Manual da mulher solteira: Um guia para amar e curtir (sozinha ou acompanhada)
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- Nota: 5 de 5 estrelas5/5Livro excelente, parece que a autora está na sua frente conversando com você.
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Manual da mulher solteira - Elizabeth Koosed
INTRODUÇÃO
1. CONHEÇA O SEU VALOR
2. DEFINA OS TERMOS DA SUA BUSCA
3. SEJA REALISTA
4. CONFIE EM SI MESMA
5. PERMITA-SE ERRAR
6. APRENDA SUAS LIÇÕES
7. PENSE COMO CHEFE
8. SEJA HONESTA
9. NÃO SEJA MÃE DO SEU PARCEIRO
10. SEJA O SEU MELHOR NAMORADO
CONCLUSÃO: O QUE NÃO MATA FORTALECE
DICAS E TRUQUES PARA A MULHER SOLTEIRA
INTRODUÇÃO
Ser solteira nem sempre é fácil, mas, dependendo da abordagem, pode ser uma experiência extremamente gratificante e compensadora. A solteirice é uma empreitada valiosa e empoderadora pela qual todos devem passar. Particularmente para as mulheres, é uma experiência importante e poderosa. A mulher solteira aprende muito sobre si mesma, tanto através de suas próprias vivências quanto pelo ponto de vista das pessoas com quem escolhe se relacionar ao longo do caminho.
Lembre-se de que ir a encontros pode ser muito divertido, especialmente nos dias de hoje! É como ir às compras: você pode experimentar vários parceiros, ver qual combina melhor com você e namorar exatamente aquele que escolher, com base na sua experiência de vida, no seu passado e no seu perfil. Vivemos em uma época na qual em vez de competir umas com as outras pela atenção dos homens, como se eles fossem um artigo raro e de luxo, as mulheres podem se ajudar mutuamente a fazer escolhas melhores. Precisamos tomar decisões sensatas sobre os tipos de homem com os quais nos envolvemos, e competição e ciúmes só nos arrastam para baixo. É possível encontrar o cara certo, que combina com você, sem ter que disputá-lo com outras mulheres. Aquelas que têm consciência desse cenário sabem apoiar umas às outras na hora de escolher com bom senso o parceiro ideal, sem encarar esse processo como uma competição ou uma forma de controlar o homem. O real valor da busca por um par está em transformar cada encontro num passo adiante em sua jornada de autoconhecimento e amor-próprio.
Ser solteira é uma oportunidade de aprender a amar a si mesma enquanto busca o amor verdadeiro de outra pessoa. Para tornar-se uma adulta independente é preciso amar a pessoa em quem você se transformou, seu corpo, sua vida. Em outras palavras, amar sua mente, seu corpo e seu espírito. Amar e cuidar de si mesma são dois grandes passos para que você se sinta responsável pela sua vida como um todo, e não só na questão afetiva.
Você e eu temos a sorte de viver numa época em que as mulheres têm mais liberdade do que nunca. Enquanto mulher jovem e inserida no mercado de trabalho, sou dedicada à minha carreira, viajo sozinha de vez em quando, já morei no exterior para procurar novas oportunidades de emprego, posso comprar um apartamento se quiser, ter meu próprio negócio ou empresa e tomar decisões sobre meu corpo, minha saúde e meu bem-estar. Posso realizar qualquer desejo sem depender de um homem para satisfazer minhas necessidades ou vontades. A mim são concedidas liberdades que mulheres como a minha avó, por exemplo, jamais poderiam imaginar. Ainda assim, não são poucas as mulheres que conheço que assumem uma postura arcaica perante o namoro, os relacionamentos e, em última análise, o casamento. Já vi, muitas vezes, uma mulher com uma carreira brilhante, independente e senhora de si chegar ao fundo do poço da autoestima porque o casinho não ligou nem mandou mensagem convidando-a para sair na noite anterior.
Se você se reconhece nessa personagem e sente que a sua autoestima está relacionada à qualidade do relacionamento com seu namorado ou peguete
, este livro foi escrito para você. Porque não precisa ser assim. Sua felicidade e autoestima são responsabilidades suas. Será que não está na hora de reassumir o controle da sua vida? Vou mostrar como você pode fazer isso com uma combinação de estratégias para relacionamentos e uma prática sustentável de amor-próprio.
No Manual da Mulher Solteira você vai encontrar 10 conselhos para o namoro na contemporaneidade, elaborados para aprimorar suas aventuras românticas e ao mesmo tempo ajudá-la a descobrir seus pontos fortes enquanto mulher solteira. O intuito deste livro é lembrá-la de que o seu valor não depende dos homens que estão na sua vida, e que você é a única pessoa responsável por sua felicidade e bem-estar. Sendo uma mulher do século 21, você tem uma liberdade valiosa, e na essência dessa liberdade está a responsabilidade de assumir o controle da sua vida sentimental. Este livro foi escrito para mostrar que você tem tudo o que é preciso para realizar seus sonhos, no amor e na vida.
A chave para destravar seu potencial está no desenvolvimento de um amor-próprio sólido e poderoso. Você tem que se apaixonar por si mesma antes de procurar se completar através de outra pessoa. O simples fato de namorar ou de sair com alguém pode ser uma forma de encontrar esse amor-próprio, se você analisar a questão pelo prisma certo. Este livro vai ajudá-la a fazer exatamente isso. À medida que você começar a enxergar o namoro como uma forma de amor-próprio, sua vida amorosa vai se transformar na aventura mais fantástica da sua vida. Seu potencial precisa ser desenvolvido, e com a atitude certa você pode encontrar um parceiro que a ajudará a aproveitá-lo.
Neste momento, tudo que você precisa saber é que o Manual da Mulher Solteira foi escrito por uma mulher americana solteira, heterossexual, que mora e namora na cidade de Nova York. Ele foi escrito com base em encontros com homens solteiros e heterossexuais, de diferentes nacionalidades e culturas. Os conselhos derivam de experiências da vida real e das lições aprendidas com elas. Embora a premissa do livro seja baseada no fato de eu ser do sexo feminino, solteira e heterossexual, quase todas as recomendações se aplicam também a outros tipos de relacionamentos. Sinta-se livre para interpretá-las e adaptá-las ao seu cenário individual à medida que progredirmos.
1. CONHEÇA O SEU VALOR
Seu valor não é medido pela quantidade de homens que a desejam, nem pela qualidade do seu relacionamento com seu namorado ou marido. Ter um homem na sua vida não faz de você uma mulher mais digna de respeito e admiração. Somente se esse homem ajudá-la a ser uma pessoa melhor é que ele acrescentará valor àquilo que você já traz ao relacionamento, com ele ou com outras pessoas. Somente você pode determinar o valor que possui e com o qual contribui para um relacionamento. Ou seja, é você quem decide o nível da sua autoestima. Quando fizer isso, todos passarão a tratá-la de acordo com esse valor, como por um passe de mágica.
Graças à popularidade do livro Faça Acontecer – Mulheres, Trabalho e a Vontade de Liderar, de Sheryl Sandberg, tem-se falado muito que os homens tendem a negociar as condições de uma proposta de emprego, ao passo que as mulheres aceitam a primeira oportunidade que lhes é apresentada. Chegou a hora de as mulheres tomarem consciência do seu valor, não apenas no local de trabalho, mas também em seus relacionamentos pessoais. Você não precisa aceitar a primeira proposta que um homem lhe faz, seja para namorar, morar junto ou casar. Os termos são sempre negociáveis, e é importante certificar-se de que o que está sendo oferecido equilibre a balança dos dois. Uma parceria só é bem-sucedida quando ambas as partes saem ganhando, de modo que possam crescer, prosperar e realizar seu potencial máximo.
AMOR-PRÓPRIO RADICAL
Esteja você familiarizada ou não com o termo amor-próprio
, é provável que tenha brigado com esse conceito durante a maior parte de sua vida adulta. As mulheres, com mais frequência que os homens, são enfaticamente ensinadas a não amar a si mesmas, mas a procurar amor e aprovação nos outros. Por isso, tendemos a procurar o amor e a atenção dos homens em nossa comunidade e no mundo.
As mulheres são diariamente destituídas de seu poder, desde o dia em que nascem. Seu processo de inserção na sociedade as faz sentirem-se inseguras e inadequadas. Desde a infância, as meninas são ensinadas a serem vistas, mas não ouvidas. Elas aprendem que precisam ser simpáticas, amáveis e educadas, e ficam vulneráveis às vontades alheias, uma vez que não aprendem a ter voz própria no nível mais básico. Parte dessa formação vem do lar e da dinâmica familiar, mas a mídia e a imagem pública das mulheres também desempenham um papel importante. Cada menina tem o potencial de romper esse ciclo e ser a iconoclasta de sua geração, mas poucas de fato alcançam essa transgressão.
Ao longo de sua vida, uma mulher testemunha o corpo feminino ser retratado repetidamente como algo que deve ser divulgado pelos outros. No entanto, é vergonhoso que ela tenha orgulho de si mesma. É esperado que as mulheres se empenhem em alcançar um ideal inatingível de beleza, cujos padrões são estabelecidos pela mídia e pela cultura dominante. As propagandas publicitárias nos levam a acreditar que a beleza ideal está fora do alcance dos homens, a menos que eles tenham um carrão ou usem um relógio de marca. Para as mulheres, no entanto, esse efeito vai um pouco além.
Seus corpos jamais serão iguais aos das garotas nos cartazes, nas revistas ou novelas; corpos esses produzidos, retocados e quase desnutridos de tão magros. Pelo contrário: é incutido nas mulheres um senso de inadequação e insegurança que muitas vezes pode permanecer pelo resto de suas vidas. Isso é extremamente perigoso, porque cria uma área de vulnerabilidade na psique feminina, enraizando a mensagem de que nada que ela faça será suficiente para que sinta-se digna das coisas que realmente deseja na vida. Por causa disso, muitas mulheres fazem loucuras para alcançar o ideal que foi estabelecido para elas, desde cirurgias plásticas grotescas até dietas extremas e exercícios exaustivos. Não há limite para a violência – sutil ou não – a que as mulheres se sujeitam em nome da beleza e da estética. As mulheres são muito mais propensas que os homens a gastar tempo e dinheiro em produtos que prometem beleza da cabeça aos pés. Indústrias inteiras, da moda à cosmética e até a medicina clínica, se sustentam e lucram à custa das inseguranças femininas.
Essa é a realidade em que vivemos. Nosso mundo e suas estruturas sociais não são construídos para dar às mulheres uma oportunidade justa de sucesso. Tanto na área profissional quanto na pessoal, as mulheres são ensinadas a depender dos homens para alcançar o sucesso e o bem-estar. Mas está na hora de parar de pensar desse modo.
Você já possui tudo o que é necessário para construir um futuro em que as probabilidades estejam a seu favor. Se você reservar um tempo e se dispuser a fazer isso, pode vencer as barreiras socialmente impostas com as quais toda mulher se depara na vida e alcançar o sucesso. Para isso, entretanto, você precisa se tornar condutora de um amor-próprio radical. Atos consistentes de amor-próprio são o caminho para toda mulher que já sentiu que não era suficientemente adequada ou que não merecia ter o que queria da vida.
Amor-próprio radical significa amar-se por inteiro, por dentro e por fora, independentemente de qualquer coisa. Isso significa que o amor-próprio radical é incondicional e tem a autoaceitação como base.
Se conseguirmos encontrar dentro de nós a coragem para nos amarmos incondicionalmente, também encontraremos a coragem para amar outras pessoas sem restrições, sem precisar mudá-las. É preciso uma boa dose de coragem para se amar dessa forma, porque ninguém nos ensina como fazer isso. Mas ao se apaixonar por si mesma você começa a mudar sua vida de tal modo que a própria vida lhe retribui esse amor. Aquele velho jeito nocivo de fazer as coisas já não lhe serve mais, e os relacionamentos com amigos e paqueras que antes pareciam adequados começam a deixar de sê-lo. Tudo bem: às vezes é preciso encerrar relacionamentos antigos para abrir espaço para coisas maiores e melhores na sua vida.
Esse processo pode ser assustador, e talvez haja momentos em que você se sinta desamparada ou sozinha em sua jornada rumo ao amor-próprio radical. Mas confie no processo e logo descobrirá que aqueles relacionamentos antigos se romperam porque já não ofereciam sustentação para a postura de amor-próprio que você assumiu. Ao mesmo tempo, perceberá que as novas coisas que acontecem na sua vida oferecem essa sustentação, de uma maneira que você não imaginava ser possível antes de escolher amar-se plenamente.
Você vai perceber que, depois de adotar pequenas práticas de amor-próprio, tudo o que fizer se transformará lentamente em um ato de amor-próprio. Seja tomar um banho de espuma, fazer aulas de ioga, acordar mais tarde uma vez por semana ou romper um relacionamento com alguém que não acreditava em você. Seja o que for que você decida fazer, fará a partir do seu ponto de vista, daquele cantinho no seu coração que você dedicou a si mesma. Quando isso acontece, sua qualidade de vida começa a melhorar, assim como a qualidade dos seus relacionamentos, que são as pedras fundamentais da sua felicidade.
Na verdade, sua vida vai melhorar tão radicalmente que você vai perceber que seus amigos e familiares talvez fiquem com um pouquinho de ciúme ou inveja de você. Isso é apenas porque eles ainda não se deram conta de que podem fazer o mesmo. Demonstre compaixão e deixe claro que eles têm tudo o que é necessário para construir a vida com que sonharam. O amor-próprio radical é apenas um passo após a autoaceitação.
Sendo mulher, é fácil entrar em desespero quando você começa a perceber como este mundo é organizado de forma a ajudar os homens a obter êxito e forçar as mulheres a sucumbir. Entretanto, você é uma vítima das circunstâncias apenas se permitir que esse seja o seu destino final. Você tem escolha: pode continuar sendo prisioneira dessas convicções sociais ou pode definir sua vida e suas capacidades por si mesma. Primeiro, precisamos aceitar em que ponto estamos, na nossa vida e no mundo. Depois, podemos mudar nosso padrão de pensamento e compreender que, se nos amarmos em primeiro lugar e acima de tudo, podemos obter tudo que desejamos.
SAIBA ONDE ESTÁ PISANDO
É importante levar em consideração o valor que você agrega a um relacionamento e encontrar alguém cujo valor se equipare ao seu, por mais que precise procurar. A questão do valor é completamente subjetiva, e só você pode determinar o que merece. Seus encantos são só seus, e só você pode contribuir com eles para um relacionamento. Eles não existem em nenhuma outra pessoa. Portanto, tudo bem não querer se comprometer ou aceitar menos do que seu total e pleno valor em troca. Entretanto, todo relacionamento deve ser baseado numa natureza de dar e receber. Como mulher, talvez seja esperado que você se doe mais e ceda mais do que o homem, mas não precisa ser assim. Seu parceiro ou namorado deve ter a capacidade de ser recíproco, à altura daquilo que você oferece. Se isso não está acontecendo, talvez você tenha que reconsiderar se fez bem e se vale a pena continuar.
Nesse ponto, vale a pena perguntar a si mesma: eu me amo o suficiente para receber o equivalente à minha contribuição para o relacionamento?
. Se fosse minha filha nessa mesma situação, eu iria querer que ela continuasse em um relacionamento que não satisfaz as necessidades dela e não a valoriza como ser humano?
Se a resposta for não
, você acabou de ter um surto de