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Estou entrante
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E-book347 páginas4 horas

Estou entrante

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Sobre este e-book

A obra Estou Entrante, de Eliana Prado, trata da importância de cultivarmos os valores espirituais abordando tudo aquilo que transcende nossos corpos físicos e temporários. Para isso, a autora apresenta a sua experiência de Entrante, lançando luz acerca do fato de duas almas gêmeas ocuparem o mesmo corpo físico.
Organizado em vinte capítulos, o livro reflete sobre fatos, projeções astrais, outras dimensões e vivências xamânicas, considerando a interligação do Espírito com os outros elementos (Água, Fogo, Terra e Ar).
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de out. de 2022
ISBN9788546221332
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    Estou entrante - Eliana Prado

    PREFÁCIO

    Pretendo deixar, neste livro, a minha experiência de Entrante: através da Cosmoconsciência guiada pelos Signo-Sinais, trazendo à tona as duas almas gêmeas que ocuparam o mesmo corpo físico, porém em tempos alternados, elas não são desconhecidas, ao contrário, assinaram juntas o contrato dessa vida na erraticidade.

    Fatos, projeções astrais, outras dimensões, canalizações e vivências xamânicas, vocês ficarão surpresos!

    Àqueles que não acreditam nos fenômenos de Walk-in¹ e Walk-out², aos que pegaram este livro por mera curiosidade e àqueles que têm dúvidas sobre o assunto, quero sugerir que tomem posse de seus pensamentos e deixem livres seus espíritos em busca de revelações, a fim de que acessem conhecimentos ainda não explorados por crenças limitantes e dogmas impostos e manipulados pelas instituições ao longo do tempo.

    Estou Entrante nesta jornada aqui na atualidade do Planeta Terra e Eu Sou uma Consciência como todos vocês.

    Não é um evento atual, desde e sempre já existiram e agora com uma nova abertura torna-se razão entre nós, 2012 foi o ano em que tudo se transformou, descobri o 5º e último elemento: é o Espírito! 

    É ele que nos anima e nos dá a consciência.

    É o Espírito que permeia e interliga todos os outros 4 elementos para que tenhamos vida.

    Sem o Espírito, você não vive. 

    É ele que juntamente com os outros elementos (Água, Fogo, Terra e Ar) faz com que o sangue (líquido = água) bombeie pelo nosso corpo (matéria física = terra), faz com que inspiremos o ar pelos pulmões e sintamos o calor da vida (fogo) em nossa pele.

    A única diferença entre um ser vivente e um ser inerte (morto) é a presença do espírito que habita dentro daquele corpo. Temos então, o Corpo Físico (matéria), Corpo Espiritual e no intervalo entre eles: o Centro Bioenergético que contém a Aura, os Chakras, Cordão de Prata, a Alma e suas Extensões e todo o conjunto do Registro Akáshico (A Grande Biblioteca).

    Mas isso faz toda a diferença!!!

    É por isso que podemos dizer que o Espírito sim é eterno e a Alma temporária, pois ela desassocia e associa numa dança cósmica dentro da sua Mônada³.

    Numa comparação com o universo teatral, um ator representa vários personagens durante sua carreira, uma novela, um filme, uma peça teatral, enfim quando termina sua interpretação ele volta a ser quem ele é, aquele ator que muitos personagens já representou no decorrer de sua carreira.

    A Alma é (o personagem) representado pelo Espírito (o ator), que com certeza se enriquece ao nível de conhecimento e experiência, o que posso aqui chamar de Evolução.

    Assim como eu, muitas pessoas se identificarão com os Seres Entrantes, são mais evoluídos espiritualmente e estão presentes na Terra para ajudarem os humanos a despertarem sua divindade, por um propósito. Não vivenciaram a fase fetal, infantil, adolescência e numa fase adulta em que se encontram prontos para realizarem suas missões.

    Quando essas pessoas despertam e se conscientizam de sua missão de vida, podem se lembrar de sua transferência ou transmigração de Espírito e Centro Bioenérgetico, que eu relaciono com o passar o bastão na corrida de revezamento onde um sai e outro entra em perfeita sintonia, vivemos no Reino de Possibilidades.

    Um livre pensamento começa agora, boa leitura.


    Notas

    1. Walk-in (Entrante): é aquele que penetra no interior de um corpo elaborado para outra alma, no decorrer da vida, fazendo a troca de almas.

    2.Walk-out (substituído): aquele que cede o corpo a um entrante, por vários motivos, mas principalmente um acordo entre ambos. Ocorre uma transformação: o Eu abandona o corpo e outro Eu toma seu lugar.

    3. Mônada: cada uma criou com o poder mental 12 almas, cada alma é uma projeção diminuta do criador. Essa alma também é conhecida como Eu Superior. Por sua vez, cada alma querendo experimentar uma forma mais densa do universo material deu origem cada uma 12 personalidades. Através dessa divisão resultante 144, o objetivo é experimentar o plano físico e a evolução através deste processo. Eu sou aqui 1 personalidade ou Extensão de alma numa mesma família de 143 que formam a Mônada.

    Capítulo I

    UM PÉ EM CADA CANOA

    Existem momentos especiais, dádivas da alma, onde as transformações acontecem, era Dezembro de 2011, época Natalina e trabalho redobrado, a minha loja A+B no seu auge com todas as coisas que circulam em um bom empreendimento.

    Para completar, eu cursava a Faculdade de Direito, com duas filhas de 14 e 15 anos no ápice da adolescência, empregados, viagens para compra e venda, aquele movimento desenfreado apenas para ocupar a minha cabeça, eu não tinha tempo para conversar comigo mesmo e sinto que tudo isso era uma bela de uma fuga.

    Sentia um aperto no peito e a sensação conflitante de perda, a sensação de fragmentação que a gente experimenta tantas vezes nesse nosso mundo louco e competitivo.

    E um sentir de urgência em encontrar as respostas, um turbilhão astral! Era assim que eu vivia os últimos momentos para mim.

    Tinha dentro de mim todos os objetivos que a gente coloca para nortear e dar sentido e significado para as nossas vidas, a busca da espiritualidade é a que mais parece ser capaz de trazer junto a felicidade.

    E para dar conta das caras de espanto e incredulidade, olhando hoje esse livro é recheado de pesquisas e dados que dão aval científico para que possamos concluir que dinheiro (poder e sucesso) não fazem as pessoas felizes.

    As sincronicidades orientando as escolhas. A decisão é sempre sua. A caminhada é solitária, e a mudança individual.

    Mas a liberdade que experimentamos é fantástica! Sentir a brisa da vitória na alma leva à insights poderosos e me fazem refletir, estavam sendo marcadas no Registro Akáshico, foram acontecimentos inacreditáveis que no decorrer do livro vou relatando, sem saber eu já estava vivendo com um pé em cada canoa e não sabia, hoje eu tenho a consciência de que tudo faz parte do bailar cósmico, duas vidas em uma.

    Vale a pena acreditar no nosso poder de realização. Muitas pessoas, com medo de mudanças, preferem se refugiar na certeza do concreto, do palpável. Afinal de contas, é melhor um pássaro na mão que dois voando. Será mesmo?

    É totalmente viável mudar o nosso paradigma dentro de mentes coletivas e entender que é possível dois pássaros voando livres, experimentando a agradável sensação de fazer o bem, soltar esse pássaro preso na mão, afinal nós existimos.

    Para que nós possamos entender o sentimento do final de 2011, é importante falar os fatos que aconteceram comigo, a minha vida estava pedindo socorro há muito tempo, sei que estas lembranças vão doer, mas será preciso.

    Todos nós sabemos que durante a nossa jornada de vida, vamos adquirindo uma bagagem, nela depositamos inclusive uma série de traumas emocionais e psicológicos em conflito com outras pessoas.

    Estes traumas são partes de nosso passado e muitas vezes inconsciente, ou seja, ficam em um cantinho de nossa mente adormecidos, mas de certa forma ainda ativos e atrapalhando nosso caminho.

    Seus efeitos são reais e geralmente estão bem alicerçados as nossas emoções, humores negativos e, muitas vezes determinam nossas explosões emocionais aparentemente inexplicáveis.

    É necessária uma pitada de emoção, muita vontade de aproveitar a vida integralmente e coragem para enfrentar os medos! Nossos sonhos podem se realizar? Sim, se você tiver fé e acreditar neles. Ter perseverança, não desistir no primeiro obstáculo, levantar após uma queda e principalmente traçar metas com bom senso.

    Do mesmo jeito que eu fazia planilhas com objetivos cada vez maiores para a loja eu fazia na vida pessoal, essa era a razão: ter, ter e ter, o Ser viria depois com o meu acordar. Descobri pela dor que o mais importante era trocar o Ter pelo Ser.

    E quando eu ficar velha, quem cuidará de mim? Vale a pena permanecer ao lado de alguém sem afeto?

    As pessoas atraem outras com a mesma vibração: semelhante atrai semelhante. Eu estava me divertindo, tive um casamento que eu achava que era para a vida inteira, fiz tudo certinho conforme manda a mente coletiva, encontrei o marido numa viagem de Encontro Religioso, tínhamos 18 anos, os pais dele conheciam a minha família, diziam ele é um pão e ela é uma uva.

    Casamos com 21 anos de idade em 1994, lutamos muito para conquistar o nosso sonho financeiro, unir as duas famílias e a que nós formaríamos com as filhas, achava que isso era a felicidade, um modo de envelhecer.

    Mas quando a vida parecia completa eu vi meu castelo desmoronar, conquistamos sim, uma bela casa com piscina, as filhas estudando no melhor colégio, carro zero, casa de veraneio com uma fantástica lancha (a qual, enquanto estávamos negociando, a amante desfrutou com ele a primeira volta), eu como toda traída era a última saber. Acho que isso foi o estopim, o dinheiro às vezes é traiçoeiro, nossa vida estava intrincada em 2007.

    Sonhava nitidamente com a traição, sentia-me perseguida, tinha apenas intervalos e repetia o mesmo sonho.

    Eu estava recomeçando, acordava chorando e contava-lhe o pesadelo.

    Depois de 3 meses, ele se rendeu, novamente o mesmo sonho ao contar-lhe começou chorar a e me revelou tudo.

    Há um ano ele tinha uma vida dupla, a traição foi muito doída, a pivô estava dentro de casa e fazia um laboratório comigo, é fácil porque ela era tudo que ele aspirava, namorava meu irmão, era minha cunhada e a situação foi mesmo o fim.

    Não tive chance de reconquistá-lo, ele estava apaixonado, naquele momento em que o casamento exigia um pouco a mais de dedicação e paciência ele preferiu uma outra opção.

    Justificava que era jovem, casou-se muito cedo e tinha que viver. Hoje, depois de tudo eu enxergo que a ruptura abriu um leque de possibilidades a mim, no começo o sofrimento, decepção e o fracasso foram cruéis, mas tornei-me forte, busquei a força no trabalho, nas filhas e um monte de coisas que não permitia que eu parasse para pensar.

    Não vivi o luto do divórcio, ficou camuflado, a superação não aconteceu, a situação era substituía por outros prazeres efêmeros.

    Arrisquei tudo por aventuras, parti rumo ao desconhecido. Na minha cabeça eu tinha que viver tudo aquilo que não tinha vivido também, não só o marido.

    Eu era muito bonita, tinha 34 anos, matriculei-me em uma faculdade, continuava trabalhando, responsabilidade, casa e educação das filhas, amigos, balada, viagens. Eu queria descobrir o meu limite, isso era muito forte, aventurei-me sem limites.

    Deixei o lado esquerdo do cérebro dominar e quando estava triste tirava umas boas férias, em contato com a natureza já resolvia qualquer estresse.

    E voltava à minha vida louca.

    Nesse turbilhão me apaixonei de novo, e com esse namorado descortinei vários cenários, ele falava que o nosso namoro durou 2 anos, mas que representavam 200 anos de tão intenso de 2008 a 2010.

    Ele foi um anjo que pegou na minha mão e mostrou o quanto eu era capaz. Fizemos uma viagem de moto, eu aprendi a pilotar e nós dois desbravamos rumo ao desconhecido.

    Tinha a força para buscar novas alternativas de acordo com a velocidade, vento solto, liberdade, o desconhecido, o meu limite que sempre quis saber.

    Foi uma incrível viagem rumo à independência, rodamos 7.400 km em 23 dias, fizemos o Uruguai, Argentina, Paraguai e todo sul do Brasil, cada um na sua moto, viagem solitária, o barulho do motor somente, vendo a paisagem consegui colocar a minha Alma antenada para guardar as vibrações, sensação única.

    Não existe o tal silêncio absoluto, eu sei, mas a gente diz mesmo assim — de que outro jeito falar das grandes aventuras, sonoras ou não? O som dança no ar e só no vácuo seria possível experimentar a quietude mais completa.

    Por aqui gostamos de construir simulacros imperfeitos desse silêncio, da experiência terrível de ouvir-se apenas a si mesmo, encontrar comigo mesmo.

    Até hoje me pergunto o que de fato aquela viagem pretendia dizer. Poderia significar o desejo de partida, a procura de um novo lar, a busca pelo reencontro do passado. Poderia simbolizar a exaustão ou até insignificância da minha relação com o companheiro atual ou a própria vida, o fracasso do meu casamento, o desamor, sentimentos de troca, substituída como se fosse uma peça abandonada.

    O distanciamento daquele ambiente já não mais tão acolhedor, o desejo de alargar as fronteiras.

    Eu vi a minha vida por um fio, dava pouca importância, mas a mão invisível me protegia, me colocava diante do imprevisível a cada dia.

    Desequilibrei-me, quase caí em uma vala, peguei vento cortante que me impossibilitava seguir adiante, mas não desanimei, naqueles dias de chuva intensa eu tinha que pilotar limpando a viseira do capacete, frio abaixo de zero, dor no corpo, rodovia com frisos, era conhecer o meu limite e eu passei a compreender onde ele acaba, mas eu estava inserida em um plano.

    Poderia ser tudo isso, um sussurro como grito mais alto de socorro, lágrima seca que não se vê ou percebe. Ou poderia ser nada, apenas uma frase de efeito, repetida como de costume a motociclistas solitários, era o que me representa a mim, devaneios da viagem.

    Passei a questionar-me como reproduzir em poucas linhas a intensidade daquele momento e a amplitude de minha inquietação.

    Escrever, por vezes, é missão árdua, porque as palavras podem parecer frias ou cálidas, tudo por conta de um verbo sem o movimento adequado, um adjetivo sem a plasticidade esperada, um advérbio sem a circunstância prevista, mas talvez quem está lendo possa me entender, transmutar a dor, depois de tanto tempo, hoje encontro várias resultantes, vejo claramente; eu tão intensa, querendo viver 200 anos em apenas 2.

    Inconscientemente sabia que o tempo aqui na Terra para mim já estava esgotando, mas vamos continuar, tinha muito o que viver ainda.

    Fiz uma amizade e intimidade com uma Agenda Laranja, era assim que eu chamava o meu diário de bordo, minha confidente onde deixei registrado acontecimentos e sentimentos mais importantes durante o trajeto, ela iria me acompanhar em várias aventuras, a tal da lista que eu havia feito e prometido a mim, falta o roteiro 9 e o 10 ainda, tudo é possível.

    1) A viagem de moto ao Mercosul.

    2) Ir ao um show internacional.

    3) Estar no estádio em uma final de campeonato de futebol.

    4) Conhecer Las Vegas.

    5) Tomar whisky com o gelo dos Andes.

    6) Ir a Roma.

    7) Mergulhar em alto mar.

    8) Conhecer a Disneylândia ouvindo aquela música It’s a small world.

    9) Sentir a energia das Pirâmides do Egito (essas duas últimas ainda não conheci).

    10) Voar de balão na Capadócia.

    Assim, pensei em reproduzir a frase finalizada por um ponto de interrogação, e aí?

    O que mais eu vou viver?

    Passei ao ponto de exclamação, porém lembrei-me de que a vida não fora imperativa. Então, fiquei com as reticências, estes três pontinhos que parecem suplicar pela manutenção do pensamento, como que nos convidando a refletir, sonhar, duvidar nunca e nunca acabar, serão apenas ciclos onde um fecha para o outro abrir, assim eu penso.

    Aquela frase continua latente em minha memória, trazendo-me não apenas a recordação daquele instante, mas o alerta para digressões maiores sobre onde estou e para onde vou.

    Ou para onde me levo ou me deixo conduzir. Com reticências...é isso mesmo, consegui me emoldar em apenas reticências.

    Não foi tão difícil revelar, eu pensei que seria mais doído, agora estou pronta, vamos embarcar em 2012?

    Capítulo 2

    UM CASO DE OUTRA DIMENSÃO

    Janeiro de 2012

    Começou o ano de 2012, férias de Janeiro e esperávamos com entusiasmo, toda a família preparou para viajar, passaríamos apenas um final de semana prolongado, o que já era suficiente para estarmos juntos e desfrutarmos da praia.

    Agora ao recordar, eu estava esquisita, meus pensamentos iam longe, justifiquei que estava cansada pela correria de fim de ano.

    Hoje eu sei que estava desligando alguns pontos energéticos, o Entrante ou Extensão de Alma já estava comigo e participava dessa transmigração, embora sutilmente.

    O Entrante ultrapassou todos estes passos para cumprir a sua missão de vida mais rapidamente, menos de um ano ele seria Eu, mas esse é assunto mais para frente, sigamos as etapas, elas são muito importantes.

    A PACIÊNCIA é uma das maiores virtudes que todo ser humano deseja conquistar para sua vida.

    É uma virtude aprendermos a manter nosso controle emocional, em várias situações, sem perdermos a calma.

    Consiste basicamente da tolerância e da aceitação, perante erros ou fatos indesejados.

    É a capacidade que temos de suportar incômodos e dificuldades que possam surgir no nosso dia a dia, através das várias situações que se apresentam.

    Só que como tudo na vida, a paciência, também tem o seu processo de maturação, necessitando do nosso esforço e empenho diário, saindo do nosso total estado de inconsciência, para um estado mais perceptivo e consciente, onde possamos estar praticando de forma mais assídua, o nosso processo interno de auto-observação e, consequentemente, efetuando nossas mudanças internas.

    Ainda bem que abastecia minha alma em sonhos, descrevo essa viagem em detalhes para todos entenderem, vamos ter paciência.

    Fomos em três carros, eu dirigia o carro do meio como proteção e sempre o meu irmão da frente piscava luz para saber se estava tudo certo e eu correspondia.

    Atrás ia meu outro irmão, junto com a esposa, meu sobrinho de 4 anos e minha sobrinha ainda bebê.

    Saímos de casa e pegamos estrada à meia noite, aproveitando pouco fluxo assim a viagem seria mais tranquila, chegaríamos amanhecendo.

    Estávamos eufóricos com a viagem, a paciência se desenvolve especialmente, no exercício da TOLERÂNCIA, da justiça que busca ser justa com o próximo sem exigir reciprocidade.

    Desenvolve-se também no exercício da renúncia das pequenas coisas que nos aborrecem, principalmente, dentro dos nossos relacionamentos afetivos, que nos oferecem as melhores oportunidades de aprendizados. Mas por que essas coisas vinham em minha mente?

    Já tínhamos rodado 3 horas, passamos pelo pedágio e com a cabeça um pouco zonza, olhei para trás e não vi o carro do meu irmão.

    Fui ficando apreensiva, pisquei a luz para o irmão da frente que estava identificando o problema.

    Ele parou no acostamento e percebeu que alguma coisa havia acontecido com meu irmão. O celular só chamava, a angústia aumentava, até que a minha cunhada atendeu e com voz assustada disse que houve um acidente, que estavam todos bem, mas não tinham saído e visto o estrago no carro.

    Queria mais detalhes e a conversa caiu, ficamos sem saber o que faríamos.

    Ainda aturdidos pela notícia resolvemos deixar o pessoal nos carros e voltaríamos correndo, afinal na nossa cabeça estávamos perto do acidente.

    Não entendi ao certo a nossa reação, mas foi o que sucedeu.

    Naquele momento não era eu, já tinha corrido 20 minutos, o celular tocou, era meu irmão. Com voz trêmula pedia dois pneus extra, eu propus voltar no carro para ir até o local levando os pneus e meu outro irmão chegaria ao acidente, daria tudo certo.

    A noite era escura, correndo no acostamento não tive noção do perigo, eu queria vê-los, abraçar todos, dar tranquilidade e providenciar o que fosse necessário para continuarmos a viagem.

    Foi quase uma maratona, não pensava nos perigos, entrei em estado de choque onde a adrenalina anestesiava todo o meu corpo, enfim cheguei onde estavam os dois carros.

    O cunhado do meu irmão tirou os pneus de estepe, passamos todas as mulheres para o meu carro e ele foi socorrê-los.

    Eu fiquei entrando em contato com a concessionária do pedágio contando do acidente, eles enviariam ajuda para saber o que tinha acontecido e fazer o resgate.

    Eu continuei dando detalhes e de repente minha cunhada com a voz entrecortada me cutucou para eu ver, acho que estava sem voz pelo susto.

    Um homem, meu Deus, me olhando pelo vidro do carro, do meu lado, sorriu para mim, era estranho, alto, roupa inteira clara, de onde saiu aquela entidade?

    Eu fiquei abalroada e todas que estavam no carro começaram a gritar de desespero, joguei o celular, liguei o carro e adentrei em uma estrada de terra ou um acesso vicinal eu tinha que sair dali imediatamente, não pensei e agi por reflexo.

    Pedindo calma, tudo daria certo e as meninas choravam, eu tinha que manter a tranquilidade, respirei fundo e fui indo sem direção.

    Já tinha dirigido bastante quando eu vi uma casa branca, sem cercas, nem portão, não havia cachorros ou outros animais, parei, mas deixei o carro ligado, desci e comecei chamar tem alguém aí?.

    Pensei, vou pedir água com açúcar para acalmarmos, pelo menos uma pessoa adulta me dará alguma informação, eu nem sabia onde estávamos.

    Estava de costas para o carro batendo palmas e nada, quando de repente ouvi os gritos das meninas, no mesmo instante virei e qual a minha surpresa!!

    Eu vi pertinho de mim o mesmo homem! Como? Não era humano, não podia ser, do tanto que eu dirigi jamais ele teria condições de estar ali. Uma casa no meio do nada sem ninguém, era um cenário assustador.

    O homem riu para mim, me vesti de coragem, falei em voz alta imperativamente, para, fique parado onde está! Nem mais um passo!

    Ele me obedeceu, entrei no carro e quase voei, passei do lado dele, alta velocidade, eu tinha que sair dali, fiz o caminho de volta, tentando falar com a funcionária atendente do pedágio, chegando na rodovia,

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