Diga Astrasgud
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Diga Astrasgud - Socorro Acioli
Rosa
Borracha
– Raimunda Vitória! – gritou a professora, fazendo a chamada no primeiro dia de aula.
Prato cheio para os meninos do fundo da sala. Raimunda é um nome que rima com coisas terríveis. A partir desse dia, a vida foi uma tortura.
A primeira reação de Raimunda foi culpar a mãe, claro. Foi ela quem escolheu o nome. Por que não deixou só Vitória?
– Foi promessa pra São Raimundo Nonato. Ele salvou sua vida. Já disse isso tantas vezes! Coitado do santo.
Não consolava. Pensou em fugir de casa, fingir que perdeu a memória e registrar-se de novo em outra cidade. Ou entrar para uma seita e adotar um nome hindu. Algo como as filhas da Baby Consuelo. Poderia ser Ganesha, Ramayana, qualquer um, menos Raimunda.
Até que chegou o último ano da escola, e ela começou a estudar desesperadamente para o vestibular.
– Na faculdade, vai ser diferente – pensava. – Não tem essa chamada dos infernos.
A primeira prova do vestibular foi em um ginásio da cidade, para candidatos com iniciais R e S. Concentrada nas questões de química, Raimunda Vitória não viu que sua borracha caiu no chão.
O menino da frente apanhou e devolveu depois da prova. Chamou-a de Vivi, o nome escrito na borracha verde.
– Prazer, Rino – disse ele. – É um nome italiano – completou, nervoso.
Foi paixão à primeira vista. Ele fazia poemas bregas, rimando Vitória com glória. Ela achava lindo, mas morria de medo de que ele descobrisse a verdade.
O que Raimunda não imaginava é que seu namorado também tinha um segredo de cartório: seu nome era Severino. Um dia, ele criou coragem e contou tudo. Choraram abraçados, lembrando das piadas de escola que suportaram na vida. Daqueles desabafos dramáticos, que a pessoa chora falando e não dá pra entender nada. Aquele pranto, só umas vogais de boca aberta, com intensidades variando nos finais das palavras, sabe? De novela. Os dois, finalmente, sabiam que o amor poderia continuar sem mentiras, sem