40 dias Em Missão: Livro Devocional

De Marcílio de Oliveira, Elisiane Roper Pescini, Arnaldo Carlos Muller Júnior e mais 11

Conhecer a história de homens e mulheres que decidiram obedecer ao chamado de Deus e se tornaram pessoas que impactaram e continuam impactando o mundo devido a sua dedicação e fidelidade, certamente tocará a sua vida e o fará refletir e agir da maneira que Deus espera de cada um no cumprimento de sua missão.

Hudson Taylor, John Leonard Dober, David Nitschman, David Platt, Henry Martyn, Don e Carol Richardson, Russell Shedd, D.L. Moody, Oswald Smith, Charles Thomas Studd, George Müller, David Wilkerson, Brian Houston, William Carey e tantos outros missionários do passado ou do presente são inspiração para estes 40 Dias em Missão.

Conhecer a história de homens e mulheres que decidiram obedecer ao chamado de Deus e se tornaram pessoas que impactaram e continuam impactando o mundo devido a sua dedicação e fidelidade, certamente tocará a sua vida e o fará refletir e agir da maneira que Deus espera de cada um no cumprimento de sua missão.



Deus usa seres humanos como eu e você para transmitir a mensagem mais poderosa de todas: JESUS veio ao mundo para salvar quem está perdido.

• Idioma: Português
• Editora: AD Santos Editora
• Data de lançamento: 17 de mar. de 2017
• ISBN: 9788574594262

Pré-visualização do livro

DEUS ME ESCOLHEU PARA UMA MISSÃO ESPECIAL

Versículo para decorar:

E disse-lhes: Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Marcos 16.15

Novamente Jesus disse: Paz seja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu os envio. João 20.21

Dia 1

traco

Até aonde você iria por amor?

Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3.16

Até aonde você iria por amor? Seria capaz de mudar de emprego, de cidade, de vida? Seria capaz de vender tudo o que tem para ficar próximo de quem você ama?

Falar de missões é essencialmente falar de amor. Um amor mais intenso que qualquer paixão da juventude. Um amor que pode até ser tachado de louco, mas que também é contagiante.

No século XIII, um grupo de cristãos da Morávia, uma região que fica hoje na República Tcheca, fugindo de uma perseguição religiosa, pediu ao conde Nicolaus Von Zinzendorf permissão para se estabelecerem nas suas terras, num lugar chamado Herrnhut. Zinzerdorf, que também era um cristão fervoroso, não apenas permitiu, mas atuou ativamente na nova comunidade que surgiu. Com o passar do tempo e com a chegada de cristãos de várias regiões e de vários credos distintos, a pequena vila cresceu. A liberdade de cultuar a Deus, de ler a Bíblia diariamente e até mesmo de cantar louvores era uma realidade naquele lugar. Coisas que parecem corriqueiras nas igrejas de hoje, mas que na época eram uma conquista significativa, em meio a perseguições diversas.

Essa pequena vila foi o lugar que o Espírito Santo escolheu para mostrar à sua igreja que feitos extraordinários ainda estavam por vir. Durante o batismo de duas meninas, Deus derramou do seu Espírito sobre a comunidade, com tal intensidade que provocou uma mudança completa na vida daqueles cristãos. Esse amor inexplicável inundou os corações e derrubou barreiras. Primeiro, as barreiras de credos. Aqueles que até então podiam ser identificados como luteranos, separatistas, reformados, deixaram as diferenças para trás. Não havia mais placas de igrejas. Havia apenas cristãos.

Mas, o amor de Deus não olha apenas para dentro da igreja, olha principalmente para fora e, durante uma palestra sobre a condição dos escravos negros nas ilhas do Caribe, o Espírito Santo chamou dois homens para um passo mais audacioso: John Leonard Dober, um artesão, e David Nitschman, um carpinteiro.

John e David ficaram muito incomodados ao saberem que milhares de homens sofriam e morriam como escravos sem nunca terem ouvido do amor de Deus por eles. Eles tinham que fazer alguma coisa. Se Deus amou o mundo a ponto de enviar seu único filho e se Jesus amou o mundo a ponto de morrer pelos pecados dos homens, nenhum sacrifício que eles poderiam fazer seria grande demais, comparado ao sacrifício que Jesus já havia feito por eles.

E, de fato, grande sacrifício seria exigido deles. Sem conseguirem convencer o governador de uma das ilhas a permitir a pregação do Evangelho, eles se ofereceram como escravos, para poderem ficar mais próximos aos escravos do Caribe. Sua liberdade não era mais valiosa do que a mensagem do Evangelho.

Depois de muita luta, em 1732, eles embarcaram para as Ilhas Virgens Britânicas, chegando a Saint Thomas em dezembro daquele ano. A porta para o trabalho missionário estava aberta! Na esteira de John e David dezenas de outros missionários morávios embarcaram para as ilhas caribenhas. Igrejas foram formadas em várias cidades e milhares de escravos foram batizados.

Às vezes, as pessoas questionam os motivos de Deus ter criado o mundo. Uma das respostas é o amor. O amor eterno de Deus, o Pai, de Jesus, Salvador e do Espírito Santo, em Sua sabedoria estendeu esse amor a cada um de nós. Assim como os primeiros missionários morávios aceitaram se tornar escravos para poder alcançar os escravos, Deus, por nos amar tanto, decidiu se tornar homem, para nos alcançar. Seu amor se tornou concreto, palpável.

VOCÊ EM MISSÃO

Deus pede que nosso amor também se torne palpável, seja por quem está distante ou próximo. Deus quer que o amor que Ele nos deu se espalhe através de nós, em um mundo cada vez mais carente dele. Durante essa semana, pense em um amigo e encontre uma maneira de comunicar-lhe o amor de Deus. Aproveite as tecnologias à sua disposição: dê um telefonema, mande uma mensagem, um e-mail ou até mesmo um cartão virtual e, se for possível, surpreenda com uma visita!

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Dia 2

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Abençoado para abençoar

Então o Senhor disse a Abrão: Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei. Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção. Abençoarei os que o abençoarem, e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados. Gênesis 12.1-3 (NVI)

Deus tem um propósito eterno! Ele quer resgatar o homem que, por sua desobediência, pecou e perdeu a comunhão com o PAI. Por amar tanto o homem, Deus não se conformou em vê-lo distante e, por isso, escolheu revelar o seu amor, agindo na história da humanidade. Desde o início do Antigo Testamento, é possível perceber essa amorosa atuação, abençoando pessoas para que estas se tornem abençoadoras de outras! No texto de Gênesis 12, Deus fala a Abrão e faz uma aliança com ele. Saia da sua terra e vá para onde eu lhe mostrar. Vou abençoá-lo para que você seja uma bênção. Ele escolheu abençoar Abrão para que, por meio dele, todos pudessem conhecê-lo, voltassem à comunhão com o Pai e pudessem ter a sua bênção.

Deus hoje permanece realizando seu propósito e deseja usar pessoas que, pela fé, O conhecem, têm um relacionamento de amor com Ele e assim revelar o seu plano de abençoar todos os povos, todas as famílias, todas as pessoas. Ele ainda abençoa para que abençoados se tornem uma bênção na terra! Ele ainda age em longanimidade, fazendo alianças com os homens!

O problema é que muitas pessoas desejam buscar um relacionamento com Ele apenas para obter suas bênçãos sem que haja um compromisso de também se tornar uma bênção. Essa não é a dinâmica do propósito de Deus. Simplesmente não é assim que Ele age!

David Platt era um jovem norte-americano que se formou no Seminário Teológico Batista em Nova Orleans. Decidiu iniciar seu ministério ali, pastoreando a Igreja Batista de Edgewater, na mesma cidade. Em 2005, aos 26 anos, a casa paroquial onde morava foi devastada pelo furacão Katrina. Um pouco depois, aos 28 anos, foi convidado para ser pastor da Igreja Brook Hills no Alabama e foi conhecido como o pastor mais jovem a assumir uma grande igreja nos Estados Unidos. No entanto, ao ser abençoado, não perdeu a visão da aliança com Deus, ao contrário, procurou levar sua igreja a abrir mão de uma vida cristã focada em receber bênçãos, para viver um relacionamento intenso com Deus e amar o próximo. Durante certo tempo, tirou do programa de culto qualquer elemento que não fosse o estudo da Palavra de Deus. Para sua surpresa, Deus o abençoou e muitos passaram a cultuar ao Senhor ali.

Em 2010, Platt escreveu o livro Radical: voltemos às raízes da fé, que foi indicado pelo jornal The New York Times, tendo vendido