APÓLICES CONTRA AMEAÇAS
A compra e venda de meios militares aéreos, há pelo menos 80 anos, envolve mais questões políticas do que a capacidade de combate das aeronaves propriamente dita. Desde sempre, nações de diferentes regiões do globo negociam acordos diplomáticos sobre as asas de modernos jatos de combate. Na última década, porém, dois modelos, o F-35 e o Rafale, elevaram esses acordos a um novo patamar, garantindo segurança para quem adquire e influência para os países vendedores. Algo especialmente importante nos últimos anos, sobretudo diante da retomada das tensões globais. A análise caso a caso evidencia essa tendência.
CAÇA F-35
Excluindo as nações-membro do Programa Joint Strike Fighter, que deu origem ao F-35, todas operadoras deste caça de quinta geração, a lista de países que escolheram o novo modelo mostra um cenário diferente do habitual na relação entre compra e venda de aviões de combate.
Embora Canadá, Finlândia e Suíça sejam operadores do F/A-18 Hornet, os três países, que adquiriram o F-35 norte-americano, têm posições bastante distintas na questão geopolítica do mundo. O primeiro é um histórico aliado político e militar dos Estados Unidos, enquanto o segundo mantém certa independência política, com um elevado valor estratégico para os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), já que seria
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