21 minutos escutados
Chile: a esquerda no poder
notas:
Duração:
23 minutos
Lançados:
21 de dez. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
Ao final do primeiro turno, muitos previam disputa acirrada e até mesmo favoritismo do candidato da extrema-direita. Porém, encerrada a apuração da etapa final, o ex-líder estudantil Gabriel Boric emergiu vencedor com mais de dez pontos percentuais de vantagem sobre José Antonio Kast. “Era preciso atrair o eleitor do centro. E Boric soube fazer isso melhor do que Kast”, afirma Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV. Na conversa com Renata Lo Prete, ele analisa a sucessão de eventos inaugurada no país com os protestos de 2011, até chegar à Assembleia Constituinte e, agora, à eleição do primeiro presidente que não saiu de nenhuma das duas coalizões que se alternaram no poder desde o fim da ditadura do general Pinochet, em 1990. “É preciso ter cuidado com as expectativas”, pondera Stuenkel. O jovem eleito (35 anos) terá que lidar não apenas com um Congresso dividido, mas com reticências em sua própria aliança. “O Partido Comunista está distante”, diz. Mais importante: num cenário de inflação e fim dos auxílios da pandemia, precisará enfrentar a desigualdade econômica e social que inflamou as ruas. Sem desconsiderar o histórico recente de resultados eleitorais da América Latina, o professor matiza: “Boric é uma outra esquerda, mais parecida com partidos progressistas da Europa. Um fenômeno típico chileno, difícil de imaginar em países como Paraguai, México ou o próprio Brasil”.
Lançados:
21 de dez. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
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