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...E Deus os vestiu
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E-book207 páginas2 horas

...E Deus os vestiu

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Sobre este e-book

Suas roupas agradam a Deus? Ou será verdade aquela famosa frase: "Deus está interessado no coração e não nas roupas"?
Muitas pessoas apregoam a ideia de que cada indivíduo tem a liberdade de usar a roupa que achar melhor, de acordo com sua própria preferência pessoal. Ao mesmo tempo, existe a pressão da moda vigente, a qual costuma coagir o indivíduo a fazer exatamente da mesma forma que a maioria faz.
Afinal, o que deve nos direcionar na escolha de uma vestimenta? É apenas o gosto pessoal ou a moda vigente? Ou ambas as opções estão fragilizadas pela corrupção humana e correm o risco de serem enganosas e desastrosas?
As roupas são somente uma questão cultural? Ou os salvos pela graça em Cristo têm as suas próprias diretrizes que transformam e moldam o seu vestir? Estas e muitas outras questões são abordadas neste estudo, buscando em todas elas a preciosa luz da Bíblia Sagrada, a qual é nosso eterno baluarte da verdade.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento13 de fev. de 2023
ISBN9786525440019
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    Pré-visualização do livro

    ...E Deus os vestiu - Luciana A. Santini Alves

    Agradecimentos

    Obrigada, amado Senhor, por Sua bondade e fidelidade, fazendo brilhar Sua luz sobre nós, dando-nos a Sua Palavra eterna, a qual é a espada mais cortante e eficaz contra toda ignorância e incredulidade.

    Obrigada por conceder-me também a graça de conhecer irmãs e irmãos tão fiéis e dedicados, verdadeiros exemplos de amor e santidade ao Senhor. Honra e glória somente a Ti, Rei dos reis e Salvador bendito.

    Obrigada, meus queridos pais, pelos bons exemplos de amor, cuidado, honestidade e trabalho.

    Obrigada, meu querido esposo Mário, por sua sábia supervisão, dando-me ótimas sugestões e lindas ilustrações. Tem sido um privilégio viver ao seu lado e aprender com você.

    Obrigada, querida maninha Silvana, por sua sincera amizade. Obrigada também por me apoiar nesse trabalho e dedicar tanto tempo para me ajudar com seus maravilhosos talentos. Que a graça do Senhor esteja sobre sua vida, te abençoando e te guiando pelo Caminho eterno (Salmo 139; João 14:6).

    [...] segundo é santo Aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento [...]

    1 Pedro 1:15

    "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa

    qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus [...]"

    1 Coríntios 10:31 e 32

    INTRODUÇÃO

    Falar sobre roupas que agradam a Deus nos dias atuais é, sem dúvida, um grande desafio. Esse assunto não envolve só criatividade, cores e tecidos; frequentemente, ele se apresenta também revestido de provocantes controvérsias.

    Muitas pessoas apregoam a ideia de que cada um tem a liberdade de usar a roupa que achar melhor, de acordo com sua própria preferência pessoal. Ao mesmo tempo, existe a pressão da moda vigente e dos grupos mais próximos de interação, os quais costumam cativar (ou coagir!) o indivíduo a fazer exatamente da mesma forma que a maioria faz, e espera-se que todos sigam, no mínimo, o dress code exigido de sua comunidade ou grupo. Os modelos dessas roupas podem variar desde uma desprezível e estreita fita envolvendo a cintura, até uma exagerada burca.

    Afinal, o que deve nos direcionar na escolha de uma roupa? É apenas o gosto pessoal ou a moda vigente? Ou ambas as opções estão fragilizadas pela corrupção humana e correm o risco de serem enganosas e desastrosas?

    Para a nossa alegria, existe uma luz maravilhosa a respeito desse assunto na Palavra de Deus! Nela, há diversos mandamentos e instruções sobre roupas. E ninguém melhor do que o nosso Criador para nos direcionar nessa questão. Louvado seja o Senhor por Sua inerrante Palavra!

    Então, se é importante para o nosso Deus falar sobre vestimentas, te convido a valorizarmos isso e a refletirmos biblicamente sobre algumas questões.

    O que podemos realmente chamar de roupas?

    Quando e por que os seres humanos começaram a usar vestimentas?

    As roupas são necessárias apenas para nos proteger do frio? Elas são somente uma questão cultural? Ou devem ser levados em conta os aspectos morais e espirituais?

    Se um povo se acostuma a viver sem roupas significa que está correto em sua prática? Valores como decência e pudor podem ser entregues ao relativismo moral, ou até ser dispensáveis e impertinentes como é ensinado por muitos? Ou existem verdades imutáveis que devem nortear o nosso modo de vestir?

    A vergonha e a malícia em relação à nudez são percepções adquiridas apenas por influência da sociedade? Ou estariam gravadas em nossa própria consciência?

    Essas perguntas são valiosas e devem ser analisadas à luz da Bíblia por todos os cristãos, com toda seriedade; as pressões da moda e as inclinações do nosso próprio coração precisam ser filtradas e direcionadas por essa preciosa revelação.

    Em minha caminhada com Cristo, deparei-me diversas vezes com pessoas (refiro-me a membros de denominações cristãs) que não tinham a menor preocupação se suas vestes desagradavam a Deus. Preocupavam-se menos ainda com os pobres mortais à sua volta ou com a possibilidade de que seu look estivesse causando escândalos! Todavia, o que me chocou mais foi ouvir de uma dessas pessoas a seguinte frase: Até a praia de nudez é algo normal. Afinal, Deus nos fez nus.... Será que é normal?

    Infelizmente, nas igrejas atuais costuma ocorrer uma grave deficiência na análise desse assunto. Ou ele é tratado com desdém, relativizando-o, como se fosse algo irrelevante (talvez por medo de se tornarem legalistas, escancaram a porta para a libertinagem!), ou, então, afirmam a sua importância, mas assumem uma frágil postura "legalista’’, estabelecendo normas mais baseadas no senso comum do que no escrutínio bíblico.

    Sabemos que o legalismo não salva ninguém; por outro lado, sabemos também que nós, os salvos pela graça, precisamos iluminar nossas afeições e ações com o fato de que a liberdade conquistada por Cristo na cruz não foi para que nos lançássemos na libertinagem, dando ocasião à carne (conforme Gálatas 5:13). Logo, se existem limites traçados pelo Senhor a serem respeitados, a fim de não darmos ocasião à carne, porventura tais limites devem ser ultrapassados pela opinião dos homens? Claro que não.

    Portanto, essas perguntas merecem respostas bíblicas, pois Deus falou sobre tudo isso em Sua Santa Palavra. E falou muito. E toda verdade revelada é dádiva de Deus para nós: As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre [...] (Deuteronômio 29:29).

    É extremamente deleitoso e necessário a todos que, inconformados com o mundo e desejosos em compreender melhor a boa, perfeita e agradável vontade de Deus, se demorem mais diante de temas tão importantes, os quais nos inspiram o domínio próprio, a fé, a reverência e o amor.

    Capítulo I

    A ORIGEM DAS ROUPAS

    Para começarmos a compreender o papel das roupas nos dias atuais, precisamos retornar no tempo (uns 4200 a.C.), e verificar bem lá no início da nossa História: o que são roupas? Quando elas surgiram? E qual é a razão delas serem usadas?

    O texto sagrado diz que Deus criou Adão e Eva nus: Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam (Gênesis 2:25).

    Alguns especulam e imaginam que o primeiro casal estivesse envolto numa luz, numa glória maravilhosa que cobria seus corpos, a qual foi perdida quando pecaram. Porém, não é o que a leitura simples do texto indica: eles estavam completamente nus! Eles não perderam uma cobertura resplandecente quando pecaram! Sei que pode ser chocante demais pensar que o Senhor tenha criado os primeiros seres humanos assim tão in natura, mas foi exatamente dessa forma que Ele os fez.

    Apesar de Adão e Eva serem dotados de inteligência e percepção elevadas, essa nudez era real e perceptível apenas aos olhos de Deus. Ou seja, antes de pecar, o jovem casal não sabia que estava nu. É por isso que, em Gênesis 3:11, o Senhor pergunta para Adão: Quem te fez saber [...]?.

    E, enquanto não sabiam que estavam nus, eles [...] não se envergonhavam. Podiam viver tranquilamente sem roupas porque a nudez estava oculta de suas mentes de uma tal maneira que não afetava a sua existência, nem seus valores, nem diminuía sua reverência e devoção a Deus. Não precisavam lavar roupas nem passá-las, não tinham o trabalho de costurá-las ou guardá-las. Sua nudez jamais prejudicaria sua respeitável apresentação pública ao ter que interagir com seus semelhantes. Era tudo muito bom, segundo o plano do Senhor (Gênesis 1:31).

    As Sagradas Escrituras dizem que Adão e Eva perceberam sua nudez logo após comerem do fruto do conhecimento do bem e do mal: Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus […] (Gênesis 3:7). Esse abrir dos olhos não quer dizer que eles estavam com os olhos fechados literalmente; significa que começaram a ver o que antes estava oculto de sua percepção normal. Essa mesma expressão é utilizada em 2 Reis 6:17, quando Eliseu ora por seu ajudante, pedindo que Deus lhe permita enxergar o exército celestial que os rodeava: [...] E o SENHOR abriu os olhos do moço [...]. Da mesma forma que o exército celestial estava presente, mas invisível aos olhos do servo de Eliseu, a nudez do primeiro casal também era um fato oculto.

    Mas a nudez lhes foi revelada, e eles não puderam ignorar esse novo conhecimento. Imediatamente, fizeram algo a respeito. Saber que estavam nus suscitou neles um profundo senso aterrador de que lhes faltava algo importante. É como se o Senhor lhes fizesse saber de maneira visível o que o pecado faz à alma: torna-a nua, vergonhosa, sem as vestiduras brancas de justiça. Então, a própria consciência deles, iluminada pelo conhecimento do bem e do mal, instigou-os a agirem, como se lhes dissesse: vocês estão nus, e não podem ficar assim! E foi nesse instante que o ser humano percebeu que havia ganho uma nova responsabilidade: vestir-se.

    Desde o princípio da história da humanidade, as Escrituras destacam uma diferença especial entre saber e não saber. E essa diferença está intimamente ligada à responsabilidade do ser humano, sendo capaz de aumentá-la ou de diminuí-la perante o julgamento de Deus e da própria consciência. Quanto mais sabemos, maior responsabilidade temos.

    Em João 15:22, vemos outro exemplo disso: Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas, agora, não têm desculpa do seu pecado. Em Mateus 11:20-22, há também o exemplo das cidades de Corazim, Betsaida e Cafarnaum, as quais tiveram o privilégio de conhecer o Messias face a face, mas O desprezaram. Por esse motivo, tornaram-se dignas de uma repreensão mais severa: [...] no Dia do Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras. Quanto maior for o nível de conhecimento, maior é a responsabilidade.

    Mas, como deve ser tratado o fato da nudez? Essa verdade revelada após o pecado deve receber alguma consideração? Ou podemos ignorá-la?

    Adão e Eva não a ignoraram. A percepção que eles tiveram a respeito de sua própria nudez trouxe-lhes desconforto, vergonha e medo. Apressadamente, buscaram resolver seu estado deplorável cobrindo-se com folhas de figueira.

    Note que não foi o clima que despertou no homem a necessidade de se vestir. O texto sagrado não fala, em momento algum, das condições climáticas; não há menções de frio ou ventos gelados que tenham ocorrido imediatamente após o pecado. Também não foi a pressão ou preconceito da sociedade, pois nem sequer havia outros seres humanos com eles. Foi somente a revelação da vergonhosa nudez em suas consciências que os levou à procura de roupas! Noções de pudor e decência, malícia¹ e vergonha foram inseridas em suas mentes a partir do momento em que comeram do fruto proibido.

    Adão e Eva obedeceram, então, ao testemunho de suas consciências e se apressaram para fabricar roupas. Mas, influenciados pela natureza pecaminosa recém-adquirida, o que conseguiram fazer?

    [...] percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.

    Gênesis 3:7

    Figura 1: Folhas de figueira

    Fonte: (2017).

    O primeiro casal viu nessas modestas folhas uma

    esperança para resolver sua vergonha.

    Apenas cintas (hebraico, hagor)! Esse nome indica algo que era colocado na região do quadril, e que cobria apenas as genitálias e o bumbum, semelhante ao hábito de várias tribos indígenas brasileiras.

    Adão percebeu a ineficácia de seu próprio trabalho e não se considerou vestido com a cinta que fez! Ao ser chamado pelo Senhor, respondeu: "Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi" (Gênesis 3:10 – ênfase acrescentada).

    A fala de Adão denota um tom desesperado. A consciência humana continuava testemunhando sobre sua desconcertante nudez. E essa percepção era verdadeira, pois o Senhor não lhe disse: Você está enganado, Adão; não está nu, pois já vestiu-se com essas poucas folhas. Pelo contrário, Ele apenas perguntou: Quem te fez saber que estavas nu? [...] (Gênesis 3:11).

    A solução humana mostrou-se fraca e insuficiente. As cintas não bastaram nem lhes trouxeram alívio. Adão e Eva precisavam de algo melhor que cobrisse os seus corpos.

    As Escrituras revelam que o próprio Deus encarregou-se de livrá-los dessa vergonha. Depois de inquiri-los sobre o seu pecado, o Senhor voltou-se novamente para o problema da nudez e providenciou-lhes uma solução eficaz: Fez o Senhor vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu (Gênesis 3:21).

    Agora, precisamos entender bem o que é VESTIMENTA. O termo aqui, em Gênesis 3, no original hebraico é kethoneth (a palavra correspondente em grego é kethon ou chiton). Significa algo muito mais eficiente que uma cinta! A palavra sugere um

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