DOC ou não DOC, eis a questão
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Desde os primórdios da vitivinicultura, os produtores perceberam que algumas coisas poderiam dar prestígio aos seus vinhos. No Egito antigo, por exemplo, sabe-se que as ânforas eram marcadas com o tipo de vinho, o produtor e o local de origem. Em um mundo em que a comunicação ainda era bastante precária, detalhes como a proveniência passaram a ser cruciais para o “marketing”. Assim, os grandes vinhos da antiguidade quase sempre se tornavam famosos por seus “terroirs”.
Um exemplo é o Falerno, um vinho que fez enorme sucesso durante o Império Romano, originário da região do Lácio, mais precisamente dos arredores do monte Mássico. A fama do vinho dessa região era tanta que se acredita que tenha sido o primeiro a ser falsificado na história. Aliás, historiadores consideram a hipótese de que outro vinho conhecido em sua época, o Mássico, tenha desaparecido exatamente porque os produtores da região passaram a usar o nome Falerno, que era mais valorizado.
Ou seja, é interessante notar que, desde tempos bastante remotos, o local de origem sempre foi extremamente valorizado. São inúmeras as citações sobre vinhos de locais específicos (até mesmo na Bíblia) antes mesmo do surgimento do que conhecemos como denominações de origem controlada, ou DOC. Desde a antiguidade, passando pela Idade Média e chegando aos nossos dias, dizer que um vinho veio de um local específico geralmente faz com que o consumidor já tenha uma clara ideia de como ele é, com que uvas é feito, preveja estilos de aromas e sabores etc.
As primeiras DOC
A “proteção” de nomes como Champagne, Barolo, Bordeaux, Tokay, Porto etc., contudo, é recente. Na época em que a
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