Conflitos: Vencendo o conflito interior

De Raimundo Pinheiro

Todos nós passamos por conflitos interiores e exteriores. A questão é não sermos dominados ou destruídos por eles. Mas para isso, precisamos saber administrar cada um, de forma que possamos sobrepor as emoções negativas com o poder do domínio próprio.
Conhecer-se interiormente é mais importante que se conhecer por fora. Por isso eu revelo os tipos de conflitos interiores, como saber lidar com cada um e como vencer aqueles que querem nos levar a ações incoerentes, interferindo em nossa qualidade de vida.
Esse autoconhecimento dará a você capacidade de ler suas emoções, entender-se melhor, saber interagir consigo mesmo e com o próximo, para não ficar refém dos sentimentos danosos e assim viver em paz e com uma vida plenamente satisfeita.

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 3 de abr. de 2023
• ISBN: 9786525445656

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Introdução

Uma casa destruída por fora é fácil de ser reconstruída, mas se destruir os que habitam nela não se levantará tão facilmente.

Todas as construções têm suas estruturas internas sólidas e bem edificadas para não desabar em meio às intempéries¹ da natureza. De igual forma, todos nós precisamos de boas estruturas emocionais e espirituais para superarmos as adversidades e os dias maus (Efésios: 6, 13) que surgem na vida.

Quando não entendemos os nossos conflitos interiores, geralmente não vamos saber lidar com os externos. E se não sabermos lidar consigo mesmo, não vamos compreender e saber lidar com as pessoas a nossa volta.

Todos nós passamos por conflitos, interior e exterior. Mas não podemos ser dominados ou destruídos por eles. Para isso, precisamos saber administrá-los, sobrepujando as emoções negativas com o domínio próprio.

Conhecer-se interiormente é mais importante do que se conhecer por fora. Por isso eu revelo os tipos de conflitos interiores, como saber lidar com cada um, e como podermos vencer aqueles que querem nos levar a praticar ações incoerentes.

Esse conhecimento dará a você a capacidade de ler suas emoções, entender-se melhor, saber interagir consigo mesmo e com o próximo, deixando de ser refém dos sentimentos danosos e, assim, viver em paz e plenamente satisfeito(a).

A base deste livro é inspiração bíblica e de alguns dos seus personagens, como Davi, José, Gideão, mulher hemorrágica e outros, às vezes, repetidamente, no mesmo cenário histórico, mas com conflitos diferentes em conformidade ao tema do capítulo.

Mesmo assim, trata-se de Deus me inspirando a levar você leitor a fé operante n’Ele, que nos dá o poder para vencer quaisquer tipos de conflitos existenciais.

Uma leitura cativante, inspiradora e solúvel!

Deus abençoe tremendamente!

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1 Mau tempo, perturbação atmosférica. (Figurado) Contratempo, dificuldade, obstáculo.

Capítulo 1

Espírito e carne

Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis. Gálatas: 5, 17.

O forte se sobrepõe ao fraco, e aquele que é bem treinado subjuga ambos, mas é aquele que se submete a Deus que estabelece o seu destino final.

É muito importante quando começamos algo e mais ainda quando terminamos a nossa trajetória, o nosso destino final. E a maneira que nos comportamos poderá definir se vamos chegar ou não no caminho proposto e no objetivo estabelecido.

A pessoa pode se comprometer com um noivado, mas o seu comportamento diante das tentações é que vai determinar se ela casará ou não; pode ser preparar profissionalmente, mas trabalhar nesta profissão vai depender das suas ações em relação a outras opções propostas ou impostas; pode se converter ao Senhorio de Cristo e ao seu evangelho, mas seu destino eterno com Ele dependerá da sua permanência no caminho estreito e espinhoso que nos conduz à eternidade.

Todos nós passamos por alguns conflitos, entre fazer o certo e o errado, o justo e o injusto, o bom e o mal, ceder à vontade de Deus ou à nossa, perdoar ou se vingar, ceder a uma tentação ou fugir dela, romper com o casamento ou lutar por ele, entrar numa faculdade ou começar um próprio negócio lucrativo, enfim, são inumeráveis situações.

Nestes conflitos, quem saíra vencedor?

1º É a mente cativa e propensa para a sua natureza maldosa ou a mais influenciada e bem preparada pelo Espírito Santo?

2º É a carne com desejo intenso, impulsivo e excêntrico² ou o espírito bem treinado, definido e fortalecido pela palavra de Deus?

O direcionamento do objetivo, a influência mental e a preparação pessoal poderão definir o êxito na jornada da vida.

A vilã da vida é a carne, ao querer submeter o Espírito Santo aos seus caprichos, e o Espírito é o herói que, fortalecido e focado na missão, submete a vilã ao seu destino final.

Quando assistimos a um filme, novela ou série, vemos a existência do vilão e do herói, os quais passam por vários conflitos (interiores e externos), seja em relação às suas missões e também pessoais, que nos levam a comoções reflexivas. Mas, no desfecho final, vemos que é sempre o herói que acaba vencendo. Quem dera se na vida real fosse assim. Até poderia ser, se o herói seguir o exemplo do herói dos heróis, Jesus Cristo, sendo assim guiado pelo seu Espirito.

Parecido com um vilão e um herói é a carne e o Espírito, que nos são apresentados no versículo-base deste capitulo. Aparentemente a carne é uma vilã querendo nos levar a fazer tudo aquilo que nos distancia de Deus e do que é puro, justo, amoroso, verdadeiro e eterno, mas que precisa ser submetida pelo herói. O Espírito Santo é justamente aquele que nos treina e prepara para praticarmos o que é justo, honroso, puro, honesto, para vivermos mais perto de Deus em direção à eternidade com Ele.

Entenda: o herói precisa se manter focado na missão do propósito, fortalecido em meio aos combates e superar suas dores. Assim o Espírito Santo nos mantém capacitados, para ressignificar as dores da carne, subjugar a nossa vontade e fazer a vontade de Deus, o qual nos enviou para estabelecer o seu reino na vida de outras pessoas.

A carne odeia a oração, a meditação bíblica e o jejum. Já o Espírito Santo, quando leva o espírito do Homem a orar, o aproxima de Deus e gera obediência. Ao meditar na palavra, ele será influenciado por ela e cheio da fé ativa, ao fazer estas coisas, o Espírito vai levar à carne à sujeição do jejum, ficando ainda mais fortalecido e com poder suficiente para submetê-la ao Senhorio de Cristo. Por isso, há a necessidade de orar com mais frequência, meditar com intensidade e jejuar com propósito.

É hora de praticar estas instruções de Paulo:

Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos: 12, 1-2).

Se você quiser experimentar o melhor de Deus, então coloque o melhor sacrifício no Seu altar, ou seja, a sua própria vida sob o domínio do Espírito do Senhor, e então, a partir daí, vamos saber viver em obediência e na sua boa, agradável e perfeita vontade.

Quem está influenciando a sua vida: a carne vilã ou o Espírito herói?

Você tem alguma dificuldade de obedecer a Deus em uma área específica?

Como podemos subjugar a carne e ser mais obedientes a Deus?

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2 Que está fora do centro. Extravagante; esquisito.

Capítulo 2 -

Silêncio de Deus e o incômodo do Homem

Quando o Cordeiro quebrou o sétimo selo, houve silêncio no céu por mais ou menos meia hora. Então vi os sete anjos que estavam de pé diante de Deus, e eles receberam sete trombetas. Outro anjo veio com um vaso de ouro no qual se queima incenso e ficou de pé ao lado do altar. Ele recebeu muito incenso para juntar com as orações de todo o povo de Deus e oferecê-lo no altar de ouro que está diante do