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UM VOO ATÉ FOZ DO IGUAÇU

“Posso dizer-lhe que estas maravilhas no entorno das cataratas não podem pertencer a um particular”. A osso dizer-lhe que estas maravilhas no entorno das cataratas não podem pertencer frase é de Santos Dumont, que esteve em Foz do Iguaçu, em abril de 1916, e se encantou tanto com a beleza do lugar a ponto de se se empenhar pessoalmente para que o então nomeado presidente (hoje, seria governador) do Paraná, Affonso Camargo, criasse um parque e, assim, protegesse as quedas, possibilitando a visita de mais pessoas às Cataratas do Iguaçu. Não bastassem as suas habilidades de aviador, desportista e inventor, Santos Dumont também atuou como ativista ambiental. A propósito, em 8 de maio é comemorado o Dia Nacional do Turismo, data em que aconteceu o pedido do pai da aviação para a desapropriação do terreno onde hoje é o Parque Nacional do Iguaçu.

Somente vinte anos depois da visita à Vila Iguassú (nome da cidade na época) é que uma aeronave sobrevoou e pousou na região da tríplice fronteira. Um biplano Waco, modelo C22, pilotado pelo capitão Hortêncio e procedente de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, logo foi apelidado “pássaro vermelho” por Otília Schimmelpfeng, uma das pioneiras para o desenvolvimento da cidade e testemunha ocular do feito realizado na pista que depois viria a ser o Aeroporto do Parque Nacional Iguassú. No local, inaugurado por Getúlio Vargas em 1941, hoje funciona o Grêmio Esportivo e Social de Foz do Iguaçu (GRESFI), que possui uma réplica em tamanho natural daquela aeronave, recentemente colocada em exposição bem na frente da entrada do clube, podendo ser visitada gratuitamente.

O antigo aeródromo do Iguassú foi desativado no início dos anos 1970. Bem próximo a ele foi construído o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu – Cataratas, inicialmente com um modesto terminal de cinco mil metros quadrados de área coberta, pista asfaltada com 2.195 metros por 45 metros, sob administração da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), desde 1974. Mais tarde, em 1988, um supersônico Concorde, icônica aeronave da aviação comercial, pousou pela primeira vez em Foz do Iguaçu lotado de turistas franceses, feito que se repetiria em 1996 e 1998. Em 27 anos de atividade, o Concorde fez mais de 50 mil voos e transportou cerca de dois milhões e meio de

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