Há algo que não se consegue explicar quando paramos diante do portão que dá acesso ao Château Margaux. Para quem sente o vinho de uma forma especial é o encontro com uma parte importante da história, não fosse este um símbolo de Bordeaux, um ícone do mundo. O soar do vento, as folhas que se espreguiçam pelo chão, as conversas que se entrecruzam de quem passa e diz- -nos “Bonjour!”… Tudo parece em harmonia com o lugar, no lugar.
Somos acolhidos numa espécie de singelo museu que ilustra as mais recentes obras, nomeadamente a recuperação de alguns armazéns de envelhecimento e, sobretudo, as diferentes fases da nova adega, um estudo iniciado em 2009 pelo premiado gabinete londrino de arquitetura, Foster + Partners. Foi a primeira obra edificada de novo em 200 anos, o que ajuda a compreender todo o cuidado com a preservação de um historial que