Quando somos acometidos por uma grave doença, acordam em nós certos modelos de configuração, pessoais e culturais, das nossas narrativas do adoecer. Ora vemo-nos num romance épico, em meio a histórias de guerra, nas quais sublimes heróis, em sacrifício, nos defendem de imponderáveis e perigosíssimos vilões: o câncer, o vírus, as superpoderosas bactérias, os fungos. Ora vivemos um drama terrível, no qual somos as vítimas de alguma maldição incontrolável, divina talvez. Ou, sentindo-nos os culpados das nossas próprias faltas, nos enxergamos como portadores de uma mácula, merecedores de um castigo, que seria a doença. Haveria, porém, um outro modo de compreender o adoecer?  
Neste 6o episódio do Ciência Poética, o Dr. Carlos Eduardo Pompilio, a partir de Nietzsche, procura apontar  caminhos para uma compreensão fenomenológica e existencial da doença, por meio da qual ela possa, talvez, vir a significar, não a morte do corpo ou o inexorável fim, mas sim um caminho na direção de uma "Saúde" maior. 
Será? 
Para saber mais: 
- Link para o artigo "A tragédia da doença: bases fenomenológicas da Medicina Narrativa", de Carlos Eduardo Pompilio: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/13065 
- Link para a dissertação de mestrado (em Filosofia) de Adriana Moreira, sobre a "Grande Saúde" em Nietzsche: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-26112007-140043/ 
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