A té a década de 1930, o Brasil era um país onde mais de 80% da população residia em uma faixa de pouco mais de cem quilômetros a partir de seu litoral. Seu interior era algo descrito como “exótico”, longe dos centros econômicos e de poder, em distâncias que se mediam em semanas ou meses. Foram literalmente necessárias uma revolução e a criação de algo que passou a ser conhecido como uma “mentalidade aeronáutica” para que esses rincões pudessem ser inseridos dentro do plano de integração e desenvolvimento. O movimento seria chamado de “A Marcha Para o Oeste” e utilizaria o poder aéreo como seu instrumento definitivo para a ligação e a consolidação da presença do Estado em todo o seu território.
PRIMEIRO, O CAM
Após a criação do Correio Aéreo Militar (CAM), mais tarde, Correio Aéreo Nacional (CAN), que faria seu primeiro voo no dia 12 de junho de 1931, rotas aéreas e o suporte necessário a essas operações começaram a se estabelecer de forma definitiva, o que resultou na criação de aeródromos e até mesmo de cidades. O governo, por sua parte, passou a investir cada vez mais em seus meios aéreo via Ministérios da Guerra e da Marinha, bem como se utilizou do Ministério de Viação e Obras Públicas, para a criação de novas infraestruturas, que fossem capazes de atender à