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Ciclo Erla - Nilton Nascimento
Introdução: O Poder do Ciclo ERLA
Há um fenômeno silencioso que atravessa as salas de reunião, os corredores das empresas, os lares, os relacionamentos e até os ambientes digitais: o desejo humano profundo de ser respeitado. Não apenas tolerado, não apenas reconhecido superficialmente, mas verdadeiramente respeitado, por quem somos, pelo que entregamos, pela forma como nos conduzimos. Esse anseio, no entanto, muitas vezes se perde em estratégias equivocadas, em tentativas desesperadas de chamar atenção, em comportamentos defensivos ou na busca por validação externa. As pessoas tentam exigir respeito, como se fosse uma moeda que se pode cobrar. Tentam conquistá-lo com ostentação, com autoridade imposta, com superioridade fingida. Mas o respeito genuíno não se conquista com força, ele se constrói com presença. E é exatamente nesse ponto que nasce a necessidade de um novo paradigma, uma nova forma de pensar, agir e evoluir: o Ciclo ERLA.
O nome pode soar enigmático à primeira vista, Entregar, Resistir, Libertar, Absorver, mas cada um desses verbos carrega uma dimensão profunda do comportamento humano, uma etapa necessária no caminho de quem deseja crescer com autenticidade, dignidade e impacto. O Ciclo ERLA não é apenas uma metodologia; é um modo de existir no mundo, uma bússola ética e emocional para quem busca não apenas sucesso, mas significado. Ele não promete atalhos, nem fórmulas mágicas. Pelo contrário: exige coragem, consciência e compromisso. Mas, em troca, oferece algo raro: o respeito que brota naturalmente, o reconhecimento que não precisa ser pedido, e o crescimento que se renova por si mesmo.
Para compreender o poder do Ciclo ERLA, é preciso primeiro entender o que está errado, ou, ao menos, incompleto, nas abordagens tradicionais de desenvolvimento pessoal e profissional. Muitos livros, cursos e treinamentos focam em técnicas: como falar em público, como se vestir para causar boa impressão, como se posicionar em reuniões, como vender ideias. Tudo isso tem valor, sim. Mas, quando isolado de uma base sólida de integridade, essas técnicas se tornam máscaras. Elas podem criar uma ilusão de poder, mas não sustentam o respeito verdadeiro. Porque o respeito não é uma técnica, é uma consequência. É todo um reflexo do que você é, do que você entrega, do que você protege, do que você solta e do que você aprende.
Imagine duas pessoas em uma mesma posição de liderança. Uma delas fala alto, impõe decisões, exige obediência, controla tudo. A outra escuta mais do que fala, cumpre promessas, estabelece limites claros, reconhece erros e aprende com críticas. Ambas podem ser eficientes. Mas, com o tempo, será a segunda que será lembrada com admiração. Será a segunda que inspirará lealdade, não por medo, mas por respeito. Será a segunda que deixará um legado. E, se observarmos com atenção, perceberemos que essa pessoa, provavelmente sem saber, já pratica, de forma intuitiva, os quatro pilares do Ciclo ERLA.
O que o Ciclo ERLA faz é tornar esse processo consciente, intencional e repetível. Ele não depende de carisma natural, de posição hierárquica ou de sorte. Ele depende de escolhas, escolhas diárias, repetidas, consistentes. E, o mais importante: ele é cíclico. Não há um fim. Você não completa
o ERLA e depois se acomoda. Você entra em um movimento contínuo de evolução, onde cada volta do ciclo o torna mais forte, mais claro, mais resiliente. É como uma espiral ascendente: você passa pelos mesmos estágios, mas em níveis cada vez mais profundos de maturidade.
O que torna o Ciclo ERLA tão poderoso é que ele não é linear. Ele não exige que você termine
um pilar para começar o próximo. Na vida real, você vive os quatro pilares ao mesmo tempo, em diferentes intensidades, em diferentes contextos. Um dia, você entrega muito no trabalho, mas precisa resistir a uma cobrança injusta. Na mesma semana, liberta uma amizade que já não faz sentido, e absorve um ensinamento profundo com um mentor. No dia seguinte, tudo se mistura de novo. O ciclo é dinâmico, orgânico, vivo.
Mas, para que ele funcione, é preciso consciência. É preciso parar, olhar para dentro e perguntar: onde estou agora? Estou entregando com autenticidade, ou apenas tentando agradar? Estou resistindo com dignidade, ou reagindo com raiva? Estou me libertando de algo que me prende, ou carregando um fardo desnecessário? Estou absorvendo aprendizados, ou me fechando ao novo?
Essas perguntas não são fáceis. Elas exigem autoconhecimento. Exigem coragem para enxergar verdades desconfortáveis. Mas são exatamente essas verdades que libertam. Porque, quando você vê onde está, você pode escolher onde quer ir.
O Ciclo ERLA também desafia uma crença comum: a de que desenvolvimento pessoal é algo que se faz em retiros, em workshops, em momentos isolados de reflexão. A verdade é que o verdadeiro desenvolvimento acontece no dia a dia, nas pequenas escolhas. É quando você escolhe ouvir, em vez de interromper. É quando você escolhe cumprir uma promessa, mesmo que ninguém vá notar. É quando você escolhe não responder à provocação. É quando você escolhe pedir desculpas. É quando você escolhe aprender com quem pensa diferente.
Essas escolhas, repetidas ao longo do tempo, formam o seu caráter. E o caráter é o que gera respeito. Não o título no cartão de visitas, não a quantidade de seguidores nas redes sociais, não o salário. O respeito vem do que você é quando ninguém está olhando.
E é por isso que o Ciclo ERLA funciona tanto no ambiente profissional quanto no pessoal. No trabalho, ele ajuda a construir liderança com autoridade moral, não apenas autoridade formal. Ajuda a criar equipes mais coesas, onde o valor é reconhecido, os limites são respeitados, e o aprendizado é contínuo. Em casa, ele melhora relacionamentos, porque promove empatia, clareza e maturidade emocional. Com amigos, ele filtra os verdadeiros dos circunstanciais. Consigo mesmo, ele promove a autoestima baseada em ações, não em
aparência.
Um dos grandes equívocos do desenvolvimento pessoal é achar que ele serve apenas para alcançar metas externas: mais dinheiro, mais sucesso, mais reconhecimento. O Ciclo ERLA vai além. Ele serve para alcançar integridade. Ele serve para você se olhar no espelho e se sentir em paz com quem está ali. Ele serve para você dormir sabendo que agiu com coerência, mesmo quando foi difícil.
E, nesse processo, o respeito dos outros não é a meta, é a consequência. Porque as pessoas respeitam quem é confiável. Respeitam quem tem limites. Respeitam quem é capaz de perdoar. Respeitam quem está disposto a aprender. E, quando você vive os quatro pilares, você se torna alguém que, naturalmente, inspira esse respeito.
Mas o Ciclo ERLA não é fácil. Ele exige disciplina. Exige que você encare suas sombras. Exige que você assuma responsabilidade por suas reações. Exige que você pare de culpar os outros por não te valorizarem, e comece a olhar para o que você pode fazer de forma diferente. E exige que você entenda que o crescimento não é um destino, mas um caminho.
Há um mito perigoso na cultura contemporânea: o de que desenvolvimento pessoal é algo rápido, instantâneo, viral. Que basta ouvir um podcast, ler um livro em um fim de semana, fazer um curso online, e pronto, você muda. A verdade é que mudanças profundas levam tempo. Levam repetição. Levam falhas. Levam correções. O Ciclo ERLA não promete transformação imediata. Ele promete direção. Ele oferece um mapa. Mas você precisa caminhar.
E, ao caminhar, você vai perceber que o ciclo se repete, mas nunca é igual. Na primeira volta, entregar pode ser difícil, porque você ainda busca validação. Na segunda, resistir pode doer, porque você ainda tem medo de rejeição. Na terceira, libertar pode parecer impossível, porque você ainda acha que deve provar seu valor. Na quarta, absorver pode ser desafiador, porque você ainda acha que já sabe tudo. Mas, com o tempo, cada volta fica mais fluida. Cada escolha fica mais clara. Cada ação fica mais alinhada.
E, em algum momento, você nem precisa mais pensar no ciclo. Ele já é você. Você entrega porque é sua natureza. Você resiste porque é sua integridade. Você liberta porque é sua liberdade. Você absorve porque é sua curiosidade. E, nesse estado, o respeito não é algo que você conquista, é algo que você irradia.
É importante dizer que o Ciclo ERLA não é uma fórmula mágica para evitar problemas. Você ainda enfrentará desafios. Ainda terá pessoas que não te valorizam. Ainda cometerá erros. Ainda sentirá dor. Mas, com o ciclo, você terá uma bússola. Terá um método para navegar as tempestades com dignidade. Terá uma forma de manter o centro, mesmo quando tudo ao redor parece desmoronar.
E, talvez o mais poderoso de tudo: o Ciclo ERLA é acessível a todos. Não importa sua idade, sua formação, sua posição social. Não importa se você está no início da carreira ou se já é experiente. Não importa se você tem traumas do passado ou se se sente perdido no presente. O que importa é a escolha. A escolha de entregar valor. A escolha de resistir com dignidade. A escolha de libertar o que prende. A escolha de absorver o que transforma.
Esse livro não é apenas para ser lido, é para ser vivido. Cada capítulo, cada ideia, cada reflexão, é um convite à ação. Porque o verdadeiro poder do Ciclo ERLA não está nas palavras, mas nas escolhas que você fará depois de fechar este livro. Está no momento em que você escolher ouvir, em vez de falar. Está no momento em que você escolher dizer não
, mesmo que seja desconfortável. Está quando você escolher perdoar, mesmo que ainda doa. Está quando você escolher aprender, mesmo que isso exponha suas falhas.
E, com o tempo, esses momentos se acumulam. Formam hábitos. Formam identidade. Formam respeito. Formam admiração. Formam legado.
O mundo precisa de mais pessoas assim. Pessoas que não buscam poder, mas influência. Que não querem ser temidas, mas admiradas. Que não se impõem, mas se tornam referência. Pessoas que entregam valor, resistem com coragem, libertam com sabedoria e absorvem com humildade.
Se você chegou até aqui, talvez seja porque sente, no fundo, que é possível viver de outra forma. Que é possível crescer sem perder a essência. Que é possível ser respeitado sem exigir. Que é possível evoluir sem trair quem você é.
Então, bem-vindo ao Ciclo ERLA.
Este é o seu convite.
Este é o seu caminho.
E esta é a sua chance de se tornar, de forma autêntica, irresistivelmente respeitado.
Capítulo 1: O Fundamento do Respeito Genuíno
O respeito é um dos conceitos mais evocados e menos compreendidos na vida humana. Todos dizem querer respeito. Todos exigem respeito. Muitos se queixam de não serem respeitados. Mas poucos entendem de onde ele realmente vem, como se constrói, e por que, em muitos casos, ele simplesmente não surge, por mais que se grite por ele. O respeito, diferentemente do que muitos acreditam, não é um direito que se exige, nem uma moeda que se negocia. Ele é uma consequência, uma resposta espontânea que nasce em quem observa, convive, colabora ou compete com alguém cuja presença, atitudes e integridade provocam uma reação interna de admiração, reconhecimento ou consideração. O respeito genuíno não se conquista com autoridade imposta, com superioridade exibida ou com força bruta. Ele se constrói com consistência, com autenticidade, com ação alinhada a valores. E é exatamente por isso que o respeito verdadeiro é tão raro: porque exige tempo, coragem e disciplina, qualidades que, embora desejadas, são pouco praticadas.
No mundo contemporâneo, especialmente no ambiente profissional, há uma obsessão por resultados imediatos, por visibilidade, por reconhecimento rápido. As pessoas correm em busca de títulos, posições, seguidores, likes, elogios. Tudo parece acelerado, tudo parece urgente. E, nesse ritmo frenético, muitos esquecem que o respeito não pode ser acelerado. Ele não se constrói em uma apresentação brilhante, em uma conquista isolada ou em um momento de destaque. Ele se constrói ao longo do tempo, através de pequenas escolhas repetidas, de atitudes coerentes, de decisões difíceis tomadas em silêncio. O respeito é o fruto de uma trajetória, não de um evento. É o reflexo de quem você é quando ninguém está olhando, não quando todos estão prestando atenção.
É por isso que tantas pessoas ocupam posições de poder, mas não são respeitadas. Elas têm autoridade formal, têm subordinados, têm voz em reuniões, mas não têm autoridade moral. E a autoridade moral é aquela que não vem do cargo, mas do caráter. É aquela que inspira lealdade, não por medo, mas por admiração. É aquela que faz com que as pessoas sigam não porque são obrigadas, mas porque querem. E é justamente essa autoridade moral que o Ciclo ERLA visa desenvolver, não só como um truque de liderança, mas como uma forma de ser no mundo.
Para entender o fundamento do respeito genuíno, é necessário desmontar alguns mitos que permeiam a cultura organizacional e relacional. O primeiro deles é o mito da autoridade baseada no medo. Muitos acreditam que, para ser respeitado, é preciso ser temido. Que, se as pessoas sentem medo de você, automaticamente o respeitam. Essa confusão entre medo e respeito é antiga, mas persiste em muitos ambientes, especialmente em culturas corporativas tradicionais, hierárquicas e autoritárias. Líderes que gritam, que humilham, que controlam cada detalhe, que punem erros com severidade, acreditam que estão impondo respeito. Na verdade, estão impondo obediência forçada, baseada no medo de represálias. E, embora isso possa gerar resultados a curto prazo, destrói confiança, inibe criatividade, corrompe a cultura e, no médio e longo prazo, leva ao desgaste, à desmotivação e à fuga de talentos.
O respeito baseado no medo é frágil. Ele desaparece assim que a fonte do medo se afasta. Ele não sobrevive à ausência. Ele não gera engajamento, apenas submissão. E, o que é mais grave, ele corrompe quem o exerce. Porque, ao depender do medo para se sentir poderoso, a pessoa perde contato com sua própria integridade. Ela começa a acreditar que só é respeitada quando está ameaçando, quando está controlando, quando está dominando. E, com o tempo, isso se torna um vício: quanto mais ela usa o medo, mais precisa usá-lo para manter a ilusão de poder. É um ciclo vicioso que termina em isolamento, em desconfiança e, muitas vezes, em queda abrupta quando o ambiente muda ou quando surge alguém mais forte.
O segundo mito é o da superioridade exibida. Muitas pessoas acreditam que, para serem respeitadas, precisam provar que são melhores, mais inteligentes, mais competentes, mais bem-sucedidas, mais preparadas. E, para isso, usam estratégias de comparação, de minimização do outro, de ostentação de conhecimento ou conquistas. Falam alto em reuniões, interrompem, corrigem publicamente, citam dados para demonstrar superioridade. Acreditam que, ao mostrar que sabem mais, estarão automaticamente sendo respeitadas. Mas o que muitas vezes acontece é o oposto: elas geram resistência, desconforto, inveja ou indiferença. Porque o respeito não é provocado pela demonstração de superioridade, mas pela demonstração de valor.
Há uma diferença crucial entre provar que você é melhor e provar que você é útil. Entre mostrar que você sabe mais e mostrar que você ajuda mais. Entre destacar suas conquistas e destacar seu
