Aaviação é uma atividade econômica globalizada, que vincula em tempo real pessoas, países e negócios, operando sob regras e procedimentos padronizados ditados não apenas pela eficiência econômica, mas, também, e principalmente, pela primazia da segurança. Por ser tão conectado e dinâmico, é o setor que primeiro sente os efeitos de eventuais crises que venham a afetar a economia, como é o caso de guerras, mudanças de governos, crises sanitárias e assim por diante.
Só no Brasil, a aviação impacta diretamente, segundo a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), 3,1% da produção econômica, sendo relevante seu papel para a integração do quinto maior território entre os países do mundo, além de contribuir diretamente para o desenvolvimento de outras atividades agregadas à indústria do transporte aéreo, tudo com grande enfoque tecnológico.
Nessa proa, em 2019, o mercado brasileiro de aviação civil mostrava claros indicadores de um pitch positivo, momento em que, finalmente, estava superando a recessão econômica de 2015/2016. Não obstante, o ano de 2020, apesar de tão promissor em seu início, marcaria o setor aéreo pela ocorrência da pandemia de covid-19, que, literalmente, obrigou-o a um pouso forçado, resultando na queda de 53% de seu movimento ao longo daquele ano, bem como a paralisação e/ou a devolução maciça de seus meios, a suspensão do contrato de trabalho e/ou a demissão de milhares de trabalhadores altamente qualificados.
Considerando o ditado segundo o qual “nenhum mal vem só”, a quebra na cadeia produtiva em todos as áreas da economia e, em especial, na aviação (setor mais