Conjecturas

De Beth Iacomini

SOBRE A POESIA E O POETA Uma coisa que sempre me intrigou na poesia é a questão de algumas pessoas não saberem separar o contexto do poema da vida do autor. Vejo isso em alguns comentários um tanto equivocadamente. O Poeta sonha, imagina, fantasia, viaja na imaginação através da observação e/ou contemplação de fatos da vida, da beleza que encontra nas pessoas, nos caminhos por onde passa, nos sonhos, nas coisas e elementos da natureza etc. Fala sobre sentimentos, que nem sempre são de si próprios. O poeta vê uma imagem com a percepção e linguagem que lhe são característicos. Pode se direcionar a alguém, claro, mas isso não é obrigatório e nem sempre acontece. Também pode ser sutil. No meu caso, sempre que direciono os meus versos coloco o nome da pessoa, citando a homenagem. Digo isso porque o poeta necessita ser livre em seus versos. Às vezes, por não separar o poema do poeta, o leitor pode causar constrangimentos, ou limitar a linguagem poética com interpretações e/ou julgamentos equivocados. A poesia, para ser bela precisa ser livre de todas as amarras e opressões. Isso acontece em outros tipos de arte também. O bacana da arte é a gente absorvê-la, também o leitor, e viajar na fantasia que ela desperta. Então, a arte proporciona várias leituras, daí a importância da sua subjetividade para o mundo. Espero que tenham entendido minha fala e que os outros, poetas, artistas ou não a complementem. Beth Iacomini

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 15 de jun. de 2020

Pré-visualização do livro