Uma categoria, ENFIM?
Há algum tempo, o debate em torno do que se considera “vinho natural” está à tona. Muito se discute o que seria um vinho natural. E, para colocar mais lenha na fogueira, sempre surge a pergunta: o que seria um vinho “não natural”? Quando se fala de vinhos orgânicos e biodinâmicos, as definições são mais “palpáveis”, pois há métodos a serem seguidos e entidades certificadoras (sem falar de uma filosofia desenvolvida em cima dos ensinamentos de Rudolf Steiner no caso dos biodinâmicos). Mas, definir o que seria um vinho natural torna-se um desafio, pois não há parâmetros “universalmente” reconhecidos.
Bom, não havia. Em março, os franceses resolveram estabelecer algumas regras para a produção do que consideram vinhos naturais. O nome, na verdade, ficou definido como “vin méthode nature”, algo como vinho de método natural – exatamente para não criar uma celeuma com outros que não seriam “vinhos naturais”. O Instituto Francês de Denominações de Origem, o INAO, e outros órgãos do governo da França reconheceram uma designação elaborada pelo Syndicat de Défense des Vins Nature, um sindicato criado no ano passado e liderado por dois vinhateiros do Loire, Jacques Carroget, do Domaine La Paonnerie, e Sébastien David.
O sindicato propôs algumas normas para balizar o trabalho dos produtores que produzem vinhos naturais que até então estavam
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