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A vida de Cristo
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A vida de Cristo
E-book510 páginas5 horas

A vida de Cristo

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Sobre este e-book

Inspirado por uma série de visões dadas pelo Espírito Santo, o autor examina neste livro a pré-existência, o nascimento e os primeiros anos, o ministério, a crucificação e a ressurreição de Cristo. Este estudo concretiza-se principalmente através da análise dos quatro Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Cada um destes evangelhos dá uma perspectiva diferente sobre a vida e ministério de Cristo, retratando-O como o Rei dos judeus, o fiel Sumo Sacerdote, o Filho do Homem e o Filho de Deus.
Ao longo deste trabalho corre o sentido do amor maravilhoso do Pai Celestial por Seu único Filho, que tomou sobre Si a forma de homem e escolheu identificar-Se com Sua criação, obedecendo plenamente a vontade de Seu Pai, até a morte na Cruz. Somos encorajados a buscar o mesmo fervor que Jesus experimentou durante Seu ministério terreno em nossa caminhada com o Senhor, para que possamos deleitar o coração de nosso Pai e Noivo Celestial. Ao estudar a vida de Cristo, o objetivo não é simplesmente entender sua vida de um ponto de vista histórico, mas perceber que o propósito da vida, morte e ressurreição de Cristo era que pudéssemos ter vida abundante e viver segundo o padrão que Ele estabeleceu com a própria vida.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de set. de 2019
ISBN9781596653504
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    A vida de Cristo - Dr. Brian J. Bailey

    A Vida de Cristo

    Versão 2.2

    Brian J. Bailey

    Título original: The Life of Christ

    © Copyright por Brian J. Bailey, Zion Christian Publishers,

    Versão 2.2 em inglês, revisada em março de 2018.

    Título em português: A vida de Cristo

    Versão 2.2 em português revisada em dezembro de 2018.

    Design da capa

    © 2006 Zion Fellowship, Inc.

    Todos os Direitos Reservados

    Tradução

    Onofre Muniz

    Texto Final e Revisão da terceira edição

    Luisa Baldwin

    Todos os direitos reservados à Zion Christian Publishers

    Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida sem prévia autorização da editora.

    Os textos bíblicos apresentados nesta obra são da Almeida Revista e Corrigida 2009 (ARC).

    Publicado em formato e-book janeiro 2019

    nos Estados Unidos da América.

    ISBN versión electrónica (E-book) 1-59665-350-7

    E-book versión 1.0

    Para mais informações por favor contactar:

    Zion Christian Publishers

    A ZionFellowship® Ministry

    P.O. Box 70

    Waverly, New York 14892

    Phone: (607) 565 2801

    Telefone Gratuito: 1-877-768-7466

    Fax: 607-565-3329

    www.zcpublishers.com

    www.zionfellowship.org

    AGRADECIMENTOS

    À equipe Editorial de ZCP: Carla Borges, Michael Derrick, David, Hannah Schrock, e Suzanne Ying.

    À Luisa Baldwin por seu excelente trabalho na revisão e edição deste livro em português.

    Desejamos estender nossos agradecimentos para aqueles que dedicaram horas inestimáveis de assistência a este livro e fizeram possível concluí-lo. Nossa sincera gratidão a vocês pela diligência, criatividade e excelência na elaboração desta obra. Que seja tudo para a glória de Deus.

    PREFÁCIO

    Quando senti que o Espírito Santo queria que eu escrevesse sobre a vida do Senhor Jesus Cristo, tive um profundo sentimento de inadequação. Porém, o Espírito Santo conduziu-me mui gentilmente a uma série de visões sobre a vida e o ministério de nosso Senhor aqui na terra. Embora eu raramente mencione estas visões no texto, há uma que eu gostaria de descrever neste prefácio.

    Vi o Senhor com vestes brancas, assentado sobre os montes que cercam o Mar da Galileia, olhando para o mar. Sua aparência era de absoluta beleza, graça e juventude; Seu Espírito era muito livre. Do alto, senti o profundo amor do Pai por Seu querido Filho, pois foi como se eu estivesse contemplando Jesus pelos olhos do Pai. Tive a sensação da profunda satisfação que o Pai experimenta ao contemplar Seu Filho. Essa visão produziu em mim fervor intenso e desejo de fazer com que, ao observar minha vida, o Pai sinta essa alegria, por menor que seja.

    Este livro é dedicado, primeiramente, à amada Santa Trindade. Oro para que Ela seja glorificada nestas páginas. No entanto, este livro também é oferecido com a intenção de que você, amado leitor, aprecie a obra combinada da Santa Trinidade que, pela graça, levou Jesus à Cruz para nossa salvação eterna.

    Que este livro possa move-lo a apreciar o amor do Pai, que enviou Jesus; o amor de Jesus, que veio de bom grado; e o amor do Espírito Santo, que capacitou Jesus a ter uma vida incomparável de amor, verdade e pureza na Terra. Que Deus permita que este livro o atraia para perto dEles, e que você tenha uma vida sincera e agradável diante dos olhos de Deus. Que Deus o abençoe!

    Brian J. Bailey

    INTRODUÇÃO

    O estudo da vida de Cristo é realizado, antes de tudo, por meio do estudo dos evangelhos. Às vezes, é difícil determinar quais textos das Escrituras têm paralelos com outros. Como consequência, certas divergências ocorrem na harmonia dos evangelhos. Há quatro evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Os quatros seres viventes mencionados em Ezequiel 1:10 tinham a face de um homem, de um leão, de um boi e de uma águia. Estas quatro faces podem ser vistas como as várias apresentações de Cristo nos quatro Evangelhos.

    Mateus apresenta Cristo como o leão, o Rei dos Judeus. Ele tomou especial cuidado ao delinear a linhagem real de Cristo a partir do rei Davi a fim de provar Sua realeza e nobreza. O Evangelho de Mateus foi escrito para os Judeus.

    Marcos revela Jesus como o boi. Os bois eram utilizados nos sacrifícios do Antigo Testamento. Cristo é o Sumo Sacerdote da nossa fé, que Se entregou como sacrifício supremo (Hb. 3:1). Marcos dá uma revelação mais dinâmica da paixão de Jesus do que os outros autores dos evangelhos. O Evangelho de Marcos foi escrito para os Romanos.

    No Evangelho de Lucas, vemos Cristo como o homem. É enfatizada a humanidade de Cristo como o Filho do Homem. Ele escreveu primariamente aos Gentios.

    Mateus, Marcos e Lucas são chamados de evangelhos sinópticos (do grego sinoptikos que significa ver o conjunto, ter uma visão abrangente) e são relatos de testemunhas oculares da vida de Jesus. No entanto, o Evangelho de João, chamado o evangelho espiritual, é único. Foi escrito com um propósito totalmente diferente: revelar Cristo como a águia, que se eleva nos lugares celestiais. A águia fala de Cristo como o Filho de Deus. João trata da divindade de Cristo mais do que qualquer outro dos escritores dos evangelhos.

    O Evangelho de João possui uma revelação maior do que os outros. Encontramos os sete Eu Sou de Cristo: declarações que atestam Sua deidade. Quando o Senhor apareceu a Moisés na sarça ardente, ele perguntou a Deus qual era Seu nome, e Ele respondeu: EU SOU O QUE SOU (Êx. 3:14). Portanto, quando Cristo disse Eu Sou, nas muitas ocasiões no Evangelho de João, Ele estava declarando que era o preexistente, o Jeová do Antigo Testamento.

    A aplicação da vida de Cristo para os cristãos

    Mais do que olhar para a vida de Cristo a partir de um ponto de vista histórico, devemos entender que o Senhor deseja que experimentemos Sua vida. A vida de Cristo é um modelo para nossas vidas. Lembre-se: o Senhor Jesus Cristo é a pedra de esquina (ou pedra angular); Ele é o parâmetro para medir nossa vida e nossa caminhada espiritual (Ef. 2:20-21).

    Em João 1:32-33 lemos que o Espírito desceu sobre Jesus quando foi batizado e permaneceu sobre Ele durante todo o Seu ministério. Cristo foi ungido pelo Espírito Santo sem medida (Jo. 3:34). Deus quer que sejamos cheios do Espírito Santo a ponto de transbordarmos. A menos que entendamos o desejo de Deus de encher a Igreja dos últimos dias com o Seu Espírito, não perceberemos o real significado da vida de Cristo. O Senhor Jesus claramente declarou a razão pela qual veio em João 10:10: eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.

    O propósito deste estudo e a oração do autor consistem no desejo de que cada um de nós comece a experimentar a vida de Cristo de uma nova maneira e, ao assim agirmos, que venhamos a conhecê-Lo com intimidade.

    Parte I

    Preexistência de Cristo

    CAPÍTULO 1: A PREEXISTÊNCIA DE CRISTO

    Antes de olharmos para a vida terrena e o ministério do Senhor Jesus Cristo, precisamos considerar o fato de que Cristo é preexistente a Seu nascimento na manjedoura de Belém. Cristo sempre existiu como Filho de Deus. É necessário compreendermos que Ele não teve começo e não tem fim. Paulo diz em Colossenses 1:17 que "Ele é antes de todas as coisas".

    Cristo Não Tem Começo

    Paulo desenvolve esse tema em Hebreus 7:3, em que fala de Melquisedeque, que era "sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas, sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre". Melquisedeque, o rei e sacerdote, não teve princípio de dias. Com isso, Paulo quis dizer que seu reinado e sacerdócio não foram determinados por sua genealogia ou nascimento. Do mesmo jeito, este homem que tipifica o Senhor Jesus, nosso Sumo Sacerdote, não tem fim de vida. Noutras palavras, seu ministério continuou ao longo da eternidade e não se encerrou na morte. Este homem foi feito à semelhança do Filho de Deus. Cristo literalmente não teve princípio de dias, porque sempre existiu. O Senhor diz em Isaías 57:15 que Ele "habita na eternidade".

    Cristo é Eternamente o Mesmo

    Cristo é eternamente o mesmo; Ele nunca muda. Hebreus 13:8 diz: "Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente". Ontem refere-se basicamente aos dias antes de Sua manifestação como criança em Belém. Hoje indica nossos dias, a Dispensação da Igreja. Eternamente, é claro, aplica-se ao Seu reino milenar sobre a Terra e por toda a eternidade no novo Céu e na nova Terra.

    Cristo Sempre Existiu

    Miquéias 5:2 fala com muita clareza das atividades eternas de Cristo: "E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Cristo nasceu em Belém, mas Ele existia antes desse evento. Suas ações são antigas, desde a eternidade. O profeta Habacuque disse: "Não és tu desde sempre, ó Senhor, meu Deus, meu Santo? (Hc. 1:12a). Como você pode observar, Cristo sempre existiu, mas, num determinado momento, veio à terra sob a forma humana. Ele é o "Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo" (Ap. 13:8b).

    Cristo Existia Antes da Criação

    É evidente, nas Santas Escrituras, que Cristo existia antes da criação. João 1:1 declara: "No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus". Antes que o tempo existisse, Cristo já existia com Deus. Em Provérbios 8, Cristo é personificado como a Sabedoria. Cristo é a sabedoria de Deus. Paulo disse em 1 Coríntios 1:24, Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Cristo possui toda sabedoria e conhecimento (Cl. 2:3).

    Cristo, a personificação e a corporificação da sabedoria, diz Provérbios 8.22-27: O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos e antes de suas obras mais antigas. Desde a eternidade, fui ungida; desde o princípio, antes do começo da terra. Antes de haver abismos, fui gerada; e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros, eu fui gerada. Ainda ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando compassava ao redor a face do abismo. Cristo também disse em João 17:5: E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.

    Cristo é o Co-Criador

    Outra prova da preexistência de Cristo é que Ele é o Co-Criador da Terra. Colossenses 1:16-18 deixa isso muito claro: porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.

    Paulo escreve em Efésios 3.9: e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou. Deus Pai criou tudo através de Jesus Crist. João 1:3 declara a respeito de Cristo: Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Os Céus, o mundo e todo o universo foram feitos por intermédio de Cristo (Jo. 1:10). Junto com Deus Pai, Cristo foi Co-Criador de todo o universo e de tudo o que nele existe.

    Cristo era antes de Abraão

    O Senhor Jesus Cristo fez esta declaração em João 8:58: Antes que Abraão existisse, eu sou. Eu Sou denota uma existência eterna. Cristo afirmou Sua existência antes de Abraão. Na verdade, Cristo é Aquele que criou Abraão. Quando Deus fez a humanidade, disse: Façamos o ser humano à nossa imagem (Gn. 1:26). De fato, foram Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo que criaram o Homem.

    Cristo é o Jeová do Antigo Testamento

    Quando Cristo disse aos judeus: Antes de Abraão nascer, Eu Sou, estava declarando-Se como o Jeová do Antigo Testamento. Os judeus entenderam o que Ele dizia e buscaram apedrejá-Lo (Jo. 8:59). Quando Cristo apareceu a Moisés na sarça ardente, Moisés perguntou-Lhe qual era Seu nome. Ele respondeu: Eu Sou o que Sou, que é o significado de Jeová (Êx. 3:14).

    Ao usar este título no Evangelho de João, Cristo declara ser Jeová. Cristo é o Filho de Deus. Foi Cristo quem apareceu a Moisés e aos outros profetas do Antigo Testamento, não Deus Pai. Paulo diz em 1 Coríntios 10:4: "E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo".

    Parte II

    O nascimento de Cristo e Seus primeiros anos

    CAPÍTULO 2: EVENTOS PRELIMINARES

    Observaremos agora a vida de Cristo conforme registrada nos quatro evangelhos. Na Parte II, consideraremos o nascimento de Cristo e Seus primeiros anos. A primeira seção tratará dos eventos que prepararam o caminho para Seu nascimento — incluindo o nascimento de Seu precursor João Batista. Em seguida, analisaremos os primeiros 30 anos da vida de Cristo; anos que foram, em grande parte, secretos. No entanto, embora muito pouco tenha sido registrado sobre Cristo durante estes anos, eles foram um tempo de preparação necessário para Seu ministério e chamado.

    Antes que Cristo fosse ao Rio Jordão para ser ungido com poder da parte de Deus, houve 30 longos e modestos anos de preparação. Foram anos nos que Ele permaneceu oculto à sombra da mão do Pai. Durante esse tempo, o Senhor Jesus Cristo foi tornando-Se o vaso que poderia ser ungido pelo Pai e manifestaria o poder e a glória de Deus. Há um preço a pagar muito alto para ter o melhor de Deus e Sua glória. Foi durante estes anos que Cristo qualificou-Se para Seu chamado.

    Antes de irmos adiante, devemos notar que os evangelhos não foram escritos em sequência. É preciso de muito esforço para obter a ordem cronológica da vida de Cristo. Em vista disso, estaremos alternando entre os quatro evangelhos para lhe-apresentar a sucessão cronológica dos eventos.

    Gabriel anuncia o nascimento de João a Zacarias

    Lucas 1:5-25

    Em Lucas 1:5-7 somos apresentados aos piedosos pais de João Batista: "Existiu, no tempo de Herodes, rei da Judeia, um sacerdote, chamado Zacarias, da ordem de Abias, e cuja mulher era das filhas de Arão; o nome dela era Isabel. E eram ambos justos perante Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os mandamentos e preceitos do Senhor. E não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e ambos eram avançados em idade".

    Em um tempo de grande apostasia nacional, Zacarias e Isabel permaneceram fiéis ao Senhor. Ambos eram de descendência sacerdotal e desde muitos anos seguiam os estatutos do Senhor sendo irrepreensíveis, porém, não podiam ter filhos.

    Isabel era estéril. Ela é uma das sete mulheres estéreis mencionadas na Palavra de Deus junto com Sara, Rebeca, Raquel, Rute, a esposa de Manoá e Ana. É muito interessante notar que todas estas mulheres estéreis geraram filhos notáveis. Sara gerou Isaque; Rebeca gerou Jacó; Raquel gerou José; Rute gerou Obede, avô de Davi; A esposa de Manoá gerou Sansão; Ana gerou Samuel; e, Isabel, gerou João Batista. A infertilidade da vida destas mulheres produziu grande fruto.

    Da mesma maneira, a infertilidade espiritual da vida de um crente produz grande fruto. Se você deseja um fruto que permaneça, deve permitir que o Senhor o conduza a um tempo de esterilidade e repreensão. Isaías 54:1-3 diz: Canta alegremente, ó estéril que não deste à luz! Exulta de prazer com alegre canto e exclama, tu que não tiveste dores de parto! Porque mais são os filhos da solitária do que os filhos da casada, diz o Senhor. Amplia o lugar da tua tenda, e as cortinas das tuas habitações se estendam; não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas. Porque trasbordarás à mão direita e à esquerda; e a tua posteridade possuirá as nações e fará que sejam habitadas as cidades assoladas.

    Se você quer produzir um filho como João Batista, de quem Jesus disse: Entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior (Mt. 11:11), você deve estar disposta a passar pela esterilidade espiritual.

    Em Lucas 1:8-11, enquanto Zacarias oferecia incenso no altar, executando com fidelidade as tarefas sacerdotais ordenadas por Deus, o anjo Gabriel apareceu-lhe do lado direito do altar: E aconteceu que, exercendo ele o sacerdócio diante de Deus, na ordem da sua turma, segundo o costume sacerdotal, coube-lhe em sorte entrar no templo do Senhor para oferecer o incenso. E toda a multidão do povo estava fora, orando, à hora do incenso. Então, um anjo do Senhor lhe apareceu, posto em pé, à direita do altar do incenso. Parece que "à direita do altar é o lado onde estava o castiçal. Entrando no Lugar Santo a partir do Pátio Exterior, o castiçal estaria no lado esquerdo. No entanto, entrando no Lugar Santo pela direção oposta (o Lugar Santíssimo) o castiçal estaria do lado direito. O castiçal simboliza os sete Espíritos do Senhor e as manifestações dos anjos do Senhor. Assim, esta é a interpretação mais provável da indicação a direita do altar do incenso".

    Gabriel disse a Zacarias: Não tenhas medo, Zacarias; eis que a tua súplica foi ouvida. Isabel, tua esposa, te dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de João. (Lc. 1:13). O anjo afirmou que ele teria um filho e instruiu-o a chamá-lo de João.

    Interessante é que tanto Jesus quanto Seu precursor, João, receberam nomes da parte de Deus antes de nascer. O Senhor chamou Josias por nome aproximadamente 300 anos antes que ele nascesse (1 Rs. 13:2) e deu nome ao rei Ciro por volta de 150 anos antes de seu nascimento (Is. 44:27-28). Nomes possuem grande importância, pois representam o propósito eterno e o ministério de alguém. João significa graça ou amado do Senhor. João não apenas proporcionaria alegria aos pais por ser um filho sábio, mas muitos outros se regozijariam por seu nascimento (Lc. 1:14).

    Gabriel continuou a falar de João em Lucas 1:15-17: porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe. E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus, e irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.

    João não era Elias, a quem os judeus esperavam (Mt. 17:10), mas veio no espírito e no poder de Elias para realizar o mesmo ministério. O ministério de João era preparar o povo para receber o Messias.

    Os judeus não compreenderam a profecia de Malaquias 4:5-6 que diz: Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor; e converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição. Elias e Moisés virão de fato antes da Segunda Vinda do Senhor. No entanto, João foi enviado como precursor do Senhor antes de Seu primeiro advento.

    Era essencial que João Batista viesse antes de Cristo para preparar o caminho. João cumpriu a profecia de Isaías 40:3 que diz: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Este foi o testemunho de João e de seu ministério. Mateus 3:3 diz: Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.

    Nos tempos antigos, um rei nunca apareceria em público sem ter primeiro um mensageiro que anunciasse sua vinda. Por exemplo, Elias correu diante das carruagens do rei Acabe por aproximadamente 40 quilômetros do monte Carmelo a Jezreel (1 Rs. 18:46). De modo bem semelhante, João correu diante do Senhor Jesus Cristo, o Rei dos reis, anunciando Sua vinda no poder e no espírito de Elias, o profeta.

    Como rei, Cristo tinha de ter um precursor que anunciasse Sua vinda. Todo o propósito da vida de João foi preparar o caminho para Jesus e apresentá-Lo a Israel. Como veremos mais tarde, João anunciou Jesus à multidão dizendo: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo. 1:29b).

    Em Lucas 1:18-23, lemos que Zacarias respondeu a Gabriel com incredulidade, pois aos olhos humanos parecia impossível a Isabel ter um filho. O anjo então disse a Zacarias que ele não falaria até o dia em que seu filho nascesse. Ao terminar a jornada de trabalho no templo de Jerusalém, Zacarias retornou para casa, provavelmente não muito longe de Jerusalém (Lc. 1:39). Como a palavra do Senhor havia declarado, Isabel engravidou e ocultou-se por cinco meses (Lc. 1:24-25).

    O anúncio do nascimento de Jesus a Maria

    Lucas 1:26-38

    O próximo evento foi o anúncio do nascimento de Jesus, feito por Gabriel, a Maria. Este acontecimento está registrado em Lucas 1:26-38. Lemos em Lucas 1:26-31: E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta. Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, e eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.

    O Senhor Jesus recebeu Seu nome antes de ser engendrado. Este é o cumprimento de Isaías 49:1 que diz: O Senhor me chamou desde o ventre, desde as entranhas de minha mãe, fez menção do meu nome. Cristo recebeu Seu nome com um propósito: revelar Seu chamado e Sua missão na vida. Jesus é a tradução grega do nome hebraico Josué (Hb. 4:8). Jesus quer dizer o Senhor é Salvação ou Salvador. Mateus 1:21 deixa isto muito claro: E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Seu chamado era ser o Salvador da raça humana a fim de libertar as pessoas do jugo e da escravidão do pecado.

    Gabriel continua a falar em Lucas 1:32-33: Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim. Fica muito claro que Jesus é o Filho de Deus e, portanto, Ele também é divino. Quando Cristo retornar, Deus Lhe dará o trono de Seu pai Davi. Cristo é o Messias davídico que foi prometido no Antigo Testamento. Ele estabelecerá Seu trono em Jerusalém e reinará sobre toda a Terra por mil anos. Governará sobre a casa de Jacó, e o Seu domínio e o Seu reino permanecerão para sempre.

    Observamos a resposta da virgem Maria a esta promessa extraordinária em Lucas 1:34: E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? E Gabriel respondeu: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus (Lc. 1:35).

    A encarnação ocorreu por meio de um milagre do Espírito Santo. Jesus recebeu um corpo e uma natureza humana, mas não deixou de ser Deus. Isto pode ser de difícil compreensão para a mente carnal e finita, mas lembre-se que com Deus nada é impossível! (Lc. 1:37).

    A Encarnação

    O nascimento de Jesus, chamado de a Encarnação de Deus no homem, ocorreu da seguinte maneira: na plenitude dos tempos, Deus falou de Seu trono celestial, dizendo: A quem enviarei? Quem há de ir por nós?. Houve um profundo silêncio no Céu. Cada criatura quis responder, mas ninguém conseguiu, ninguém era digno. Então, levantando-Se do trono, situado à direita do Deus Altíssimo, o Filho de Deus colocou-Se diante de Seu Pai, dizendo: Eis-me aqui; envia-me a mim. E o Pai respondeu: .

    A essa altura, o Filho começou a descer do pináculo da glória do Céu e, à medida que passava de um plano de glória para outro, progressivamente Se esvaziou, como Paulo nos diz em Filipenses 2:7. Ele se despojou de qualquer reputação e esvaziou-Se da glória dos Céus. Finalmente, após haver deixado o Céu, desceu para esta terra e tornou-Se Ele, o Filho de Deus, uma semente dentro do útero da virgem Maria. Este foi o milagre da encarnação: o Filho de Deus vestiu-Se da natureza humana por meio de um ato do Espírito Santo.

    A Visita de Maria a Isabel

    Lucas 1:39-45

    Depois que o anjo disse a Maria que sua prima (ou parente) Isabel estava grávida de seis meses, Maria foi visitá-la e ficou com ela por três meses (Lc. 1:56). Quando Maria saudou Isabel, João saltou de alegria no ventre, pois sabia que a mãe do seu Senhor estava ali. Isabel abençoou Maria e pronunciou uma bênção sobre a santa criança que ela carregava.

    O Magnificat de Maria

    Lucas 1:46-56

    Naquele que é conhecido como "O Magnificat de Maria ou a Canção de Maria", Maria exaltou o Senhor e louvou Seu nome. Ela disse em Lucas 1:46-56: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque atentou na humildade de sua serva; pois eis que, desde agora, todas as gerações me chamarão bem-aventurada. Porque me fez grandes coisas o Poderoso; e Santo é o seu nome. E a sua misericórdia é de geração em geração sobre os que o temem. Com o seu braço, agiu valorosamente, dissipou os soberbos no pensamento de seu coração, depôs dos tronos os poderosos e elevou os humildes; encheu de bens os famintos, despediu vazios os ricos, e auxiliou a Israel, seu servo, recordando-se da sua misericórdia (como falou a nossos pais) para com Abraão e sua posteridade, para sempre. E Maria ficou com ela quase três meses e depois voltou para sua casa.

    O Nascimento de João Batista

    Lucas 1:57-80

    Quando Isabel deu à luz seu filho, houve grande alegria entre seus vizinhos. No momento em que foi circuncidado, recebeu o nome de João de acordo com a palavra do anjo Gabriel em Lucas 1:13. Então, Zacarias profetizou com relação a seu filho em Lucas 1:76: E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos. João viria, de fato, no poder do profeta Elias para preparar o caminho do Senhor Jesus Cristo.

    O anúncio do nascimento de Jesus por Gabriel a José

    Mateus 1:18-25

    O próximo evento que sobreveio foi a aparição de Gabriel a José para informá-lo de que Maria, sua noiva — como diríamos hoje —, daria à luz o Filho de Deus. Lemos em Mateus 1:18-19: Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então, José, seu marido, como era justo e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente.

    José e Maria não estavam unidos em matrimônio. Eles estavam no ano sagrado do noivado. Este ano de noivado era, pela cultura judaica, legalmente vinculante. Portanto, José e Maria já eram considerados casados naquele tempo.

    A única maneira pela qual o noivado podia ser terminado era se houvesse prova de que um cônjuge havia sido sexualmente infiel (Mt. 19:9). Quando José percebeu que Maria estava grávida, buscou encobrir o que ele julgava ser infidelidade. Embora tivesse direito de apedrejá-la, planejava dar-lhe uma carta de divórcio, confidencial, a fim de evitar um

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