Operações aéreas especiais: drones, busca e salvamento e resposta a desastres
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Operações aéreas especiais - Eduardo Araújo da Silva
Dedico esta obra aos meus Avós, José Aureliano da Silva e Cremilda Gonçalves da Silva (In Memoriam), e à minha Mãe, Maria de Fátima Araújo Chaves (In Memoriam), por terem me dado toda a educação necessária para que eu fizesse da minha jornada um voo de céu claro, repleto de descobertas e realizações. O orgulho de tê-los em minha vida é traduzido por meus sorrisos e lágrimas, que se confundem, quando lembro o quanto me amaram e quão vazio será o mundo sem eles ao meu lado.
A Deus, o grande arquiteto, aos que acreditam no meu trabalho e aos que me incentivam permanentemente a nunca desistir dos meus sonhos.
LISTA DE SIGLAS
AAM – Advanced Air Mobility
ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil
ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações
APH – Atendimento Pré-Hospitalar
ARP – Aeronave Remotamente Pilotada
ATC – Air Traffic Control
ATCO – Air Traffic Control Officer
ATM – Air Traffic Management
ATS – Air Traffic Service
BAeNSPA – Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia
BASC – Base Aérea de Santa Cruz
BDTD – Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações
BRLOS – Beyond Radio Line-Of-Sight
BVLOS – Beyond Visual Line-Of-Sight
CAOp – Carta de Acordo Operacional
CBA – Código Brasileiro de Aeronáutica
CBMERJ – Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro
CBMMG – Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
CBMSC – Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina
CEVANT – Curso de Especialização em Veículos Aéreos Não Tripulados
CGNA – Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea
CGOA – Coordenadoria Geral de Operações Aéreas
CINDACTA – Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo
CIRCEA – Circular Normativa de Controle do Espaço Aéreo
COMAER – Comando da Aeronáutica
COC – Cenário Operacional Complexo
CONPDEC – Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil
COVANT – Coordenadoria de Operações com Veículos Aéreos Não Tripulados
CRCEA-SE – Centro Regional do Controle do Espaço Aéreo Sudeste
CRFB – Constituição da República Federativa do Brasil
CTO – Curso de Tripulante Operacional
DARPA – Agência de Projetos Avançados de Pesquisa de Defesa
DASA – Digital Airspace System Analysis
DCA – Diretriz do Comando da Aeronáutica
DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo
DER – Departamento de Estradas de Rodagem
DIRDN – Década Internacional para Redução dos Desastres Naturais
DSP – Departamento de Segurança Pública
ESG – Escola Superior de Guerra
EsqdQE-1 – 1º Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas
EVLOS – Extended Visual Line-Of-Sight
FAA – Federal Aviation Administration
FAB – Força Aérea Brasileira
FIR – Flight Information Region
FRZ – Zona de Restrição de Voo
GAM – Grupamento Aeromóvel
GOA – Grupamento de Operações Aéreas
IAC – Instrução de Aviação Civil
IAMSAR Manual – International Aeronautical and Maritime Search and Rescue Manual.
IBICT – Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
ICA – Instrução do Comando da Aeronáutica
ICAO – International Civil Aviation Organization
IME – Instituto Militar de Engenharia
InEAC – Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos
ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica
MAPA – Ministério da Agricultura e Pecuária
MB – Marinha do Brasil
MCA – Manual do Comando da Aeronáutica
MD – Ministério da Defesa
NFZ – No Fly Zone
OACI – Organização da Aviação Civil Internacional
ONU – Organização das Nações Unidas
OSP – Órgãos de Segurança Pública
PCERJ – Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
PMD – Peso Máximo de Decolagem
PMERJ – Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro
PNPDEC – Política Nacional de Proteção e Defesa Civil
RBAC – Regulamento Brasileiro de Aviação Civil
RLOS – Radio Line-Of-Sight
RPA – Remotely Piloted Aircraft
RPAS – Remotely Piloted Aircraft Systems
RPAV – Remotely Piloted Aerial Vehicle
SAER – Serviço Aeropolicial
SAOA – Subsecretaria Adjunta de Operações Aéreas
SAR – Search and Rescue
SARP – Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas
SARPAS – Sistema para solicitação de acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro por Aeronaves Não Tripuladas
SARPAS NG – Sistema para solicitação de acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro por Aeronaves Não Tripuladas New Generation
SciELO – Scientific Electronic Library Online
SDOP – Subdepartamento de Operações
SEDEC – Secretaria de Estado de Defesa Civil
SINDEC – Sistema Nacional de Defesa Civil
SINPDEC – Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil
SISCEAB – Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro
SRPV-SP – Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo
sUA – small Unmanned Aircraft
sUAS – small Unmanned Aircraft Systems
UA – Unmanned Aircraft
UAM – Urban Air Mobility
UAS – Unmanned Aircraft Systems
UAV – Unmanned Aerial Vehicle
UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
UFF – Universidade Federal Fluminense
UNIFA – Universidade da Força Aérea
UTM – Unmanned Aircraft System Traffic Management
USAF – United States Air Force
VANT – Veículo Aéreo Não Tripulado
VARP – Veículo Aéreo Remotamente Pilotado
VLOS – Visual Line-Of-Sight
APRESENTAÇÃO
Coronel Aviador R1 CARLOS EDUARDO VALLE ROSA
Doutor em Geografia e Mestre em Ciências Aeroespaciais com ênfase em Defesa e Poder Aeroespacial. É Escritor e Professor do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Aeroespaciais (PPGCA) da Universidade da Força Aérea (UNIFA)
Os drones aéreos têm atraído a atenção como uma tecnologia de grande relevância. Há uma verdadeira proliferação desses equipamentos que possuem diferentes tamanhos, classificações, formas, capacidades e utilidades. Eles são crescentemente observados em conflitos armados, em atividades destinadas ao lazer, em usos comerciais, como na obtenção de imagens e vídeos, além de tantas outras funções que aproveitam suas aplicabilidades. Operados por indivíduos ou instituições públicas e privadas, os drones inseriram-se na paisagem cotidiana, trazendo desafios e benefícios.
Uma das atividades de grande importância que se beneficia do uso dos drones é a Defesa Civil, em especial na busca e salvamento e resposta a desastres. Participando desse tipo de função, os drones auxiliam as equipes de socorro alcançando pontos inacessíveis pela via terrestre, identificando sobreviventes, monitorando estruturas colapsadas, dentre tantas outras possibilidades.
Aproveitando a vasta experiência pessoal e profissional, Eduardo Araújo da Silva, na obra Operações Aéreas Especiais: Drones, Busca e Salvamento e Resposta a Desastres
, analisa justamente essa importante função dos drones, a partir do estudo de caso do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ).
Para tanto, o Autor se preocupou em estabelecer um background consistente em sua análise. Inicia a Obra com dois marcantes pontos de partida. No primeiro deles, acessa o histórico de emprego do drones, remontando aos balões e percorrendo o trajeto evolutivo até os dias atuais. Depois, de forma técnica, com muito rigor, expõe um amplo painel normativo sobre regulação e emprego dos drones. Nesse ponto de partida, a Obra agrega uma consistente visão atual da legislação que trata do assunto.
No capítulo seguinte, Eduardo Silva se debruça sobre a forma como o CBMERJ se organizou para assimilar o uso de drones em suas atividades. Destaca o marcante profissionalismo dessa instituição carioca nas etapas de implantação e consolidação das capacidades desse equipamento para o uso em situações demandantes. Vale destacar que o Autor teve uma experiência no CBMERJ, ao realizar o Curso de Especialização em Veículos Aéreos Não Tripulados (CEVANT) no Grupamento de Operações Aéreas (GOA). Essa oportunidade teve impacto mútuo. Do ponto de vista do CBMERJ, houve um crescimento de conhecimento sobre a operação de drones a partir da experiência do Autor nas atividades de gerenciamento do tráfego aéreo. Por outro lado, esse Curso abriu a porta para Eduardo Silva ao mundo do drones.
Após essa contextualização, a Obra progride para o Capítulo final, que é o mais relevante do trabalho. Identifica-se, claramente, a proposta do Autor em tratar o drone com uma tecnologia disruptiva, pelo fato de ser possível utilizá-la em tarefa tão destacada quanto a busca e salvamento. Agregando-se a essa possibilidade, a relevância do Capítulo também pode ser medida por outra abordagem. A partir da observação e análise de registros de voos, concluiu-se que os padrões comumente adotados por aeronaves tripuladas de busca e salvamento na Força Aérea Brasileira podem ser adaptados aos drones quando desempenham função semelhante.
Enfim, trata-se de um texto inovador. Propõe o aperfeiçoamento do emprego de drones em situações de busca e salvamento em desastres naturais a partir de experiências e padrões consolidados. Talvez essa seja a principal contribuição da Obra, pois tal conclusão tem a possibilidade de aperfeiçoar a prática da Defesa Civil, não somente no CBMERJ, mas em todas as demais corporações estaduais que tenham função semelhante. Por esse motivo, além de ser uma Obra de grande clareza