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MUNDOVINO

LÍNGUA DE OURO

Pesquisadores criam papilas capazes de identificar sutis diferenças em bebidas

Você é capaz de identificar um vinho falsificado apenas provando-o? Difícil, não? Mas pesquisadores das universidades de Glasgow e Strathclyde construíram uma “língua tecnológica” usando fatias microscópicas de ouro e alumínio, criando um padrão quadriculado dos dois metais para atuar como “papilas gustativas” para uísque, a princípio.

Em testes usando uísques de single malt das marcas Glenfiddich, Laphroaig e Glen Marnoch, a “língua” obteve mais de 99% de precisão e foi capaz de distinguir entre o mesmo uísque amadurecido em diferentes barris e também o mesmo uísque envelhecido por 12, 15 e 18 anos.

Os cientistas colocaram uísque sobre as “papilas” e realizaram uma análise estatística das diferenças de como os metais absorviam a luz, conhecida como ressonância plasmônica. Alasdair Clark, da Escola de Engenharia da Universidade de Glasgow, explicou que a língua artificial age de maneira semelhante à humana. “Como nós, não é possível identificar os produtos químicos individuais que tornam o sabor do café diferente do suco de maçã, mas pode facilmente identificar a diferença entre essas misturas químicas complexas”, disse.

Embora o uísque tenha sido utilizado nos experimentos, a língua pode ser usada para provar quase qualquer líquido, incluindo vinho, e deve servir para identificar falsificações. “Além de seu óbvio potencial de uso na identificação de bebidas falsificadas, ela poderia ser usada em testes de segurança alimentar, controle de qualidade – na verdade, qualquer área em que um método portátil e reutilizável de degustação seria útil”, afirma Clark. As descobertas foram publicadas em um artigo intitulado “Degustação de uísque usando uma língua nanoplasmática bimetálica” na Nanoscale, revista da Royal Society of Chemistry.

FUNDADORES

Dois nomes importantes do vinho mundial faleceram em agosto

Em agosto, o marquês Lapo Mazzei morreu aos 94 anos em sua propriedade em Fonterutoli, perto de Siena, na Itália. Ele foi um dos principais responsáveis por dar visibilidade à vinícola Mazzei e também ajudou a região de Chianti Classico a se modernizar. Sua morte causou comoção nas cidades toscanas.

Nascido em 1925, ele lutou na II Guerra Mundial. Mazzei foi presidente do Consorzio Chianti Classico por 20 anos, a partir de 1974. A família Mazzei produz vinho no Castello di Fonterutoli há 24 gerações, desde que Madonna Smeralda Mazzei se casou com Piero di Agnolo da Fonterutoli em 1435. Seu avô, Ser Lapo Mazzei, escreveu uma das referências mais antigas ao vinho Chianti, datada de 1398. Mas foi Lapo Mazzei quem liderou os investimentos que permitiriam à família tirar proveito de novos mercados internacionais e ajudar a levar o nome Chianti Classico mundo afora.

Também em agosto e também com mais de 90 anos, faleceu Adelle “Boots” Brounstein, cofundadora da Diamond Creek Vineyards, em Napa Valley. Ela tinha 92 anos e foi uma das pioneiras da região. Com seu marido Al, morto em 2006, fundou Diamond Creek em 1967, plantando o primeiro vinhedo só de Cabernet Sauvignon na Califórnia e lançando o primeiro

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