Durante muito tempo, voei um Seneca II para uma empresa de engenharia. Em certa ocasião, comentei com o dono da aeronave sobre a conveniência de ter um copiloto, não só para me ajudar em alguns voos mais longos e complexos, mas, principalmente, para o caso de uma indisposição súbita. Meu patrão (que não era piloto) respondeu em tom desafiador: “Não precisa, tenho este avião há 20 anos e observo o trabalho de vocês. Consigo pousar caso você passe mal! Duvida?”. Olhei para ele e, com um largo sorriso no rosto, disse: “Claro que o senhor consegue pousar sozinho, mas o seu avião e, talvez, o senhor não conseguirão decolar nunca mais”.
Ironias à parte, uma incapacitação do único piloto em uma aeronave de pequeno porte não é algo tão raro. Muitos acidentes da aviação geral, aparentemente inexplicáveis, ocorreram por esse motivo. Em alguns raros casos, um passageiro conseguiu pousar, graças à ajuda de controladores de tráfego aéreo, boa