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Abraão - o pai da fé
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Abraão - o pai da fé
E-book326 páginas5 horas

Abraão - o pai da fé

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Sobre este e-book

Falar de Abraão, não é o simples conto de um personagem da antiguidade, famoso qual foi Abraão que a Bíblia apresenta como o pai de um povo, isto é, dos hebreus. Porque se isso é verdade, na medida em que não pode ser contestado, de acordo com o que a Bíblia diz, também é verdade que Abraão não é apenas o pai reconhecido dos judeus, mas também é o pai da fé, como o Novo Testamento o reconhece como tal. A finalidade da nossa intervenção, não é apenas falar sobre isso, mas, principalmente, destacar as características que Abraão tinha que, do ponto de vista da fé, o tornou famoso, não só entre os judeus, mas também no meio do Cristianismo . Na verdade, quando o cristianismo fala de Abraão e lhe segura como exemplo de fé, o faz principalmente em função das características que mostrara em acreditar em Deus e em ter fé Nele, em tudo o que Deus disse e nas promessas que Lhe prometeu.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento28 de jun. de 2017
ISBN9781547506323
Abraão - o pai da fé

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    Abraão - o pai da fé - Domenico Barbera

    Abraão - o pai da fé

    Domenico Barbera

    @ 2014, Domenico Barbera

    9138 Hendershot Blvd Niagara Falls, ON. L2H 0E3(Canada)

    e-mail: Barbera.Domenico@yahoo.ca

    Tel. 905 354-2237

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste volume poderá ser reproduzida de alguma maneira, sem prévia autorização escrita deste Editor, exceto para uma breve referência em artigos críticos e comentários.

    Título original: Abrahamo – il padre della fede

    Tradutor: Jander Temístocles de Oliveira 

    e-mail: jander_temistocles@yahoo.com.br

    Obras deste mesmo autor:

    Jesus Cristo é Deus?

    Is Jesus Christ God? (Tradução do italiano: Gesù Cristo è Dio?)

    O Grande Mandamento de Jesus Cristo

    Os heróis da fé segundo Hebreus 11

    Heroes of faith (tradução do italiano: Gli eroi della fede secondo Ebrei 11

    O matrimônio, é uma instituição divina?

    A primeira multiplicação dos pães

    Neeemias - Um homem conduzido e apoiado por uma motivação heróica

    O mundo espiritual

    The Spirit World (tradução do italiano: Il mondo degli spiriti)

    Jesus - O Terapêuta Divino

    Fé nos ensinamentos da Bíblia

    Jacó - O homem transformado por Deus

    A viagem de um povo do Egito para a terra de Canaã

    O homem se comporta e age de acordo com o que ele acredita

    I believe Therefore I behave (tradução do italiano: L’uomo si comporta ed agisce in conformità a quel che crede

    Fazer o bem por amor a qualquer um

    O que a Bíblia diz sobre Satanás

    What the Bible says about Satan (tradução do italiano: Quel che la Bibbia riferisce intorno a Satana)

    Lo que la Biblia refiere sobre Satanás (tradução do italiano: Quel che la Bibbia riferisce intorno a Satana)

    Mulheres mencionadas na Bíblia

    Alguns imperativos da Bíblia

    Some Imperatives from the Bible (tradução do italiano: Alcuni imperativi della Bibbia

    Gideão... Um condutor escolhido por Deus

    Profetas e profecias no Novo Testamento

    José.. O homem chamado Safnat-Paneah

    As parábolas de Jesus

    O perdão dos pecados

    Moisés... O que a Bíblia diz respeito de Moisés, homem de Deus e o servo do Eterno

    Conhecer as coisas que Deus nos deu

    O Espírito Santo

    O Exército Angélico - O Que diz a Bíblia a respeito do exército angélico e seus vários nomes

    Sofrimento, paciência, perseverança

    Abraão – O pai da fé

    PREFÁCIO À EDIÇÃO BRASILEIRA

    ––––––––

    Nesta obra de Domênico que tenho mais uma vez o privilégio de traduzir, utilizei como referência a Bíblia Almeida Revista e Atualizada a fim de manter o estilo e objetivo do autor na opção das versões italianas descritas por ele. Faço esta observação para ajudar o leitor interessado em maiores detalhes. Contudo, o que me motivou a trazer para o português este volume foi seu conteúdo de caráter vital para a vida do cristão: o aprendizado da fé e permanência nela como nosso pai Abraão.

    Saliento ainda o profundo aprendizado que esta obra proporciona aos cristãos de hoje e de amanhã, um convite à prática das boas obras e a permanecermos na fé de nosso pai Abraão.

    ––––––––

    Jander Temístocles de Oliveira

    DEDICATÓRIA

    Dedicamos as páginas que seguem a um homem da antiguidade chamado Abraão, que era o pai dos judeus e que no Novo Testamento é considerado o pai da fé.

    INDICE DO VOLUME

    ––––––––

    Introdução

    Falar de Abraão não é um simples conto de um personagem da antiguidade, famoso como foi Abraão que a Bíblia apresenta como o pai de um povo, isto é, dos Hebreus. Porque se isto for verdade, no sentido de que não possa ser contestado, sendo aquele sustentado pela Bíblia, é também verdade que, Abraão, não é apenas reconhecido o pai do povo Hebreu, mas também o pai da fé, visto que o Novo Testamento o reconhece como tal.

    O escopo desta nossa intervenção, não consiste apenas de falar dele, mas principalmente colocar em destaque as características que Abraão possuía, que do ponto de vista da fé, o fizeram famoso, não apenas entre os Hebreus, mas também em meio ao cristianismo.

    De fato, quando o cristianismo fala de Abraão e o cita como exemplo de fé, o faz principalmente a partir da base das características que apresentou em acreditar em Deus e em ter confiança Nele, naquilo tudo que Deus Lhe dizia e nas promessas que Lhe prometia. Estes são os elementos essenciais que este homem da antiguidade demonstrou ao seu tempo, que o deixaram famoso neste setor da vida que, o cristianismo, não hesita em definir de característica cristã, muito valorizada sobretudo pelo próprio testemunho que o próprio Jesus lhe rende, quando falando dele, o citou como exemplo e modelo aos religiosos Judeus que o contestavam continuamente.

    A ocorrência que encontramos de Abraão nas Escrituras são tantas, seja nos escritos do Velho Testamento como também no Novo Testamento, assim distribuídos: 69 vezes chamado Abrão (A.T.) e 258 vezes chamado Abraão. Apenas no livro de Gênesis, o nome de Abraão é recorrente em 138 vezes. No N.T., o nome de Abraão se lê 79 vezes, totalizando entre A.T e N.T. 327 vezes.

    Esta nota estatística, em si mesma, nos dá uma idéia da importância de Abraão nas Sagradas Escrituras. Vale, portanto, a pena considerar a história deste patriarca antigo, como as Escrituras nos tem transmitido. É principalmente o que nos propomos fazer em nosso trabalho, não só recompor os textos bíblicos, mas também considerar os vários contextos em que se nomina Abraão, para melhor compreender as passagens envolvidas, as histórias e circunstâncias que viveu esse patriarca e como ele as enfrentou.

    O texto bíblico que vamos usar neste trabalho, será o N.R. e quando pensarmos em recorrer à outra tradução, vamos especificá-la.

    Finalmente, como sempre nas obras que temos compilado, a melhor esperança que nós formulamos para aqueles que têm em suas mãos este livro é que saibas que vai aproveitar para sua própria edificação, para louvor e glória de Deus e Jesus Cristo, nosso Divino Salvador.

    Domenico Barbera

    Niagara Falls gennaio 2015

    PrimEIRa parte

    As passagens em que ele foi nomeado com o nome de Abrão

    Capítulo 1

    Início da história de Abrão, desde o nascimento até a partida de UR dos caldeus COM SEU PAI TERA E SUA ESPOSA SARAI

    Nota introdutória

    Gostaríamos de esclarecer que, neste nosso trabalho, vamos aderir ao texto bíblico que diz respeito à história de Abrão, enquanto que para aqueles que querem se aprofundar em questões científicas relativas ao patriarca, começando com o significado de seu nome, a sua origem, a natureza religião patriarcal e todas as questões relativas a Abrão, indicamos ao leitor o trabalho científico do (Grande Léxico do Antigo Testamento) GLA.[1]

    No que diz respeito às passagens bíblicas que falam de Abrão, (apenas a 69 vezes) que o nome original antes de ter sido alterado para Abraão,visto que ao nome original foi adicionado a consoante h hebraica,[2] que a N.R. (Nova Revisada) não transcreve, mas que a versão Deodato, a N. A. e a Luzzi relatam, há muito a ponderar e refletir, para derivar os vários ensinamentos sobre a vida de fé, aquela do cristão, especialmente.

    Além disso, como já relatado na introdução, o nome de Abrão, ocorre no A.T. 69 vezes e nós nos empenharemos em examinar todos eles, especialmente à luz do seu contexto, para entender melhor o que o autor sagrado quis revelar e, ao mesmo tempo, destacar as características particulares do patriarca.

    O texto bíblico

    Viveu Tera setenta anos e gerou a Abrão, a Naor e a Harã. (Gênesis 11:26).

    Esta passagem é a primeira em que é mencionado o nome de Abrão. Além disso, afirma-se que Tera, com a idade de setenta anos gerou a Abrão, a Naor e a Haran. Haran, um dos três filhos de Tera morreu na presença de seu pai, enquanto a família morava em Ur dos caldeus, seu país de origem, enquanto os outros dois filhos tomaram esposas: Abrão, tomou como sua esposa Sarai, e Naor tomou Milca que era a filha de Haran, pai de Milca e de Iscá. Também se afirma que a esposa de Abrão, Sarai era estéril, que não tinha filhos, ou melhor, não podia ter filhos, por causa da condição de infertilidade, não lhe permitia conceber e dar à luz filhos (vv. 29-30).

    Em que idade se casou Abrão com Sarai, não nos é dito, não só porque o escritor sagrado não o escreveu, (mesmo se ele soubesse), mas também porque o que interessa ao escritor sagrado não era tanto contar a idade do casamento entre Abrão e Sarai, mas sim o que ele vai dizer sobre o casal, especialmente que Sarai era estéril. Mais tarde saberemos que Deus fará um milagre no corpo de Sarai, em que conceberá e dará à luz um filho, mesmo na velhice, quando os cursos menstruais das mulheres estão terminados (Gênesis 18:11).

    Começando a refletir sobre o texto bíblico acima exposto, nota-se que, neste momento, não nos é dito nada sobre a vida religiosa de Abrão, enquanto vivia na Mesopotâmia. Isso não quer dizer que Abrão era um idólatra, adorador dos deuses pagãos, como eram as pessoas do lugar onde vivia, mas apenas que a fé que ele tinha no verdadeiro Deus, ainda não era revelada, como aparecerá em breve. O fato da passagem mencionada que,

    Tomou Tera a Abrão, seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai, sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; foram até Carã, onde ficaram.

    E, havendo Tera vivido duzentos e cinco anos ao todo, morreu em Carã. (vv. 32-32),

    Serve para nos fazer entender que Abrão, naquela época, estava sujeito à vontade de seu pai e a mudança de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã, foi feita a pedido expresso de Tera, e não havia ainda uma ordem divina para este efeito.

    Finalmente, embora quando Tera decidiu tomar Abrão seu filho, e a Ló, filho de Haran, e Sarai sua nora, em sua intenção havia um plano preciso para se transferirem para a terra de Canaã, no entanto, isso não aconteceu porque, chegaram em Caran, onde permaneceram, pois veio a ele (Tera) a morte. Se sabe, na verdade, que quando a morte chega, nunca dá o aviso prévio, todos os projetos e os planos mais meticulosos concebidos pelo homem, são cancelados. Isto ocorreu com a morte de Tera.

    No entanto, neste momento, é de se salientar que há uma diferença significativa entre o que o homem projeta e programa, por um lado e, o que Deus estabelece no plano de Sua vontade por outro lado, nada ou poder inimigo, pode parar ou neutralizar os planos divinos, ou seja o que Deus concebe para o homem, de uma forma particular. Na verdade, foi depois da morte de Tera que Deus revelará a Abrão os planos da Sua vontade para sua vida, sobre a terra de Canaã. Isso será visto no próximo capítulo.

    Capítulo 2

    Deus fala a Abrão e lhe faz uma boa PROMESSA

    Nota introdutória

    ABíblia informa-nos que Deus falou com Abrão várias vezes, a primeira vez foi após a morte de Tera, seu pai, como ele habitava em Haran com sua esposa Sarai e seu sobrinho Ló. Não é, porém, revelado como Deus falou a Abrão, se o fez por meio de um sonho ou quando acordado. Uma vez que o texto bíblico não o revela, não é necessário se empenhar demais em tentar saber, porque não tem nenhuma importância, (se fosse possível saber) a coisa mais importante, na verdade, a fim de reforçar a intervenção de Deus perante Abrão, é, sem dúvida, o fato de que Abrão percebeu que Deus falou com ele e ele entendeu exatamente o que lhe foi informado por seu Deus que lhe estava dando uma ordem precisa e formulou promessas específicas.

    A este respeito, há sempre que se ressaltar que, quando Deus se dirige ao homem e comunica algo sobre Seus planos e Sua vontade, não é minimamente pensar que Ele não se faça compreender ou que lhe fala com uma maneira velada e misteriosa; o faz sempre de modo a não deixar nenhuma dúvida na mente e no coração do homem. Veremos claramente na reflexão que faremos.

    Também, porque, até agora, o texto sagrado não nos diz nada sobre a vida religiosa de Abrão, então, estritamente falando, não poderíamos descrever a relação que tinha com seu Deus e nem mesmo saber como ele expressava a sua fé. Mas o próprio fato de que Deus fala com ele, ordenando-lhe para deixar o lugar de habitação e ir para uma nova casa que Ele mesmo lhe indica, acompanhado por belas promessas, é uma boa indicação para nos fazer entender a relação que Abrão tinha com o seu Deus e como ele O estava servindo.

    Em outras palavras, a maneira pela qual Deus fala a Abrão, nos leva a pensar que Ele não está falando com um estranho, no sentido de não ter tido qualquer relacionamento com Ele no passado, mas que tem um bom relacionamento com Ele e que, em sua vida, também tem um bom conhecimento de Deus. Finalmente, se se der este sentido, o chamado de Abrão, a posição vantajosa que este homem tinha diante de Deus, não só parece brilhante e consistente com a lógica, mas é também uma prova de como (mesmo se não podemos defini-lo) Abrão estava servindo ao seu Deus e como ele estava interessado por Ele. Tudo o que estamos dizendo, é principalmente sustentado pela pronta obediência de Abrão à vontade de Deus, como veremos em breve.

    O texto bíblico

    Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei;

    2 de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!

    3 Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra." (Gênesis  12:1-3).

    O CHAMADO DE ABRÃO

    Estêvão respondeu: Varões irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a Abrão, nosso pai, quando estava na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, (Atos 7:2).

    Então Estêvão começou seu discurso diante do sumo sacerdote e dos outros, que o estavam processando. Para saber exatamente a história da presente história, é claro, devemos nos voltar para o livro de Gênesis, que nos indica que a cidade de Ur dos caldeus, como a residência de Abrão na época desse evento.

    A partir da história de Gênesis sabemos que Abrão era filho de Tera, irmão de Nahor e Haran, e habitando em Ur dos caldeus, ele se casou com uma mulher chamada Sarai, que era estéril. Após a morte de Tera, que ocorreu na aldeia de Haran, Abrão se move a partir desse local para ir para um país, que o próprio Eterno lhe mostraria. Isto foi depois de uma aparição especial da parte de Deus, que lhe disse:

    Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!

    Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra. (Gênesis 12:1-3).

    O livro de Gênesis nos diz que Abrão após haver recebido esta chamada divina parte, e a Epístola aos Hebreus acrescenta que Abrão parte sem saber para onde ia. Se este particular é realçado com uma ênfase especial pelo escritor aos Hebreus, agora temos de dizer que o que aconteceu «pela fé». Em outras palavras, se Abrão não tivesse tido fé = confiança - naquilo que Deus havia dito, não seria fácil para ele aceitar essa mensagem.

    A mensagem sobre o chamado de Abrão, a Bíblia a recorda em três passagens:

    Disse-lhe o Eterno: Eu sou o SENHOR que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te por herança esta terra. (Gênesis 15:7);

    Tu és o ETERNO, o Deus que elegeste Abrão, e o tiraste de Ur dos caldeus, e lhe puseste por nome Abraão. (Neemias 9:7);

    Estêvão respondeu: Varões irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a Abrão, nosso pai, quando estava na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e lhe disse: Sai da tua terra e da tua parentela e vem para a terra que eu te mostrarei. (Atos 7:2,3).

    O elemento de fé que caracteriza a vida de Abrão, tem mais valor quando se pensa:

    1) Abrão não era um solteirão, já era casado e tinha os seus  « setenta e cinco anos quando partiu de Haran » (Gênesis 12:4). Para alguém que é solteiro, não é difícil para se deslocar de um lugar para outro, ele não tem de prestar contas a ninguém; enquanto aquele que está ligado a um vínculo matrimonial, não é fácil deixar um lugar para ir para outro lugar, especialmente quando o destino é desconhecido.

    Nós não conhecemos as razões de Sarai, mulher de Abrão, quando soube de seu marido que deveriam deixar a Mesopotâmia para se deslocarem a um lugar que  o próprio Eterno lhe havia dito, que então era a terra de Canaã. Assumindo que Sarai tinha dito a seu marido que ela não concordava com o que foi dito a ele, Abrão certamente fez obra de persuasão, porque sua esposa foi convencida a aceitar a mudança. Afinal de contas, essa mudança não era para ser interpretada como capricho do marido (embora naquela época sua esposa tinha um respeito especial e submissão a ele), mas que eles estavam obedecendo a Deus.

    2) Abrão tinha atingido uma determinada posição econômica na Mesopotâmia (Gênesis 12: 5); estava bem colocado, economicamente falando, diríamos hoje. Deixando um ambiente que já conhecia e se dirigiu para outro destino desconhecido, não era uma coisa ideal e fácil ao mesmo tempo.Assim como este homem era a , não foi um problema para lidar com a mudança e com tudo o que isso implicava.

    Fazendo aplicações espirituais e práticas, ao mesmo tempo, com base na experiência de Abrão, é útil até hoje, como a não é algo que tem a ver apenas com as pessoas da antiguidade, nos é também exigida que vivemos no século XXI, apesar da enorme distância de milênios que nos separa da vida e dos tempos de Abrão. Hebreus 11: 6 diz claramente:

    De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.

    Nós certamente não podemos estabelecer uma regra geral de que tudo o que Abrão fez nos seus dias, que deve ser feito por nós da mesma maneira. Uma coisa é certa que o princípio da obediência a Deus quando Ele nos chama para fazer uma coisa, é alcançar o universal, aplicável a todas as pessoas de todas as idades, dignos de serem colocados em prática tão plena e absolutamente.

    Se é Deus que nos chama a fazer uma coisa particular, não importa se é uma pequena missão, com compromissos relativos, ou melhor de uma grande atividade que envolve intelectualmente e fisicamente, a coisa que se deve ter em mente é a obediência a Deus. O princípio de Deus que:

    Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros. (1 Samuel 15:22),

    Não conhece limites de tempo, pessoas e circunstâncias e nunca fenece.

    A obediência a Deus, não pode ser realizada e materializada em nossas vidas sem fé. Com fé em Deus, teremos de enfrentar as situações mais difíceis, as coisas mais inconcebíveis, o absurdo mais marcante, humanamente falando, como não saber para onde ir.

    Mas também é com a fé em Deus, que podemos experimentar as coisas mais belas na vida, em relação às promessas de Deus. Aqui não se trata, naturalmente, de expor na vista dos outros, uma vida altamente espiritual, é bastante para demonstrar como é verdadeiro o ditado da Escritura: Fiel é Dieus (1 Coríntiosi 1:9; 10:13; 2 Coríntios 1:18; 2 Tessalonicenses 3:3).

    Embora nem sempre tudo o que é prometido é recebido na terra (Cfr Hebreus 11:13), para sempre permanece o fato de que, na ausência de fé, além de não ser grato a Deus (Hebreus 11: 6) não podemos alcançar esses objetivos na vida cristã que, humanamente falando são inacessíveis. E que diz pois a ordem de Jesus:

    Quando vos mandei sem bolsa, saco, e nem sandálias, faltou-vos alguma coisa?

    A resposta, sem dúvida, será a mesma: «Nenhuma» (Lucas 22:35). Quando, sob o pretexto de uma preocupação solidária e solicita pelas diversas necessidades de um missionário, daquele que está envolvido no trabalho do ministério, numa organização religiosa (que se está tratando o sustento econômico da vida do missionário), buscando em todos os sentidos, o fornecimento de todo o tempo inicial, termina, não só por não experimentar a fidelidade da Palavra de Deus, também é provável que encare uma realidade diferente em torno da imutabilidade de Deus.

    Se Deus é fiel e nunca deixou de cumprir os seus compromissos ao longo dos milênios, por que seria menos em nossos dias? Por que não deveria cuidar de todos aqueles que colocam suas vidas em Suas mãos? Se tudo muda sobre a terra, entre os homens e as coisas, não há nenhuma razão para acreditar que o mesmo fenômeno ocorre em Deus. Não! Ele é fiel! e todos aqueles que andarão pela fé, não pela vista (2 Coríntios 5:7), serão capazes de dizer a todos e em voz alta:

    O próprio Deus stesso disse: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem? (Hebreus 13:5-6).

    Voltando ao chamado de Abrão, descobrimos que a mensagem de Deus soou como um comando bem especificado, e não como um conselho:

    Deixe o seu país;

    Da sua parentela;

    Da casa do seu pai.

    Se pode perguntar por que Deus deu um comando semelhante a Abrão? Não teria Ele sido capaz de realizar o que estava no plano de Sua vontade em relação à vida e descendentes de Abrão, permanecendo na terra de Ur dos caldeus?

    Apesar de não entendermos todas as coisas e darmos uma explicação adequada, especialmente quando não são claramente especificadas, permanece sempre verdadeiro que Deus é soberano em suas escolhas e em seus planos e que quando Ele leve a cabo aquilo que Ele estabeleceu segundo a Sua vontade, tudo ficará claro e tudo corresponderá ao benefício de todos aqueles que acreditam nele havendo obedecido a Sua voz.

    Uma vez que Deus tinha estabelecido que o país no qual Abrão seria abençoado com uma bênção especial foi Canaã, e que esta terra que mana leite e mel, seria designada como um legado para seus filhos, era lógico que Deus chamou Abrão para sair da terra de Ur dos caldeus. Há um certo paralelismo, profeticamente falando, entre o chamado de Abrão e as palavras de (Salmo 45:10,11:

    Ouve, filha; vê, dá atenção; esquece o teu povo e a casa de teu pai.

    Então, o Rei cobiçará a tua formosura; pois ele é o teu SENHOR; inclina-te perante ele.

    Isso pode muito bem se aplicar aos crentes, à Igreja de Cristo em geral. De uma perspectiva puramente espiritual, cada pessoa que faz parte da Igreja de Jesus Cristo, é chamada a deixar seu país = costumes e tradições do mundo; deixar seus amigos e parentes = empresas insalubres; a casa de seu pai = interesse e propósito de vida - para dedicar-se ao que Deus diz em Sua Palavra; estabelecer relações de amizade e comunhão com aqueles que amam a Deus e viver sua vida cristã de acordo com os padrões do evangelho. Tal aplicação espiritual, resultará infalivelmente benéfica para cada pessoa, com a finalidade de um enriquecimento cada vez mais espiritual da parte de Deus.

    2. A MANEIRA DE VIVER DE ABRÃO

    O escritor aos Hebreus afirma que:

    Por fé Abrão peregrinou na terra da promessa, como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa.

    Descrevendo-o bem, o texto sagrado nos mostra o modo como viveu Abrão, quando ele deixou seu país natal. Embora seja certo que Abrão partiu sem saber para onde estava indo, mas sabemos que Deus estava guiando a vida deste seu servo. Na verdade, quando Abrão chegou à cidade de Siquém, já em terras de Canaã, o Eterno apareceu para ele e disse: eu darei esta terra à tua descendência (Gênesis 12: 7). Abrão como prova de sua gratidão ao Senhor que estava levando-o no caminho justo, construiu um altar ao Eterno que lhe tinha aparecido (v.7).

    E quando eles se mudaram para Betel, bem como construiram um altar ao Eterno, ali invocou o nome do Eterno (v.8). Estas indicações bíblicas precisas, são mais do que claras para nos dizer que por um lado Deus manteve em contato com Abrão, e, por outro, Abrão cuidou de seu relacionamento pessoal com Deus. Em consequência desta relação que decorreu entre Abrão e Deus, não se pode ignorar as características do modo de vida de

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