu por um curto período de tempo, não

    transitou pelos grandes centros de sua época,

    escolheu discípulos absurdamente comuns, foi

    profundamente solidário com os que viviam nas

    sombras do anonimato, abraçou miseráveis e

    leprosos, ganhou o título de "amigo de

    publicanos e pecadores" (Lc 7.34), não fez alianças

    políticas nem propaganda de suas capacidades. Ele

    assumiu a forma de servo (Fp 2.7), revelando ao

    mundo a espiritualidade que se esvazia.

    . Não deve ter sido fácil suportar’ o odor do

    pecado, a mediocridade em relação ã vida.

    Contudo, foi extremamente emocionante, pois o

    Criador estava entre suas amadas criaturas. O autor

    da vida (At 3.15) estava vivendo essa experiência

    humana.

    Temos a tendência de sempre visualizar Jesus

    como um super-ser, sempre divinizado. Temos a

    tendência de vê-lo quase como um mito egípcio ou

    9

    um membro da elite romana, entretanto, a grande

    verdade é que Ele era um jovem judeu! Em seu

    contexto, era um judeu do Século I, que tinha a

    poeira Palestina nas sandálias. Mesmo sua vida

    sendo amplamente profetizada, minuciosamente

    especificada nas falas proféticas, o Jesus humano

    nasce numa manjedoura, filho de uma virgem,

    ganha um nome comum e cresce num protetorado

    de um império pagão. Nenhum favoritismo.

    Ele enfrentou os mais diversos conflitos que a

    dinâmica da vida humana apresenta O escritor aos

    Hebreus afirma que Ele "em tudo foi tentado, mas

    sem pecado" (Hb 4.15). Jesus constantemente se

    encontrava com grupos extremistas como os

    essênios, os zelotes, os saduceus, os membros do

    Sinédrio, e, principalmente, os fariseus. Como

    Jesus promovia a redenção dos marginalizados,

    enfurecia os que se julgavam acima dos outros.

    Jesus enfrentou muitos conflitos porque assumiu

    um modo de vida conflitante: amava os que não

    tinham nada de amável, desejava os indesejados, se

    preocupava muito mais com os indivíduos do que

    com as multidões.

    Um dos momentos decisivos da história humana de

    Jesus foi a tentação do deserto. Um dos grandes

    detalhes desse texto (Mt 4.1-11) é que foi o Espírito

    10

    quem levou Jesus ao deserto para ser tentado, o que

    nos mostra que, num mundo caído, não há

    espiritualidade verdadeira sem a experiência do

    enfrentamento de tentações. Somos tentados todos

    os dias.

    Entre o jardim e o deserto – Em Gênesis 3, no

    Jardim um casal é tentado. O fato interessante é que

    o cerne da tentação do jardim é: "como é ser

    Deus?" O Diabo oferece ao homem a chance de

    ser como Deus (Gn 3.5), ele apela para o

    ilimitado, o fascínio, o mistério. Curiosamente, a

    tentação de Jesus, o segundo Adão, não é mais em

    um jardim, mas num deserto. Não mais

    acompanhado, mas sozinho. Não é mais uma

    questão de comer, mas de um prolongado jejum. E

    o cerne dessa tentação é absurdamente inverso:

    como é ser humano? Num cenário desolado,

    Jesus é exposto a uma devastadora questão: você

    está disposto a ser limitado? Lutero afirmou que o

    Diabo é míope, não consegue enxergar nada que é

    pequeno; e Jesus se associou a pecadores, aos

    marginalizados. Foi tão humilde, pequeno, que o

    Diabo o subestimou.

    A sedução da facilidade - o Diabo oferece a Jesus

    uma humanidade sem crises. Transformar pedras

    em pães é saciar a fome sem precisar plantar o

    11

    alimento; o pináculo do templo é a tentação de se

    tomar independente de Deus dentro do lugar

    sagrado. O pináculo fica acima do templo, no lugar

    onde o Querubim da guarda (Ez 28.14) sonhava

    estar; é o fato de se jogar daquela altura sem o

    perigo real de morrer, oferecendo assim um

    espetáculo consagrador.

    A distorção das Escrituras - o Diabo faz uso das

    Escrituras: Está escrito (Mt. 4.6). Ele tenta

    escravizar Jesus ao literalismo bíblico. Hoje,

    muitos charlatões usam do mesmo processo e, "em

    nome de Deus (o mesmo está escrito"), colocam

    na Bíblia promessas que Deus nunca fez. O

    capítulo 3 de Mateus termina com a afirmação da

    voz dos céus dizendo: Este é meu Filho amado

    (Mt 3.17). O capítulo 4, a Tentação começa com o

    Diabo tentando colocar em dúvida a afirmação e o

    amor do Pai (Mt 4.3). Ele propõe uma distorção de

    tudo quanto Deus diz em sua Palavra. Essa tentação

    da distorção das Escrituras ainda derruba muita

    gente. Muitos caem no erro de pegar versículos

    isolados e construir uma teologia tendenciosa e

    ofensiva ao caráter de Deus.

    A vida de Jesus foi vivida na direção dos

    marginalizados. Sua espiritualidade do oprimido

    revolucionou a concepção de Deus na teologia

    12

    Jesus revelou um ângulo da natureza de Deus que

    poucos conheciam: um Deus humilde. O Deus das

    teologias farisaicas era todo construído com base

    em uma soberania que esmaga os infiéis, ou seja,

    uma teologia carente da graça Mas, surge no

    contexto histórico um homem chamado Jesus, e a

    soberania que esmagava, agora é "moída pelas

    nossas iniqüidades" (Is 53.5).

    No Antigo Testamento, as relações com Deus eram

    envoltas em um (distanciamento, um medo, uma

    mistura entre temor e adoração. Não era permitido

    tocar na arca, a sarça ardente indicava a cerimônia

    da aproximação cautelosa: Tira as sandálias (Ex

    3.5), as visões de Ezequiel, tudo isso apontava para

    a idéia de um Deus com uma espécie de aviso:

    cuidado. Em quase todas as aparições de Deus,

    ou mesmo de anjos, a frase que acompanha a

    manifestação divina é: não temas! Contudo, em

    Jesus, essa espiritualidade temerosa se desfaz. Jesus

    é o Deus acessível. Ele já não precisa dizer "não

    temas, agora diz: Vinde a mim" (Mt 11.28). Em

    Jesus, a humanidade encontra um convite: "quem

    quiser…" (Mt 16.24).

    Jesus assumiu a humanidade sem reservas. Ele

    encarou as crises, sentiu o peso do cansaço, a fúria

    da natureza em alto mar, o desprezo, as acusações

    13

    dos fariseus, mas, apesar de tudo isso, Ele não se

    tornou apático. Sentiu profunda compaixão pela

    viúva de Naim (Lc 7.11-17). Quando caminhava

    para o Calvário, em imensa agonia, se preocupava

    com as mulheres que batiam no peito e lamentavam

    (Lc 23.27-30). Ele se solidariza com os

    marginalizados porque os ama e porque se

    identifica com eles (Is 53.5,7).

    A vida de Jesus foi a mais intensa manifestação do

    amor de Deus. Através da experiência humana de

    Jesus, podemos conhecer ângulos incríveis da

    natureza de Deus. A espiritualidade que Jesus viveu

    precisa ser imitada por seus discípulos na

    atualidade. Como disse o apóstolo Paulo: "Tudo o

    que fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em

    nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus

    Pai" (Cl 3.17).

    Jesus falava por parábolas para explicar verdades

    complexas de uma forma simples. Ele usava

    parábolas para responder a perguntas e tirar

    dúvidas. Usar parábolas era um método de ensino

    muito comum no tempo de Jesus.

    Jesus falava por parábolas para cumprir a profecia

    de Salmos 78:2. Suas parábolas revelavam

    14

    verdades e mistérios profundos (Mateus 13:34-35).

    Lemos no Evangelho que Cristo ensinou algumas

    coisas privadamente a seus Apóstolos, mas

    ordenando-lhes que as pregassem depois

    publicamente: "O que eu vos digo na obscuridade,

    dizei-o às claras, e o que é dito ao ouvido, pregai-o

    sobre os telhados" (Mt 10, 27).

    Outras vezes, porém, o Senhor ensinou por meio de

    parábolas, que ele explicava depois aos seus

    discípulos, mas cujo sentido escapava à maior parte

    de seus ouvintes. Os próprios Apóstolos

    perguntaram ao Senhor a razão dessa maneira de

    pregar, e obtiveram uma resposta cuja

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