JOGOS AÉREOS
São Lourenço é um santo espanhol dos primeiros anos da igreja católica, defensor dos pobres e menos favorecidos. Não há registros históricos de que ele tenha tido algum tipo de interesse pelo voo – pelo menos, não em vida. Mas, no sul de Minas Gerais, o santo que deu nome à agradável instância hidromineral abriu seus braços para receber a primeira edição dos Jogos Aéreos Brasileiros.
O EVENTO
A ideia de organizar uma competição nos moldes do que se tornaram os Jogos Aéreos Brasileiros foi de Gustavo Henrique Albretch, ex-piloto da Força Aérea Brasileira, entusiasta do aerodesporto e fundador da Associação Brasileira de Ultraleves, entidade que comandou por 30 anos. Mais tarde, juntou-se a Carlos Edo e Laert Gouvêa no Circo Aéreo, famoso grupo de acrobacias aéreas com aeronaves clássicas como o North American T-6 e o Beechcraft E-18 em mais de 500 apresentações pelo Brasil.
Inicialmente, a ideia, apresentada a Albretch por Daniel Rodrigues, piloto de ultraleves e experiente paraquedista, além de grande incentivador da modalidade na cidade de São Lourenço, era realizar apenas um evento com ultraleves. Em 2020, Albretch, já como presidente do Comitê Aerodesportivo do Brasil (CAB), e Laert, diretor da entidade, chegaram a se reunir com a secretaria de Esportes e Lazer do Distrito Federal para que Brasília fosse sede do evento, mas as tratativas não foram adiante. Veio a pandemia e o projeto teve de esperar. Daniel Rodrigues entrou no circuito e apresentou o projeto à prefeitura de São Lourenço.
A viagem de carro do Rio de Janeiro até São Lourenço leva, em média, cinco horas, duas das quais por uma estrada estreita e sinuosa cortando a Serra da Mantiqueira, que fica entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. No caminho, fui pensando o quanto seria
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